Shows, jogos e eventos públicos são para todos — inclusive para nós
Existe uma coisa que faz a gente perder a paciência rapidinho: ir a um show, jogo de futebol ou qualquer evento que se diz “para todos” e descobrir, na prática, que a inclusão ficou lá no folder bonito, mas não entrou no evento.
Porque, sim, ainda tem gente que acha que vaga PCD é “lugar melhor”, que área reservada é opcional, que linha de visão não importa, que cadeira de rodas é “trambolho que atrapalha”. Gente que olha torto para quem tem deficiência visual e precisa de ajuda. Gente que empurra. Gente que ocupa o nosso espaço achando que “rapidinho não tem problema”.
Tem problema, sim.
E não é pequeno.
O espaço reservado não é “mordomia”.
É direito.
É segurança.
É dignidade.
A pessoa com deficiência não está pedindo favor. Está exigindo respeito. E quem desrespeita esse direito está, literalmente, tirando do outro o acesso à diversão, ao lazer, ao mundo.
Se você não é PCD e gosta de eventos, a regra é simples:
👉 Lugar reservado tem dono. E não é você.
Não tente ocupar. Não finja que não viu. Não discuta. Não invente desculpa.
Porque respeito é básico. Quem não entrega o básico, não deveria reclamar quando o mundo o chama de mal-educado.
Agora falando com a minha galera PCD: O palco também é seu!
A gente tem direitos. E ninguém deveria precisar brigar para usufruí-los. Só que, até lá, é bom chegar com ferramentas afiadas. Aqui vão dicas para garantir que você aproveite o evento do jeito que merece.
🎫 1. Garanta o ingresso correto
Busque sempre a compra de ingressos com acessibilidade garantida. Para acompanhante, a meia-entrada deve ser respeitada, conforme a LBI. Guarde comprovantes.
📍 2. Chegou? Procure a equipe do evento
Segurança, brigadistas ou staff responsável pela área PCD precisam levar você ao local correto. É obrigação deles.
📸 3. Documente tudo
Vídeo, foto, horário, nomes. Qualquer desrespeito ou recusa de atendimento inclusivo deve ficar registrado.
📣 4. Exija suporte quando necessário
Cadeira adequada, espaço para deslocar, visibilidade do palco/tela, banheiro acessível… Não aceite improviso humilhante.
📝 5. Reclame para quem resolve de verdade
Prefeituras, Ministérios Públicos, Procons e plataformas oficiais de denúncia são armas legais. Use sem medo.
💡 6. Conquistar a fronteira do lazer também é ativismo
Quando a gente ocupa o espaço que é nosso, estamos abrindo caminho para quem vem depois.
⚽ 7. Lazer é qualidade de vida, não “extra”
Todo mundo tem direito a se divertir, cantar alto, vibrar com o time, pular quando a música pede.
Somos protagonistas da nossa alegria.
Eventos acessíveis não são privilégio. São civilização.
A beleza de um show ou de um jogo só é completa quando não falta ninguém.
A inclusão não deve ficar presa no discurso. Ela precisa estar na arquibancada, no camarote, no banheiro, na fila, na luz do palco.
Nossa presença é um lembrete poderoso:
👉 Este mundo é de todos. E não existe “todos” sem nós.
Que os eventos sejam públicos de verdade.
Que o respeito seja imperdoavelmente obrigatório.
Que a festa seja completa.
Porque o espetáculo também é nosso.
Se quiser, posso preparar agora:
• Imagem para Instagram com uma arte firme, moderna e acessível
• Chamada com hashtags e CTA para o blog
Quer que o tom da imagem seja mais combativo ou mais institucional?


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