Agora, vamos falar sobre quando essa perda ocorre e como esse momento influencia a forma de comunicação e as experiências de vida.
🕒 O que significa “pré-lingual” e “pós-lingual”?
A classificação leva em conta o momento em que a perda auditiva aparece em relação ao desenvolvimento da fala:
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Pré-lingual: quando a surdez acontece antes da aquisição da linguagem oral (geralmente antes dos 3 anos de idade).
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Pós-lingual: quando a perda auditiva surge depois de a pessoa já ter aprendido a falar.
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Adquirida tardia: quando ocorre na vida adulta ou na velhice, muitas vezes ligada ao envelhecimento (presbiacusia) ou a fatores de saúde.
👶 Surdez pré-lingual
Nessa condição, a criança cresce sem referências auditivas da fala.
A Libras, ou outra língua de sinais, costuma ser a primeira língua aprendida, permitindo que ela se comunique e se desenvolva plenamente.
Quanto mais cedo houver estimulação linguística — seja visual, seja auditiva —, melhor será o desenvolvimento da comunicação.
👦 Surdez pós-lingual
Aqui, a pessoa já aprendeu a falar quando perde a audição.
Ela pode manter a fala adquirida, usando leitura labial e/ou aparelhos auditivos como apoio.
A adaptação envolve reaprender a se comunicar em alguns contextos e, muitas vezes, aprender Libras para complementar a comunicação.
👴 Perda auditiva adquirida tardia
Quando a perda acontece na vida adulta ou na velhice, é comum que haja resistência ao uso de aparelhos auditivos e dificuldades de adaptação.
Nesses casos, a conscientização e o apoio familiar são fundamentais para que a pessoa não se isole.
💡 Por que isso importa?
O momento em que a surdez acontece impacta:
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A forma de comunicação escolhida;
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As estratégias de inclusão escolar e profissional;
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O vínculo com a cultura surda;
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A necessidade de recursos visuais ou auditivos de apoio.
🔍 O que vem a seguir
No próximo artigo da série, vamos falar sobre os diferentes perfis de comunicação na deficiência auditiva — do surdo sinalizante ao bilíngue, passando por quem usa implante coclear ou leitura labial.
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