Há quem ainda pense que ser uma pessoa com deficiência traz “benefícios” — como se os direitos conquistados fossem uma espécie de privilégio.
Mas a verdade é outra: ser PCD não é alegria para ninguém. É um desafio diário, repleto de barreiras físicas, sociais e atitudinais que precisam ser enfrentadas com coragem e persistência.
As chamadas “vantagens” não são prêmios, e sim consequências de uma realidade desigual, que tenta, ainda que minimamente, equilibrar oportunidades.
⚖️ Cinco direitos frequentemente confundidos com privilégios
1. Isenção de impostos (IPVA, IPI, ICMS) – não é um presente, mas um meio de tornar possível o acesso ao transporte individual, já que o transporte público nem sempre é acessível.
2. Vaga preferencial em estacionamentos – serve para garantir autonomia e segurança, não para “furar fila”.
3. Atendimento prioritário – busca compensar o tempo e o esforço adicionais que muitas vezes o deslocamento e a comunicação exigem.
4. Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS) – é um amparo mínimo para quem, por sua condição, enfrenta grandes barreiras de empregabilidade.
5. Isenção em concursos públicos ou cotas de inclusão no trabalho – são medidas de equidade, criadas para corrigir uma desigualdade histórica.
💬 A verdade por trás dos “benefícios”
Cada um desses direitos nasceu da necessidade de sobreviver e pertencer.
Nada disso elimina a dor física, as limitações, a exclusão, o preconceito, o olhar de pena, ou o esforço dobrado que o PCD precisa fazer para realizar tarefas simples.
O que se chama de “vantagem” é, na verdade, uma tentativa de justiça social — um remendo diante de um sistema ainda excludente.
🌻 Conclusão
Nenhum direito, benefício ou isenção compensa as limitações que enfrentamos todos os dias.
Ser PCD não é escolha, nem dádiva, nem privilégio.
É uma condição que exige resiliência, fé e luta constante por respeito e acessibilidade.
E para aqueles que tentam fingir ser pessoas com deficiência apenas para usufruir de vantagens indevidas, fica um lembrete: não há vantagem alguma em se apropriar da dor alheia.
Os benefícios que muitos enxergam como prêmios são, na verdade, tentativas de corrigir desigualdades, nascidas de vidas marcadas por restrições, tratamentos, preconceitos e barreiras diárias.
Quem frauda para obter o que não lhe pertence talvez não tenha ideia do preço que se paga por aquilo que finge possuir — uma condição que ninguém escolheria se pudesse optar.
Ser PCD não é um privilégio.
É um desafio diário que só quem vive entende — e que merece respeito, não falsidade.
Texto e imagem produzidos com inteligência artificial. Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.
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