quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Piso leva deficiente visual até parede e pilastra em estação de trem em São Paulo

Cleber Arruda
do Agora

As estações Engenheiro Cardoso e Itapevi, da linha 8-diamante (Júlio Prestes/Itapevi) da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), têm caminhos perigosos para os deficientes visuais que dependem da orientação do piso tátil. As duas paradas foram reformadas em outubro de 2010.

Na estação Engenheiro Cardoso, por exemplo, um dos trajetos sinalizados esbarra em uma coluna.

Em outro local, o piso termina de repente, sem apontar nenhuma direção.

Na Itapevi, quem desce pelo elevador na plataforma 2 (com direção à estação Julio Prestes) e segue o piso tátil para a direita pode bater na parede de uma sala. Já a sinalização para esquerda acaba em um corrimão embaixo de uma escada.

Resposta

A CPTM informou que as estações Itapevi e Engenheiro Cardoso foram construídas na década de 80 e que os pilares não poderiam ser removidos, mas que a sinalização instalada segue as normas da ABNT.

De acordo com a companhia, o piso tátil não foi feito em volta do pilar porque tem de ficar a uma distância segura da plataforma.

A CPTM informa que a barra de ferro é um corrimão direcional que indica que a pessoa pode seguir para a esquerda ou para a direita.

Nem o corrimão nem o pilar, afirma a empresa, diminui a segurança.

A companhia diz que irá reforçar a sinalização e corrigir uma falha no piso que leva o deficiente até uma sala em Engenheiro Cardoso.

As obras entre Itapevi e Amador Bueno devem terminar em 2012.

Fonte: UOL

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Pessoas com Deficiência Enfrentam Dificuldades para Assistir aos Shows na Cidade do Rock

Rio – Comprar um ingresso para o Rock In Rio significa estar disposto a encarar eventuais contratempos, próprios de um evento que reúne 100 mil pessoas por dia. A recompensa é assistir sua banda favorita de perto ou, pelo menos, numa boa localização. Nem sempre. A área exclusiva para portadores de necessidades especiais é suspensa, mas fica à extrema direita do palco principal, o que prejudica a visibilidade. É comum ver cadeirantes deixarem o local para se misturar à plateia.

- Antes de vir, mandamos um email com dúvidas para a organização. Não recebemos resposta. Chegamos na Cidade do Rock e perguntamos a oito pessoas onde era o lugar para deficientes. Ninguém sabia. Quando enfim descobrimos, foi decepcionante. Vamos ver os shows muito mal. Não custava nada fazer um anexo ao lado da área VIP, que fica em frente ao palco. Minha mulher está revoltada – protestou o paulista Samer Pereira da Silva, que, por conta de uma fratura no tornozelo, está se locomovendo de cadeira de rodas.

Samer também encontrou dificuldades para se movimentar no Terminal Alvorada, na Barra:

- O piso é impraticável, não tem rampas. Tiveram que me levar no colo até o ônibus.

Desinformação e falta de ônibus adaptados são outras críticas dos deficientes. Robson Rodolfo, que veio de São José dos Campos com a mulher e a filha, encontrou os primeiros obstáculos na Rodoviária Novo Rio. Cansado de tentar obter informações sobre como fazer para encontrar um ônibus comum que os levasse à Cidade do Rock, pegou três passagens de R$ 18 num coletivo de turismo.

- Do jeito que o esquema de transportes foi divulgado, achei que ia gastar R$ 2,50 por pessoa, mas ninguém sabia me dizer nada. E mesmo assim, pagando R$ 18 pela passagem, o ônibus não era adaptado. Tive que ser carregado pelo motorista para dentro do coletivo – contou Robson, que elogiou o fato de não precisar enfrentar filas e ter saltado perto da Cidade do Rock.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

CPI questiona qualidade do atendimento a deficientes

(27/09/2011 - 14h43)


A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Acessibilidade recebeu nesta terça-feira representantes das secretarias municipais da Saúde e da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida para investigar a qualidade dos serviços prestados à população.

Segundo Claudia Manzone, representante da Secretaria da Saúde, os problemas de atendimento a deficientes físicos na rede municipal se devem à pouca orientação dos pacientes, e não à falta de equipamentos ou profissionais. “É evidente que pode haver equívocos, sempre existem pacientes que se perdem, mas a rede está estruturada a atender todos aqueles que procuram as Unidades Básicas de Saúde. Elas devem ser o caminho”, explicou.

Luís Carlos Borges, da outra pasta, concordou com Claudia. “As demandas encaminhadas são atendidas, o fato é que muitas pessoas não sabem como procurar. Quem sabe falta divulgação”, completou.

Apesar de apresentarem números, como mais de dois mil aparelhos auditivos e sete mil próteses e órteses fornecidas em 2010, o relator da CPI, Quito Formiga (PR), não se mostrou convencido de que os serviços municipais estão realmente de acordo com as necessidades da população. “Me assusta quando se fala apenas em números. Nós sabemos a dificuldade real em se conseguir aparelhos como esses”, disse o parlamentar.

Claudia Manzone afirmou que para consultas e aparelhos pouco específicos a espera chega a ser inferior a um mês. Entretanto, a Secretaria não controla as filas em entidades conveniadas, como APAE e AACD, que concentram boa parte dos atendimentos.

Fonte: Câmara Municipal de São Paulo

Movimento Surdo de São Paulo pede aprovação de projeto de lei pela CMSP

(26/09/2011 – 17h55)

Cerca de 600 manifestantes do Movimento Surdo de São Paulo estiveram nesta segunda-feira (26) na Câmara Municipal de São Paulo pedindo apoio dos vereadores para o projeto de lei que enviaram à Mesa Diretora da Casa pedindo a manutenção das escolas bilíngues no município. O Plano Nacional de Educação, que deve ser votado ainda este ano pela Câmara Federal, extingue esse tipo de instituição.

“A Comissão de Educação Especial do Ministério da Educação quer igualar a educação dos alunos surdos e ouvintes para que tenham a mesma participação dentro do projeto pedagógico das escolas. Isso traz enormes prejuízos. A comissão não lembra que os surdos tem a linguagem de sinais como primeira língua, e que colocá-los na mesma sala com crianças sem necessidades especiais e com um professor pouco preparado para lidar com todas essas diferenças em classe será um desastre”, disse Priscilla Gaspar, líder do movimento de surdos.

Além da manutenção das escolas, o projeto de lei apresentado pelo Movimento pede ainda que a língua de sinais seja oficializada no município como parte do processo de alfabetização e que haja a realização de concursos especiais para a contratação de professores e funcionários surdos. “Só assim teremos o pleno desenvolvimento dessas crianças, podendo no futuro integrá-las normalmente na sociedade”, completou Priscilla.

O presidente da Câmara, vereador José Police Neto, disse que irá trabalhar com todas as lideranças partidárias para encontrar um consenso que torne possível a aprovação do projeto no menor tempo possível e com a anuência de todos os vereadores. “Vivemos numa cidade de 11 milhões de habitantes e tantas diferenças. Temos de fazer com que essa lei não seja só um belo papel pintado, mas a construção da justiça na política de inclusão social”, afirmou o vereador.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O desafio de ensinar Língua Portuguesa a alunos surdos

Conheça as expectativas de aprendizagem para esses estudantes, desde a Educação Infantil até o 9º ano. Flexibilizar atividades e investir em experiências visuais contribuem para a inclusão

Ensinar uma língua escrita para quem desconhece a oralidade é um desafio para todos os professores com alunos surdos em suas turmas. As principais dificuldades não decorrem da surdez em si, mas da falta de conhecimento da Língua Portuguesa falada. Hoje, boa parte desses estudantes comunica-se com a Língua Brasileira de Sinais (Libras), uma língua visual-espacial, que possui estrutura própria.

Para ajudá-lo a incluir os estudantes com deficiência auditiva, organizamos uma síntese das principais expectativas de aprendizagem para esses alunos na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, quando matriculados em turmas regulares, com base nas principais orientações curriculares para o ensino de Língua Portuguesa para pessoas surdas, da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo.

É importante lembrar que, mesmo que não alcancem os mesmos resultados obtidos pelos alunos ouvintes, os estudantes com deficiência auditiva precisam participar de todas as aulas. Se o aluno surdo ainda não for capaz de escrever um texto, faça com que ele contribua para as atividades escrevendo listas ou frases sobre o tema abordado. Produções coletivas ou em pequenos grupos também ajudam o aluno a se expressar melhor pela escrita. O importante é que ele sempre conte com o apoio visual da escrita. O professor deve registrar todas as atividades e utilizar recursos diferenciados - como letras móveis ou cores diferentes para designar elementos distintos de uma frase, por exemplo. Fazer com que o aluno surdo sente-se nas carteiras da frente é outra medida essencial, assim como atuar em conjunto com o Atendimento Educacional Especializado (AEE).

Fonte: Revista Escola

sábado, 24 de setembro de 2011

Bienal do Livro de Pernambuco terá livros acessíveis e audiodescrição de filmes

Bienal do Livro : “Por uma leitura acessível do mundo”


por Micheline Américo
SÁBADO, 24 DE SETEMBRO DE 2011


O Governo do Estado disponibiliza espaço cultura para pessoas com deficiência.

Pela primeira vez na história de oito anos da Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, o evento contará com um espaço dedicado à leitura acessível para pessoas com deficiências auditiva, visual e motora. Com o tema Leitura e Cidadania, o evento acontece de 23 de setembro a 2 de outubro, das 10h às 22h, no Centro de Convenções, em Olinda.

A iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Governo de Pernambuco(SEDSDH), através da Superintendência Estadual de Apoio à Pessoa com Deficiência(SEAD), objetiva garantir o acesso à cultura, à literatura e ao lazer, valorizando a pluralidade e singularidade características da Bienal.

A programação do estande acessível inclui exibição de filmes com audiodescrição, produção de cordéis em Braille, tarde de leitura, jogos educativos inclusivos e palestras, além de contação de estórias em Libras, animando os alunos e instruindo os professores.

Para o superintendente da SEAD, João Rocha, a agenda é relevante à promoção da qualidade de vida dessa população. “Essa ação configura-se como uma oportunidade de reflexão sobre a importância da leitura como elemento indispensável à formação, lazer e conseguinte socialização do cidadão com deficiência”, analisa.

Mais de 250 stands estarão presentes nesta edição que tem como um dos pilares a sustentabilidade. Todos os expositores estarão munidos do Manual da Sustentabilidade com uma série de recomendações para um evento sustentável e com a Gestão Integrada dos Resíduos Orgânicos (GIRO) que orientará a separação de resíduos desde o momento de descarte até a reciclagem. Oficinas e palestras que abordam temas como economia criativa, compostagem entre outros também farão parte da programação da Bienal. A expectativa é mobilizar aproximadamente 610 mil pessoas.

O Governo de Pernambuco já vem desenvolvendo um conjunto de ações cuja finalidade é promover a inclusão da pessoa com deficiência através da cultura. Tendo em vista isso, no carnaval de 2011 foi instalado o Camarote da Inclusão que beneficiou foliões com deficiência oriundos de todas as regiões do Estado. E, durante o período da páscoa, realizou o evento Paixão Pela Acessibilidade que garantiu aos expectadores cegos e com baixa visão serviços de guia e audiodescrição do espetáculo da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém. Também a programação da Semana Estadual da Pessoa com Deficiência teve como programação sessões de cinema com audiodescrição, exposições de obras de arte acessíveis, entre outros.

Conforme dados do último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado tem cerca de 1.400 milhão de pernambucanos com deficiência.


Fonte: Portal do Governo do Estado de Pernambuco via Blog da Audiodescrição

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Inclusão social - 21/09/2011


No dia nacional de luta das pessoas com deficiência, exemplos de superação. Histórias de gente que enfrentou obstáculos e venceu preconceitos para ocupar um lugar no mercado de trabalho. Mesmo com a lei de cotas para os deficientes, é uma realidade difícil que não permite a inclusão de muitos profissionais.

Câmara Federal: CCJ Aprova Passe Livre para Acompanhantes de Deficientes

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou, nesta quarta-feira, proposta que concede passe livre ao acompanhante carente de pessoa com deficiência em viagens interestaduais. O benefício é válido quando o deficiente possuir limitação de discernimento para atos e vontades, sendo necessária a tutela intelectual de um assistente. A medida está prevista no Projeto de Lei 709/07 , do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS).

A proposta já havia sido aprovada pela Comissão de Seguridade Social e Família e rejeitada pela Comissão de Viação de Transportes. O relator na segunda comissão, ex-deputado Chico da Princesa, havia argumentado que já existe uma lei que obriga a União a arcar com os custos do transporte das pessoas com deficiência e de seus acompanhantes (Lei 8.742/93, que dispõe sobre a organização da Assistência Social). Uma outra lei, segundo ele, permite o aumento da tarifa das passagens no caso de aprovação da gratuidade prevista na proposta (Lei 8.987/95). Essas normas, segundo Princesa, iriam de encontro ao PL 709/07.

No entanto, de acordo com o relator na CCJ, Efraim Filho (DEM-PB), todas as regras citadas por Princesa estão previstas em leis ordinárias, que podem ser alteradas no caso de aprovação do PL 709/07. Se for aprovado o projeto, o que teremos é lei nova, de caráter geral, e que pode produzir efeitos na legislação já em vigor. Esse raciocínio somente estaria equivocado se as citadas normas legais houvessem sido veiculadas por lei complementar, explicou.

Tramitação

A proposta segue agora para análise do Plenário.

Fonte: Jus Brasil (21/09/11) in DeficienteCiente

Simpósio debate a empregabilidade de pessoas com deficiência

RenattodSousaTiveram início na noite desta quinta-feira (22), nas dependências da Câmara Municipal de São Paulo, o 3° Simpósio de Inclusão e Empregabilidade da Pessoa com Deficiência e o 1° Simpósio de Inclusão e Empregabilidade da Pessoa em Sofrimento Mental. O evento, que tem como objetivo discutir as possibilidades, dificuldades e barreiras para o ingresso de pessoas com deficiência no mercado de trabalho foi uma iniciativa dos vereadores José Police Neto, presidente da Câmara, e Floriano Pesaro, líder do PSDB na Casa.

“Temos de fazer um trabalho de conscientização. Vivemos numa cidade de diversidades, temos pessoas diferentes em todos os sentidos e a sociedade não aceita mais nenhum tipo de discriminação. E, além da capacitação imediata de quem já está em condições de ir para o mercado de trabalho, temos de entender que essa inclusão é um processo que deve ser feito desde a educação básica, com políticas inclusivas de crianças com deficiência estudando com as demais, para que nas gerações futuras essa integração já seja algo naturalizado entre elas”, disse o secretário de Acessibilidade e Inclusão do município, Marcos Belizário, durante a abertura do simpósio.

Antes da mesa de abertura, um grupo de oito jovens da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de São Paulo (APAE) apresentou um pequeno espetáculo encenando trechos da peça “Ópera do Malandro”.

O evento, que se estenderá pela sexta-feira (23) e sábado (24), debaterá questões como o financiamento de políticas para as pessoas com deficiência, o papel da universidade na formação de profissionais para a educação especial e a constituição de redes de apoio para o ingresso destas pessoas no mercado de trabalho.

Para o vereador Police Neto, a lição que os dois primeiros simpósios sobre o tema já realizado traz para esta edição do encontro é a de acreditar que é possível realizar ações para mudar a realidade das pessoas com deficiência na sociedade. “Temos de ter a capacidade de transformar nossas ações em realidade”, disse.

“Trata-se de um simpósio importantíssimo, com a realização de vários debates para que possamos incluir definitivamente na agenda da cidade e na política empresarial a inserção
dessas pessoas no mundo do trabalho. Temos de acabar com o preconceito que impede que essa potencialidade dessas pessoas sirva à sociedade”, completou Pesaro, o outro parlamentar organizador do simpósio.

Também marcaram presença na abertura dos simpósios o secretário municipal de Saúde, Januario Montone, que disse que o mercado deve reconhecer os deficientes como profissionais capacitados e parte integrante da sociedade e a vereadora Sandra Tadeu (DEM).

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Câmara Municipal de São Paulo Convida para Seminário sobre "Bullying???"

Terá lugar na
Câmara Municipal de São Paulo,
 no dia 26 de Setembro de 2011,
das 13h às 17h30min,
um seminário com o tema
"Bullying????".

O evento ocorrerá no Salão Nobre - 6º andar - do Palácio Anchieta
(sede do parlamento municipal), localizado no Viaduto Jacareí, nº 100 - Bela Vista - São Paulo SP

.Para participar, nscreva-se!

Ministro Haddad defende atendimento integral a aluno com deficiência

O ministro da Educação, Fernando Haddad, destacou nesta quarta-feira, 21, em Brasília, a importância do atendimento em tempo integral para o desenvolvimento do estudante com deficiência. Haddad participou da abertura do 2º Prêmio Experiências Inclusivas Educacionais – a Escola Aprendendo com as Diferenças, promovido pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), do Ministério da Educação.

“A criança especial precisa de atendimento integral, toda criança merece educação integral, sobretudo a criança com deficiência”, disse Haddad. “Nós queremos que a criança com deficiência esteja numa classe regular, mas que ela possa também, com uma segunda fonte de financiamento, receber o atendimento especializado, seja na escola pública, seja na escola parceira particular.”

O prêmio tem o propósito de identificar, valorizar e divulgar experiências de inclusão escolar de estudantes com deficiência nas escolas comuns de ensino regular. Serão premiados relatos de experiências das escolas públicas de educação básica e das secretarias de educação, além de textos narrativos produzidos por estudantes dos anos finais do ensino fundamental e médio, matriculados em escolas públicas.

Os programas de inclusão de crianças com deficiência em salas de aula do ensino regular favorecem a sociabilização e o aprendizado. “Antes, não era assim; muitas crianças estavam em escolas de atendimento especial ou não frequentam a escola”, disse Juliana Moreira Lopes, secretária de educação de Araçuaí, município de 40 mil habitantes no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. “No ensino regular, essas crianças ganham em aprendizado porque percebem que também podem aprender”, salientou. “Elas são desafiadas, e as pessoas passam a reconhecer o direito dessas crianças e a respeitá-las.”

As inscrições para o 2º Prêmio Experiências Inclusivas Educacionais – a Escola Aprendendo com as Diferenças estarão abertas até 31 de dezembro próximo. Mais informações na página eletrônica do prêmio.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Deputados Pedem Respeito aos Direitos dos Deficientes Físicos

Deputada
Rosinha da Adefal
A Câmara fez, nesta segunda-feira, uma sessão solene para lembrar o Dia Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência, comemorado no dia 21 de setembro. A Casa conta com três deputados portadores de deficiência: Rosinha do Adefal (PTdoB-AL), Mara Gabrilli (PSDB-SP) e Walter Tosta (PMN-MG).

“Todos mostramos que somos aptos para a missão à que fomos aclamados. Mesmo com preconceito e discriminação, chegamos ao Parlamento do País”, destacou Rosinha do Adefal. Ela agradeceu aos parlamentares que os antecederam e aos integrantes de movimentos sociais em favor da pessoa com deficiência, que lutaram pela igualdade de direitos e fim do preconceito. “Cada um dos que lutaram contra o preconceito e a discriminação nos ajudou a chegar até aqui.”

O deputado Amauri Teixeira (PT-BA) ressaltou que o número de deputados com deficiência é pequeno diante do total de 513 parlamentares na Casa. “Esta Casa não reflete o quadro brasileiro de quase 1 milhão de deficientes desse país. Os três representantes são cadeirantes. Não temos representante dos deficientes visuais, (pessoas) com de Síndrome de Down ou com outras deficiências. Mas é simbólico”, disse.

Entretanto, o deputado destacou que a Casa não fez as adaptações necessárias para garantir o acesso dos deficientes à Mesa no plenário. A deputada Rosinha do Adefal precisou ser carregada por seguranças para poder subir à Mesa. “Subi aqui carregada, correndo o risco de cair, para chamar atenção. É bom que o Brasil inteiro saiba que, apesar da nossa presença, ainda não conseguimos a reforma total desse plenário”, disse a deputada.

O autor do requerimento para a realização da sessão solene, deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), lembrou que ainda hoje há uma dívida social com o deficiente. “Em meados do século 20, faltavam direitos assegurados em lei. Não havia debates sociais e políticas públicas a respeito das pessoas com deficiência. Essa carência impôs sérias dificuldades em se fazer cobranças para que os direitos hoje assegurados sejam cumpridos em sua totalidade”, disse, ao lembrar que foi a partir da Constituição de 1988 que as políticas públicas para os deficientes começaram a ser garantidas.

Na sessão solene, foram entregues diversos títulos de honra ao mérito para entidades que lutam em favor dos deficientes, como a Associação de Pais e Amigos de Excepcionais (Apae) e a Associação Pestalozzi.

Fonte: Portal Terra (19/09/11) in DeficienteCiente

Steve Wonder Elogia Jobs pelo Trabalho de Acessibilidade para Deficientes no iPhone e iPad


Steve Wonder elogiou a Apple
e Steve Jobs pelas ferramentas
de acessibilidade


 O cantor norte-americano Steve Wonder deu seu parecer sobre os produtos criados por Steve Jobs, na Apple. Wonder elogiou a empresa por seus produtos com características marcantes de acessibilidade. Para o cantor, o recurso para usuários com necessidades especiais da empresa é melhor que o de qualquer outra grande companhia do setor.

Produtos como o iPhone 3GS, o iPod touch e o iPad já possuem recursos para pessoas com deficiências visuais. Um dos aplicativos criados pela Apple pode mudar a tonalidade da tela, útil para os que tem baixo grau de deficiência visual. Em outros, uma voz soletra o que está sendo digitado. Detalhe: esse aplicativo funciona em mais de 20 idiomas.

As facilidades criadas pelo sistema operacional iOS fizeram de Steve Wonder uma pessoa mais otimista: “porque não há nada no iPhone ou no iPad que vocês possam fazer que eu não possa”, concluiu o famoso cantor americano. O próprio Steve Jobs compartilha do otimismo de Wonder. O empreendedor já deu várias declarações reconhecendo que a Apple está realmente à frente da concorrência quando se trata de acessibilidade.

Steve Jobs enfrenta um grave problema de saúde que o fez pedir para deixar o cargo mais importante da Apple. O criativo já luta contra a doença há vários anos, pedindo, inclusive, vários afastamentos médicos para se tratar.

Em agosto de 2004, Jobs se submeteu a uma cirurgia para retirada de tumor maligno no pâncreas, e de lá para cá, o empresário teve que se afastar duas vezes do cargo, em 2009 e 2011, para cuidar da doença.

(Fonte: Techtudo – 20/09/11 in DeficienteCiente)

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Invisível (Rosa de Saron) / Deficiência em evidência.


ste vídeo tem como objetivo retratar as dificuldades que os deficientes passam no seu dia a dia, e que se superam de todas as fomas, dando-nos cada dia uma lição de vida, mesmo sendo quase sempre invisíveis para a sociedade.

Autora: Rosivane Ribeiro

Fonte: Youtube


Bote Fé 2011 - Pe Julio Lancellotti e Luiz Fernando

CPI discute reforma do Conselho da Pessoa com Deficiência na Câmara Municipal de São Paulo

(20/09/2011 - 12h50)

A reforma do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida foi tema da reunião desta terça-feira da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Acessibilidade.

Segundo o presidente da CPI, vereador Gilberto Natalini (PV), a modernização do conselho é necessária porque ele se encontra desatualizado em relação aos padrões atuais, já que seu modelo foi concebido há mais de 20 anos. "O conselho hoje é composto por sete membros da sociedade civil, sem ninguém do governo. Agora, com o projeto que está sendo discutido e com o substitutivo que o prefeito está aceitando votar e aprovar, o conselho será paritário, com 15 membros indicados pelo governo e outros 15 da sociedade civil", explicou Natalini.

"Achamos importante ter um conselho condizente com a legislação federal e estadual porque São Paulo é muito grande. Temos 1,5 milhão de deficientes, e essa atualização será importante para fazer a cidade caminhar", acrescentou o vereador.

A reforma do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida está prevista no Projeto de Lei 520/2008, de autoria do Executivo. Como a propositura deixava de fora alguns pontos, um substitutivo foi elaborado a partir de discussões envolvendo pessoas e entidades ligadas à causa e, agora, a Câmara espera receber esse novo texto para colocar o tema em votação.

"A partir da chegada do substitutivo, a CPI vai se pronunciar e fazer a articulação para que ele seja votado o mais rápido possível, corrigindo alguma distorção que eventualmente tiver", comentou Natalini.

Rock in Rio terá ônibus especial para deficiente físico

A Secretaria municipal de Transportes informou que nenhum veículo terá acesso à porta de entrada do evento, nem veículos com licença especial de estacionamento para deficientes físicos. Todos os acessos estarão interditados e não haverá estacionamentos, de acordo com a secretaria.

Embarque e desembarque nos ônibus especiais

De acordo com a empresa, serão disponibilizadas cadeiras de transbordo para quem necessitar, mas é preciso que o usuário informe o dia, a hora e o ponto do passageiro para que a empresa possa providenciar as cadeiras para estes veículos. Os motoristas, segundo a RioCard, são treinados para dar toda a assistência necessária para o embarque e desembarque. O RioCard Rock in Rio custa R$ 35.
A empresa informou que o embarque será feito da seguinte maneira: a cadeira de rodas do passageiro será guardada no ônibus, enquanto ele realiza o trajeto na cadeira de transbordo, fornecida pela empresa.

No desembarque ele será transferido para a própria cadeira, de onde segue até a entrada da Cidade do Rock. A RioCard informou que a distância entre o ponto final e a entrada para o evento é de cerca de 250 metros, e que o percurso será facilitado, pois não haverá tráfego de veículos nesse local.

Na saída dos shows, haverá cadeiras de transbordo à disposição de quem precisar. Basta o passageiro solicitar para que seja feito o mesmo procedimento da ida. Os deficientes e seus acompanhantes terão preferência do uso da primeira fila de poltronas nos ônibus.

Ônibus comum

Quem usar o ônibus comum vai parar mais longe da Cidade do Rock. Mas, de acordo com a Secretaria de Transporte do município, mais da metade da frota dos ônibus comuns já é equipada com dispositivos de acessibilidade.

Na Cidade do Rock

Dentro da Cidade do Rock haverá pontos especiais para cadeirantes. A entrada será feita pela extremidade esquerda das catracas de acesso. De acordo com a organização do evento, toda a Cidade do Rock é preparada para receber deficientes físicos.

Para os shows, será instalada uma plataforma, que, no palco principal ficará perto da tirolesa, do lado esquerdo, e outra no palco Sunset. Cada cadeirante poderá subir com um acompanhante.

FONTE: G1 / RJ in O DIÁRIO - Londrina

Entrevista; FLÁVIO CALDEIRA

“Se a lei só existir no papel,
é uma questão jurídica
e burocrática, a lei tem que ser
posta em prática,
tem que estar nas ruas
e na sociedade,
é uma questão
de educação também.”
Através desta matéria, publicada originalmente no blog DeficienteCiente,  você vai conhecer a história do paulistano Flávinho Caldeira, mestre em fazer fotomontagens que são publicadas no Facebook, para a diversão das pessoas com e sem deficiência..

"Se você parar em qualquer grande avenida de São Paulo e esperar para ver esse táxi “fantasma” adaptado, vai criar raízes no lugar onde parou… Foi mal planejado, mal aplicado, mal difundido e mal fiscalizado.”

Como você se tornou uma pessoa com deficiência?

Foi em um acidente automobilístico, voltando de uma viagem de trabalho. Estava voltando de Goiás para São Paulo de ônibus e na última parte da viagem, entre Ribeirão Preto e Cravinhos, o motorista dormiu ao volante e ocasionou um grave acidente com capotamento do veículo, deixando seis mortos, muitos feridos e infelizmente eu fui o ferido mais grave me tornando tetraplégico!

Como foi sua adaptação nessa nova vida?

Muito bem colocada a pergunta! Realmente vejo assim, como uma nova vida. Foi muito difícil, acredito que seja assim para todos, mas acho que de uma maneira ímpar, pois cada pessoa tem seu tempo, sua forma de percepção e reação à nova condição. É um campo novo a ser explorado e compreendido rapidamente, pois nada vai parar no mundo para te esperar… tudo segue o seu curso!

Na sua vida profissional, enfrentou muitas dificuldades?

Muitas, pois tive que mudar totalmente de área. Trabalhava com segurança privada e com eventos, um ramo em que a aparência é muito importante, ou seja, depois de uma reabilitação longa e muito conturbada, simplesmente não tinha para onde voltar, tive que me reinventar aí também!

Como foi a experiência de se reapresentar aos amigos e familiares como PcD?

Foi difícil, desagradável e de inesperadas reações das duas partes. A questão, é que tem um tempo de maturação nesse processo. Muitas pessoas se afastaram, outras se aproximaram e os significados de parentesco e amizade, ganham novas cores e nuances, é quando você percebe que entre o branco e o preto, há uma vasta variação de cinza!

Como você vê a questão dos táxis adaptados na cidade de São Paulo?

Se você parar em qualquer grande avenida de São Paulo e esperar para ver esse táxi “fantasma” adaptado, vai criar raízes no lugar onde parou. Esse é um serviço de vital importância para a cidade, que muito infelizmente é um “natimorto”. Foi mal planejado, mal aplicado, mal difundido e mal fiscalizado. Tem um custo muito alto, para a adaptação do táxi, sem nenhuma contrapartida de redução de impostos a quem faz o investimento. Não houve incentivo, não há de fato o serviço, só houve propaganda de vereadores espertos, que hoje são deputados e inaugurações de um prefeito incompetente!

Com a vinda das leis que se referem à acessibilidade, para você, quais são os pontos positivos e negativos nessa questão?

Sem entrar no mérito de uma ou outra dessas leis, acho que em geral o Brasil nesse e em outros temas, tem leis modernas e até avançadas. Acredito que o problema, é a não aplicação e fiscalização dessas leis. Se a lei só existir no papel, é uma questão jurídica e burocrática, a lei tem que ser posta em prática, tem que estar nas ruas e na sociedade, é uma questão de educação também. Vemos com frequência, carros oficiais que estacionam em vagas destinadas a pessoas com deficiência, é um absurdo é como chamar o bandido, para prender a polícia!

Você é uma pessoa muito criativa. Percebe-se isso na Rede Social Facebook, onde você costuma publicar fotomontagens repletas de humor e criatividade. Como levar uma vida bem humorada após tornar-se uma pessoa com deficiência? Qual é o segredo?

Acredito que o bom humor, seja um traço da minha personalidade, já era bem humorado antes de me tornar tetraplégico e logo percebi, que diante e depois de tudo que passei, o mau humor não me ajudaria em nada. É claro que tenho lá meus dias ruins, tenho contas para pagar como todo mundo e não sou o cara mais fácil do mundo, mas faço meu esforço para tentar melhorar e me manter bem, com a cabeça boa, é um exercício diário.

Deixe uma mensagem aos leitores do blog Deficiente Ciente.

Eu sempre fui uma pessoa muito independente, perder essa independência repentinamente, me jogou para baixo é natural, mas a vida é maior que tudo. Ninguém espera uma deficiência ou depende de uma tragédia, para ver as cores mais vivas, a que muitas pessoas que passam a ter uma deficiência dizem ver. Não estou dizendo que é fácil, não é, mas é possível se reinventar, continuar, mudar e viver a vida com dignidade e alegria. Vamos precisar mais dos outros, vamos ter que ter mais paciência, mas é possível… É possível amigos, não desistam!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Camara Municipal de São Paulo promove Simpósio sobre Empregabilidade

A Câmara Municipal de São Paulo realiza de quinta-feira a sábado o 1º Simpósio de Inclusão e Empregabilidade da Pessoa em Sofrimento Mental e o 3º Simpósio de Inclusão e Empregabilidade da Pessoa com Deficiência. O objetivo do evento é discutir as possibilidades, dificuldades e barreiras para o ingresso de portadores de deficiência no mercado de trabalho.

O encontro é uma iniciativa dos vereadores Floriano Pesaro e José Police Neto. As mesas temáticas debaterão questões como o financiamento das políticas para a pessoa com deficiência, o papel da universidade na formação de profissionais para a educação especial e a constituição de redes de apoio para o ingresso destas pessoas no mercado de trabalho, entre outros assuntos.

Participarão do simpósio a deputada federal Mara Gabrilli; Maria Alice Bezerra Cutrim, da Fundação Seade; Sonia Casarin, do Instituto Olga Kos; Roberta Galasso, da Unifesp; Izabel Ghirard, da USP; Carlos Aparício Clemente, coordenador do Espaço da Cidadania; Daniela Polzer Delgado, da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida; além de representantes de universidades e professores.

As inscrições devem ser feitas por e-mail, no endereço seli@seli.com.brEste endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. , ou pelo telefone (11) 3715-9086, informando nome, empresa, cidade, telefone, e-mail, se possui algum tipo de deficiência e qual a ferramenta de acessibilidade necessitada.

O encontro acontecerá no Auditório Prestes Maia da Câmara Municipal (Viaduto Jacareí, 100, Bela Vista). As datas e horários são os seguintes:

22/09: das 19h às 22h
23/09: das 8h30 às 18h30
24/09: das 8h30 às 17h

O Evento é aberto ao público em geral.

Mais informações com Fernando (Câmara Municipal de São Paulo), pelo fone: (11) 3396-4900.

domingo, 18 de setembro de 2011

Insulina contra Alzheimer: melhora em 20% a memória do paciente

A insulina, usada em diabéticos, para regular níveis de açúcar no sangue, poderá ser usada também no tratamento do Mal de Alzheimer.
Uma pesquisa americana indica que, quando aplicada pelo nariz, a insulina ajuda a melhorar as funções cognitivas de pacientes com demência leve ou grave. Ela ajuda a reparar as celulas e protege contra toxinas
De acordo com os pesquisadores, a insulina aparentemente protege contra os efeitos tóxicos da beta-amiloide, uma proteína relacionada às placas cerebrais associadas à demência. A substância previne ainda a formação de uma forma tóxica da proteína tau, que são biomarcadores encontrados nos pacientes com Alzheimer.




“Acredita-se, então, que ela possa modificar o curso do Alzheimer”, diz Suzanne Craft, coordenadora do estudo e professora de psiquiatria na Universidade de Washington, nos Estados Unidos.
Os pesquisadores afirmam, no entanto, que é ainda é prematuro se pensar na insulina como um tratamento único, a ser usado em breve. Isso porque o estudo analisou apenas 104 pacientes, e há a necessidade de que ele seja repetido em larga escala antes que sua eficácia seja de fato comprovada.
Durante os testes, os pacientes tratados com insulina tiveram uma melhora de 20% na capacidade de se lembrar de informações. Eles também demonstraram uma melhora no metabolismo de glicose em algumas áreas do cérebro – os que tomaram placebo tenderam a ter uma piora nesse metabolismo. O tratamento apresentou alguns efeitos colaterais ocasionais, como dor de cabeça leve e corrimento nasal. Detalhes na Veja.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Entrevista do dia, com Mara Gabrilli (Ao vivo) - 15/09/2011

Fantástica a entrevista de Mara Gabrilli ao Jornal da Gazeta, edição do dia 15 de Setembo de 2011. Não deixem de ver e, principalmente, de refletir a respeito!

Câmara dos Deputados fará atividades em comemoração ao Dia Nacional das Pessoas com Deficiência

A Câmara dos Deputados realiza, entre os dias 19 e 30 deste mês, uma série de atividades em comemoração ao Dia Nacional das Pessoas com Deficiência (21 de setembro). Entre as atividades comemorativas está a realização de uma sessão solene em homenagem ao Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência. A solenidade, que será no dia 19, às 10h, marca a abertura das comemorações.

Durante sessão, haverá apresentação da banda da Apae/DF e exibição de um episódio da série de programetes "Convivendo com as diferenças", desenvolvida pela TV Câmara.

A partir do dia 19, serão abertas as visitas especiais, acompanhadas de guia, para pessoas com deficiência visual e auditiva. Nesta modalidade, serão disponibilizadas visitas com modalidade tátil, para pessoas com deficiência visual, e em libras, para quem tem deficiência auditiva. As visitas, que serão oferecidas até o dia 30, deverão ser agendadas pelo telefone (61) 3216-1771 ou por e-mail: visitas@camara.gov.br.

De 21 a 30 de setembro, no Salão Branco do Congresso Nacional, será aberta a exposição itinerante “Memorial da Inclusão: os Caminhos da Pessoa com Deficiência”. A programação completa das comemorações do Dia Nacional das Pessoas com Deficiência podem ser acessadas no portal www.camara.gov.br. As atividades são realizadas com o apoio do Memorial da Inclusão e da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Estado de São Paulo.



Fonte: Assessoria de Comunicação Social da Câmara dos Deputados,
via Secretaria dos Direitos Humanos do Governo Federal

Bonecos Ensinam Respeito a Vagas de Deficientes e Idosos em SP

Folha de S. Paulo (15/09/11

Prefeitura de Guarulhos usa bonecos para orientar a população
sobre vagas preferenciais em estacionamentos


Bonecos coloridos, em tamanho real, estão sendo usados pela Prefeitura de Guarulhos (Grande São Paulo) para mostrar aos motoristas a importância do respeito às vagas para idosos e deficientes.

A campanha leva os bonecos, que retratam um menino cadeirante e uma idosa, para shoppings e supermercados e os posiciona justamente nas vagas reservadas. Uma placa que diz “obrigado por respeitar as vagas exclusivas” dá o recado.

Além de utilizar os bonecos, a prefeitura também está distribuindo folhetos educativos e colocando avisos nos carros já parados nas vagas reservadas, questionando se o motorista está agindo corretamente.

A iniciativa nasceu em 23 de agosto, durante a Semana da Pessoa com Deficiência do município, e não tem prazo para acabar. Já ocorreu em nove pontos da cidade e atingiu, segundo a prefeitura, cerca de 8.000 pessoas.

“Na via pública a prefeitura pode autuar o motorista [que para na vaga sem ter um selo que comprove o direito], mas em mercados e shoppings, não. Por isso, é importante conscientizar a população”, diz Fernanda Mayumi, gerente de educação para o trânsito da Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito de Guarulhos.

MULTAS

Nas vias públicas, quem estaciona em local reservado sem ter um selo que comprove a necessidade pode levar multa de R$ 53,20, além de três pontos na carteira.

Na capital paulista, o desrespeito às vagas exclusivas rende 88 multas diárias.

A infração teve alta de 52,6%, segundo dados da CET. Entre março e dezembro do ano passado, a companhia regis­trou 20.736 autuações.

Só no primeiro semestre deste ano, foram 15.825. O balanço mostra que a média mensal de multas passou de 1.728 para 2.638.


É muito interessante a ideia de conscientizar as pesssoas para essa questão. No entanto sabemos que várias campanhas sobre conscientização foram feitas em vários Estados brasileiros, porém o desrespeito continua. Até mesmo autoridades governamentais estacionam seus carros nessas vagas, sem nenhum constrangimento. Ainda acreditamos que a fiscalização e a punição já deveriam estar ocorrendo há muito tempo, inclusive com uma multa mais pesada. Em Manaus, a partir de novembro, o motorista que estacionar o carro irregularmente será punido. Que essa iniciativa sirva de exemplo para outros Estados. (Nota do blog DeficienteCiente).

Câmara Municipal de São Paulo recebe simpósio sobre doenças neuromusculares

((15/09/2011 - 17h10)

A Câmara Municipal de São Paulo recebeu nesta quinta-feira o primeiro Simpósio Brasileiro de Doenças Neuromusculares, organizado pela Organização de Apoio aos Portadores de Distrofias (OAPD). O evento, trazido à Casa pelo vereador Claudio Fonseca (PPS), reuniu médicos, fisioterapeutas e pesquisadores em um dia de palestras que abordaram os diferentes tipos da doença.

As distrofias são doenças genéticas e degenerativas que afetam os músculos. Há mais de trinta tipos diagnosticados, entre eles a Distrofia Muscular de Duchenne, forma mais comum da síndrome, com incidência de um a cada 3.500 nascimentos do sexo masculino, segundo a OAPD.

O secretário municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Marcos Belizário, participou da mesa de abertura do simpósio e destacou a possibilidade de o evento chegar a conclusões práticas, que poderão resultar em um melhor atendimento na rede pública de saúde. Belizário aproveitou a ocasião para anunciar a inauguração de duas novas sedes da AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente), nas zonas Norte e Sul de São Paulo.

Para Claudio Fonseca, embora a cidade tenha avançado no sentido de se tornar mais inclusiva, como resultado de políticas bem sucedidas na educação, saúde e cultura, o poder público ainda precisa agir para que a sociedade abra espaço para as diferenças.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Hidrocefalia

Devo ter uns quatro ou cinco amiguinhos ou ‘perseguidores’ nas danadas das redes sociais. E como a vida tem, atualmente, passado por esses tais de facebook e twitter.


Ali a gente conta bobeirinhas do dia a dia _ontem mesmo eu disse que pelei a juba _ conta umas piadas pros meninos darem risada _minha especialidade_ e promove uma intensa troca de informações.

Tem quem seja arredio a essas novidades tudo, mas penso que tem muita coisa bacana nesses espaços virtuais. E foi uma delas que encontrei, de bobeira, num dia de tuitadas: o doutor Hermes Prado Júnior.

O cara é simplesmente genial e faz um trabalho tão diferençado quanto ‘maraviwonderful’. O seu dotô, que tem a veia artística tão aguçada como a médica, faz ilustrações diversas para que outros médicos e leigos entendam “difinitivamente”, como diria minha tia Filinha, como se dão certos processos no corpo humano, como se desenvolvem algumas “doenceiras”.

A forma como ele explica os trem é tão didática que impressiona. Raros são os médicos que estão verdadeiramente interessados em fazer seus pacientes entenderem o que, de fato, os acomete, né, não?!

E, pra mim, é fundamental você saber direitinho qualé o pente que te penteia… . Com informação sobre a nossa ‘malacabação’, podemos ajudar pessoas a ser melhor orientadas em busca de tratamentos, terapias, e tudo mais.

Para não poluir muito a exibição, optei por não colocar legendas, mas a quantidade de informações visuais ao longo do vídeo é riquíssima e vai dar pro povo que tem o escutador de novela prejudicado entender bem!

Hoje, a aula do doutor Hermes Prado Jr é sobre uma anormalidades que rola na formação dos cérebro e causa a hidrocefalia, dodói que prejudicou tanta gente que o tio já contou a história por aqui, né? Para ler uma delas, clica no bozo!

Vale demais da conta aprender como o lance acontece, como ele é contornado pela medicina, como pode se complicar e tudo mais! Bora ver?!




Para quem precisa do link direto, tá aqui:

http://www.youtube.com/watch?v=CXBJsTJ64ek


Escrito por Jairo Marques

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O que eu preciso para assistir TV com audiodescrição?

Publicado em 11/09/2011 por Ricardo De Melo em Informática Acessível

Desde o dia 1º de julho de 2011 as emissoras de televisão estão obrigadas a transmitir pelo menos 2 horas de programação audiodescrita, certo? Pois bem, já sabemos disso (ou deveríamos saber) e por consequência sabemos o que é audiodescrição. No entanto a dúvida maior da galera com deficiência visual é saber como receber essa programação, quais os aparelhos e como configurar a TV para este recurso.

Estou escrevendo este artigo em um sábado pela manhã e resolvi dar uma zapeada nos canais de televisão para ver se tem algum programa interessante que fique melhor ainda com audiodescrição. O resultado você já sabe, não tem nada decente na TV passando nesse horário ou em qualquer outro horário e dia. Se todos esses programas tivessem audiodescrição você teria noção real do quão ruim é nossa programação.

Pô, desse jeito não estou animando ninguém a assistir TV com audiodescrição né?

Bom, o que importa é ter os recursos necessários para habilitar a audiodescrição na TV da sua sala, e quanto a qualidade da programação, deixo por conta de cada um, afinal gosto não se discute.

Qué pagá quanto?

Pra começar você vai ter que fazer um investimento de aproximadamente R$ 1.500,00. Ficou mais desanimado ainda né meu querido? Calma, calma! Eu explico porque tu vai ter que meter a mão no bolso, ok?

A audiodescrição, no caso de um conteúdo audiovisual, é um canal de áudio alternativo que pode ser executado em paralelo ao áudio original, podendo dessa forma ser ativado ou desativado ao gosto do telespectador. É obvio que há produções em que a audiodescrição está na mesma trilha do áudio original fazendo com que você não tenha a opção de ativá-la ou desativá-la.

Você provavelmente já deve ter ouvido falar da tecla SAP no controle remoto da sua televisão não é? A sigla SAP quer dizer Second Audio Program (em português: Segundo Programa de Áudio). Pois bem, ao ativar a tecla SAP o programa ou o filme que você está vendo mudará o áudio principal, normalmente o áudio em português (dublado) para o áudio original, normalmente em inglês. Muito bom para aprender outra língua. Tente assistir Todo mundo odeia o Chris assim, a sensação de não estar vendo algo repetitivo é bem menor.

Só que aí entra um problema, os televisores analógicos, conhecidos como tevês de tubo, suportam apenas 2 canais de áudio. Em um canal fica o áudio dublado e no outro o áudio original. Onde é então que o áudio da descrição vai ficar?

É agora que você vai meter a mão no bolso e ir direto nas Casas Bahia comprar uma TV Digital!

Nota do autor: Infelizmente as Casas Bahia não estão patrocinando este artigo.

Porém segue um aviso: Não confunda TV Digital com televisão de LCD ou Plasma. Nem todas as televisões de LCD ou Plasma estão prontas para receber o sinal da TV Digital Brasileira. Pra não ficar muito técnico o que você precisa saber na hora da compra é que a TV precisa ser Full HD e ter o conversor (Set-top Box) embutido. Dessa maneira sua TV de LCD/Plasma receberá o sinal da TV digital sem problemas.

Também há a opção de se comprar um Set-top box externo, que pode ser conectado tanto na TV de LCD/Plasma quanto em uma TV de tubo. É através do Set-top box que a televisão recebe o sinal da TV digital. Um conversor desse tipo custa entre R$ 400,00 e R$ 800,00.

Você pode se perguntar agora: "Num entendi nada! Pra que eu vô querê TV digital se eu num enxergo nada?"

Basicamente o sinal da TV digital Brasileira possui 4 canais de áudio possibilitando assim a inclusão do canal da audiodescrição.

Então tá na hora de pegar sua bengala e seu óculos escuro e ir na loja e pedir ao vendedor uma televisão de LCD de 40 polegadas com alta definição, com conversor embutido e pelo menos 3 canais de áudio. Se o vendedor se recusar a vender e quiser te empurrar um rádio de pilha, chame o gerente!

Quando sua tevê nova chegar, retire a tevê antiga da estante cuidadosamente e jogue-a na parede com toda força do mundo ou peça para um mecânico emprestar um machado para cuidadosamente dar umas boas machadadas nela. Quando a tevê antiga estiver toda despedaçada, coloque a sua tevê de LCD ou Plasma na estante, ligue-a.

Lista de programas com audiodescrição

Agora que temos uma televisão preparada para reproduzir conteúdo com audiodescrição, precisamos saber, quais os programas e os horários para assistirmos. A programação abaixo, foi retirada do blog Com Audiodescrição.

  • Domingo às 14 horas na Globo: Temperatura Máxima;
  • Segunda-feira às 22 horas na Globo: Tela Quente;
  • Quarta-feira às 0:30 na MTV: Comédia MTV;
  • Sexta-feira às 18 horas e Sábado às 6 horas no SBT: Chaves;
  • Sábado às 22 horas e 15 minutos na MTV: Comédia MTV.
Como podemos perceber, mesmo sob força de lei, muitas emissoras não disponibilizaram, ou pelo menos não divulgaram, nenhum programa com audiodescrição. Mas a tendência é que tenhamos em breve conteúdos mais diversificados e com qualidade melhor. Pra finalizar uma curiosidade: Você consegue assistir Chaves com audiodescrição mesmo em uma TV analógica e sem conversor, basta ativar a tecla SAP. Isso ocorre porque no Chaves não há o áudio original (Mexicano). Será que o SBT fez de propósito ou foi sem querer querendo?

Silêncio, sons e letras




“Temos que expandir os nossos horizontes e possibilidades, e não limitá-los”, diz Paula Pfeifer, surda oralizada, em conversa para o PMG.
Paula Pfeifer, 29 anos, é formada em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Quando criança, começou a ter problemas com sua audição e descobriu que sofria de uma severa deficiência auditiva. “Começou na infância - naquela época eu ouvia muito mais do que ouço hoje. Atualmente, sem aparelhos, não escuto praticamente nada”, diz. 


Para se comunicar e ter contato com o mundo dos sons, Paula usa aparelhos auditivos de última geração, o que a tornou uma apaixonada pela tecnologia. Blogueira de carteirinha, Paula é surda oralizada - além de falar português e inglês, se vira em outros idiomas. “Arranho um espanhol e entendo muito bem francês”, diz.


Autora de dois blogs, Paulla escreve para o Sweetest Person, que recebe cerca de 200 mil acessos mensais, e o Crônicas da Surdez, onde fala sobre suas viagens pelo mundo, publica depoimentos de leitores com deficiência auditiva, opina sobre acessibilidade, posta dicas de filmes, livros, entre outros assuntos, que chamam atenção de muitos leitores. Conversamos com ela sobre isso e muito mais, confira!


Portal Mara Gabrilli: Você é formada em Ciências Sociais, já passou por dificuldades de acesso ao ensino?


Paula Pfeifer: Sou surda oralizada, ou seja, além de ter a deficiência 'invisível', não uso Libras - e isso faz com que as pessoas achem que eu deva 'me virar'. No colégio e na faculdade, penei com os professores que falavam de costas para mim. Quem é surdo perde MUITO (para não dizer tudo) do que é dito em sala de aula, e precisa quadriplicar os estudos em casa. Cansei de sair tonta das aulas e com dor de cabeça de tanto esforço que precisava fazer na leitura labial.


PMG: Você também é funcionária pública, como foi ingressar no funcionalismo público?


Paula: No início foi um pouco estranho, pois foi a primeira vez na vida que precisei lidar com a palavra deficiência, e também com a ignorância e maldade alheias. Mas penso que pessoas com deficiência têm a missão de agir como disseminadores de informação, ou seja, em vez de apenas ficar triste com comentários e atitudes dos outros, é muito mais útil educar essas pessoas a respeito do assunto. Não se pode esperar que quem não lide com qualquer tipo de deficiência no dia-a-dia tenha algum conhecimento sobre isso.


PMG: Que ideias você expõe no ‘Crônicas da Surdez’?


Paula: O Crônicas é um mix interessante: falo das minhas viagens pelo mundo, publico muitos depoimentos de leitores com deficiência auditiva, falo do que considero certo e errado em termos de acessibilidade, posto dicas de filmes, livros, etc.


PMG: E qual a receptividade dos seus leitores? Eles se interessam pelo universo da surdez?


Paula: Com certeza. Recebo emails todos os dias de leitores do Brasil todo, de Portugal, de médicos, fonoaudiólogos, psicólogos e profissionais que lidam com pacientes com deficiência auditiva.


PMG: Além do Crônicas da Surdez você também tem outro blog, o Sweetest Person, você sempre gostou de escrever?


Paula: Sempre, e muito. E de ler também. O Sweetest Person alcança quase 200.000 pessoas por mês e isso me deixa muito feliz.


PMG: Por falar nisso, seu trabalho de conclusão de curso fala sobre a Paula: escolha que a família do surdo faz sobre a modalidade linguística, que seria a oral ou de sinais. E na sua família, como ocorreu esta escolha?


Paula: Minha surdez foi pós-lingual, ou seja, não haveria motivo nenhum para que eu aprendesse Libras. É preciso desmistificar de uma vez por todas a idéia errada de que todo surdo é mudo, todo surdo usa Libras, todo surdo precisa de intérprete. A surdez é uma deficiência heterogênea, e além disso muitas pessoas perdem a audição depois de adultas. Os surdos oralizados têm necessidades totalmente diferentes dos surdos sinalizados.


PMG: Qual a sua opinião sobre a educação bilíngüe?


Paula: Penso que os surdos pré-linguais terão muito mais oportunidades profissionais e educativas na vida se optarem pela educação bilíngue. De certa forma, usar apenas a Libras é ser um estrangeiro dentro de seu próprio país. Se eu tivesse nascido totalmente surda e tido a Libras como primeira língua, não abriria mão, de jeito nenhum, de aprender o português. Especialmente porque não gostaria de viver presa somente a um grupo de pessoas e nem de viver em função da minha deficiência. Sei que a maioria dos surdos sinalizados não quer se 'submeter' ao mundo dos ouvintes e não quer se comunicar oralmente, mas, na minha opinião, é muito importante que se saiba, ao menos, ler e escrever em português. E, porque não, em todas as línguas que se tiver vontade: inglês, espanhol, francês, italiano, etc. Temos que expandir os nossos horizontes e possibilidades, e não limitá-los.


PMG: O Governo tem acatado as críticas da comunidade surda?


Paula: O governo acata o senso comum burro de que todo surdo é mudo, todo surdo usa Libras, todo surdo precisa de intérprete e de tecnologias completamente obsoletas e inúteis como o telefone TDD. Ocorre uma exclusão dentro do próprio grupo de excluídos: agem como se os surdos oralizados não existissem. A prova disso é que são disponibilizados intérpretes de Libras em escolas, faculdades, bancos, etc.., mas qualquer pedido de acessibilidade para surdos oralizados (SMS, email, chat, internet) é negado.  A acessibilidade para oralizados não exclui a dos sinalizados, pelo contrário, elas se complementam.


PMG: E como é a acessibilidade no Rio Grande do Sul?


Paula: No Rio Grande do Sul, surdos oralizados se vêem de mãos atadas no quesito acessibilidade. Escrevi um post sobre isso na semana passada. Polícia, bombeiros, ambulâncias, bancos e serviços de primeira necessidade precisam urgentemente estabelecer atendimento através de chats 24hs, SMS ou email. Quem não escuta no telefone e não tem o obsoleto TDD em casa faz o que? Morre de infarte, vê a própria casa pegar fogo, arca com os gastos de um cartão clonado? Não acho justo. Pelo menos a Concepa (concessionária de algumas rodovias no RS) já instituiu o atendimento via SMS - assim, se eu me acidentar sozinha na estrada à noite, por exemplo, posso chamar o resgate mandando uma mensagem em vez de morrer presa nas ferragens.


Acessibilidade em cursos de arquitetura é debatida em CPI ca Câmara Municipal de São Paulo

(13/09/2011 - 13h44)

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Acessibilidade recebeu nesta terça-feira representantes de cinco faculdades de arquitetura e urbanismo da cidade de São Paulo, que falaram tanto sobre a formação dos futuros arquitetos quanto das possíveis contribuições que os acadêmicos podem dar aos vereadores no embasamento técnico da legislação relacionada à acessibilidade.

Questionado sobre a ausência de uma disciplina específica de acessibilidade nos cursos de arquitetura, Fabio Mariz Gonçalves, da Universidade de São Paulo (USP), afirmou que é contra a criação de uma cadeira sobre o tema, e que sua opinião é consenso entre os acadêmicos.

"Da mesma forma que não existe uma disciplina para tratar de evacuação de incêndio ou sobre janelas, porque são itens fundamentais, todos os profissionais concordam que seria um absurdo criar disciplina específica para acessibilidade", disse. Mariz Gonçalves explicou que os docentes de todas as disciplinas se preocupam em orientar seus alunos para que criem sempre projetos acessíveis e sustentáveis.

Paula Katakura, das Faculdades Integradas Alcântara Machado (FIAM), acredita que "todas as escolas estão abordando a acessibilidade". Ela também é contrária à existência de uma disciplina específica. Já Maria Prolin, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, afirmou que leciona uma matéria optativa que trata, entre outros temas, da acessibilidade de maneira aprofundada, porém concorda que o mais importante é ter o assunto como parte de todas as disciplinas de projeto.

O vereador Natalini (PV), presidente da CPI, afirmou estar satisfeito com a forma com que os cursos de arquitetura estão preparando os profissionais. "Me parece que o trabalho tem sido feito", disse o parlamentar, referindo-se tanto ao ensino técnico quanto à orientação sobre legislação. Em todos os cursos, docentes afirmaram que há especialistas em leis.

Os representantes das cinco faculdades de arquitetura presentes na reunião da CPI concordaram em contribuir com a Câmara Municipal no sentido de buscar mudanças na legislação que tornem a cidade São Paulo mais acessível. "As leis dão conta de algumas questões, mas ficam devendo em outras. Não adianta, por exemplo, construir rampas em edifícios onde a própria topografia do bairro já condena a mobilidade", disse Fabio Mariz Gonçalves, que destacou as calçadas como entrave à mobilidade urbana.

Para ele, São Paulo enfrenta um problema "muito maior do que a adaptação dos prédios" e está muito atrasada. "Até em países mais pobres, como o Paraguai, você vê as calçadas tratadas. É uma questão de cidadania", argumentou o arquiteto.

Fonte: CMSP

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

PUNKY - Primeiro seriado infantil que tem personagem principal com síndrome de Down

Criado por J. Lindsay Sedgwich, Punk é uma série da TV americana, que conta histórias da vida cotidiana de uma garota de seis anos que tem Síndrome de Down.
Punky é o primeiro desenho animado do mundo com um personagem que tem Síndrome de Down.

 A série da Empresa “Company Entertainment” tem recebido muitos elogios e aplausos de pais do mundo inteiro, por mostrar que uma criança com síndrome de down pode levar uma vida normal como qualquer outra criança.

Como qualquer garotinha de seis anos, Punky é divertida, carinhosa e vive com sua mãe, irmão, avó e o cão “Rufus”.

Prevê-se que o seriado Punk terá milhares de fãs devido à humanidade de seu personagem.

O produtor Rourke Gerard, diz: “Queremos que os espectadores em idade pré-escolar descubram que uma criança pode ter uma deficiência. As crianças olham o personagem e não a deficiência. Punk não é uma pessoa síndrome de down, mas uma pessoa com síndrome de down. Se pudermos passar essa mensagem a essa geração, então criamos uma série muito proveitosa.”.

A empresa doará metade das comissões de vendas para Educação Síndrome de Down Internacional.

“Queremos que Punk torne-se uma embaixadora mundial de crianças com síndrome de Down e crianças com dificuldades de aprendizagem, quebrando assim estereótipos e defendendo a alegria da individualidade”, afirma Rourke Gerard.

Acesse o site http://www.punky.ie/  e assista a um episódio.

‎4º Congresso Nacional de Diversidade e Inclusão

O IV Congresso Nacional de Diversidade e Inclusão – CONADI’2011 tem como eixo orientador a abordagem dos diferentes tipos de Informação voltada para auxiliar na Comunicação dos problemas cotidianos de pessoas, principalmente aquelas com algum tipo de deficiência e pertencentes a grupos minoritários.

Tem como principal objetivo induzir discussões ...acerca da temática Informação e Comunicação com vistas a fortalecer a Emancipação do indivíduo. O evento também se propõe a debater e encaminhar aos representantes dos poderes legitimamente constituídos, tanto na esfera municipal, estadual e federal propostas concretas no sentido de equacionar problemas vivenciados pelos diferentes profissionais que atuam na área.

O Congresso será realizado na Cidade de São José dos Campos entre os dias 5 e 7 de outubro. Para mais informações acesse o site: http://www.congressoconadi.com.br/

domingo, 11 de setembro de 2011

Técnica para reconstrução auricular

A malformação do pavilhão auricular, uma anomalia congénita que pode resultar numa orelha pequena mal formada (microtia), ou na ausência da mesma (anotia), já pode ser corrigida através do tratamento cirúrgico. O objectivo é reconstruir a orelha a partir da cartilagem da costela do próprio paciente. A cirurgia, realizada no HPP – Hospital da Boavista, no Porto, pode ser feita em crianças a partir dos sete anos
A anomalia, ainda que rara, atinge uma em cada dez mil crianças. Pode ser uma microtia (orelha mal formada) ou uma anotia (ausência completa da orelha). "Em 15 por cento das situações é uma anomalia bilateral. Nalguns destes casos, está associada com a ausência do canal auditivo", explicou o cirurgião pediátrico do Hospital da Boavista Norberto Estevinho.

O especialista decidiu apostar no tratamento cirúrgico da malformação do pavilhão auricular, aprendendo a técnica de reconstrução da orelha com o médico britânico Walid Sabbagh, um dos especialistas mundiais nesta cirurgia, durante uma formação no Royal Free Hospital, em Londres.

A reconstrução da orelha é feita com o próprio tecido do doente. "O melhor e único local do corpo onde se pode ir buscar tecido é à cartilagem da costela, devido à sua forma. E esta regenera-se mais rapidamente nas crianças", explica o cirurgião pediátrico. Por esse motivo, a idade ideal para o doente que sofre de microtia ou de anotia se submeter a esta cirurgia é a partir dos sete anos.

A operação divide-se em duas fases. Na primeira, que dura cerca de quatro horas, retira-se a cartilagem da costela e, através de um molde feito da outra orelha, "cria-se" uma nova orelha. Depois de preparar o local da nova orelha, a cartilagem é "colada" no respectivo local.

Na segunda fase da cirurgia, que só pode ser realizada seis meses após a primeira fase, a orelha é libertada para que se possa reconstruir a parte posterior. Normalmente, coloca-se um enxerto de pele atrás da mesma. A recuperação é, aproximadamente, de uma semana em cada cirurgia.

A primeira operação deste género no HPP – Hospital da Boavista foi realizada em Agosto, com o médico Walid Sabbagh a auxiliar o cirurgião pediátrico Norberto Estevinho.

TÉCNICAS PARA CORRIGIR MALFORMAÇÃO

Há três formas de corrigir a malformação do pavilhão auricular: prótese auricular artificial, cujo molde é aparafusado no osso do crânio; uma prótese de material sintético, onde há 40 a 50 por cento de probabilidade de rejeição; reconstrução da orelha com tecido do próprio organismo, que é a técnica mais utilizada. As complicações resultantes da cirurgia de reconstrução da orelha são comuns a outras operações, registando--se hematomas residuais. É raro haver infecções, e algum excesso de pele ou retracção são algumas situações que carecem de correcção. Na área de onde foi retirada a cartilagem fica apenas uma cicatriz.

DISCURSO DIRECTO

"É UMA DAS MAIORES CIRURGIAS DE RECONSTRUÇÃO": Norberto Estevinho, Cir. Pediátrico Hosp. Boavista

Correio da Manhã – Quando decidiu apostar nesta cirurgia?

Norberto Estevinho – No ano passado, começaram a aparecer algumas crianças com esta anomalia. Após pesquisar sobre o assunto, vi que já tinham ido para fora (EUA) para fazer a cirurgia. Interessei-me e procurei formação no Royal Free Hospital, em Londres, onde estive durante um mês.

Correio da Manhã – Porquê é que se usa a cartilagem para fazer a orelha?

Norberto Estevinho - As 6.ª e 7.ª cartilagens costais são parcialmente unidas e achatadas. Servem para a base da nova orelha.

Correio da Manhã– A reconstrução da orelha é uma técnica complicada?

Norberto Estevinho– É uma das maiores cirurgias de reconstrução e como os casos não são comuns leva tempo a ganhar experiência. Por isso há poucos centros em cada país. Até para se desenhar o molde da orelha leva o seu tempo.

O MEU CASO: GIL MARTINS

"ESTÃO A VER COMO EU AGORA TENHO ORELHA?"

Gil Martins, de 12 anos, nasceu com uma microtia unilateral e, tal como noutros casos semelhantes, a mãe não sabia que anomalia era aquela. "Só tinha uma ponta da orelha esquerda e não tinha canal auditivo. Ninguém sabia o que ele tinha", explica Conceição Teixeira. A mãe de Gil foi acompanhada no Hospital de Guimarães e nos hospitais do Porto (Maria Pia, Santo António, São João e Prelada), mas sem resultados. A única vez que Conceição conheceu alguém como o filho foi há onze anos. "Era um menino de oito anos de Guimarães que tinha tido algumas cirurgias, em clínicas privadas, sem grande sucesso. Chegaram ao cúmulo de lhe colocar uma prótese.

Num dia, os colegas tiraram-lhe a orelha numa brincadeira", disse Conceição Teixeira. Só quando conheceu o especialista Norberto Estevinho é que Conceição ficou a saber qual era o nome da deficiência do filho. "Mal viu o Gil, disse logo que o ia operar", lembra. Em Agosto, Gil foi operado pela primeira vez no HPP – Hospital da Boavista, e ganhou uma orelha estética, uma vez que não tem canal auditivo e não consegue ouvir do lado esquerdo.

Satisfeito, Gil Martins já só pensa no novo ano lectivo. "Quando chegar à escola vou dizer ‘estão a ver como eu agora tenho orelha?’. Só tive problemas com os colegas no último ano e fiquei desmotivado", refere o adolescente.

PERFIL

Gil Martins tem 12 anos, vive em Guimarães e estuda no 8.º ano de escolaridade. Gil nasceu com uma microtia unilateral e foi submetido à reconstrução da orelha esquerda em Agosto deste ano, no Hospital da Boavista, no Porto.

Calçada Danificada Terá Multa de R$ 300,00 /metro em São Paulo

O espaço para o pedestre nas calçadas vai aumentar em São Paulo. O prefeito Gilberto Kassab (sem partido) sancionou ontem lei que prevê área mínima de 1,20 metro nos passeios públicos da cidade – anteriormente, a área era de 90 centímetros. O valor da multa para quem mantiver passeios irregulares também sobe: o proprietário passará a pagar R$ 300 por metro linear de calçada danificada. Antes, a multa não ultrapassava R$ 510, mesmo que grandes áreas apresentassem problemas.

“A lei não pegava antes porque o valor era baixo. Agora, uma calçada de 5 metros com problemas, o que é relativamente comum na cidade toda, causará multa de R$ 1.500 para o proprietário. Vai mexer no bolso”, disse o vereador Domingos Dissei (DEM), autor do projeto de lei. “Vamos melhorar a locomoção de cadeirantes na cidade.”

Outra novidade da legislação é que não apenas o proprietário será notificado sobre as multas: o auto de infração será encaminhado também para os locatários dos estabelecimentos com calçada problemática. “Facilitará a aplicação de multa. Será outra forma de pressão para o proprietário consertar os passeios”, afirmou Dissei. Infratores terão 30 dias para regularizar a situação, segundo a legislação.

A criação de um “Disque-Calçada” também estava prevista na lei – este foi o único ponto modificado por Kassab. Segundo a Prefeitura, a possibilidade de reclamação será incluída no serviço 156 e não haverá serviço específico para reclamações relativas a calçadas.

A nova lei foi publicada hoje no Diário Oficial da Cidade e tem prazo de 120 dias para regulamentação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Brasil tem papel de destaque em conferência sobre deficiência na ONU

Com mais de 600 participantes de todo o mundo, foi aberta ontem a IV Sessão da Conferência de Estados Partes da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, que acontece na sede da ONU em Nova York de 7 a 9 de setembro.

O Brasil comparece com delegação chefiada pela Diretora de Políticas Temáticas da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Secretaria de Direitos Humanos, Ana Paula Crosara Resende, além do Senador Lindbergh Farias, presidente da Subcomissão Permanente de Assuntos Sociais das Pessoas com Deficiência do Senado e membro da Frente Parlamentar do Congresso Nacional em Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, Moisés Bauer, Presidente do CONADE (Conselho Nacional das Pessoas com Deficiência) e representantes dos Ministérios da Educação, Martinha Clarete, Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Maria José de Freitas, Saúde, Thereza de Lamare Franco Netto, Esportes, Cassia Damiani e da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência do estado de São Paulo, Marco Antonio Pellegrini. Pela sociedade civil participam do evento a RIADIS (Rede Latinoamericana de ONGs de Pessoas com Deficiência e suas Famílias) e a 3In – Inclusão, Integridade e Independência, representados pela Regina Atalla, Presidente da RIADIS, Lais de Figueiredo Lopes e Joelson Dias, advogados e ativistas dos direitos humanos.

A Embaixadora Maria Luiza Viotti, da Missão do Brasil junto à ONU, começou seu pronunciamento ressaltando a importância do tema para o Brasil, expressada pela numerosa delegação, destacando a presença do Senador Lindbergh Farias. A representante falou sobre os avanços das políticas públicas para inclusão das pessoas com deficiência, e adequação da legislação em conformidade com a Convenção, citando a recente alteração da Lei Orgânica da Assistência Social, permitindo às pessoas com deficiência trabalharem como aprendizes sem perder o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Em seu discurso, Embaixadora informou ainda que o Brasil quer aprovar uma declaração com apoio formal dos países ao tratado que está sendo negociado na OMPI (Organização Mundial de Propriedade Intelectual) para permitir o acesso à leitura às pessoas com deficiência. Finalizando a intervenção, foi exibido o vídeo Cidade é Acessível é Direitos Humanos, produzido pela Secretaria dos Direitos Humanos com todos os recursos de acessibilidade. A manifestação brasileira foi muito aplaudida.

Além da programação oficial, 35 eventos paralelos organizados pelas missões dos países ou por ONGs sobre assuntos diversos movimentam a ONU. Vários deles têm como foco a educação inclusiva, refletindo a importância e o interesse mundial no tema.

O Brasil participou de um evento paralelo organizado pela Argentina para mostrar a experiência de cooperação do grupo de trabalho do MERCOSUL sobre promoção e proteção das pessoas com deficiência nos países da região durante a IV Conferência da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Ana Paula Crosara Resende, enfatizou a importância para a cooperação internacional da visibilidade política do tema, apresentando a manifestação dos ministros sobre a implementação da Convenção na última reunião do grupo, em abril, no Paraguai. Iniciativa similar foi apresentada pelo Brasil à CPLP (Comunidade dos Povos de Língua Portuguesa), que, além de emitir uma declaração dos ministros, agendou uma reunião em outubro no Brasil para elaborar um plano de trabalho conjunto. A representante do Banco Mundial parabenizou os esforços dos países do MERCOSUL e destacou que essa atuação em bloco representa um exemplo de colaboração internacional, cumprindo o artigo 32 da Convenção.

No final do dia, Patricia Almeida, coordenadora da Inclusive – Inclusão e Cidadania, apresentou a experiência da revista digital no painel “Como engajar a mídia para promover a conscientização sbre as pessoas com deficiência”. Ela contou sobre o papel desempenhado pela Inclusive na campanha pela ratificação da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência no Brasil e falou sobre a experiência do Instituto MetaSocial e seu trabalho de lobby junto às empresas de comunicação para retratar pessoas com deficiência em situações inclusivas, a exemplo das recentes novelas de TV.

Fonte – Inclusive

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Guarulhos utiliza bonecos para sinalizar vagas exclusivas de estacionamento

Guarulhos utiliza bonecos
para sinalizar vagas exclusivas
de estacionamento (foto:divulgação)
A iniciativa faz parte da campanha “Obrigado por respeitar as vagas exclusivas”, que visa conscientizar os motoristas sobre a importância de se respeitar os espaços destinados aos veículos de idosos, gestantes e pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

A Prefeitura de Guarulhos, na Grande São Paulo, está utilizando bonecos para a sinalização de vagas de estacionamento.

A iniciativa faz parte da campanha “Obrigado por respeitar as vagas exclusivas”, que visa conscientizar os motoristas sobre a importância de se respeitar os espaços destinados aos veículos de idosos, gestantes e pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

Fonte: BAGARAI

Serviço on-line ajuda a detectar problemas auditivos

Chegou ao Brasil um serviço on-line que ajuda a descobrir danos auditivos em uma região específica do ouvido e ainda promete melhorar a audição.

O software Hearing Guardian V1 utiliza a tecnologia Earlogic, desenvolvida na Coreia do Sul após uma pesquisa conduzida no centro de Fisiologia Auditiva da UCLA (Universidade da Califórnia, em Los Angeles). Ele estreou no país em julho.

De acordo com pesquisas da Faculdade de Medicina de São Paulo, 28 milhões de brasileiros sobrem de algum grau de zumbido e, segundo levantamento feito pelo Hospital das Clínicas, 35% dos casos diagnosticados estão ligados a ruído excessivo.

O software mapeia a frequência auditiva do usuário, diagnostica se há ou não algum problema e ajuda a descobrir qual é a região afetada. É indicado para pessoas de todas as idades.

"O programa protege a audição contra os barulhos do dia a dia e previne contra a danificação dos ouvidos", informa o pesquisador Sang Yeop Kwak, CEO da Earlogic.

Segundo Kwak, pesquisadores do Instituto de Pesquisa Earlogic Auditivo comprovaram que o nível de som da estimulação sonora melhora a audição. Entre dez pessoas que utilizaram a tecnologia corretamente, de seis a sete recuperaram até 10 decibéis de sua audição.

Fonte: FOLHA.COM

Porque eu Danço

Após cirurgia pioneira no rosto, adolescente consegue, finalmente, sorrir

'Incrível': Katie Meehan pode sorrir,
cantar e falar depois de uma série de operações
para remover cistos da boca.


Katie Meehan, 15 anos, agora sente que pode finalmente enfrentar o mundo após cirurgia pioneira utilizada para reconstruir seu rosto. A mãe levantou 50.000 libras para uma série de operações para permitir que sua filha sorrisse.

Katie nasceu com dezenas de cistos na boca e bochecha e os médicos disseram que ela nunca seria capaz de falar.

Sua mãe disse que as cirurgias começaram quando Katie tinha apenas quatro anos de idade, e valeu cada centavo.

Perca Mcintyre, 48 anos, mãe de Katie, afirmou: “Estou tão orgulhosa. Ela é uma garota incrível. Após as operações de seu rosto sua face está mais suave e ela pode falar muito mais claramente agora”.

“Katie frequenta uma escola regular e vive uma vida normal. Quando ela nasceu com esse problema, senti medo, pois achei que ela não seria capaz de ter uma vida normal. Mas graças ao maravilhoso trabalho do cirurgião, ela pode agora ter tudo isso.”

Katie nasceu em Outubro de 1995 era um bebê saudável, no entanto os exames realizados durante a gravidez tinham mostrado uma ampliação do lado esquerdo de seu rosto.

Em menos de vinte semanas de gravidez, os médicos diagnosticaram um higroma cístico, onde os cistos estavam crescendo na cabeça e pescoço do bebê. Dezenas de cistos tinham crescido na boca de Katie e bochecha esquerda, e alguns estavam perigosamente perto de sua traqueia.

Perca McIntyre, que também tem mais dois filhos, Rebecca, 23, e Peter, 11, disse: “Katie nasceu através de cesariana e logo que a vi fiquei chocada. O lado esquerdo de seu rosto estava o dobro do tamanho do lado direito, e sua língua era tão grande que foi presa e dobrada. Sua boca e bochecha estavam tão cheias de cistos que causou inchaço enorme. Os médicos disseram que havia dezenas de cistos de tamanhos diferentes e que ela nunca seria capaz de falar, aquilo foi devastador.”.

Os médicos também disseram a Senhora Perca Mclntyre que os cistos iriam inchar com todas as doenças e infecções que Katie havia sofrido, podendo ser mortal, pois iriam sufocá-la.

A mãe de Kate acrescentou: “Foi muito assustador pensar no que o futuro reservava para Katie. Não só por ela ser tão diferente das outras crianças, mas porque isso representava um risco para ela.”.

Depois de nove semanas no hospital, McIntyre fui autorizada a trazer o bebê para casa, mas segundo ela, foi muito perturbador quando as pessoas viram Kate. “As pessoas olhavam e cochichavam e isso partia meu coração. Teve dias em que ela não conseguia engolir e teve que ser alimentada por via intravenosa, pois os cistos estavam obstruindo sua garganta”, afirma Mclntyre.

Quando Katie tinha cinco anos, sua família entrou em contato com o professor Ian Jackson. O professor e doutor Jackson disse que poderia angariar fundos para que Kate fosse submetida a uma série de operações.

A primeira cirurgia de Kate foi na primavera de 2000, em Londres. O professor e doutor Jackson fez uma cirurgia que durou cerca de cinco horas na retirada de alguns cistos.

Perca McIntyre disse: “Mesmo após a primeira operação já se podia ver a diferença. Katie podia fechar sua boca e sua língua, finalmente, foi colocada para dentro da boca. Seu rosto era mais suave também. Foi incrível ver.”.

Na primavera de 2001 ela teve sua segunda operação no Hospital Portland de Londres e dois anos depois, em 2003, ela teve uma terceira operação.

Segundo Perca McIntyre: “Não só podia falar com Katie após as operações, mas ela também podia cantar. Foi simplesmente maravilhoso de se ver. Tínhamos sido informados de que ela jamais falaria, no entanto, agora, ela está batendo papo como qualquer outra garota.”.

Futuramente Katie será submetida à outra operação, pois ela ainda tem alguns cistos perto de sua traqueia. Entretanto agora ela vive uma vida normal e está estudando.

Perca McIntyre disse: “Agora ela tem tanta confiança. Tem amigos e até mesmo alguns admiradores. É realmente um trabalho incrível o que o cirurgião fez. Nós nunca poderemos agradecê-lo suficientemente.”.