quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

ROBERTO CARLOS: VOCÊ SABIA QUE ELE É AMPUTADO DE UMA PERNA?


Por Jane Peralta
Postado 5 de Janeiro de 2018


Roberto Carlos: o nosso rei

Quando jovem, fazendo parte da Jovem GuardaO cantor Roberto Carlos é considerado um rei. Músicas maravilhosas, uma voz melodiosa, um jeito meigo e sincero de ser. Quantas músicas desde nos anos 60. Quem já não ouviu uma e viu sua vida marcada por esse cantor inesquecível. Ele tem aquele jeito diferente de segurar no microfone e um certo andar discreto. O que muitos não sabem é que Roberto Carlos sofreu um acidente quando criança. Tudo aconteceu rápido na cidade de Cachoeiro de Itapemirim, no dia 29 de julho de 1947, quando o cantor tinha 6 anos. Ele foi atropelado por uma locomotiva a vapor e parte de sua perna direita precisou ser amputada. Mas o que queremos retratar aqui é que Roberto Carlos colocou sua prótese e seguiu sua vida. Será que podemos nos espelhar nesse homem de sucesso? Nesse homem de um coração sensível que mexe com nossos corações? Quando precisar de ânimo coloque uma música de Roberto Carlos e perceba que uma deficiência pode ser vencida se você tiver persistência e perseverança.



Roberto Carlos: Um grande compositor

Quando bebê: um olhar singeloCriar músicas inesquecíveis não é pra qualquer um. Cada música é um poema e retrata os momentos na vida do autor. Sua mãe, seu pai, seus amores, suas experiências. Os anos passaram e as músicas continuam sempre atuais. Amado por muitas mulheres, admirado por muitos homens, Roberto Carlos é a inspiração para muitas pessoas.

Uma perna mecânica que ninguém vê

Você tá preocupado se ele é amputado e usa uma perna mecânica? Claro que não. Está aí a maior superação de Roberto Carlos. Ninguém se importa se ele é amputado ou não. Suas qualidades estão acima de sua aparência física e seu maior dom é encantar as pessoas. Não vemos o cantor com ar de preocupação com relação a isso. Durante suas apresentações, usa calças compridas e um microfone que ajuda sua desenvoltura no palco. É impossível não se entregar a esse momento de encanto e emoção.

Mulheres que cantam com Roberto Carlos

A produção de Roberto Carlos inova todo ano com as mulheres cantoras que acompanham o rei na apresentação aos finais de ano. Cado ano é uma novidade. Tem cantora para todos os gostos. Tem cantora com muito tempo de estrada, outras com pouco tempo. E assim o show vai sendo feito. Lindo demais. Parabéns!!!



(IN)Acessibilidade

A foto até parece bonitinha....
Por ser deficiente visual,
demorei a ver, de forma integral,
os absurdos que ela em si continha.

Observem bem: até quem não enxerga
perfeitamente pode perceber
que uma via assim, tão mal projetada,
a ninguém poderá favorecer.

Em matéria de acessibilidade,
a equipe de gestão dessa cidade
parece muito pouco conhecer.

A legenda até pode ser pesada;
mas quem aprova tal atrocidade
não faz por outra coisa merecer.

(José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira -
http://www.avidameinspira.blogspot.com )


quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Convite Palestra "Como a Visão Artificial pode melhorar bilhões de vidas”

Aproveite essa grande oportunidade.

Vagas limitadas!

A Mais Autonomia, com o apoio da Fundação Dorina Nowill para Cegos, convida você para a palestra "Como a Visão Artificial pode melhorar bilhões de vidas”.

O tema abordará como a tecnologia assistiva e a visão artificial têm ajudado e poderão melhorar a vida das pessoas com deficiência visual.

A palestra também trará um breve relato da trajetória profissional do israelense Ziv Aviram, um dos empreendedores mais respeitados do mundo e CEO da OrCam, criadora da tecnologia OrCamMyEye.

Quando:
28/02 (quarta-feira), às 16h.
Onde:
Fundação Dorina Nowill para Cegos.
(Rua Dr. Diogo de Faria, 558, Vila Clementino - São Paulo – SP).

 RSVP: rsvp@fundacaodorina.org.br

Fonte: Fundação Dorina Nowill para Cegos

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Um Fim de Ano Diferente

Um final de ano marcado pela superação,  força de vontade e paciência.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Ciência Avança no Tratamento da Retinose Pigmentar


O OLHAR PROFUNDO DE UM CEGO

Sim, nós incomodamos, eu sei. Porque no fundo, lá no fundo, vocês têm
medo de ficarem cegos; vocês têm medo do escuro, da velhice, da
diabetes e do glaucoma. E vocês têm medo do escuro porque nele é muito
fácil encontrar o desconhecido, a cadeira no caminho, o orelhão na
testa, o poste na cara, o susto. Vocês têm medo do escuro porque nele
vocês se sentem tão vulneráveis, tão fragilizados, tão pobrezinhos,
tão impotentes, tão improdutivos. Pois devo informar-lhes que é como
VOCÊS se sentem no escuro, e não como eu me sinto após uma vida sem
visão física. Vocês têm medo do escuro porque nele está o espelho da
sua verdade mais profunda, nua e crua, sem a estética das cores e
formas, sem maquiagem, sem roupa da moda, sem nada do que vocês estão
acostumados a ver. Vocês têm medo de se olharem profundamente. Logo
nós incomodamos porque nossa cegueira lembra vocês de seus piores
medos...
   Sim, nós incomodamos vocês, é verdade. Porque muitos de nós somos felizes, produtivos, trabalhamos e fazemos dinheiro, compramos casa,
formamos família, cozinhamos, cuidamos da casa com independência, e
muitas vezes, sobrando um tempinho, ainda fazemos trabalho voluntário,
ajudando a outros que não enxergam ou que enxergam. E tudo isso num
país nada preparado para nós. E vocês se vitimizam reclamando da
crise. Por outras vezes incomodamos porque ainda muitos de nós pedem
esmola no seu caminho de casa, e vocês se lembram da miséria humana,
da desigualdade social, do quanto vocês não fazem para transformar
todo este cenário. Vocês têm medo e evitam o mendigo, o malvestido, o
mal-encarado, o mal-apessoado, o cracudo; e nós, muitas vezes, somos
ajudados e guiados por qualquer um desses na rua e nem ficamos sabendo
quem são, mas precisamos de ajuda e aceitamos o primeiro braço que se
oferece para atravessar a rua conosco. Aliás, não sabemos seus nomes
nem suas aparências, mas ficamos sim sabendo quem são: seres humanos
que, como qualquer outro, têm seu lado bom, e às vezes só o que lhes
falta é uma oportunidade de exercê-lo. Nós incomodamos porque
vivenciamos algo do qual a maioria de vocês só fala e fala: a fé.
   Sim, incomodamos vocês, sinto muito; porque com tanta tecnologia,
tantos chips implantados, tantos curandeiros, tantos “milagres”
médicos e espirituais por aí, como ainda não nos curamos? Porque na
consciência “cega” de vocês, cegueira é doença, e precisa urgentemente
ser curada. Porque se Jesus curou os cegos, sinal de que o certo e
saudável é enxergar. Desculpa se agora vou virar seu mundo de cabeça
para baixo, mas conto a vocês que eu e muitos outros cegos temos a
consciência de que escolhemos não enxergar, pois só assim aprendemos
coisas incríveis que não aprenderíamos de outra forma. Não, não
aprendemos a ser ninja nem super-herói, como vocês viram em
quadrinhos, livros e filmes; e desculpa ainda decepcionar vocês, mas
não reconhecemos todas as vozes, não somos todos talentosos para
música, não somos todos fluentes em Braille e nem todos gostamos de
usar óculos escuros! Somos indivíduos, somos seres humanos, tão únicos
quanto cada um de vocês, cada um de nós teve sua criação, seu
ambiente, sua família, sua história. Por fim, incomodamos vocês,
porque quando vocês conhecem um cego acham que já conhecem e
compreendem todos os cegos, e quando conhecem o segundo, enxergam que
não é nada disso...
   Incomodamos vocês, porque não olhamos vocês nos olhos, não damos
tchauzinho na rua, não reagimos aos seus apelos visuais e não
respondemos quando vocês nos enviam foto sem legenda no Whatsapp, e
assim desafiamos sua zona de conforto, sua forma tradicional de
comunicação, suas convicções construídas há séculos. Abra seus olhos e
veja: é hora de desconstruir... para reconstruir um olhar muito mais
profundo e amplo sobre nós, sobre vocês mesmos, sobre todos nós juntos
e misturados, afinal somos membros de uma só família, a família
humana. Sim, você tem cegos na família.

Calçada Cidadã

Apresentaçãoda cartilha Calçada cidadã de Mara Gabrilli:

"Olá, amigos!

O direito de ir e vir começa na porta da nossa casa, na calçada. Por isso,
os passeios públicos da nossa cidade têm a obrigação de cumprir o seu
papel: possibilitar que qualquer cidadão possa transitar com facilidade e
segurança.
São pessoas com deficiência, idosos, obesos, mães com carrinhos de bebê,
e até mulheres de salto alto, que precisam caminhar pelas cidades sem
nenhuma dificuldade, sem ter de transpor nenhum obstáculo.
Contribuir para uma cidade mais democrática, que respeita a diversidade
humana, é o nosso papel como cidadão. Uma calçada segura, limpa, aces-
sível e verde é uma calçada cidadã.
Por isso que quando relatei a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência, a LBI (Lei nº 13.146 de 2015), incluí dispositivos que obrigam
as municipalidades a pensar na acessibilidade como um todo, mas em
especial em como gerir a reforma de calçadas de forma que estas sejam
perfeitamente acessíveis para qualquer cidadão. Tanto que o Prefeito que
não cumprir o que prevê a lei pode incorrer em crime de responsabilidade,
cuja sanção é a cassação do mandato. Aliás, a negligência na conservação
do patrimônio público também constitui ato de improbidade administrativa,
acarretando em perda de função pública e suspensão dos direitos políticos.
A repreensão do gestor público pelo não cumprimento da lei não é um
fim que esperamos. Por isso, estamos informando e dando dicas de como
gerir a reforma de seu passeio público para que, mais do que cumprir a lei,
possamos cumprir o respeito ao outro, ao munícipe, ao cidadão. Queremos
uma cidade mais democrática, mais verde, mais humana.