terça-feira, 29 de julho de 2025

🚨 Desinformação sobre Autismo cresce 15.000% em cinco anos e coloca vidas em risco

Nos últimos cinco anos, a desinformação sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) teve um aumento alarmante de 15.000% nas redes sociais. Esse crescimento vertiginoso acendeu o alerta de especialistas, associações e pesquisadores sobre os perigos que essa avalanche de conteúdos falsos representa para a saúde, a dignidade e a segurança das pessoas autistas.

Um panorama preocupante

Um estudo recente da Fundação Getulio Vargas (FGV), em parceria com a associação Autistas Brasil, identificou mais de 22 mil publicações com desinformação sobre autismo apenas em comunidades brasileiras no Telegram. Isso representa cerca de 46% do conteúdo problemático identificado na América Latina e Caribe, com alcance superior a 14 milhões de visualizações.

Entre os temas recorrentes estão:

  • Curas falsas e perigosas, como uso de dióxido de cloro ou outras substâncias tóxicas;
  • Teorias conspiratórias que relacionam vacinas ao autismo;
  • Rejeição a métodos baseados em evidências científicas, como a Análise do Comportamento Aplicada (ABA);
  • Exploração financeira de famílias com promessas enganosas de terapias milagrosas.

Os riscos da desinformação

A desinformação não apenas engana — ela machuca. Quando um conteúdo falso é disseminado, ele pode:

  • Colocar vidas em risco, afastando famílias de tratamentos eficazes;
  • Gerar atrasos no diagnóstico e na intervenção precoce, fundamentais para o desenvolvimento da criança autista;
  • Estimular preconceito e isolamento, ao propagar estigmas e visões ultrapassadas sobre o autismo;
  • Explorar emocionalmente famílias vulneráveis, que se tornam alvos fáceis de charlatanismo e promessas milagrosas.

O papel das redes sociais

A maior parte dessa desinformação circula em grupos privados ou sem moderação, como fóruns alternativos e canais do Telegram. Nesses espaços, a ausência de checagem facilita a propagação de conteúdos perigosos. Além disso, algoritmos de recomendação podem impulsionar ainda mais o alcance dessas publicações, quando há engajamento alto de comunidades específicas.

Como combater a desinformação

O combate à desinformação exige ação coletiva e contínua. Algumas atitudes essenciais incluem:

  • Apoiar canais confiáveis, como associações de pais, ONGs e profissionais especializados;
  • Verificar a fonte antes de compartilhar qualquer conteúdo relacionado a saúde e autismo;
  • Denunciar conteúdos perigosos às plataformas;
  • Promover a educação digital desde cedo, ajudando as novas gerações a distinguir fatos de boatos;
  • Dialogar com empatia, acolhendo dúvidas e ajudando famílias a buscarem informação qualificada.

Conclusão

O crescimento exponencial da desinformação sobre o autismo não pode ser ignorado. Proteger vidas e garantir a dignidade das pessoas com TEA passa por uma escolha diária: a de informar com responsabilidade. No Cantinho dos Amigos Especiais, reforçamos nosso compromisso com a verdade, o acolhimento e a defesa de uma inclusão plena, baseada no respeito e no conhecimento.


Texto e imagem produzidos com inteligência artificial. Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

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