Neste depoimento, ele compartilha como a tecnologia, a acessibilidade e a legislação abriram caminhos para um aprendizado mais justo e eficaz/:
"Sou uma pessoa com deficiência visual, e, ao longo da minha trajetória como estudante e agora como educador, compreendi que o ensino de idiomas precisa ser acessível — não só no discurso, mas na prática.
Para mim, a modalidade online foi a melhor escolha. Além de oferecer mais comodidade, ela permite ao professor acompanhar o aluno com mais atenção, especialmente quando se trata de uma pessoa com deficiência.
Nas aulas presenciais, com turmas cheias, nem sempre é possível atender às necessidades específicas de cada estudante — mesmo com o apoio de tecnologias assistivas.
Foi nesse contexto que a Lei Brasileira de Inclusão (LBI) se tornou um marco essencial. Ela proíbe a recusa de matrícula de alunos com deficiência e obriga as instituições a oferecerem as adaptações necessárias. Quem descumpre, além de multa, pode responder criminalmente por discriminação.
Hoje, como proprietário de uma academia de idiomas online, busco aplicar todos esses aprendizados na prática: com empatia, acessibilidade e um compromisso verdadeiro com a inclusão.
Aprender (e ensinar) línguas é um processo libertador — e ninguém deve ser deixado de fora."
A história de Gabriel nos mostra que a inclusão vai além da acessibilidade física: ela começa na escuta, no respeito às singularidades e no compromisso com o direito de todos aprenderem. Ao transformar suas próprias barreiras em pontes para outros alunos, ele nos lembra que a educação, quando acessível e humana, tem o poder de mudar vidas — e de ampliar horizontes para muito além da visão.
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