quarta-feira, 18 de junho de 2025

🌈 Dia do Orgulho Autista – 18 de Junho

O Dia do Orgulho Autista é comemorado em 18 de junho e tem como principal objetivo promover a aceitação, o respeito e o reconhecimento das pessoas autistas como parte legítima da diversidade humana. A data surgiu em 2005, por iniciativa da organização britânica Aspies for Freedom, e rapidamente ganhou força em diversos países como um movimento de afirmação identitária e combate ao estigma.

Diferente do Dia Mundial de Conscientização do Autismo (2 de abril), que costuma ter um enfoque mais voltado para a informação e os desafios do autismo, o Dia do Orgulho Autista tem um tom afirmativo e celebrativo: é o momento de exaltar as potencialidades, os talentos e a beleza da neurodiversidade.


🌱 Por que orgulho?

Porque orgulho não é vaidade, é resistência. É uma maneira de afirmar que ser autista não é ser inferior, não é ser "quebrado", "errado" ou "doente".
É dizer que o cérebro autista pensa, sente e aprende de modo diferente, e que isso também é válido, necessário e belo.

Assim como o movimento LGBTQIA+ utiliza o "orgulho" como um ato político e de visibilidade, o orgulho autista também reivindica o direito de existir com dignidade, voz e autonomia.


🔷 Sinais e Símbolos

  • O infinito colorido (🌈) é o símbolo da neurodiversidade: representa as infinitas variações do funcionamento neurológico humano.

  • Cores vivas, como o roxo, o amarelo e o azul, costumam ser usadas em campanhas desse dia.


💬 Frases que resumem o espírito da data:

  • “Autismo não é uma doença. É uma forma de ser.”

  • “Nada sobre nós sem nós.”

  • “Ser autista é ser humano por inteiro.”


O que podemos fazer nesse dia?

  • Ouvir vozes autistas. Priorize autores, ativistas, artistas e profissionais autistas.

  • Divulgar informações respeitosas, sem infantilização ou estereótipos.

  • Apoiar famílias com amor, mas sem apagamento da identidade da pessoa autista.

  • Combater o capacitismo e os preconceitos ainda muito presentes na sociedade.

  • Celebrar as conquistas, os talentos e a existência plena das pessoas autistas.

Texto e imagem produzidos com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

terça-feira, 17 de junho de 2025

🌟 Albinismo: Uma Condição Gentil Que Merece Respeito e Inclusão


O albinismo não é uma doença. É uma condição genética rara, que faz parte da diversidade humana e deve ser compreendida com empatia, cuidado e, acima de tudo, respeito.

Neste post, vamos conversar sobre o que é o albinismo, quais são os cuidados necessários, as condições que podem surgir associadas a ele, e por que o combate ao preconceito é essencial. Também vamos lembrar nomes que transformaram essa condição em símbolo de superação e beleza.


🧬 O que é o albinismo?

O albinismo é uma condição genética em que há ausência ou redução de melanina, o pigmento que dá cor à pele, aos olhos e aos cabelos. Isso acontece quando a pessoa herda duas cópias alteradas de um gene, uma de cada genitor. Mesmo que os pais não tenham albinismo, podem ser portadores do gene.

Como resultado, a pele da pessoa com albinismo é muito clara, os cabelos tendem a ser loiros ou brancos, e os olhos podem apresentar sensibilidade à luz (fotofobia), com baixa acuidade visual.

É importante entender: não se trata de uma deficiência, nem de um problema de saúde em si, mas sim de uma condição que exige alguns cuidados específicos ao longo da vida.


🌞 Cuidados que acompanham toda a vida

Devido à ausência de melanina, pessoas com albinismo precisam de proteção constante contra os efeitos do sol e do excesso de luz. Veja os principais cuidados recomendados:

  • Uso diário de protetor solar com fator alto, inclusive em dias nublados.

  • Chapéus, roupas com proteção UV e óculos escuros com grau e filtros adequados.

  • Acompanhamento oftalmológico regular, pois a visão pode ser afetada.

  • Acompanhamento dermatológico para prevenir lesões de pele.

Com esses cuidados, é plenamente possível viver com saúde, estudar, trabalhar, amar e realizar projetos como qualquer outra pessoa.


⚠️ Riscos e doenças associadas

Embora o albinismo não seja uma doença, ele pode estar relacionado a outras condições, como:

  • Problemas de visão: nistagmo, estrabismo, fotofobia, baixa acuidade visual.

  • Maior risco de câncer de pele, devido à alta sensibilidade à radiação solar.

  • Síndromes raras associadas, como a Síndrome de Hermansky-Pudlak, que envolve outras alterações no organismo.

Essas possibilidades reforçam a importância do acesso universal e gratuito à saúde pública para quem convive com albinismo.


🌍 Pessoas com albinismo que inspiram o mundo

Para além dos cuidados, o albinismo também é sinônimo de força, beleza e superação. Conheça dois nomes que representam essa verdade:

🇧🇷 Edson Santos

Ativista brasileiro e modelo, Edson é referência na luta contra o preconceito e pela valorização da identidade albina. Ele participa de campanhas, entrevistas e projetos educativos, sendo uma importante voz no cenário da inclusão.

🌍 Shaun Ross

Primeiro modelo masculino com albinismo a alcançar fama internacional, Shaun Ross se tornou símbolo de diversidade e moda. Seu trabalho mostra que beleza não tem padrão — tem personalidade, tem coragem, tem verdade.


🚫 O preconceito precisa ser combatido

Infelizmente, pessoas com albinismo ainda enfrentam preconceito, exclusão e até violência. Em alguns países, são vítimas de mitos cruéis. No Brasil, enfrentam desde o bullying na escola até a dificuldade de conseguir tratamento adequado na rede pública.

O que podemos (e devemos) fazer:

  • Educar a sociedade por meio de campanhas de conscientização nas escolas, nas mídias e nas redes sociais.

  • Garantir acesso à saúde, com fornecimento gratuito de protetores solares, exames oftalmológicos e óculos com filtro.

  • Incluir a pessoa com albinismo nas políticas de acessibilidade e inclusão, especialmente no ambiente escolar e de trabalho.

  • Promover a representatividade em novelas, comerciais, campanhas públicas e redes sociais, mostrando que a diversidade é uma riqueza, não um problema.


💛 Em resumo

O albinismo é uma condição gentil e natural, que pede carinho, cuidado e inclusão. Pessoas com albinismo não precisam ser curadas — precisam ser compreendidas, protegidas e valorizadas como qualquer ser humano.

Ninguém deve ser julgado pela cor da pele, seja ela escura, clara ou albina. O que deve nos unir é o respeito pela vida e o amor pela diversidade.


📌 Cantinho dos Amigos Especiais
🫶 Promovendo a inclusão com amor, informação e respeito.
💬 Compartilhe este post. Você pode ser a ponte entre o preconceito e a conscientização.

segunda-feira, 16 de junho de 2025

A Surdez Como Forma de Existir

(Porque surdo que ouve ainda é surdo.)


A surdez não pode ser definida apenas pela ausência de sons percebidos. Ela é, antes de tudo, uma forma de estar no mundo, com identidade, cultura e modos próprios de expressão e compreensão. Reduzir a surdez ao uso — ou não — de aparelhos auditivos ou à quantidade de sons que se consegue ouvir é ignorar a profundidade dessa vivência humana.

Muitas pessoas surdas usam aparelhos auditivos ou implantes cocleares, o que pode levar à ideia equivocada de que deixaram de ser surdas. No entanto, o uso ou abandono desses dispositivos não determina a identidade da pessoa. A surdez não se apaga com o volume de um som ou com a tecnologia. Ela permanece como uma característica de vida, de percepção e de posicionamento social.

É importante lembrar que o surdo pode expressar-se de várias formas — por meio da Língua de Sinais, da fala, da escrita, da expressão corporal e de tantas outras linguagens possíveis. E o fato de conseguir se comunicar não anula sua condição de surdo. Pelo contrário: mostra a riqueza e a multiplicidade de formas de ser e de estar no mundo.

A escuta parcial não invalida a surdez. A identidade surda é construída na vivência cotidiana, nas experiências culturais, no pertencimento comunitário e no modo como o sujeito se reconhece. Não importa quantos sons um surdo escuta, mas como ele se compreende no mundo. A escuta, nesse caso, não é um fator determinante — mas sim o reconhecimento interno e social de sua trajetória e realidade.

É por isso que dizemos, com convicção: surdo que ouve ainda é surdo. Reconhecer essa verdade é um passo importante para respeitar as múltiplas dimensões da surdez e valorizar a pessoa surda em sua totalidade.

Textoe imagem produzidos com inteligência artificial.
Autor responsável: Jos´eEduardo Thomé de Saboya Oliveira.

quinta-feira, 12 de junho de 2025

Projeto de Lei pode restringir isenção de impostos na compra de veículos para PCDs



Um novo Projeto de Lei, que faz parte da reforma tributária (PLP 68/2024), está causando preocupação entre pessoas com deficiência (PCDs) em todo o Brasil. A proposta, se aprovada como está, pode restringir o direito à isenção de impostos na compra de veículos apenas às pessoas que comprovadamente não possam dirigir.

🧾 O que muda com esse projeto?

Atualmente, as pessoas com deficiência têm direito à isenção de impostos como IPI, ICMS, PIS e Cofins na compra de veículos, mesmo que consigam dirigir ou não precisem de carro adaptado. Isso é garantido por leis como a nº 8.989/95 e por decisões recentes da Justiça.

O projeto novo, no entanto, quer mudar essa lógica. Segundo o texto, apenas terão direito ao benefício as PCDs cuja deficiência comprometa a segurança ao volante, ou seja, que realmente não possam dirigir por conta de sua condição.

🔍 Quem seria afetado?

Essa nova regra pode deixar de fora:

Pessoas com deficiências motoras que ainda conseguem dirigir carros automáticos (como quem tem artrose, hérnia de disco ou amputações sem necessidade de adaptação);

Pessoas com deficiências invisíveis, como esclerose múltipla ou doenças neurológicas que causam fadiga ou dor crônica, mas que não geram adaptações no veículo;

PCDs não condutoras, que dependem de familiares ou cuidadores para conduzir o carro.


Além disso, a proposta mantém o limite de isenção total para veículos de até R$ 70 mil, um valor abaixo da maioria dos modelos atuais no mercado. Para carros até R$ 200 mil, a isenção será parcial. Na prática, poucas pessoas conseguirão adquirir veículos dentro desse teto.

⚠️ Qual o impacto?

Especialistas e associações ligadas à causa da deficiência alertam que essa mudança pode excluir até 95% dos atuais beneficiários da isenção. Além disso, fere o princípio da inclusão e da dignidade da pessoa humana, ao dificultar o acesso à mobilidade — um direito fundamental para quem enfrenta barreiras físicas, sensoriais ou cognitivas no dia a dia.

⚖️ E a Justiça?

A Justiça brasileira já reconheceu que não é necessário ter restrição na CNH nem usar carro adaptado para ter direito à isenção. Uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reafirmou esse entendimento recentemente.

Por isso, a proposta está sendo criticada por juristas, movimentos sociais e associações de PCDs, que planejam ações para impedir sua aprovação ou questionar sua validade se virar lei.

✊ O que está em jogo?

Este projeto representa um retrocesso para os direitos das pessoas com deficiência. Ele ignora que muitas deficiências não tiram completamente a capacidade de dirigir, mas ainda assim tornam o uso do carro uma necessidade essencial — seja pela dor, pelo cansaço, pela falta de transporte acessível ou por outras limitações do corpo.

O Cantinho dos Amigos Especiais se posiciona a favor da manutenção das isenções como instrumento de inclusão social e autonomia, lembrando que mobilidade não é luxo — é necessidade!

quarta-feira, 11 de junho de 2025

Expo Deficiência Visual do Brasil: um marco histórico de inclusão em São Paulo


Entre os dias 1º e 5 de setembro de 2025, o Centro de Convenções Distrito Anhembi, em São Paulo, será palco da Expo Deficiência Visual do Brasil – também conhecida como 11º Encontro Mundial da Deficiência Visual. É a primeira vez que um evento dessa magnitude é realizado na América Latina, reunindo autoridades, especialistas, organizações e pessoas com deficiência visual de mais de 190 países.

O que vai acontecer?

O evento contará com uma programação intensa e diversificada, incluindo:

  • Congresso Técnico‑Científico: conferências, mesas-redondas, workshops e painéis sobre temas como leitura Braille, tecnologia assistiva, acessibilidade, inclusão digital, empregabilidade e direitos humanos.

  • Feira Internacional de Tecnologia Assistiva: exposição de inovações em dispositivos, softwares, impressoras Braille, sinalização tátil, leitores de texto e soluções para mobilidade.

  • Assembleia da União Mundial de Cegos (WBU): encontros decisórios com eleições e definição de diretrizes para os próximos anos.

  • Cerimônias especiais: abertura oficial, jantar de gala e coquetel de encerramento, proporcionando integração e networking.

Público e inscrições

A Expo é aberta ao público em geral, com inscrições promocionais para brasileiros. Participam pessoas cegas e com baixa visão, familiares, educadores, profissionais, pesquisadores, ativistas e todos que se interessam pelo tema da inclusão. O evento oferece ainda pacotes de hospedagem com tarifas especiais e acessibilidade garantida em toda a infraestrutura.

Por que participar?

  • Oportunidade única de contato com lideranças mundiais e especialistas na área.

  • Acesso às últimas tendências em tecnologia assistiva.

  • Espaço para discutir e fortalecer políticas de inclusão e direitos das pessoas com deficiência visual.

  • Troca de experiências, inspiração e fortalecimento da luta pela acessibilidade.

Serviço

  • Evento: Expo Deficiência Visual do Brasil / 11º Encontro Mundial da Deficiência Visual

  • Quando: 1 a 5 de setembro de 2025

  • Onde: Centro de Convenções Distrito Anhembi, São Paulo – SP

  • Inscrições: mundialdadeficienciavisual.com.br

Não perca essa chance de fazer parte de um dos maiores movimentos mundiais pela inclusão e pela valorização das pessoas com deficiência visual! Compartilhe esta notícia e garanta já sua inscrição!

segunda-feira, 9 de junho de 2025

Burnout: Quando o Esgotamento Vira uma Questão de Saúde e Direitos


A Síndrome de Burnout é mais do que “cansaço”. É um sinal de que algo não vai bem — não apenas no corpo, mas na alma e no ambiente em que vivemos e trabalhamos. Reconhecida pela Organização Mundial da Saúde como um transtorno ocupacional, essa condição vem afetando milhões de brasileiros e levanta uma questão importante: será que o Burnout pode ser considerado uma deficiência?

📍 O que é Burnout?

Burnout é uma síndrome causada pelo estresse crônico no ambiente de trabalho. Surge quando a pessoa é levada ao limite físico e emocional, geralmente por sobrecarga, pressão, falta de reconhecimento ou um ambiente tóxico.

Ela atinge profissionais de todas as áreas, mas é mais comum entre quem lida com o sofrimento alheio ou tem rotinas intensas, como profissionais da saúde, educação, segurança pública, atendimento ao público e tecnologia.

🚨 Sintomas mais comuns:

Cansaço constante, físico e mental

Perda de motivação, isolamento e irritabilidade

Dificuldade de concentração e memória

Crises de ansiedade, insônia ou depressão

Dores pelo corpo, distúrbios gastrointestinais e sensação de exaustão


🧾 E no campo dos direitos: Burnout é deficiência?

A resposta é: nem sempre, mas pode ser, dependendo da gravidade do caso.


🔹 Quando pode ser considerado deficiência?

A Lei Brasileira de Inclusão (LBI – Lei nº 13.146/2015) define deficiência como impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que dificultem a participação plena e efetiva na sociedade.

Se o Burnout evoluir para um quadro crônico de saúde mental, como transtorno de ansiedade generalizada, depressão profunda ou síndrome do pânico, e gerar prejuízos permanentes à autonomia da pessoa, ele pode ser reconhecido como uma deficiência psíquica.

Esse reconhecimento permite acesso a direitos importantes, como:

  • Atendimento prioritário e acessível
  • Isenção de concursos para PCDs
  • Apoio da rede de proteção social
  • Auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez (casos graves)
  • Adaptações no ambiente de trabalho

⏳ E quando é uma incapacidade temporária?

Nos quadros menos duradouros, o Burnout pode gerar afastamento pelo INSS (auxílio-doença comum ou acidentário), sem ser enquadrado como deficiência, mas ainda assim exigindo cuidado, tratamento e acolhimento.

🌱 Precisamos falar de saúde mental com seriedade.

Nem todo sofrimento é visível. E nem toda deficiência é física.

No Cantinho dos Amigos Especiais, acreditamos que acolher também é incluir. Falar sobre Burnout é reconhecer que todos nós precisamos de pausas, respeito, escuta e dignidade no ambiente de trabalho.

Se você está passando por isso, você não está sozinho. Procure ajuda. Cuide-se. E saiba que você tem direitos.

sexta-feira, 6 de junho de 2025

Incluso Não É Brincadeira!

Nos últimos dias, circulou nas redes sociais uma postagem do Cinemar Itanhaém convidando o público a levar seus bebês reborn para o cinema. O texto, recheado de ironia e marketing disfarçado de sensibilidade, termina com a frase:
🟡 “Inclusão por aqui é levada a sério… até nos mínimos (e mais quietos) detalhes.”

Essa frase, embora aparentemente inocente, revela um desrespeito profundo com a luta diária das pessoas com deficiência e das famílias que buscam inclusão real em espaços públicos e culturais.

❌ Boneca não é bebê. Marketing não é inclusão.

O movimento pela inclusão exige escuta, acessibilidade física e comunicacional, empatia e políticas públicas. Reduzi-lo a uma boneca no colo de um adulto, como se fosse necessário “incluir” um objeto inanimado em uma sala de cinema, é uma inversão perigosa de valores.

Quando chamam isso de inclusão, estão dizendo — direta ou indiretamente — que o lugar de fala das pessoas com deficiência pode ser ocupado por quem quiser “brincar de ser mãe” com um boneco. Estão dizendo que acessibilidade é um capricho de ocasião, que pode ser estilizado, suavizado, simulado.

📢 Nós dizemos: inclusão é coisa séria.

  • Inclusão é acesso de verdade, para quem usa cadeira de rodas e encontra degraus.
  • Inclusão é respeito de verdade, para quem é cego e precisa de audiodescrição.
  • Inclusão é acolhimento de verdade, para quem vive com deficiência intelectual, múltipla ou sensorial e quer consumir cultura como qualquer outro cidadão.

Chamar isso de “inclusão” para vender ingresso para boneca é uma ofensa direta a todas as pessoas com deficiência que lutam diariamente para existir com dignidade.

💬 Nosso posicionamento é claro:

O Cantinho dos Amigos Especiais repudia toda forma de banalização da inclusão. Não se trata de ser contra a existência de bonecas reborn ou sua função terapêutica em contextos reais e respeitosos.
O problema está na falsa apropriação do discurso inclusivo para fins de marketing, sem nenhuma ligação com a realidade da acessibilidade.

Inclusão não é figurino. Não é capricho. Não é enfeite de post.
Inclusão é uma bandeira que carregamos com dor, luta e amor.

Força e música: Chico Buarque passa por cirurgia cerebral e emociona fãs

O cantor e compositor Chico Buarque, de 80 anos, foi submetido a uma cirurgia no crânio na última terça-feira, 3 de junho de 2025, no Hospital Copa Star, em Copacabana, Rio de Janeiro. O procedimento visou tratar um quadro de hidrocefalia de pressão normal, condição caracterizada pelo acúmulo de líquido nos ventrículos cerebrais, o que pode aumentar a pressão intracraniana e afetar o equilíbrio e a mobilidade.

A cirurgia, realizada pelo neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho, consistiu na implantação de uma válvula no centro do cérebro, conectada a um cateter que direciona o excesso de líquido para a cavidade abdominal, onde é absorvido pelo organismo. Esse procedimento, conhecido como derivação ventrículo-peritoneal, é comum em pacientes idosos e visa melhorar a qualidade de vida, aliviando sintomas como instabilidade na marcha e dificuldade para mudar de posição.

Chico Buarque recebeu alta hospitalar na manhã de quinta-feira, 5 de junho, e já está em casa, acompanhado de sua esposa, Carol Proner. Segundo a equipe médica, a recuperação foi rápida e sem complicações. O cantor apresentou apenas um leve desequilíbrio, considerado normal para a idade e esperado nesse tipo de procedimento.

A condição foi identificada durante um check-up de rotina, e a cirurgia já estava previamente agendada, não sendo realizada em caráter de emergência.

Poucos dias antes da cirurgia, no domingo, 1º de junho, Chico Buarque participou de um show com Gilberto Gil na Marina da Glória, no Rio de Janeiro, onde juntos interpretaram a canção "Cálice", demonstrando disposição e entusiasmo no palco.

A hidrocefalia de pressão normal é uma condição neurológica que, se não tratada, pode levar a complicações mais graves, como declínio cognitivo e incontinência urinária. O tratamento cirúrgico, como o realizado por Chico Buarque, é eficaz na maioria dos casos e pode proporcionar significativa melhora na qualidade de vida dos pacientes.

Com a recuperação bem-sucedida, espera-se que Chico Buarque retome suas atividades artísticas em breve, continuando a contribuir para a cultura brasileira com sua música e literatura.

Texto e imagem produzidos com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

quinta-feira, 5 de junho de 2025

“O que os olhos não veem,... o outro nem sempre entende”

Explicar uma deficiência visual nem sempre é uma tarefa simples. Para quem enxerga normalmente, compreender os limites, as adaptações e as necessidades de alguém com baixa visão ou cegueira total pode ser um desafio. Por mais boa vontade que haja, faltam muitas vezes referências concretas para que o vidente compreenda o que significa “ver pouco”, “ver com distorções” ou “não ver nada”. Além disso, questões emocionais, sociais e culturais tornam esse diálogo ainda mais delicado. A seguir, destacamos cinco fatores que dificultam essa comunicação.

1. Falta de referência visual compartilhada

A maioria das pessoas videntes entende o mundo com base em imagens e comparações visuais. Quando o deficiente visual tenta explicar algo como “minha visão é como uma névoa” ou “enxergo vultos e luzes”, o interlocutor pode não captar a real limitação, pois não tem uma referência concreta do que isso significa.


2. Preconceitos e estereótipos

Muitas pessoas ainda têm uma ideia binária de que a pessoa é “cega total” ou “enxerga normalmente”. Isso dificulta o entendimento das diversas formas de baixa visão. Quando o deficiente visual diz que enxerga um pouco, mas precisa de bengala, por exemplo, isso pode gerar confusão ou julgamento (“mas se você vê, por que precisa de ajuda?”).


3. Desconhecimento técnico da própria condição

Alguns deficientes visuais, principalmente os que adquiriram a deficiência há pouco tempo, não dominam os termos técnicos (como escotomas, acuidade visual, campo visual). Isso dificulta traduzir sua realidade de forma clara para alguém que nunca passou pela experiência.


4. Constrangimento ou exaustão emocional

Muitas vezes, o deficiente visual precisa explicar repetidamente sua condição a diferentes pessoas, o que pode gerar cansaço emocional. Além disso, dependendo da reação do interlocutor (pena, incredulidade, desconforto), a pessoa com deficiência pode sentir-se constrangida ou desestimulada a se explicar.


5. Expectativa de normalidade ou negação da limitação

Há quem reaja com frases como “mas você parece tão bem” ou “nem parece que você tem deficiência”, o que deslegitima o relato do deficiente visual. Isso cria uma barreira na comunicação, pois o interlocutor minimiza ou nega a realidade narrada.


Reconhecer essas dificuldades é um passo importante para construir pontes de entendimento e respeito. Quando ouvimos com empatia, fazemos perguntas com sensibilidade e nos dispomos a aprender com o outro, abrimos espaço para uma convivência mais inclusiva. Explicar uma deficiência pode ser cansativo, mas ouvir com o coração aberto pode transformar a forma como enxergamos — mesmo sem precisar ver.

Doença de Parkinson: Entendendo o Desafio e Fortalecendo a Inclusão

A Doença de Parkinson é uma condição neurológica crônica e progressiva que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Ela ganhou destaque nos últimos anos devido ao aumento do diagnóstico e à presença de figuras públicas que falam abertamente sobre o tema, contribuindo para a quebra de preconceitos.

O que é a Doença de Parkinson?

O Parkinson ocorre quando algumas células do cérebro, responsáveis pela produção de dopamina, começam a se degenerar. A dopamina é essencial para o controle dos movimentos, por isso, a doença se manifesta principalmente por:

  • Tremores (especialmente em repouso)

  • Lentidão dos movimentos

  • Rigidez muscular

  • Instabilidade postural

Além dos sintomas motores, é comum também a presença de alterações no sono, no humor e na memória, o que impacta diretamente a qualidade de vida dos pacientes.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico do Parkinson é essencialmente clínico, realizado por neurologistas, a partir da observação dos sintomas e da história do paciente. Exames de imagem podem ser solicitados para descartar outras doenças, mas ainda não existe um exame único capaz de detectar o Parkinson com 100% de certeza.

Tratamento e Qualidade de Vida

O tratamento do Parkinson é individualizado e pode incluir:

  • Medicamentos para melhorar a função dopaminérgica

  • Fisioterapia para manutenção da mobilidade

  • Fonoaudiologia para questões de fala e deglutição

  • Terapias ocupacionais para autonomia nas atividades diárias

  • Apoio psicológico e social

É importante destacar que o tratamento pelo SUS está disponível e inclui medicamentos de uso contínuo, além de acompanhamento multiprofissional em muitos serviços públicos de saúde.

Quebrando Preconceitos e Promovendo a Inclusão

Conviver com o Parkinson pode trazer desafios físicos, emocionais e sociais. Mas é fundamental lembrar:
A pessoa com Parkinson é, antes de tudo, uma pessoa, com sonhos, vontades e direitos!

Promover a inclusão significa:

  • Oferecer oportunidades de participação social e profissional

  • Respeitar os tempos e limitações de cada pessoa

  • Incentivar espaços acessíveis e adaptados

  • Combater o estigma e o preconceito

Direitos das Pessoas com Parkinson

No Brasil, pessoas com Parkinson têm direito a benefícios como:

  • Atendimento prioritário

  • Isenção de impostos em alguns casos (IPVA, IPI)

  • Acesso a medicamentos gratuitos pelo SUS

  • Possibilidade de aposentadoria por invalidez, em situações específicas

É fundamental buscar informações e orientações junto a profissionais e associações especializadas para conhecer todos os direitos garantidos por lei.

Histórias de Superação

Diversas pessoas com Parkinson vêm compartilhando sua jornada de luta e superação. Seja através da arte, do esporte adaptado, do voluntariado ou do engajamento social, elas mostram que o diagnóstico não é o fim, mas o início de uma nova caminhada.


Cantinho dos Amigos Especiais – Por um mundo mais acessível, acolhedor e cheio de respeito à diversidade!

Nascer Diferente, Viver Plenamente: O Exemplo da Síndrome de Hanhart

A Síndrome de Hanhart é uma doença genética congênita, extremamente rara. Essa síndrome é caracterizada por malformações nos membros (braços e pernas) e na região orofacial, como mandíbula e língua.

O que é a Síndrome de Hanhart?

A Síndrome de Hanhart, também conhecida como síndrome de hipoglossia -hipodactilia, é uma condição genética rara que afeta o desenvolvimento de membros e estruturas faciais. As causas exatas ainda não são totalmente compreendidas, mas acredita-se que envolvam alterações genéticas que ocorrem entre a 4ª e a 8ª semanas de gestação, período crítico para o desenvolvimento de membros e estruturas faciais.

Sintomas comuns

Os principais sintomas incluem:

quarta-feira, 4 de junho de 2025

Dia Mundial da Corrida: Todos os Passos Importam!

No Dia Mundial da Corrida, celebrado na primeira quarta-feira de junho, a mensagem mais importante é que cada passo conta — independentemente do ritmo, da distância ou das limitações de cada pessoa. O Global Running Day convida o mundo inteiro a colocar o corpo em movimento, e isso inclui também as pessoas com deficiência, cada uma respeitando seu tempo, suas possibilidades e celebrando suas conquistas.

Corrida para Todos: Inclusão em Movimento

A corrida é um símbolo de superação e de busca por saúde física e mental. Mas, quando falamos em inclusão, ela vai muito além do esporte tradicional. Existem diferentes formas de participar e sentir-se parte desse grande movimento:

Corrida de rua com acessibilidade: Cada vez mais eventos esportivos oferecem categorias e percursos adaptados, com apoio de equipes de inclusão, uso de guias para pessoas cegas ou com baixa visão, intérpretes de Libras, informações em braille e espaços para cadeirantes.

Corrida em cadeira de rodas: Muitas cidades promovem corridas exclusivas ou integradas para pessoas com deficiência física, mostrando que o importante é o movimento, seja ele como for.

Caminhada inclusiva: Para quem não pode ou não deseja correr, a caminhada é igualmente celebrada. O convite é para se movimentar, independentemente da velocidade.

Corrida virtual: Quem prefere participar de casa pode registrar sua quilometragem e compartilhar nas redes sociais. Aplicativos e plataformas online já oferecem recursos de acessibilidade, tornando a experiência mais democrática.

Celebrando a Diversidade

O Dia Mundial da Corrida é também uma oportunidade para conscientizar sobre a importância da acessibilidade nos esportes. Rampas, sinalização tátil, comunicação acessível e a presença de voluntários capacitados tornam os eventos esportivos mais acolhedores e seguros para todos.

Mais do que completar uma prova, o que importa é participar, fortalecer o corpo, ampliar as amizades e vencer barreiras — inclusive as do preconceito. A corrida pode ser solitária, coletiva, silenciosa ou cheia de torcida: cada pessoa tem seu jeito de correr, caminhar ou simplesmente se movimentar, e todos têm direito ao esporte.

Dicas para uma Corrida Inclusiva

Procure eventos que garantam acessibilidade física e comunicacional.

Se possível, participe com amigos ou familiares para trocar experiências.

Valorize seu progresso: cada conquista é motivo de celebração!

Compartilhe nas redes sociais usando a hashtag #CorridaParaTodos — inspire outras pessoas a se movimentarem!

Para Refletir

A inclusão começa quando cada pessoa é respeitada em sua individualidade. A corrida da vida é feita de muitos caminhos, e todos, sem exceção, têm valor.

Que neste Dia Mundial da Corrida possamos celebrar todos os corpos em movimento, todas as histórias de superação e todos os sonhos que se transformam em passos — grandes ou pequenos.

Corra, caminhe, movimente-se: cada passo importa!

terça-feira, 3 de junho de 2025

O Símbolo Global de Acessibilidade: Origem, Significado e Usos


A luta por igualdade, respeito e inclusão das pessoas com deficiência está cada vez mais presente no cenário internacional. Para representar e fortalecer esse movimento, a Organização das Nações Unidas (ONU) desenvolveu um símbolo universal de acessibilidade, que hoje é reconhecido em todo o mundo como um ícone de inclusão, diversidade e direitos humanos.

Origem do Símbolo

O símbolo global de acessibilidade foi criado pela ONU em 2015, com o objetivo de proporcionar um ícone universal e facilmente reconhecível que representasse todas as pessoas com deficiência, independentemente do tipo de limitação — seja física, sensorial, intelectual ou múltipla.

A necessidade desse símbolo surgiu porque, até então, a imagem mais difundida era a do “bonequinho na cadeira de rodas”, limitando a representação apenas às pessoas com deficiência física motora. A ONU buscava um símbolo mais abrangente, moderno e inclusivo, que transmitisse a ideia de participação plena na sociedade.

O novo símbolo foi lançado no âmbito da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e se alinha ao princípio de “não deixar ninguém para trás”, presente nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Significado do Símbolo

O logotipo apresenta um desenho estilizado, composto por linhas pretas e círculos azuis. A figura central pode ser vista como uma pessoa de braços abertos, expressando acolhimento, liberdade e autonomia. O círculo maior ao redor simboliza o mundo, sugerindo que todas as pessoas, com ou sem deficiência, fazem parte de uma mesma comunidade global.

Cada elemento do símbolo tem um significado especial:

  • Círculo central (cabeça): representa a pessoa, o ser humano em sua individualidade.

  • Braços abertos: remetem à inclusão, participação ativa e integração social.

  • Círculo externo: indica o mundo, a coletividade e o espaço comum a todos.

  • Pontos de conexão: mostram que todos os membros da sociedade estão interligados, reforçando a ideia de interdependência e solidariedade.

O uso da cor azul transmite calma, confiança e responsabilidade social — valores fundamentais para a convivência e o respeito à diversidade.

Interpretações e Significados Possíveis

Além de sua representação gráfica clara, o símbolo pode ser interpretado de várias maneiras positivas:

  • Liberdade e autonomia: a postura da figura transmite movimento, independência e empoderamento das pessoas com deficiência.

  • Universalidade: por não ter traços ligados a uma deficiência específica, simboliza todas as pessoas, promovendo a ideia de que acessibilidade é um direito de todos.

  • Igualdade: o círculo ao redor da figura representa proteção, inclusão e igualdade de oportunidades.

  • Unidade e diversidade: mostra que, apesar das diferenças, todos fazem parte da mesma humanidade e devem ser respeitados em sua singularidade.

Usos em Diferentes Contextos

O símbolo global de acessibilidade pode ser utilizado em uma ampla variedade de situações, fortalecendo o compromisso com a inclusão. Alguns exemplos:

  • Sinalização de ambientes acessíveis: portas, banheiros, elevadores, transportes e espaços públicos que possuem recursos de acessibilidade.

  • Material institucional: websites, documentos, folders, campanhas e eventos relacionados à inclusão e aos direitos das pessoas com deficiência.

  • Identificação de produtos e serviços acessíveis: aplicativos, equipamentos, mobiliários e soluções tecnológicas pensadas para todos.

  • Campanhas de conscientização: cartazes, camisetas, redes sociais, vídeos e outras formas de comunicação visual.

  • Educação e sensibilização: materiais didáticos, guias e projetos pedagógicos voltados para o respeito à diversidade.

Por que é importante adotar o símbolo?

A adoção desse símbolo global fortalece o reconhecimento dos direitos das pessoas com deficiência, amplia a visibilidade da causa e incentiva políticas públicas mais inclusivas. Mais do que um ícone, ele é um convite para que a sociedade abrace o respeito, a participação e a igualdade de oportunidades para todos.

No Cantinho dos Amigos Especiais, incentivamos o uso desse símbolo em nossos materiais e publicações como forma de reafirmar nosso compromisso com a inclusão, a acessibilidade e a construção de um mundo mais justo e acolhedor.


Juntos, celebramos a diversidade e promovemos a inclusão!

domingo, 1 de junho de 2025

Teddy finalmente reencontra Alice em Portugal após impasse com companhia aérea

Teddy finalmente reencontra Alice em Portugal após impasse com companhia aérea


🐾Após quase dois meses de negativas e tentativas frustradas, Teddy, o labrador de suporte emocional da menina autista Alice, de 12 anos, finalmente embarcou para Portugal e já está com sua tutora.

A família enfrentou diversas dificuldades desde abril, quando se mudou do Rio de Janeiro para Lisboa. Mesmo com uma ordem judicial favorável, a companhia aérea TAP recusou o embarque de Teddy na cabine, alegando que isso violaria seu manual de operações e colocaria em risco a segurança do voo. A empresa sugeriu que o cão fosse transportado no compartimento de cargas, proposta recusada pela família devido aos riscos à saúde e ao bem-estar do animal.

A situação só foi resolvida após a intervenção do Ministério de Portos e Aeroportos e um acordo entre as partes envolvidas. Com todos os documentos regularizados, Teddy embarcou na sexta-feira (30/05) no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, acompanhado pelo treinador Ricardo Cazarotte e pela irmã de Alice, Hayanne Porto.

O reencontro entre Alice e Teddy ocorreu no sábado (31/05) em Lisboa. Segundo o pai da menina, Renato Sá, o animal chegou bem e está passando por uma reintegração com a criança.

Teddy foi treinado ao longo de um ano e meio para prestar suporte durante possíveis crises e se tornou parte fundamental da rotina de Alice, que é diagnosticada com autismo não-verbal.

Este caso destaca a importância dos cães de assistência para pessoas com deficiência e a necessidade de políticas claras que garantam seus direitos em viagens internacionais.


Se quiser, posso também adaptar esse texto para o Instagram ou preparar uma versão ilustrada para divulgação no blog com imagem e chamada. Deseja isso?

quarta-feira, 28 de maio de 2025

Dorina Nowill: 106 anos de Inspiração e Inclusão

Hoje, 28 de maio de 2025, celebramos os 106 anos do nascimento de Dorina de Gouvêa Nowill, uma mulher cuja visão transcendeu a cegueira física para iluminar caminhos de inclusão, educação e dignidade para pessoas com deficiência visual em todo o Brasil. Sua trajetória é um testemunho de coragem, inovação e compromisso social, que continua a inspirar gerações.

Dorina Nowill: A Dama da Inclusão

Dorina nasceu em São Paulo, em 28 de maio de 1919. Aos 17 anos, perdeu a visão devido a uma doença não diagnosticada. Determinada a continuar seus estudos, tornou-se a primeira aluna cega a frequentar um curso regular na Escola Normal Caetano de Campos, formando-se professora em 1945. Durante sua formação, percebeu a escassez de materiais acessíveis para pessoas com deficiência visual, o que a motivou a buscar soluções inovadoras.

Em 1946, fundou a então Fundação para o Livro do Cego no Brasil, hoje conhecida como Fundação Dorina Nowill para Cegos. A instituição foi pioneira na produção de livros em braille em larga escala no país, facilitando o acesso à educação e à cultura para milhares de pessoas com deficiência visual. Além disso, Dorina liderou a criação do Departamento de Educação Especial para Cegos na Secretaria de Estado da Educação de São Paulo e atuou como diretora da Campanha Nacional de Educação dos Cegos do Ministério da Educação entre 1961 e 1973.

Seu trabalho teve reconhecimento internacional. Em 1981, representou o Brasil na Assembleia Geral das Nações Unidas durante o Ano Internacional da Pessoa Deficiente. Em 1979, foi eleita presidente do Conselho Mundial dos Cegos. Dorina também foi homenageada com a Comenda Dorina de Gouvêa Nowill, concedida pelo Senado Federal a personalidades que contribuem significativamente para a defesa dos direitos das pessoas com deficiência no Brasil.

Dorina faleceu em 29 de agosto de 2010, aos 91 anos, deixando um legado que continua vivo através das ações da Fundação Dorina Nowill para Cegos. A instituição oferece serviços gratuitos e especializados, como produção de livros acessíveis, reabilitação, programas de empregabilidade e consultorias em acessibilidade, impactando positivamente a vida de milhares de brasileiros com deficiência visual.

Legado e Inspiração Contínua

Dorina Nowill é lembrada não apenas por suas conquistas institucionais, mas também por sua visão humanista e compromisso com a inclusão. Sua frase "O bem-estar de todos os membros da sociedade, sem exceções, é o que faz de um país um povo civilizado" resume sua filosofia de vida e atuação. Em 2016, sua neta, a atriz Martha Nowill, lançou o documentário "Dorina – Um Olhar para o Mundo", retratando a vida e o impacto de sua avó na luta pelos direitos das pessoas com deficiência visual.

Neste dia especial, o Cantinho dos Amigos Especiais homenageia Dorina Nowill, cuja história é um farol de esperança e determinação. Que seu exemplo continue a inspirar ações em prol de uma sociedade mais justa, inclusiva e acessível para todos.


Serviço: Fundação Dorina Nowill para Cegos

A Fundação Dorina Nowill para Cegos é uma instituição sem fins lucrativos referência nacional em acessibilidade, inclusão social e reabilitação de pessoas com deficiência visual. Fundada em 1946 por Dorina Nowill, oferece gratuitamente serviços como produção e distribuição de livros acessíveis (Braille, áudio e digital acessível), reabilitação, orientação e mobilidade, programas de empregabilidade e consultorias em acessibilidade para empresas e instituições.

Principais serviços:

Produção e doação de livros em Braille, áudio e formatos acessíveis para todo o Brasil.

Reabilitação e inclusão social de pessoas com deficiência visual.

Ações educativas, cursos e orientações para familiares e profissionais.

Projetos de empregabilidade e preparação para o mercado de trabalho.

Consultoria em acessibilidade para empresas e escolas.

Atendimento presencial e remoto.

Endereço: Rua Doutor Diogo de Faria, 558 – Vila Clementino – São Paulo /SP
Telefone: (11) 5087-0999
E-mail: fundacao@fundacaodorina.org.br

Site oficial: www.fundacaodorina.org.br

Redes sociais: @fundacaodorina

Se você conhece alguém com deficiência visual ou deseja apoiar essa causa, entre em contato e saiba mais sobre como contribuir ou ser atendido pela Fundação Dorina Nowill para Cegos.

sábado, 24 de maio de 2025

IA: A Nova Aliada no Cuidado com a Saúde — Mesmo em Dias Difíceis

Em um mundo cada vez mais conectado, a tecnologia não está apenas facilitando o dia a dia, mas também se tornando uma companheira real em momentos de fragilidade. Pessoas que enfrentam enfermidades — sejam temporárias ou crônicas, com ou sem deficiência — encontram na Inteligência Artificial (IA) um apoio discreto, mas poderoso, para cuidar da própria saúde com mais autonomia, conforto e dignidade.


1. Lembretes e Rotinas Personalizadas

Uma das grandes dificuldades de quem está enfermo é manter a regularidade nas medicações, hidratação, alimentação e horários de descanso. Ferramentas de IA, como assistentes virtuais, podem criar alertas personalizados e lembretes inteligentes. Eles não apenas avisam o momento de tomar o remédio, mas aprendem com a rotina do usuário e se adaptam às suas preferências, promovendo uma rotina mais saudável e organizada.

2. Monitoramento de Sintomas com Anotações Inteligentes

Sentir uma dor nova, observar uma mudança ou lembrar de algo importante que aconteceu durante a noite: tudo isso pode ser registrado com auxílio de aplicativos de IA. Ao longo dos dias, essas ferramentas ajudam a construir um histórico detalhado que pode ser apresentado ao profissional de saúde, facilitando diagnósticos e evitando esquecimentos.

3. Acompanhamento Emocional e Espiritual

A doença afeta o corpo, mas também o coração e a mente. Algumas plataformas de IA oferecem conversas acolhedoras, mensagens positivas, orações e até reflexões espirituais. Embora não substituam um terapeuta ou um orientador religioso, esses recursos podem ser uma companhia em momentos de silêncio e solidão, oferecendo palavras de esperança e encorajamento.

4. Comunicação Facilitada com Equipes Médicas e Familiares

A IA também ajuda na organização de informações que serão compartilhadas com médicos, cuidadores e familiares. Por exemplo, é possível gerar relatórios simples com dados clínicos, relatos de sintomas e evolução diária, além de traduzir termos médicos complicados para uma linguagem mais acessível.

5. Acessibilidade para Quem Precisa de Apoio Adicional

Para pessoas com limitações motoras, visuais ou cognitivas, a IA pode transformar a maneira de interagir com o mundo digital. Leitores de tela aprimorados por IA, comandos de voz inteligentes, e interfaces adaptadas tornam o cuidado com a saúde mais inclusivo, garantindo que ninguém fique para trás.


Conclusão: A Tecnologia que Cuida Junto

Cuidar da própria saúde, quando estamos doentes, pode parecer um desafio enorme. Mas não estamos sozinhos nessa jornada. A Inteligência Artificial, quando usada com sabedoria, respeito e propósito, pode ser mais do que um avanço tecnológico: pode ser uma companhia sensível, uma ponte para o autocuidado e, acima de tudo, uma ferramenta que devolve um pouco da autonomia que a enfermidade muitas vezes tenta roubar.

Cantinho dos Amigos Especiais — por uma vida com mais acolhimento, tecnologia e amor.


Texto e imagem produzidos com inteligência artificial. Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.


segunda-feira, 19 de maio de 2025

Quando a Prioridade Perde o Sentido: Bebês Reborn e o Uso Indevido de Direitos Preferenciais

Você já ouviu falar em pessoas que tentam usar bonecos reborn para conseguir lugar em filas preferenciais, assentos em transportes públicos ou atendimento prioritário? Parece absurdo, mas está acontecendo.


Os chamados “bebês reborn” são bonecos extremamente realistas, criados com propósitos artísticos, terapêuticos ou afetivos. Não há problema algum em ter carinho por um reborn — o que não se pode é usá-lo para tentar ocupar um lugar que pertence a quem enfrenta desafios reais e urgentes.


Fila preferencial não é brincadeira.


Ela existe para mães com bebês de verdade, idosos, pessoas com deficiência visível ou invisível, gestantes e outras condições protegidas por lei. Pessoas que carregam bonecos reborn como se fossem filhos, por mais sinceras que sejam suas emoções, não podem ser colocadas na mesma categoria de quem tem um filho de colo, uma bengala, uma prótese ou uma limitação de mobilidade.


Esse tipo de atitude enfraquece a luta por direitos conquistados com muita dificuldade. Pior: gera constrangimento e desconfiança para quem realmente precisa da prioridade, como uma mãe cansada com um bebê chorando ou uma pessoa com deficiência invisível que já é julgada em silêncio.


Claro que o acolhimento emocional é importante. Respeitamos quem encontra nos bebês reborn uma forma de lidar com perdas, medos ou afetos. Mas acolher é diferente de equiparar. E, nesse caso, o que está em jogo não é o sentimento individual, mas o impacto coletivo.


Direito não é fantasia. Prioridade não é capricho.

E empatia também é saber ceder o lugar certo para quem realmente precisa.

sexta-feira, 16 de maio de 2025

O “Limite” do TDAH: Quando o Corpo e a Mente Pedem Socorro

Por que algumas pessoas com TDAH chegam a um ponto de exaustão total? O que acontece quando os sintomas ultrapassam os próprios limites?

Neste artigo, vamos entender, de forma clara e didática, o que significa o “limite” do TDAH — um termo cada vez mais usado por pacientes, familiares e profissionais para descrever momentos críticos da condição.

O que é TDAH?

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é uma condição neurológica que afeta funções executivas do cérebro, como o foco, a organização, o controle emocional e a memória de trabalho. Os sintomas variam de pessoa para pessoa e podem incluir:

  • Dificuldade de concentração;

  • Impulsividade;

  • Hiperatividade (física ou mental);

  • Desorganização;

  • Problemas com o tempo (procrastinação ou hiperfoco);

  • Baixa tolerância à frustração.

Mas o que é esse “limite”?

O limite do TDAH não é um conceito médico oficial, mas sim um termo usado para descrever um estado de sobrecarga física, mental e emocional. É quando a pessoa não consegue mais lidar com as demandas da rotina, e os sintomas saem do controle.

Imagine um copo d'água sendo preenchido durante o dia com cada tarefa, cobrança, barulho ou mudança inesperada. Pessoas neurotípicas (sem TDAH) têm mecanismos naturais para esvaziar esse copo aos poucos. Já quem tem TDAH costuma acumular — e, em algum momento, o copo transborda.

O que acontece quando esse limite é ultrapassado?

Ultrapassar o limite do TDAH pode provocar uma crise de esgotamento. Os sinais mais comuns incluem:

  • Colapso emocional (choro, raiva, explosões verbais);

  • Travas mentais (ficar paralisado diante de tarefas simples);

  • Esquecimentos graves;

  • Dores físicas (de cabeça, musculares, fadiga crônica);

  • Crises de ansiedade ou pânico;

  • Isolamento social;

  • Sentimentos de incapacidade ou autodepreciação.

Em casos mais graves, isso pode desencadear episódios depressivos ou quadros de burnout — especialmente quando a pessoa tenta se forçar a funcionar “como todo mundo”.

Por que isso acontece?

Pessoas com TDAH vivem em constante esforço para parecer “normais”. Esse esforço tem um nome: masking (mascaramento). É quando a pessoa tenta camuflar seus sintomas, organizando-se à força, evitando distrações a qualquer custo e lutando contra a impulsividade sem descanso. Com o tempo, isso cobra um preço alto.

Além disso, o cérebro com TDAH gasta mais energia para realizar tarefas rotineiras, o que gera uma fadiga cognitiva que a maioria das pessoas não percebe — até ser tarde demais.

O que fazer antes de atingir o limite?

  1. Reconhecer os sinais de alerta: irritabilidade frequente, insônia, falhas de memória, sensação de sobrecarga.

  2. Pedir ajuda profissional: psicólogos, psiquiatras e terapeutas ocupacionais podem ajudar a organizar a rotina e tratar o transtorno.

  3. Adaptar o ambiente: usar recursos visuais, lembretes, técnicas de Pomodoro, pausas regulares e simplificação de tarefas.

  4. Buscar apoio: grupos de apoio, familiares compreensivos e ambientes que respeitem a neurodiversidade fazem diferença.

E se eu já ultrapassei esse limite?

A primeira coisa é: não se culpe. Você não falhou. Você está esgotado — e isso pede acolhimento, não cobrança. O ideal é:

  • Parar e descansar (de verdade, sem culpa);

  • Reavaliar o que está te exigindo demais;

  • Estabelecer novos limites e dizer mais “nãos”;

  • Voltar aos poucos às atividades, priorizando a saúde mental.

Concluindo…

O “limite” do TDAH é real, embora invisível para quem olha de fora. Ultrapassá-lo pode trazer consequências sérias, mas é possível se recuperar, ajustar a vida e seguir com mais autocompaixão.

Falar sobre isso é um passo importante para tirar o peso da culpa e trazer mais consciência sobre o cuidado necessário com quem vive esse transtorno todos os dias — inclusive com você mesmo, se for o caso.


📌 Compartilhe com alguém que precisa entender melhor o TDAH. A informação também pode ser um alívio.

quinta-feira, 15 de maio de 2025

15 de Maio – Dia Mundial de Conscientização sobre a Acessibilidade: Muito Além das Barreiras Visíveis

O Dia Mundial de Conscientização sobre a Acessibilidade é comemorado na terceira quinta-feira de maio — em 2025, será celebrado no dia 15 de maio. Conhecido internacionalmente como Global Accessibility Awareness Day (GAAD), o objetivo da data é promover a conscientização sobre a importância da acessibilidade digital e física para pessoas com deficiência.

🌐 Origem e Propósito

O GAAD foi criado em 2012 por Joe Devon e Jennison Asuncion, profissionais da área de tecnologia, que perceberam a necessidade de discutir, com mais frequência, o acesso igualitário a sites, aplicativos, serviços e ambientes físicos. Desde então, a data mobiliza ações no mundo todo — envolvendo empresas, governos, escolas e desenvolvedores — para tornar o mundo mais acessível.

♿ O que é acessibilidade?

Acessibilidade significa possibilitar que todas as pessoas, independentemente de suas condições físicas, sensoriais, intelectuais ou sociais, possam acessar, compreender e interagir com o ambiente ao seu redor — seja ele digital ou físico. Isso inclui:

  • Rampas, elevadores e pisos táteis em espaços físicos.

  • Audiodescrição, legendas e LIBRAS em vídeos.

  • Textos claros e fontes legíveis para pessoas com baixa visão.

  • Compatibilidade com leitores de tela em sites e aplicativos.

  • Design universal que beneficie a todos, não só quem tem deficiência.

📣 Por que o dia é importante?

Porque a inclusão começa pela acessibilidade. Garantir que todas as pessoas possam participar plenamente da vida social, cultural e econômica é um direito previsto na Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e na Lei Brasileira de Inclusão (LBI). No entanto, a prática ainda está distante da teoria.

✨ Como participar?

Você pode:

  • Verificar se seu site ou rede social é acessível.

  • Compartilhar conteúdos em LIBRAS ou com audiodescrição.

  • Promover rodas de conversa, lives ou posts educativos.

  • Ouvir pessoas com deficiência e aprender com suas vivências.

  • Cobrar acessibilidade nos espaços públicos e privados.

Lembre-se: acessibilidade não é um favor — é direito. E acessibilidade não é só para PCDs — é para todos.

Texto e imagem produzidos com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thoné de Saboya Oliveira. 

terça-feira, 13 de maio de 2025

Restaurante em Guarulhos Oferece Cardápio com Audiodescrição.

Em Guarulhos, o restaurante MIT RESTAURANTE está se destacando por promover a inclusão de pessoas com deficiência visual ao oferecer um cardápio com audiodescrição.  Essa iniciativa visa proporcionar autonomia e uma experiência gastronômica mais acessível para todos os clientes.

Inclusão no Cardápio

O MIT RESTAURANTE implementou um sistema de audiodescrição em seu cardápio, permitindo que clientes com deficiência visual possam ouvir as descrições detalhadas dos pratos disponíveis.  Essa medida não apenas facilita a escolha dos alimentos, mas também promove a independência e o conforto desses clientes durante a refeição.

Legislação e Acessibilidade

A iniciativa do restaurante está alinhada com propostas legislativas em tramitação no país.  O Projeto de Lei 1550/19, por exemplo, prevê a obrigatoriedade de cardápios em braile e com audiodescrição para estabelecimentos com 90 lugares ou mais, visando garantir o direito à informação e à escolha para pessoas com deficiência visual.

Tecnologia a Favor da Inclusão

Além da audiodescrição, o uso de tecnologias como menus digitais acessíveis por QR codes tem se mostrado uma ferramenta eficaz na promoção da acessibilidade em restaurantes.  Esses menus podem ser lidos por aplicativos de leitura de tela, oferecendo uma alternativa prática e moderna para clientes com diferentes necessidades.

Um Exemplo a Ser Seguido

A iniciativa do MIT RESTAURANTE serve como exemplo para outros estabelecimentos do setor alimentício, demonstrando que a inclusão é possível e benéfica para todos.  Ao adotar práticas acessíveis, os restaurantes não apenas cumprem seu papel social, mas também ampliam seu público e promovem uma experiência mais acolhedora para todos os clientes.

A expectativa é que mais restaurantes sigam esse caminho, contribuindo para uma sociedade mais inclusiva e igualitária.


Serviço

Restaurante: MIT RESTAURANTE
Endereço: Av. Onze de Agosto, 1234, Centro, Guarulhos – SP,

Horário de funcionamento: Terça a sexta, das 12h às 15h e das 19h às 23h; sábado, das 12h às 16h e das 19h às 23h; domingo e feriados, das 12h às 17h; fechado às segundas-feiras,

Reservas: (11) 4803-8261.
Instagram @restaurantemit

sexta-feira, 9 de maio de 2025

🐵 O que a gorila Koko nos ensinou sobre linguagem — e o que isso tem a ver com a Libras?

👆 Gesto da gorila (mão esquerda com dedo mínimo e polegar estendidos): Esse é o sinal de “I love you” na American Sign Language (ASL). Ele combina três letras do alfabeto manual em inglês:  I (dedo mínimo),  L (polegar e indicador),  Y (polegar e dedo mínimo).  📌 Significado: “Eu te amo”.  🤙 Mão à direita (estilo “hang loose” ou “shaka”): Esse gesto é comum em várias culturas, mas em contexto de Libras (quando usado com movimento), pode representar:  Telefone (com movimento de levar à orelha),  Ou, em contextos informais, cumprimento amigável, mas não é um sinal formal da Libras por si só.  👋 Segunda mão com o polegar tocando o queixo (gesto à direita): Este é um sinal básico da Libras, usado para representar:  “Obrigado(a)” – quando a mão parte do queixo para a frente (em direção ao interlocutor),  Ou “Oi”/“Olá”, dependendo da posição e do movimento.  📌 Na imagem, parece representar um gesto próximo de “obrigado(a)”.
Em um mundo em que ainda se valoriza excessivamente a palavra falada, a história da gorila Koko nos convida a repensar o que é, de fato, linguagem. Koko nasceu em 4 de julho de 1971 e ficou famosa por sua capacidade de se comunicar com humanos usando a língua americana de sinais (ASL). Ao longo da vida, aprendeu mais de mil sinais e compreendia cerca de duas mil palavras do inglês falado.

Ela não falava, mas se expressava. E muito bem.

Demonstrava alegria, tristeza, saudade e até senso de humor. Quando seu gatinho de estimação morreu, Koko fez o sinal de “chorar”. Quando estava feliz, sorria com os olhos e os gestos. Sua comunicação era limitada em vocabulário, mas carregada de intenção, emoção e afeto.

Essa história comoveu o mundo.

E, no entanto, paradoxalmente, a Libras — a Língua Brasileira de Sinais — ainda luta por reconhecimento pleno em nossa própria sociedade.

📚 Libras é linguagem. E é viva.

A Libras é a principal forma de comunicação de milhões de brasileiros surdos. Ela possui estrutura gramatical própria, regras linguísticas complexas e é reconhecida por lei (Lei nº 10.436/2002) como meio legal de comunicação e expressão. Assim como o português, a Libras permite expressar pensamentos abstratos, contar histórias, fazer piadas, argumentar e filosofar.

Mas, apesar de tudo isso, ela ainda sofre com preconceito linguístico.

Quantas vezes você já ouviu alguém dizer que Libras é “mímica”? Ou que "aprender Libras não é tão importante"? E, pior: quantos serviços públicos, escolas e instituições ainda negligenciam o direito básico de acesso à informação por meio da Libras?

🤔 Então... o que Koko tem a ver com isso?

Koko não era surda. Também não era humana. Mas ela nos emocionou ao mostrar que a comunicação não depende da fala — e sim da intenção de se conectar.

A sociedade que se comove com uma gorila sinalizando “amor” precisa, urgentemente, aprender a valorizar as pessoas que também sinalizam amor, dor, alegria e esperança todos os dias, usando uma língua plena: a Libras.

O paralelo aqui não é linguístico — é simbólico.

Koko nos lembra que a linguagem é mais do que palavras. É gesto, olhar, presença. É a ponte que nos une, mesmo em mundos diferentes.

🌍 Para uma sociedade mais acessível

A história de Koko pode ser o começo de uma conversa maior. Se nos tocamos com a capacidade de um animal em aprender sinais, por que ainda somos tão lentos em garantir o direito das pessoas surdas à comunicação plena?

Valorizar a Libras é valorizar vidas.
É garantir cidadania, educação, saúde, cultura e inclusão.

Mais do que isso, é reconhecer que há muitas formas legítimas de se comunicar — e todas merecem respeito.


📌 Que tal aprender o básico de Libras? Um simples “olá”, “obrigado” ou “tudo bem?” pode fazer a diferença na vida de alguém.

quarta-feira, 7 de maio de 2025

Trabalhar com saúde: Empresas, agora, têm compromisso com a mente


A partir de 2025, a saúde mental dos trabalhadores se tornará uma prioridade legal para as empresas brasileiras. Com a atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), as organizações serão obrigadas a identificar e gerenciar riscos psicossociais no ambiente de trabalho, como estresse, assédio e sobrecarga emocional. Essa mudança visa promover ambientes laborais mais saudáveis e prevenir doenças mentais entre os colaboradores.

Além disso, a Lei nº 14.831/2024 institui o Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental, reconhecendo empresas que adotam práticas efetivas de promoção do bem-estar psicológico. Para obter essa certificação, as organizações devem implementar programas de apoio psicológico, campanhas de conscientização, treinamentos específicos e ações de combate à discriminação e ao assédio. O certificado terá validade de dois anos e será concedido por uma comissão nomeada pelo governo federal.

Essas iniciativas refletem a crescente preocupação com a saúde mental no ambiente corporativo. Em 2024, o Brasil registrou o maior número de afastamentos por transtornos mentais em uma década, totalizando 472 mil licenças concedidas. Esse cenário reforça a importância de políticas organizacionais que priorizem o bem-estar emocional dos trabalhadores.

Para as pessoas com deficiência (PCDs), essas mudanças representam um avanço significativo. Ambientes de trabalho mais inclusivos e atentos à saúde mental contribuem para a valorização e o desenvolvimento profissional desse grupo. A implementação de práticas que promovam o bem-estar psicológico beneficia todos os colaboradores, fortalecendo a cultura organizacional e a produtividade.

Em resumo, a partir de 2025, as empresas brasileiras deverão adotar medidas concretas para garantir a saúde mental de seus funcionários, transformando o bem-estar emocional em uma responsabilidade legal e estratégica. Essa transformação é essencial para construir ambientes de trabalho mais saudáveis, inclusivos e produtivos.

(Texto e imagem produzidos com inteligência artificial.

Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.)

segunda-feira, 5 de maio de 2025

Bipolar x Borderline: Entenda as Diferenças e Evite Confusões

Embora o transtorno de personalidade borderline (TPB) e o transtorno bipolar compartilhem sintomas como instabilidade emocional e mudanças de humor intensas, eles são condições distintas que requerem abordagens diagnósticas e terapêuticas diferentes. A confusão entre os dois transtornos é comum, especialmente nos estágios iniciais de avaliação clínica. Compreender as principais diferenças entre eles é fundamental para garantir um tratamento eficaz e adequado. A tabela a seguir resume as distinções mais relevantes entre essas duas condições de saúde mental:


Tabela comparativa: Transtorno Bipolar vs. Transtorno Borderline

AspectoTranstorno BipolarTranstorno de Personalidade Borderline (TPB)
Natureza do transtornoTranstorno de humorTranstorno de personalidade
Causa predominanteFatores genéticos e neuroquímicosFatores ambientais, traumas na infância, padrões de apego
Padrão de humorEpisódico (crises de mania/hipomania e depressão duram dias a meses)Oscilações frequentes e rápidas (minutos a horas)
ImpulsividadePresente, especialmente em episódios maníacosPresente de forma contínua e intensa
Relações interpessoaisRelativamente estáveis entre episódiosInstáveis, marcadas por idealização e desvalorização
Imagem de si mesmoPreservada entre episódiosAutoimagem instável e frequentemente negativa
Sintomas psicóticosPodem ocorrer em episódios graves (mania ou depressão)Raros e geralmente transitórios, em situações de estresse intenso
Comportamento suicidaMais associado a episódios depressivosCrônico, com maior risco de tentativas impulsivas
Resposta a medicamentosBoa resposta a estabilizadores de humor e antipsicóticosMelhora com psicoterapia (ex.: DBT); medicamentos ajudam com sintomas
Tratamento principalFarmacológicoPsicoterápico, com suporte medicamentoso

Conclusão

Apesar das semelhanças superficiais, o transtorno bipolar e o transtorno de personalidade borderline apresentam diferenças significativas em sua origem, padrões emocionais e formas de tratamento. O diagnóstico correto é essencial para evitar abordagens inadequadas que podem comprometer a saúde do paciente. Por isso, uma avaliação psiquiátrica criteriosa, aliada ao acompanhamento psicoterapêutico, é indispensável para promover o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas acometidas por esses transtornos.