1. “Você já me perguntou isso várias vezes.”
➡ Dizer isso pode gerar vergonha e frustração. A repetição é um sintoma da doença, não uma escolha da pessoa.
2. “Você se lembra de mim, né?”
➡ Colocar a pessoa à prova aumenta a ansiedade e o sentimento de fracasso, principalmente se ela não conseguir lembrar.
3. “Acabei de te contar isso!”
➡ A falta de memória recente é uma das principais características do Alzheimer. Reforçar isso só causa constrangimento.
4. “Você está confundindo as coisas de novo.”
➡ Corrigir com impaciência desvaloriza a experiência da pessoa e pode gerar insegurança emocional.
5. “Não, você está errado.”
➡ Mesmo que o paciente diga algo incorreto, o ideal é não confrontar diretamente. Melhor redirecionar ou acolher com suavidade.
6. “Por que você fez isso?”
➡ A pessoa não tem consciência plena de seus atos. Perguntas desse tipo podem causar culpa e tristeza.
7. “Como você não sabe disso?”
➡ Essa pergunta tem tom acusatório e desrespeita as limitações causadas pela doença.
8. “Você já almoçou, lembra?”
➡ A tentativa de fazer a pessoa “lembrar” de algo que a mente não consegue acessar pode gerar angústia. É melhor responder com naturalidade, como se fosse a primeira vez.
Falar com alguém com Alzheimer é, muitas vezes, um exercício de amor silencioso, onde o que importa não é a correção dos fatos, mas o cuidado com os sentimentos. As palavras certas podem não curar a doença, mas têm o poder de acalmar, confortar e preservar a dignidade. E, acima de tudo, lembrar que cada momento compartilhado vale mais do que qualquer lembrança esquecida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário