sexta-feira, 1 de agosto de 2025

🌌 Retinose Pigmentar: Quando a Visão Vai se Apagando aos Poucos

Imagine olhar para o céu e, pouco a pouco, ver as estrelas se apagarem — uma a uma, até que reste apenas uma névoa. Essa é uma metáfora delicada, mas bastante próxima da realidade de quem convive com a retinose pigmentar.

O que é a retinose pigmentar?

A retinose pigmentar é uma doença hereditária e degenerativa da retina, a parte do olho responsável por captar a luz. Ela afeta principalmente as células responsáveis pela visão periférica e noturna, levando à perda progressiva da capacidade visual ao longo dos anos.

Ao contrário de muitas outras doenças oculares, a retinose pigmentar não tem cura. Seu avanço é geralmente lento, mas contínuo, exigindo da pessoa uma grande capacidade de adaptação — física, emocional e sensorial.

Como a pessoa enxerga com retinose pigmentar?

No início, a pessoa percebe uma dificuldade para enxergar à noite (cegueira noturna) e uma redução do campo visual lateral — como se visse por um tubo. Com o tempo, a visão periférica vai se fechando, restando apenas um pequeno ponto central, que também pode se perder em fases mais avançadas.

É uma sensação parecida com estar em um túnel, onde a luz vai diminuindo aos poucos, mesmo em plena claridade.

🖼️ A imagem que acompanha este texto simula como uma pessoa com retinose pigmentar avançada enxerga: a visão central permanece clara, enquanto tudo ao redor vai escurecendo. Os detalhes à frente — como um prédio, um ônibus ou um pedestre — são visíveis, mas qualquer movimento fora do centro pode passar despercebido. Essa representação ajuda a compreender que o problema não está no foco, mas na falta de visão lateral.

Sintomas mais comuns:

  • Dificuldade para enxergar em ambientes escuros;

  • Perda da visão lateral (campo visual reduzido);

  • Sensação de tropeçar ou esbarrar com frequência;

  • Em alguns casos, hipersensibilidade à luz (fotofobia).

A vida com retinose pigmentar

Embora não exista cura, há muitos recursos que ajudam a pessoa a manter sua autonomia: bengalas, treinamentos de orientação e mobilidade, lupas eletrônicas, leitores de tela e — principalmente — acolhimento da família e da sociedade.

Como ajudar quem convive com retinose pigmentar:

  1. Evite mudanças bruscas de iluminação (como entrar em locais escuros ou sair para ambientes muito claros repentinamente).

  2. Fale antes de se aproximar ou tocar, pois a pessoa pode não enxergar você vindo pelas laterais.

  3. Respeite o tempo de adaptação visual, especialmente ao mudar de ambiente.

Um olhar de empatia

A retinose pigmentar é uma jornada silenciosa de adaptação, perda e redescoberta. Quem convive com ela precisa aprender a ver o mundo com outros sentidos — e quem convive com essas pessoas precisa aprender a ver com o coração.

Texto e imagem produzidos com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

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