terça-feira, 17 de novembro de 2015

Doações aumentam e Ceará tem o melhor índice de captação de órgãos do ano


Seg, 16 de Novembro de 2015 10:20


O Ceará atingiu a média de três doações efetivas de órgãos e tecidos para transplantes a cada quatro dias do mês, com a captação de três doações na noite de quinta-feira, 12 de novembro, no Hospital Geral de Fortaleza (HGF), no Instituto Dr. José Frota (IJF) e na Santa Casa de Misericórdia, em Sobral. O número projeta captação superior às 22 doações efetivas alcançadas em outubro - a melhor do ano até o momento. Em novembro já são nove doações efetivas e, no ano, 163. Em 2014 foram efetivadas 220 doações em todo o ano.


O processo de doação e transplante no Ceará tem apresentado comportamento distinto a partir do mês de julho, em relação ao primeiro semestre do ano. De janeiro a junho deste ano o Ceará registrou 64 recusas familiares (43%) em 150 entrevistas para captação de doadores de órgãos e tecidos realizadas no semestre. No período foram notificados 260 potenciais doadores. Desses, 84 (32%) foram doadores efetivos. Entre julho e outubro, foram 45 recusas familiares (36%) em 124 entrevistas realizadas. No segundo semestre, até outubro, foram notificados 179 potenciais doadores e 79 (44%) foram efetivados.


O resultado dessa mudança se reflete nos números de transplantes. O Ceará realizou mais transplantes de janeiro a outubro deste ano que no mesmo período do ano passado. Em dez meses foram realizados 1.183 transplantes em 2015 e 1.163 em 2014, ano em que foi estabelecido o recorde de 1.399 transplantes. Em termos de doações efetivas, no ano passado a média mensal foi de 18 doadores efetivos, com total de 220 no ano. Este ano, a média mensal no primeiro semestre ficou em 14 doadores efetivos e, entre julho e outubro, em 19,75.


A maioria dos transplantes é feita a partir de doadores com morte encefálica. Ainda assim, a decisão quanto à doação é da família do potencial doador. Por isso a importância de quem deseja ser doador de órgãos comunicar à família esse desejo. Apesar da morte encefálica, o coração do doador deve permanecer batendo até o momento da cirurgia de retirada dos órgãos que serão transplantados. Se o coração parar de bater, só poderão ser doados alguns tecidos, como as córneas.


Pelos tipos de transplantes realizados no Ceará, um único doador tem a chance de salvar ou melhorar a qualidade de vida de pelo menos 11 pacientes que estão na fila de espera. Na doação, órgãos e tecidos que podem ser aproveitadas para transplante são os dois rins, dois pulmões, coração, fígado e pâncreas, duas córneas e três valvas cardíacas. Quando um doador é efetivado, com o sinal positivo da família para a doação, a retirada de órgãos e tecidos e o transplante devem obedecer em prazos estabelecidos, já que existe tempo máximo de preservação desses órgãos e tecidos fora do corpo (ver quadro).


Até outubro deste ano foram realizados no Ceará 22 transplantes de rim, 5 de rim/pâncreas, 18 de coração, 158 de fígado, 3 de pulmão, 64 de medula óssea, 690 de córnea, 13 de esclera e 10 de valva cardíaca. Em novembro, foram realizados até o dia 12, 8 transplantes de rim, 4 de fígado, 1 de medula óssea e 10 de córnea, totalizando 23 transplantes.



Tempo para retirada e transplante de órgãos e tecidos



Órgão/ tecidoTempo máximo para retiradaTempo máximo de preservação extracorpórea
Córneas6 horas pós parada cardíaca7 dias
CoraçãoAntes da parada cardíaca4 a 6 horas
PulmõesAntes da parada cardíaca4 a 6 horas
RinsAté 30 minutos pós parada cardíacaAté 48 horas
FígadoAntes da parada cardíaca12 a 24 horas
PâncreasAntes da parada cardíaca12 a 24 horas


Fonte: Governo do Estado do Ceará - via What´sApp

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Praticantes de equoterapia competem na última etapa de salto do ano


Atualizada em 13/11/2015


Praticante de Equoterapia do Texas RanchO Centro de Equoterapia Educacional Texas Ranch participa no próximo dia 15/11, da 6ª Etapa Metropolitana TO e Salto para iniciantes da Federação Paulista de Hipismo (FPH). O evento que será realizado no Centro Hípico Granja Viana, em Carapicuíba/SP, a partir das 9h30, marca o encerramento do ano para as participações dos praticantes em competições de salto.

O Texas Ranch é pioneiro nessa iniciativa juntamente com Hípica Manège Alphaville como destaca a responsável pela instituição, Elizabeth Melani. “Neste ano participamos de seis etapas de salto iniciante, inclusive da Copa Bradesco Alphaville de Hipismo. Tivemos importantes resultados alcançados dentro e fora das pistas. No próximo ano a intenção é intensificar ainda mais as nossas participações, através do projeto em estudo com o José Batista Filho, sócio-diretor da Hípica Manège, queremos convidar outras entidades de equoterapia para participarem conosco das competições” destaca Elizabeth.

Para poder chegar em competição paraequestres de alto nível, a caminhada é longa e exige muita dedicação e empenho por parte dos alunos, pais e  profissionais. A fisioterapeuta Kátia Souza de Oliveira que atua no Texas Ranch juntamente com a também fisioterapeuta Dyelle de Mello Freitas, explica que todos os que participam dos campeonatos, praticaram em média pelo menos dois anos do programa de educação – reeducação da Equoterapia. “Nesta etapa, os alunos adquirem equilíbrio, coordenação motora, alto confiança, adequação postural, atenção, concentração e maior independência, para só então evoluir ao programa pré-esportivo”, destaca Kátia.

Os benefícios da participação nas competições é visível nos praticantes, já que segundo as fisioterapeutas do centro educacional, eles demonstram maior interesse no programa desenvolvido no Texas Ranch especificamente para cada um deles. “Os nossos praticantes buscam sempre apresentar melhor desemprenho nas competições, com isto os profissionais podem explorar mais a capacidade de cada um”.

Isso pode ser comprovado em uma das etapas, quando o praticante Jean Paulo Ohara, de 13 anos, que tem microcefalia se classificou pela primeira vez entre os 10 melhores competidores na categoria salto iniciante. “Ele competiu com igualdade junto as demais crianças na ocasião. Sem dúvida é muito gratificante para nós que estamos semanalmente treinando e trabalhando com ele”, completa Elizabeth.

Outro importante resultado alcançado por eles são os vínculos familiares. Em todas as competições os pais dos praticantes estão presentes, melhorando a atenção deles a atividade naquele momento. “Além disso, eleva a autoestima, além dos ganhos motores e psicológicos pelas premiações e pelo fato de subirem ao pódio e receberem medalhas e troféus pela participação e desempenho. É também uma maneira de gerar inclusão social através da prática do esporte”, finaliza Elizabeth.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

SP terá sessão especial de cinema para crianças com autismo


Sessão será exclusiva para crianças e seus familiares.

(Foto: José Neto – Fotografia Criativa)Os pais de crianças com autismo lutam diariamente para a inclusão dos filhos na sociedade, mas o preconceito faz com que muitas crianças fiquem mais tempo do que deveriam dentro de casa sem fazer coisas saudáveis e corriqueiras como brincar no parquinho da praça, por exemplo.

Foi pensando nisso que um grupo de pais na internet chamado TEApoio (Transtorno do Espectro Autista) decidiu organizar uma sessão exclusiva de cinema para essas crianças e seus familiares. “Muitos pais neste grupo comentaram que nunca tiveram a oportunidade de levar os filhos ao cinema. Foi aí que surgiu a ideia da sessão especial”, diz a gerente de RH Vanessa Lamego de Almeida, 35. Ela, que é mãe de Gustavo, 6, que tem autismo leve e é um frequentador assíduo de cinemas.

Ela comenta que para algumas crianças com autismo não é fácil ir ao cinema convencional. “Algumas delas têm hiperatividade, sensibilidade auditiva e visual e ir a uma sessão tradicional é algo bastante complicado. Além disso, a escuridão, o som alto e a necessidade de permanecer sentado e em silêncio durante o filme faz com que muitas famílias não levem os filhos com autismo ao cinema convencional”, comenta.

Vanessa conta que neste evento haverá alguns diferenciais do que a sessão normal. A sala estará iluminada, o som será mais baixo e não haverá trailer no início do filme.

“As crianças e seus acompanhantes vão poder entrar e sair à vontade da sala, coisa que as pessoas não sentem à vontade para fazer  em uma sessão normal”, comenta.

Mãe de gêmeos de seis anos com autismo, a fisioterapeuta Mariana Moreira Alckmin Azevedo, 36, vai levar os filhos pela primeira vez ao cinema. “Nunca levei pois não tinha coragem de levar com medo de atrapalhar as outras pessoas e criar uma situação constrangedora”, comenta Mariana, que vai acompanhada do marido.

Ela conta que os gêmeos estudam em uma escola regular, mas têm acompanhante de uma terapêutica em sala de aula. “Foi muito difícil achar uma escola inclusiva. Demorei dois anos pois as pessoas têm preconceito. Acham que a criança autista é violenta, agressiva, mas é o contrário. São ingênuos e muito carinhosos”, diz Mariana, que descobriu o autismo quando os meninos tinham quase dois anos.

Ela faz parte de grupos virtuais de pais com crianças autistas que se ajudam e fazem encontros para trocar experiências. “Será uma oportunidade incrível pois ninguém vai olhar torto se a criança se levantar no meio do filme. Todos vão entender”, diz.

A sessão especial trará o desenho Hotel Transilvânia 2, que será exibido no dia 15 de novembro, às 10h30, no cinema do UCI Cinema do Shopping Anália Franco, na zona leste de São Paulo.

A sessão custará R$ 20 por pessoa com direito a ingresso e combo com pipoca e refrigerante. Os interessados, explica Vanessa, devem garantir os ingressos antecipadamente.





quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Justiça determina liberação de substância da maconha para fins medicinais


A Justiça Federal determinou que a Anvisa libere o Tetrahidrocannabinol (THC) para uso medicinal no Brasil. A substância é extraída da maconha e usada no mundo inteiro para o tratamento de doenças como epilepsia, glaucoma mal de parkinson e esclerose múltipla. O pedido foi feito pelo Ministério Público Federal.
O magistrado também determinou que a Anvisa permita a importação de medicamentos compostos de THC e de Cannabidiol (substância já liberada para uso medicinal no Brasil). A Anvisa é obrigada a publicar portaria regulamentando a importação e uso das substâncias em 10 dias.
Na mesma decisão, o juiz federal Marcelo Rebello determinou que a Anvisa e o Ministério da Saúde autorizem e fiscalizem pesquisas científicas usando a "cannabis" além de qualquer outra espécia derivada da planta.
A decisão ainda é liminar, mas representa um avanço na luta das pessoas que buscam tratamento e contam com a desburocratização do acesso a medicamentos.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Brasil Tem, Finalmente, Legislação Oficial de Combate ao Bullying

Temos oficialmente uma legislação que combate o bullying no Brasil. A Presidência da República sancionou hoje a lei, de iniciativa do Congresso Nacional, que institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática do Bullying em todo território nacional (nº 13.185/2015). Pelo texto, bullying é a "prática de atos de violência física ou psíquica exercidos intencional e repetidamente por um indivíduo ou grupo contra uma ou mais pessoas com o objetivo de intimidar ou agredir, causando dor e angústia à vítima". ´
A lei recomenda escolas e clubes a adotarem medidas de prevenção ao bullying e ciberbullying. Entre elas estão a capacitação de professores e equipes pedagógicas, realização de campanhas educativas, além de assistência pedagógica, social e jurídica.
O texto também deixa claro que a punição aos agressores deve ser substituída por alternativas que promovam a mudança de quem pratica o bullying.
Mesmo diante de todas as demandas das nossas escolas, considero a lei de extrema importância. Pela primeira vez, temos uma política de combate ao bullying. A partir daí, boas iniciativas podem servir de exemplo para o Brasil.