quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Menino cego volta a enxergar com tratamento genético



Terça-feira, 30 de outubro de 2018
Por: Só Notícia Boa


O menino Caspian com a mãe
 Foto: OSHUNews
Um menino de Oregon, no Canadá, voltou a enxergar graças a um novo tratamento de terapia genética chamado Luxturna.

Caspian Soto tinha 4 anos quando uma mutação rara afetou o gene que produz proteínas necessárias para o funcionamento perfeito da retina. A mutação causa a amaurose congênita de Leber e o deixou com com a visão escura e embaçada.


O Dr. Andreas Lauer fez o tratamento no olho direito de Caspian Soto no OHSU Casey Eye Institute, em 17 de setembro, injetando um vírus modificado sob a retina para corrigir a mutação. Ela fez o mesmo no olho esquerdo uma semana depois.



O tratamento custou cerca de 850 mil dólares, pouco mais de 3 milhões de reais, cobertos pelo seguro-saúde do marido, Zack Soto.

O menino saiu da cirurgia em um mundo totalmente novo.

Seus pais dizem que levou apenas duas semanas para ele começar a ver os espaços de uma nova maneira.

“Eu continuo tendo que me beliscar pra acreditar que é real?”, disse Krista.

Os médicos dizem que esperam que a visão de Soto continue melhorando.

O garoto é o segundo paciente e o mais novo a receber o tratamento no Oregon.

Atualmente, apenas nove instituições dos EUA oferecem o Luxturna, de acordo com o Portland Business Journal .

Com informações da CBS.


O aceno inclusivo da primeira-dama




Ao lado do presidente eleito, Michelle Bolsonaro incorporou
intérprete de Libras em pronunciamentos do marido
– Reprodução/TV Globo
Tem mudado e se modernizado ligeiramente o perfil, mas ainda há uma certa praxe de embutir entre as funções das primeiras-damas ao redor do país um papel de apoio aos pobres e oprimidos.

Não raro elas ajudam a distribuir cadeiras de rodas, limpam menino ramelento em creches, dão papinha para velhos em abandono, tiram belas fotografias para calendários assistenciais e vão para casa felizes.

A futura primeira-dama da nação, Michelle Bolsonaro, 36, já anunciou que dará atenção às pessoas com deficiência, valendo-se de sua formação como intérprete de Libras, a língua brasileira de sinais, que a aproximou dos surdos, comunidade que tem demandas reprimidas diversas, como acesso à educação de qualidade, acesso ao conteúdo dos meios de comunicação e até aos serviços públicos básicos.

Ao lado do presidente eleito, Michelle Bolsonaro incorporou intérprete de Libras em pronunciamentos do marido – Reprodução/TV Globo
Para que um surdo usuário de Libras consiga ir a um especialista médico, por exemplo, é um deus nos acuda, pois haja gestos básicos para explicar ao paciente situações complexas como um problema neurológico ou alguma disfunção hormonal.

As questões que hoje envolvem entraves inclusivos e de acessibilidade dependem muito mais de visão técnica, de conhecimento de causa, de adesão tecnológica, de novas atitudes do que de apenas boa vontade e espírito solidário. O assistencialismo puro não muda condições de vida nem oferece novas oportunidades, ele apenas cuida, mantém.

Futura primeira-dama promete atenção voltada à pessoa
com deficiência – Pedro Ladeira/Folhapress
Não dá para saber que apito tocará Michelle Bolsonaro, mas uma demanda caríssima para parte das pessoas com deficiência auditiva ela tem atendido com louvor: que toda fala do marido, o presidente eleito Jair Bolsonaro, tenha a presença de um intérprete de Libras.

A realidade atual é que até mesmo em pronunciamentos oficiais de ministros, de governadores e do próprio presidente se faça “esquecido” o dispositivo legal que obriga que o conteúdo da fala, sempre de interesse público, seja disponibilizado em formatos que qualquer brasileiro entenda: a língua portuguesa, a língua de sinais, as legendas (parte dos surdos tem essa demanda) e, se for o caso, a audiodescrição para cegos.

É evidente que ter a dedicação da futura primeira-dama à temática da inclusão é elemento que pode fortalecer conquistas, mas é fundamental que ela tenha lido a cartilha das conquistas já negociadas, como a Lei de Cotas, a Lei Brasileira de Inclusão e que tenha em mente os mantras maiores da turma dos malacabados, “representatividade é fundamental”; “nada sobre nós, sem nós”.

Mais do que fazer pela pessoa com deficiência, o tempo é de dar oportunidades para que qualquer um consiga construir seu próprio caminho e isso passa por escolas inclusivas, convivência em todos os setores sociais, oportunidades e entendimento das diferenças.

Vários são os grupos que podem ser enquadrados no conceito de “coitadinhos” expresso pelo presidente eleito, que promete ser implacável contra sua formação e seu futuro. Penso que haja desconhecimento e falta de proximidade do futuro mandatário com a diversidade.

Assim como houve um interessante aceno de Michelle às pessoas com deficiência, talvez o tempo mostre que outros componentes do núcleo próximo ao futuro presidente também entendam alguma coisa em relação à pluralidade humana e à extrema necessidade de abraçá-la, apoiá-la e incentivá-la.



NOTA DO BLOG: A publicação do presente artigo dá-se a título meramente informativo. Em hipótese aluma, pretendemos  conduzir nossos leitores a pensar de uma ou de outra forma, no aspecto político.

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Andres Lozano: mal de Parkinson, depressão e a chave que pode desligá-los


A estimulação cerebral profunda está se tornando muito precisa.
É uma técnica que permite aos cirurgiões implantarem eletrodos em quase qualquer área do cérebro e incrementá-las ou diminuí-las — como um sintonizador de rádio ou um termostato — para corrigir disfunções.
Um olhar dramático em técnicas emergentes, em que uma mulher com mal de Parkinson para instantaneamente de tremer e as áreas do cérebro erodidas pelo mal de Alzheimer retornam à vida.
No vídeo acima, Andres Lozano fala sobre a técnica aplicada e a solução de alguns casos, é espetacular.
A doença de Alzheimer foi revertida pela primeira vez no Canadá e com sucesso. Uma equipe de investigadores canadenses, da Universidade de Toronto, liderada por Andres Lozano, usou uma técnica de estimulação cerebral profunda, diretamente no cérebro de seis pacientes, conseguindo travar a doença. O estudo vem publicado na «Annals of Neurology».
Em dois destes pacientes, a deterioração da área do cérebro associada à memória não só parou de encolher como voltou a crescer. Nos outros quatro, o processo de deterioração parou por completo.
Nos portadores de Alzheimer, a região do hipocampo é uma das primeiras a encolher. O centro de memória funciona nessa área cerebral, convertendo as memórias de curto prazo em memórias de longo prazo. Sendo assim, a degradação do hipocampo revela alguns dos primeiros sintomas da doença, como a perda de memória e a desorientação.
Imagens cerebrais revelam que o lobo temporal, onde está o hipocampo e o cingulado posterior, usam menos glicose do que o normal, sugerindo que estão desligadas e ambas têm um papel importante na memória.
Para tentar reverter esse quadro degenerativo, Lozano e sua equipe recorreram à estimulação cerebral – enviar impulsos elétricos para o cérebro através de eléctrodos implantados.
O grupo instalou os dispositivos perto do fórnix – um aglomerado de neurónios que enviam sinais para o hipocampo – dos pacientes diagnosticados com Alzheimer há pelo menos um ano. Os investigadores aplicaram pequenos impulsos eléctricos 130 vezes por segundo.
Testes realizados um ano depois mostram que a redução da glicose foi revertida nas seis pessoas. Esta descoberta pode levar a novos caminhos para tratamentos de Alzheimer, uma vez que é a primeira vez que foi revertida.
* Nota: As informações e sugestões contidas neste artigo têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.
Autor:Vicente Carvalho

EPIs deverão ser adaptados para pessoas com deficiência

Alteração na Norma Reguladora nº 6, publicada nesta quinta-feira (25), obriga fabricantes e importadores a adequarem Equipamentos de Proteção Individual para PcDs

Uma alteração na Norma Regulamentadora nº 6 (NR-6), publicada nesta quinta-feira (25) no Diário Oficial da União (DOU), determina que os fabricantes de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) os adaptem para o uso de pessoas com deficiência (PcDs). Até então, a norma não previa a adequação desses equipamentos para trabalhadores com deficiência.

Segundo a NR-6, EPI é todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador destinado à proteção de riscos de segurança e saúde no trabalho. “Na última reunião da Comissão Nacional Tripartite, que trata da atualização da NR-6, ocorrida em 22 de maio deste ano, foi decidida uma alteração no item 6.8.1 da norma, incluindo essa obrigação para o fabricante, visto que havia muitas dúvidas quanto à responsabilidade sobre a adaptação após a publicação da Nota Técnica nº 150 da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT). A nota buscou esclarecer questões relacionadas à Segurança e Saúde no Trabalho de pessoas com deficiência, em especial sobre a adaptação de EPIs”, explica o auditor-fiscal do Trabalho Joelson Guedes da Silva, chefe do Serviço de Normatização e Registros da Coordenação-Geral de Normatização e Programas – CGNOR, do Ministério do Trabalho.

Ele informa que, de acordo com a NR-6, os EPIs, de fabricação nacional ou importado, só podem ser postos à venda ou utilizados com a indicação do Certificado de Aprovação (CA), expedido pelo órgão nacional competente na área de Segurança e Saúde no Trabalho do Ministério do Trabalho. O empregador é obrigado a fornecer aos trabalhadores, gratuitamente, os EPIs adequados ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, e, agora, com as adaptações necessárias à pessoa com deficiência.

Ergonomia - Outra alteração ocorreu na NR 17, que trata de ergonomia. A atualização, também publicada no DOU desta quinta-feira, altera a redação do item 17.5.3.3, da norma. Pela nova redação, que passa a vigorar com a publicação da alteração, os métodos de medição e os níveis mínimos de iluminamento (intensidade da iluminação ou iluminância) a serem observados nos locais de trabalho são os estabelecidos na Norma de Higiene Ocupacional n.º 11 (NHO 11) da Fundacentro, que trata da avaliação dos Níveis de Iluminamento em Ambientes de Trabalho Internos.

Joelson Silva informa que, em 2013, com o cancelamento da norma técnica ABNT NBR 5413/1992, que disciplinava a matéria, iniciaram-se as dúvidas sobre a aplicação do item 17.5.3.3 da NR 17, que referenciava a referida norma. “A fim de sanar dúvidas, foi elaborada, à época, a Nota Técnica nº 224/CGNOR/DSST/SIT, que orientava os usuários a obedecerem os níveis de iluminamento contidos na norma técnica cancelada (ABNT NBR 5413/1992), até que a Fundacentro elaborasse Norma de Higiene Ocupacional – NHO, sobre o tema”. O auditor-fiscal salienta que as alterações publicadas no DOU foram aprovadas consensualmente pelas bancadas de governo, de empregadores e de trabalhadores na 94ª reunião da Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP).

Fonte: Ministério do Trabalho via Contábeis

Autismo em Palavras - Dicas Importantes Deppois do Diagnóstico


Imagem obtida via Facebook.

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Piloto canadense que sofreu grave acidente na Fórmula Indy confirma paraplegia



Através das redes sociais, Robert Wickens mostra recuperação do acidente sofrido em Pocono no mês agosto. Ele está sem os movimentos nas duas pernas

Por GloboEsporte.com 26/10/2018 11h46 Atualizado há 7 horas


Foto: Reprodução/InstagramO piloto canadense Robert Wickens confirmou nesta sexta-feira, através de suas redes sociais, que está paraplégico. Ele sofreu um grave acidente no GP de Pocono da Fórmula Indy em agosto, quando se chocou com o carro de Ryan Hunter-Reay, atingindo a cerca de proteção do circuito. O estado do piloto ainda era uma incógnita, apesar dos médicos terem confirmado que ele sofreu uma lesão na medula espinhal, além de diversas fraturas. - Fiz meu primeiro exercício como um paraplégico hoje. A parte superior do meu corpo está ficando mais forte a cada dia e espero que eu possa fazer isso sem ajuda em breve. Até agora, estou somente postando vídeos de pequenos movimentos nas minhas pernas, mas, na realidade, estou longe de conseguir andar por conta própria. Algumas pessoas ficaram um pouco confusas quanto à gravidade da minha lesão, então queria fazer com que vocês soubessem da realidade. Nunca trabalhei mais duro que isso por nada na vida. Há mais por vir, e estou dando tudo o que tenho para acender estes nervos na minha perna.

 Veja no Instagram


terça-feira, 23 de outubro de 2018

Nasce o rim biônico para dizer adeus à máquina de hemodiálise


Cientistas dos Estados Unidos estão preparando um rim artificial para implantar em doentes renais. Ele funcionará segundo a pulsação do coração dos pacientes e os liberará das máquinas de hemodiálise.

O rim biônico está prestes a entrar na fase de teste humano. Ele combinará elementos eletrônicos e orgânicos e terá um tamanho similar aos órgãos cuja função assumirá.

Este avanço significará uma grande melhoria na qualidade de vida para as pessoas que dependem do dispositivo de hemodiálise externo para sobreviver. Na hemodiálise, o sangue do paciente flui através de um filtro que remove resíduos prejudiciais, minerais e líquidos desnecessários. Desta forma, o sangue é retornado ao corpo do paciente, ajudando a controlar a pressão arterial e mantendo o equilíbrio adequado das substâncias químicas, como o potássio e o sódio.

O rim artificial está sendo desenvolvido por um grupo de universidades americanas sob o nome de Projeto do Rim (The Kidney Project - https://pharm.ucsf.edu/kidney) e será capaz de filtrar o sangue da pessoa com insuficiência renal continuamente, sem a necessidade de visitas ao hospital para sessões de 3 a 5 horas, como ocorre atualmente.

O novo rim artificial oferecerá uma nova esperança às pessoas cujos rins já não podem atender às necessidades do corpo e que estão à espera de um transplante.

"Estamos criando um dispositivo bio-híbrido que pode imitar o rim e é capaz de eliminar resíduos suficientes sem que o paciente precise fazer a hemodiálise", disse o Dr. William H. Fissell, nefrologista e professor da Universidade Vanderbilt (www.vanderbilt.edu) em Nashville (EUA).

O rim será implantado cirurgicamente e possuirá um microchip de silício que funcionará como um filtro, bem como células de rim vivas que, de acordo com o Dr. Fissell:

"Funcionarão sob o impulso do coração do paciente, filtrando a corrente sanguínea que passa por ele. A chave para este dispositivo é o microchip, que utiliza os mesmos processos de nanotecnologia de silício, que foram desenvolvidos pela indústria de microeletrônica para computadores e equipamentos de informática".

Ele será composto de componentes biológicos e tecnológicos e seu tamanho será semelhante ao de uma pequena lata de refrigerante. De acordo com seus criadores, este dispositivo está fora do alcance da resposta imune; isto é, das defesas do próprio organismo, afirmando que o corpo não o rejeitará.

Fissell ressalta que há uma longa lista de pessoas em diálise que estão ansiosas para participar do primeiro teste, que podem começar em breve e ser completado até 2020.


Fonte: GENTSIDE

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Menino de 13 anos cria tratamento para câncer de pâncreas: I.A.



Rishab Jain - Foto: CBS Interactive Inc
Um menino de 13 anos de Oregon, criou um tratamento de Inteligência Artificial – A.I. – para o câncer de pâncreas e venceu o Desafio Jovem Cientista, uma premiação dos EUA para estudantes do ensino médio.

Rishab Jain criou um algoritmo para localizar e rastrear o pâncreas em tempo real e assim, melhorar o tratamento da doença.

O algoritmo de Rishab melhora a precisão e aumenta o impacto do tratamento com radiação, de acordo com os organizadores da competição.

Rishab Jain - Foto: CBS Interactive Inc
Um menino de 13 anos de Oregon, criou um tratamento de Inteligência Artificial – A.I. – para o câncer de pâncreas e venceu o Desafio Jovem Cientista, uma premiação dos EUA para estudantes do ensino médio.

Rishab Jain criou um algoritmo para localizar e rastrear o pâncreas em tempo real e assim, melhorar o tratamento da doença.

O algoritmo de Rishab melhora a precisão e aumenta o impacto do tratamento com radiação, de acordo com os organizadores da competição.


Um dos principais desafios no tratamento com radiação é localizar o próprio pâncreas, que é muitas vezes obscurecido pelo estômago ou outros órgãos, resultando em células saudáveis atingidas.

O estudante da sétima série disse que começou o projeto no ano passado, quando descobriu que o câncer de pâncreas, a terceira principal causa de mortes por câncer, é devastador e cresce rapidamente.

“Ao mesmo tempo, eu também estava fazendo programação de inteligência artificial, então me perguntei se poderia combinar meu conhecimento em ambas as áreas”, disse Jain.

Ele foi um dos 10 finalistas. Disputou o primeiro lugar e um prêmio de $ 25.000.

Jain derrotou um aluno da oitava série do Sugar Land, Texas, que projetou um sistema de descarga de banheiro que usa água fresca e reciclada para conservar o consumo de água. Também ganhou de um menino da Califórnia que inventou um aplicativo que melhora a precisão de um arqueiro.

Os nove finalistas receberam US $ 1.000 cada e prêmios da Discovery Education e da 3M, patrocinadores do concurso.

A competição anual recompensa o pensamento científico e a imaginação na criação de soluções para problemas cotidianos que podem remodelar vidas.

O concurso envolve alunos da quinta à oitava série.

As crianças são acompanhadas por mentores que ajudam a transformar suas fantasias científicas em idéias práticas.

Com informações do InsideEditon / MNS

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quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Estudantes criam dispositivo para adaptar cadeira de rodas em bicicleta


Projeto é um dos finalistas da 12ª edição da Feira Tecnológica do Centro Paula Souza que começa em outubro.
 01 de outubro de 2018
Última atualização: 14:43.
Da Redação 

Atentos às oportunidades do mercado de produtos voltados à inclusão de deficientes, seis alunos da Escola Técnica Estadual (Etec) Pref. Alberto Feres, de Araras, desenvolveram um dispositivo para acoplar cadeiras de rodas a bicicletas, proporcionando uma nova opção de lazer para pessoas com mobilidade reduzida.

Trata-se de um equipamento à base de aço de carbono para ser instalado no lugar do guidão e da roda, permitindo o encaixe da cadeira de rodas na parte da frente da bicicleta. Enquanto o ciclista pedala, ele controla a direção utilizando a própria cadeira de rodas.

Elaborado pelos estudantes Aldo Ventura, Carlos Aparecido Costa, Felipe da Silva, Gustavo Ricci, Matheus Uccella e Rafael Basqueira, do curso técnico de Mecânica, o projeto foi desenvolvido como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), orientado pelo professor Jorge Luiz Giorgiano.

Rafael explica que o experimento foi inspirado em um modelo europeu que custa cerca de mil reais. “O diferencial do nosso projeto é a fácil instalação, utilizando parafusos manípulos que dispensam o uso de ferramentas. Além disso, gastamos menos de R$ 150 em materiais para o protótipo. Em escala industrial, o preço para o consumidor final deve chegar a um valor ainda mais acessível”, ressalta. Os alunos buscam parcerias para fazer com que o projeto se transforme em um produto e seja comercializado.

 “O equipamento pode se tornar um grande aliado no tratamento médico, contribuindo também para a autoestima do cadeirante com uma nova possibilidade de diversão e lazer”, explica o orientador Jorge Giorgiano. “Curtir o vento no rosto durante uma pedalada é uma ótima terapia para qualquer pessoa”, acrescenta. Feira Tecnológica.

O kit para adaptação de cadeiras de rodas a bicicletas é um dos projetos selecionados para a 12ª edição da Feira Tecnológica do Centro Paula Souza (Feteps), que ocorre em outubro. O grupo concorre na Categoria 5 –Tecnologia Industrial Mecânica e disputa também o prêmio extra de projetos voltados à inclusão.

“Com mais de 45 milhões de deficientes, somados ao envelhecimento da população no Brasil, o mercado de tecnologias assistivas atrai cada vez mais estudantes com ideias inovadoras querendo criar startups”, afirma a assessora de Inclusão da Pessoa com Deficiência do CPS, Alessandra Costa. 

A Etec de Araras apresentará ainda outros quatro trabalhos em diferentes categorias da Feteps: Aplicação Cosmética do Óleo Essencial de Jambo; Clima Organizacional como Prática Assertiva; Fabricação de Lápis com Bagaço de Cana-de-Açúcar; e Prensa Desaguadora.


terça-feira, 2 de outubro de 2018

Prêmio Brasil Sul De Moda Inclusiva


Neste mundo da moda inclusiva, meio que todo mundo se conhece. Realmente eu posso contar nos dedos quantos estilistas ou pessoas que trabalham com isso tem no Brasil, pelo menos os que estão se destacando de alguma forma. Alguns continuam sendo apenas amigos virtuais e outros eu já tive o prazer de conhecer. Um deles é o Cláudio Rio, idealizador do Prêmio Brasil Sul de Moda inclusiva, o concurso de Florianópolis-SC que está em sua 6º edição.

Pra quem não me conhece, sou Vitória Cuervo e trabalho com moda inclusiva desde 2009. Mais sobre meu trabalho aqui e aqui. Em 2016 eu fui jurada da 4º edição ao lado da atleta Daiane dos Santos, a designer Luisa Helena e do Laércio Ventura que trabalha com inclusão social. E eu me surpreendi positivamente com a quantidade de gente boa que estava concorrendo. O vencedor foi o Eli Golande, também gaúcho e apresentou um trabalho bem legal.

No mês de junho deste ano fui a convite de Cláudio para o lançamento do livro em braille “Um olhar diferente sobre a Moda” que teve a minha participação junto com outros vários profissionais da área, como por exemplo, a estilista carioca Silvana Louro que amei conhecer e que também foi convidada junto comigo e com a Daniela Auler que infelizmente não pode estar presente. Alás, a Dani é a responsável pelo Concurso Moda Inclusiva realizado pela Secretaria de Estado dos Direitos das Pessoas com Deficiência de SP que está em sua 10º edição (outro dia eu falo sobre isso). A estampa da capa é da Júlia Santos, vencedora da última edição do concurso.

Coisa boa conhecer tanta gente legal e que ainda por cima tem o mesmo propósito que tu. Aliás, recentemente eu, a Silvana, a Patrícia Sant’Anna e a Dariene Rodrigues demos uma entrevista bem bacana pro blog Vencer Limites do Estadão que pode ser vista nesse link.

Nesse evento em Floripa participamos de uma roda de conversa com algumas professoras do SENAC SC e foi muito bom compartilhar nossas histórias e trocar muitas idéias sobre o assunto moda e inclusão. É bem importante tu saber o que está de fato acontecendo no mercado e saber a visão de outras pessoas que também estão na mesma batalha que tu. E no final da conversa, vários alunos do curso de moda vieram falar conosco e demonstraram muito interesse nesse mercado de inúmeras possibilidades e que é super necessário.

Inclusive, quem tiver afim de trabalhar com isso, ou apenas matar a curiosidade de conhecer algo novo e quem sabe até curta a idéia, ainda dá tempo de se inscrever no concurso. As inscrições foram prorrogadas até o dia 10 de setembro, ou seja, tem que correr!!! Mas sério, olha que oportunidade legal essa, vai que alguém descubra que é com isso mesmo que gostaria de trabalhar! Fora que é uma experiencia única, super válida e linda de viver.


Descrição da foto #pracegover: a capa do livro aberta. Na capa escrito o título do livro em vermelho, a estampa tropical com flores e um papagaio e ao fundo o mar.  Na contracapa está o estilista Ronaldo Fraga e um depoimento dele. Aparece também em ambas partes, a foto dos participantes do livro. Há algumas informações em braille na capa.

Não posso esquecer de agradecer O Vitor e o Renato da Estética Mara que me arrumaram para o evento antes de eu embarcar. E o Majestic Palace Hotel maravilhoso que me hospedou e que fez eu me sentir uma hóspede super VIP com os serviços e qualidade de primeira.

Quem quiser se inscrever entre em contato pelo email scmodainclusiva@gmail.com para solicitar a ficha de inscrição e boa sorte ♡

Obs. O concurso está aberto apenas para todo o Sul, SP, RJ e GO. Há planos para as próximas edições abrir para todo mundo.


Veja mais fotos no Ou Tudo Ou Moda.