Hipossensibilidade e Hipersensibilidade no Autismo: Entendendo os Sentidos de Maneira Diferente

Quando falamos de autismo, é comum lembrar de características como a comunicação ou as interações sociais. No entanto, há outro aspecto igualmente importante: a forma como a pessoa autista percebe o mundo pelos sentidos. Essa percepção pode ser intensificada (hipersensibilidade) ou diminuída (hipossensibilidade), variando de pessoa para pessoa e até de situação para situação.

O que é Hipersensibilidade?

A hipersensibilidade acontece quando os sentidos captam os estímulos de forma exagerada. O que para muitos passa despercebido, para a pessoa autista pode ser quase insuportável.

• Audição: barulhos do trânsito, de um eletrodoméstico ou até várias pessoas falando ao mesmo tempo podem ser dolorosos.

• Visão: luzes muito fortes, cores vibrantes ou ambientes cheios de movimento visual podem causar incômodo.

• Tato: etiquetas de roupas, tecidos ásperos ou toques inesperados podem ser vividos como agressivos.

• Paladar e olfato: alimentos com sabores intensos ou cheiros que parecem comuns para outros podem ser sentidos como enjoativos ou invasivos.

Essa sensibilidade aumentada pode gerar ansiedade, irritação ou crises, principalmente em ambientes cheios de estímulos.

O que é Hipossensibilidade?

Já a hipossensibilidade é o oposto: os sentidos captam os estímulos de forma atenuada. A pessoa autista pode ter dificuldade em perceber sinais que para outros são claros, e buscar formas de estimular mais seus sentidos.

• Audição: pode não reagir a sons comuns, como alguém chamando pelo nome.

• Visão: pode fixar o olhar em objetos que brilham ou se movimentam para aumentar o estímulo.

• Tato: pode buscar toques fortes, apertos ou até se bater para sentir algo mais intenso.

• Paladar e olfato: pode preferir sabores muito fortes, como alimentos bem condimentados ou até ingerir substâncias não comestíveis (pica).

Nesses casos, a busca por estímulos é uma forma de equilibrar a percepção sensorial.

Um Mundo de Sensações

É importante lembrar que cada pessoa autista é única. Algumas podem apresentar hipersensibilidade em certos sentidos e hipossensibilidade em outros, ou alternar entre os dois em diferentes momentos.

Essa diferença sensorial não é um “defeito”, mas parte da forma como a pessoa se conecta com o mundo. Reconhecer isso é essencial para oferecer acolhimento e criar ambientes mais acessíveis.

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Como Podemos Ajudar?

• Respeito: compreender que uma crise diante de um barulho alto não é “birra”, mas uma reação legítima ao excesso de estímulo.

• Adaptação: usar abafadores de som, ajustar a iluminação ou escolher roupas confortáveis pode ajudar.

• Observação: cada pessoa terá suas preferências e limites, que podem ser descobertos com paciência.

Conclusão

Entender a hipossensibilidade e a hipersensibilidade é dar um passo importante para a inclusão real. O autismo nos ensina que não existe uma única forma de perceber o mundo, mas muitas — todas elas merecedoras de respeito, cuidado e acolhimento.

Texto e imagem produzidos com inteligência artificial.

Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.