A acessibilidade é uma luta constante dos portadores de necessidades especiais. No Centro-oeste de Minas, uma empresa de transporte coletivo tem levado o assunto a sério e colocou os funcionários para sentir na pele como é ter uma deficiência.
Charles Alberto Batista teve paralisia infantil e, sempre que vai às ruas, encontra dificuldades. Para atravessar, descer e subir nas calçadas e até entrar na igreja, não é fácil. Para chegar até a rampa, vários degraus. Nos Correios, agências bancárias e até na Prefeitura, também é quase impossível entrar de cadeira de rodas.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 15% da população brasileira possui algum tipo de deficiência:
- 48% têm problemas visuais
- 22% deficiências motoras
- 16% auditivas
- 8% mentais
- e 4% não tem algum membro.
No município de Bom Despacho, de 42 mil habitantes, cerca de 400 pessoas são portadoras de necessidades especiais. Para atender melhor esse público, uma empresa de ônibus da cidade está ampliando a frota, além de oferecer um curso para os 81 funcionários.
Incentivo à inclusão
Os motoristas e trocadores vão vivenciar as dificuldades que muita gente enfrenta diariamente para entrar num ônibus. O objetivo desse treinamento é sensibilizar os funcionários para que eles tenham ainda mais paciência e atenção, principalmente com os portadores de necessidades especiais.
Eles usam venda nos olhos, faixas para prender as mãos e pernas, muletas e cadeiras de rodas. Os funcionários foram para o ponto de ônibus e, com a ajuda de acompanhantes, entraram e saíram do veículo. O motorista Ronam José da Costa ficou emocionado com a experiência.
Mesmo com ajuda, a motorista Ana Maria Santos não conseguiu esconder o medo. Com dificuldade, entrou e sentou. Sentir o que os deficientes passam é uma lição que não será esquecida. Exemplo que, segundo moradores, poderá ser seguido por outros órgãos.
quinta-feira, 4 de junho de 2009
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