sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Brasil encerra primeiro dia com uma medalha de cada cor e novo recordista mundial

Esporte com mais medalhas em disputa nos Jogos Paralímpicos, a natação já teve dois brasileiros no pódio nesta quinta-feira (30/08), primeiro dia de disputa em Londres. Com novo recorde mundial, Daniel Dias conquistou o ouro. André Brasil foi prata. A judoca Michele Ferreira, mais cedo, garantiu a primeira medalha ao país, ao conquistar o bronze por WO, já que sua adversária, machucada, abdicou do combate.

Após as qualificações da manhã, André Brasil foi o primeiro a disputar a final. E não decepcionou. Com o tempo de 2:12:36, repetiu o desempenho em Pequim e conquistou a prata nos 200m medley da classe SM10. O canadense Huot, com o tempo 2:10:01, detém agora o novo recorde mundial. Esta é a sexta medalha paralímpica do brasileiro. Na China, conquistou outros quatro ouros, todos com quebra de recorde.

Na segunda final com brasileiros, o primeiro ouro. Daniel Dias dominou os 50m livres da classe S5 e quebrou o recorde mundial, com 32:05. Esta é a décima medalha de Dias, que pode terminar a edição londrina como o maior nome do esporte paralímpico. Ele ainda disputa outras sete provas. Clodoaldo Silva ficou em quinto na final (34:99) e detém 13 medalhas, ao lado da velocista Ádria Fernandes, fora da edição londrina. Joana Neves foi a única brasileira na final da natação nesta quinta-feira. Também na classe S5 dos 50m livres, foi quarta colocada, com o tempo de 38:11.

Demais disputas

No goalball, o Brasil estreou com vitória nas duas categorias. O time feminino fez 2 a 0 na Dinamarca, atual campeã europeia e bronze em Pequim. Antes, os homens ganharam da Finlândia por 6 a 5, com bela atuação de Romarinho, autor de quatro gols. A seleção de basquete de cadeira de rodas feminina fez um jogo extremamente equilibrado, mas foi superada pela Austrália por 52 a 50.

No tênis de mesa, Ronaldo Souza, na classe 2, e Walder Knaf, na classe 3, foram os únicos a vencer. Outros 12 brasileiros atuaram. Na equitação, Elisa Melaranci terminou o primeiro dia na 20ª posição, na categoria IB. Davi Salazar Pessoa foi nono e Marcos Fernandes Alves, 11º na II.

Fonte: EBC via DeficienteCiente

Comissão de Direitos Humanos da CMSP faz debate polêmico sobre a união entre pessoas com deficiência intelectual


O direito ao casamento entre pessoas com deficiência intelectual provocou debates na Câmara Municipal de São Paulo, nesta quinta-feira.

A Comissão de Direitos Humanos e a APAE Associação de Pais e Amigos do Excepcional organizaram o evento.

A audiência pública contou com a participação do casal Ilka Fornazzero e Artur Graci Neto, que farão um contrato particular de união estável no final do ano.

O Código Civil Brasileiro não permite o casamento de pessoas com deficiência intelectual.

Porém, os cartórios analisam caso a caso e a noiva Ilka quer provar que a lei está equivocada.

Marilena Ardori, gerente de Defesa de Direitos da Pessoa da APAE SP, disse que muitos jovens deficientes intelectuais acabam desistindo de formalizar a união.



 Para o vereador Quito Formiga (PR), a legislação é preconceituosa.



Na capital paulista, 127 mil e 500 pessoas têm algum tipo de deficiência intelectual.

Paraolímpicos revelam histórias de guerras, doenças e violência ao redor do mundo


Nas delegações dos 166 países que competem nos Jogos Paraolímpicos de Londres, portadores de deficiência desde o nascimento dividem espaço com vítimas de acidentes, de doenças e de violência que evidenciam problemas geopolíticos, de segurança e de saúde pública de seus países.

A violência não chega a estar entre as dez principais causas de deficiência em todo o mundo, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). No entanto, o número de pessoas vítimas destas situações que estão nos Jogos sugere que os programas de reabilitação seriam grandes responsáveis pela "descoberta" de para-atletas.

"Ainda existe uma grande quantidade de programas internacionais de ajuda humanitária que fazem intervenções em certos países, destinados especificamente a pessoas que são vítimas de conflitos ou situações violentas. É provavelmente por isso que eles estão tão presentes na Paraolimpíada", disse Alana Officer, coordenadora do setor de deficiência física e reabilitação da OMS.

Officer diz que o cenário da ajuda humanitária mundial está mudando para contemplar programas mais abrangentes. No entanto, ainda prevalecem as organizações que se dedicam à reabilitação de vítimas de conflitos e usam o esporte como estímulo.

Veja álbum de fotos relacionadas a esta matéria.

Fonte: Folha.com

Com benção do Pe. Robson, Vila São Cottolengo lança Projeto Natal na Vila


Nesta quinta-feira, 30, o Pe. Robson de Oliveira, reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, participou do evento de lançamento do Projeto Natal na Vila, na Vila São José Bento Cottolengo, em Trindade. O sacerdote, que também é presidente da instituição, deu a benção para o pontapé inicial do projeto, que será uma inovação não só para os pacientes, mas também para o público externo.

De acordo com a assessoria de comunicação da Vila, o Projeto Natal na Vila é algo grandioso e surgiu com o interesse motivacional de uma das empresas benfeitoras. Ele tem por objetivo promover, difundir e divulgar a entidade filantrópica, reforçando e levando ao conhecimento de um público amplo e diferenciado o trabalho social desenvolvido. A intenção é tornar a Instituição uma referência de visita das famílias goianas nas festividades natalinas no município e no Estado de Goiás.

O lançamento do Projeto Natal na Vila faz parte do cronograma da Semana da Pessoa com Deficiência, que é celebrada em todo o território nacional de 26 a 31 de agosto. Uma programação especial foi montada para promover a socialização entre pacientes da instituição, colaboradores, amigos benfeitores, parceiros e público externo. A abertura foi no último domingo, 26, com a Missa Solene, celebrada na Praça da Amizade, na Vila. As atividades vão até quinta-feira, 30.

Semana da Pessoa com Deficiência

Uma das atividades proporcionadas aos pacientes ao longo da semana, foi o passeio ao Zoológico de Goiânia, com piquenique. A escolha pelo parque foi feita devido à acessibilidade, que é ponto crucial na valorização e inclusão social das pessoas com deficiência.

Durantes três dias, cerca de 180 pessoas puderam estar em contato com cores e movimentos que não fazem parte do cotidiano dos pacientes. A realização da atividade teve o apoio de estudantes redentoristas e também de alguns parceiros por meio de doação dos lanches.

Segundo a assessoria, esse tipo de terapia é fundamental no tratamento, pois a satisfação pôde ser vista na expressão de cada paciente, no sorriso e especialmente no olhar, que esteve o tempo todo atento a um mundo que é tão diferente de sua realidade.

Vila São Cottolengo

Nesta batalha pela garantia de direitos, a Vila posiciona-se como uma entidade promotora da inclusão social, voltada ao atendimento de saúde humanizado. Ao longo de 61 anos de existência, conquistou a chancela de Referência no Tratamento da Pessoa com Deficiência. Isto só foi possível pela dedicação incessante de colaboradores que se empenham em transpor as barreiras do preconceito.

Dessa maneira, as atividades preparadas para a Semana 2012 são focadas no bem estar dos pacientes internos mantidos pela Instituição. Haverá um torneio de futsal inclusivo, com a participação de jogadores profissionais do Trindade Atlético Clube. Além disso, serão proporcionados momentos de lazer em um passeio ao Zoológico de Goiânia, com direito a lanche especial. E, para fechar, haverá o lançamento do Projeto Natal na Vila, que contará com a participação de empresários, autoridades civis e militares, sociedade organizada e também do presidente da instituição, Pe. Robson de Oliveira.

Participe e levante a bandeira da inclusão! Deficiência: apague este preconceito.

Confira o cronograma das atividades:

Semana da Pessoa com Deficiência

De 26 a 31 de agosto

Dia 30 – 19h – Lançamento do Projeto Natal na Vila

Apresentação do Projeto a parceiros, empresários e sociedade organizada

Cenário do turismo acessível no Brasil apresenta falhas e precisa avançar




O Prazer em Viajar entrevistou Ricardo Shimosakai, agente de viagens com grande destaque no Brasil por vender e articular as questões públicas relacionadas ao turismo acessível.

Enfrentando todos os obstáculos físicos e sociais, após sofrer um tiro durante um sequestro relâmpago que lhe deixou paraplégico, Ricardo buscou o seu resgate fazendo o que mais gostava: viajar.

Colegas com deficiência, admirando os seus registros e histórias das viagens, começaram a pedir informações e até mesmo solicitar um serviço mais elaborado.

A partir dai adotou o turismo como uma atividade profissional, buscou conhecimento, como a graduação em turismo e cursos de especialização na área e hoje representa o segmento turismo acessível nos principais eventos e dá o exemplo de que o turismo pode ser para todos. Confira a entrevista:

Como é a procura das viagens por pessoas com deficiência?
A demanda do turismo acessível no Brasil ainda não tem números expressivos, e a oferta de produtos ainda é baixa. Os brasileiros têm viajado bastante, porém mais para o exterior, onde a acessibilidade é mais evidente. Esse desajuste acontece em viagens particulares e, no caso do turismo de negócios e esportivo e feiras do segmento de acessibilidade, a procura é maior.

Na sua agência, a Turismo Adaptado, a procura é maior por turismo acessível?
O turista com deficiência quer ser bem atendido como acontece em qualquer segmentação do turismo. Quando se quer algo com mais qualidade, é normal procurar empresas especializadas no assunto desejado.

Na agência atendemos todos os públicos, deficiente ou não, pois praticamos a inclusão e, também, por uma questão de mercado, para ter mais fluxo de clientes. Atender pessoas com deficiência, e com qualidade, é um diferencial nosso, praticamente ainda inexistente no Brasil. A procura é grande, pelo próprio turista com deficiência, mas também por outras agências de viagens que recebem esses clientes, e não sabem o que oferecer.

Pensando em megaeventos como Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas, em 2016, o Brasil está preparado para atender turistas estrangeiros que precisam de atendimento especializado?
Não está, nem estará satisfatoriamente. O que aparece na mídia é muito bonito, afinal há pessoas encarregadas de promover o lado bom desses eventos, mesmo que não existam. Quem está mais informado e tem uma visão mais apurada sabe que há muitas falhas. Claro que nada é fácil, mas há muito jogo de interesses, má aplicação dos recursos disponíveis, falta de iniciativa, entre outras questões.

No ano passado eu tive que descer de um avião num procedimento de desembarque remoto, que é feito com o avião na pista. Eu e mais três pessoas ficamos esperando por mais de uma hora o ambulift (carro elevador) e isso atrasou todo o planejamento de vôo.

Copa do Mundo, Olimpíadas e Paraolimpíadas terão milhares de pessoas com deficiência, entre atletas e turistas. Se um cadeirante como eu traz um problema enorme no aeroporto considerado o melhor do Brasil, imagine o que enfrentará nesses próximos eventos.

O grande problema é que isso é totalmente previsível, e mesmo eu tentando implantar uma solução comprovadamente eficaz, os órgãos que têm o controle para mudanças no setor não dão abertura ou ao menos um apoio para que façamos mudança práticas e econômicas.

Quais os melhores destinos no Brasil exterior para quem deseja viajar com qualidade e segurança? Quais os destinos mais procurados?
A qualidade e a segurança dependem muito do que o turista espera ou necessita. As necessidades são variáveis de acordo com a pessoa, pois existem diferentes deficiências. Por isso, a Turismo Adaptado procura fazer um atendimento personalizado.

No Brasil fizemos um bom trabalho de preparação em Bonito e Foz do Iguaçu, e estamos realizando em outros para conseguir um bom nível de qualidade. Porém, isso não quer dizer que o destino esteja totalmente preparado, e sim que nós sabemos oferecer as melhores condições.

Ou seja, se um turista independente for a um desses destinos, pode ficar num hotel inacessível, e encontrar uma série de barreiras em seus passeios, porque não soube procurar os locais e serviços adequados.

No exterior, posso considerar Estados Unidos e Espanha como bons destinos, tanto no preparo para o turismo em si, como na questão da acessibilidade.

Quais os destinos que precisam ainda avançar em infraestrutura turística para receber pessoas com deficiência?
Há destinos no Brasil de grande importância no turismo internacional, que precisariam de muitos avanços, como o Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, entre outros. Na verdade é mais fácil citar aqueles que estão preparados, pois a infinidade de locais que necessitam melhorar, mesmo em países genericamente considerados bons, é grande.

Então Buenos Aires, principalmente para brasileiros, deveria fazer um trabalho bem melhor, assim como Lisboa, Grécia e outros. Lembrando que se deve pensar em acessibilidade e inclusão, pois muitas vezes tornar um destino agradável à pessoa com deficiência é ter um atendimento de qualidade. Mesmo para quem necessita bastante de equipamentos de acessibilidade, o potencial humano do guia de turismo e toda equipe que irá atendê-lo, tem uma importância superior.

Quais as principais dificuldades encontradas por pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida em uma viagem? Os equipamentos turísticos estão preparados?
Muitas vezes somos “enganados” pela avaliação que muitos hotéis fazem de si mesmo, mas de forma errônea, e acabam se considerando acessíveis e passando essa informação aos hóspedes e agências de viagens.

Vejo uma grande falha da relação entre a acessibilidade e a informação dentro da área do turismo.

Dá para citar que falhas são essas?
Desde quem oferece produtos e serviços turísticos, que não sabem o que é realmente acessibilidade e inclusão e por isso não sabem oferecê-la; aos locais que possuem esses recursos, mas não informam e, acabam obtendo um resultado abaixo do esperado.

Dos centros de informações turísticas que sabem somente informar locais de interesse turísticos, mas não são capazes de dar uma orientação daqueles que possuem acessibilidade.

Muitos símbolos de acessibilidade estão colocados indevidamente em locais em que não oferecem esse serviço. Podemos encontrá-los nos banheiros das aeronaves, onde é impraticável sua utilização por pessoas fora dos padrões de “normalidade”.

Você viaja muito para destinos inusitados. Como é vencer as dificuldades e chegar a locais considerados tão altos e sem muita acessibilidade?
A deficiência em si já nos coloca muitas barreiras em nosso cotidiano e, quando passamos por dificuldades que os outros também estão acostumados, as dificuldades são maiores para nós e somos vistos como coitados. Mas quando fazemos coisas mais inusitadas, que fogem ao cotidiano da maioria das pessoas, elas passam a nos admirar e a nos dar mais valor.

Essas viagens tiveram um enorme sabor de vitória, pois significa lutar contra todas as adversidades para alcançar um objetivo. Além disso, essas experiências são tesouros que ficam para o resto de nossas vidas, e cada vez que me lembro, mostro as fotos, ou conto as histórias de minhas viagens, o prazer que senti é renovado.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

A preferência nas filas especiais também é dos surdos


Por Antônio Diogo de Salles, advogado

“Nós, surdos, temos direito à preferência estabelecida em lei para os deficientes ou há razão para que as pessoas sem deficiência protestem por vindicarmos tal benefício? Em minha experiência de surdo pós lingual o que tenho sentido é que a maioria das pessoas aptas respeita as pessoas com deficiência apenas se esta estiver evidenciada. Ou seja, para a maioria só é deficiente a pessoa que possua limitações físicas de movimento e com dificuldades de visão quando o uso de equipamentos (não são apenas próteses) permite que se identifique a limitação.

Inaceitável esse remate.

A melhor definição de deficiência que conheço está na segunda parte do artigo 1º da CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM EFICIÊNCIA . Diz: “Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação om diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas”.

Logo, são deficientes também aqueles que não tenham evidenciada sua deficiência. À supressão das barreiras que podem obstruir a participação de todos os portadores de deficiência dá-se o nome de acessibilidade termo que, aliás, está bem em voga atualmente.

Acessibilidade, como se extrai do art. 9º da Convenção referida, é a possibilidade de viver de forma independente e participar plenamente de todos os aspectos da vida, tendo assegurado o acesso, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, ao meio físico, ao transporte, à informação e omunicação, inclusive aos sistemas e tecnologias da informação e comunicação, bem como a outros serviços e instalações abertos ao público ou de uso público, tanto na zona urbana como na rural, com a identificação e a eliminação de obstáculos e barreiras em edifícios, rodovias, meios de transporte e outras instalações internas e externas, inclusive escolas, residências, instalações médicas e local de trabalho e em informações, comunicações e outros serviços, nclusive serviços eletrônicos e serviços de emergência.

Pois bem, em vários dos diplomas legais destinados a garantir a acessibilidade ou em cartazes indicando a existência desse benefício usa-se a expressão “preferência” e do entendimento desta vem muita confusão outorgando-se às pessoas sem deficiência o direito de cobrar quem esteja postulando a preferência e não exiba seu aleijão; como os surdos, por exemplo.

O móvel da cobrança é que as pessoas entendem que a preferência significa somente passar na frente dos outros e bem assim que o cartaz que indica o benefício, de regra, estampa somente o desenho do velho, da grávida e do portador de muletas.

Estão equivocados. Preferência se referindo deficiência não é isso e não será a iluminura que dirá quem são osbeneficiários. A preferência a que aludem as diversas leis é a demonstração de respeito e consideração a uma em relação a outras pessoas para nivelar o tratamento superando a desigualdade.

Aquinhoar desigualmente aos desiguais, na medida em que se desigualam como disse Rui em sua “Oração aos Moços” ou auxiliar para superar as barreiras de modo a agir em condições de igualdade com os demais como vem do diploma internacional citado.

Preferência, portanto, não é passar na frente ou ser atendido antes e sim ser atendido com presteza, educação, compreensão por alguém capacitado a tanto: que leia o que o mudo escreve, que fale claro e devagar para o surdo faça leitura labial, que colha a identificação do maneta, que se incline para o cadeirante oferecendo-lhe meios para escrever, ou que guie e oriente o cego.

A expressão preferência utilizada em tantos estabelecimentos resulta da acessibilidade ou, em outros termos, a materializa. É, portanto, de todos os deficientes. Logo, à pergunta inicial respondo: sim temos, todos os surdos, direito a essa preferência.”

Instituto de Psiquiatria busca voluntários com déficit de atenção e hiperatividade


O Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC), da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), busca voluntários do sexo masculino de 23 a 39 anos, que tenham diagnóstico de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

O estudo inclui avaliação neuropsicológica e acompanhamento ambulatorial.
Mais comum em homens, o TDAH afeta cerca de 3% da população geral e caracteriza-se por desatenção, hiperatividade motora e impulsividade, o que provoca prejuízos em diversas esferas da vida cotidiana.

Os interessados devem entrar em contato pelo telefone (11) 97464-8178.

Aprovada vacina gratuita contra HPV para mulheres entre 9 e 45 anos


Meninas e mulheres, com idade entre 9 e 45 anos, poderão ter o direito de receber gratuitamente a vacina contra o papilomavírus humano (HPV) pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O projeto foi aprovado hoje pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado.

A ideia é oferecer para a população nessa faixa etária um aliado no combate ao HPV, vírus transmitido por contato sexual que vem sendo considerado a principal causa do câncer do colo de útero.
Agora o projeto da senadora Vanessa Grazziotin, do PCdoB do Amazonas, seguirá agora para a Comissão de Assuntos Sociais e, se aprovado, irá direto para a Câmara dos Deputados. Para entrar em vigor a proposta tem que ser aprovada no Congresso e depois ser sancionada pela presidente Dilma.
O câncer de colo uterino é o segundo tumor maligno de maior incidência na população feminina no país, só perdendo para o câncer de mama, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

São estimados 18.430 novos casos da doença e 4.800 mortes por ano.

Além disso, observa que a maior incidência ocorre entre mulheres de baixa renda e menor escolaridade nas regiões Norte e Nordeste.

Apesar dos altos custos associados a um programa abrangente de vacinação contra o HPV, a relatora, Ângela Portela, afirma que os avanços sociais e sanitários vão superar os gastos com ampla vantagem.

Atualmente, a vacina é oferecida apenas em clínicas privadas, por preços nunca inferiores a R$ 600,00 pelas três doses necessárias e que podem chegar perto de R$ 1.500,00 em alguns estabelecimentos.

As informações são da Agência Senado.

De volta às origens: conheça a história dos Jogos Paraolímpicos

Renato Ribeiro - TV Globo

Será a 14ª edição de uma competição que tem tudo a ver com a Inglaterra. Uma história que começou há 64 anos no interior do país, na cidadezinha de Stoke Mandeville.

Nesta quarta-feira (29), começam os Jogos Paralímpicos de Londres. O Bom Dia Brasil foi conhecer as origens dos jogos.

Londres enfeitada mais uma vez. E para uma nova festa, uma roupa nova também. Nos cartões postais da cidade saíram os anéis olímpicos e chegou o símbolo das Paralimpíadas. Será a 14ª edição de uma competição que tem tudo a ver com a Inglaterra. Uma história que começou há 64 anos no interior do país, na cidadezinha de Stoke Mandeville, de seis mil habitantes, a 75 km de Londres: o berço do esporte paralímpico.

Graças ao médico judeu Ludwig Guttmann, que fugiu da Alemanha nazista e passou a cuidar no hospital da cidade de veteranos da Segunda Guerra Mundial. Ele acreditava que o esporte poderia ajudar na recuperação de paraplégicos. Em 1948, no dia da abertura dos Jogos de Londres, para chamar a atenção, ele decidiu organizar uma competição de arco e flecha entre 16 pacientes. Sem saber, ele iniciava uma revolução no esporte.

Doze anos depois, em Roma, era disputada a primeira Paraolimpíada. Por tudo isso, Stoke Mandeville foi escolhida para algo especial: foi aceso o fogo paraolímpico, 24 horas antes da cerimônia de abertura. Na plateia, milhares de portadores de deficiência. Hoje, funciona um centro de reabilitação e treinamento. A filha do criador do esporte paralímpico, Eva Guttmann, fez um discurso emocionado. Disse que nem o pai imaginava que tudo se tornaria tão grandioso.

De 16 atletas, de apenas um país, para 4.280 de 166 países em 2012. O local onde começou o revezamento da tocha foi o mesmo onde a primeira competição paralímpica aconteceu em 1948. Se os Jogos Olímpicos tem Olímpia, na Grécia, as Paraolimpíadas têm Stoke Mandeville. E em Londres estão pertinho de casa.

Fonte: Bom Dia Brasil - Edição do dia 29/08/2012

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Artistas com deficiência participam da abertura dos Jogos Paralímpicos de Londres



A rainha Elizabeth II e seu marido, o príncipe Philip de Edimburgo, vão presidir a Cerimônia de Abertura dos Jogos Paralímpicos de Londres 2012 no estádio de Stratford. A Rainha será a encarregada de inaugurar os Jogos Paralímpicos acompanhada de seu marido, que na semana passada esteve hospitalizado cinco dias por conta de uma infecção na bexiga. A previsão é que 4,2 mil atletas, de 165 países, participem. Os atletas brasileiros disputam 18 modalidades entre as 20 que integram os Jogos.

Na última edição, em 2008, em Pequim, o Brasil ficou em 9º lugar no quadro de medalhas. O subchefe da delegação brasileira paralímpica, Jonas Freire, disse que é a primeira vez que o Brasil proporciona a aclimatação para os atletas brasileiros antes da disputa dos Jogos Paralímpicos. Segundo o dirigente, a meta é manter-se entre os top 10 e ficar em sétimo na colocação geral.

A Cerimônia de Abertura dos Paralímpicos, intitulada “Enlightenment” (“Iluminação”), acontece dia 29 de agosto (quarta-feira) às 16h30 (de Brasília) com um espetáculo aéreo do grupo Aerobility, uma organização beneficente do Reino Unido que treina deficientes para serem pilotos.

Se a abertura dos Jogos Olímpicos foi um louvor ao universo britânico e o encerramento uma ode à riqueza musical inglesa, os protagonistas desta cerimônia – dirigida por Jenny Sealey e Bradley Hemmings – serão as pessoas incapacitadas.

Com cerca de 3 mil voluntários, mais de 100 crianças e 100 artistas profissionais, entre os quais antigos atletas paralímpicos, soldados feridos e crianças de diferentes bairros do leste de Londres, onde se concentram a maioria das instalações olímpicas, o ato será “uma celebração espetacular do espírito inspirador destes Jogos”, segundo os organizadores.

A cerimônia, para a qual restam entradas a preços entre 250 e 350 libras (entre R$ 800 e R$ 1,1 mil), prosseguirá com um espetáculo circense protagonizado por 50 artistas, alguns deles profissionais, mas a maioria será de militares em reabilitação e atletas que se prepararam durante dois meses para o evento.

Os diretores, que prometeram um espetáculo “profundamente humano”, preferem guardar as surpresas para a noite da cerimônia, mas alguns veículos da imprensa britânica especularam a participação do físico inglês Stephen Hawking.

Enquanto são finalizados os preparativos para a cerimônia e a adaptação do Parque Olímpico e das instalações esportivas para o evento paralímpico, quatro tochas viajam ao longo do Reino Unido transmitindo o espírito de superação deste evento à sociedade britânica.

Cada uma das chamas olímpicas foi acesa ontem nos pontos mais altos das quatro nações do país – Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte – de onde iniciaram um percurso pelas principais cidades para se unirem, no próximo dia 28 de agosto, em uma única chama em Stoke Mandeville, o berço do movimento paralímpico.

Dali fará uma viagem de 24 horas até a capital britânica, onde vai passar por alguns pontos turísticos como a Abbey Road, o Picadilly Circus e a Tower Bridge de Londres antes de chegar ao estádio de Stratford durante a Cerimônia de Abertura. Uma vez acesa, a chama iluminará a capital britânica até o dia 9 de setembro.

Fonte: TERRA via TURISMO ADAPTADO

Físico Stephen Hawking participará da cerimônia de abertura da Paraolimpíada nesta quarta


O renomado físico Stephen Hawking será uma das atrações da cerimônia de abertura dos Jogos Paraolímpicos de Londres nesta quarta-feira. O cientista britânico atuará como narrador de um dos trechos da festa agendada para 17h (de Brasília) no estádio Olímpico.

Hawking vai narrar uma jornada através da história, com ênfase em descobertas científicas e avanços culturais do século 18. Na sequência 600 voluntários munidos de guarda-chuvas vão encenar o ato denominado como "big bang".

Aos 70 anos, Hawking é considerado um dos nomes mais importantes da física nos últimos tempos. O cientista sofre de esclerose lateral amiotrófica e, desde 1985, quando se submeteu a uma traqueotomia, se comunica com uma voz robótica que é gerada por computador.

Dirigida pela dupla Jenny Sealey e Bradley Hemmings, a cerimônia de abertura da Paraolimpíada contará com performances de 42 artistas treinados em circo, todos com alguma espécie de deficiência.

Um dos destaques previamente adiantados pela organização será o espetáculo de "dança da gravidade" com maçãs infláveis gigantescas.

A organização não revelou o custo da festa desta quarta-feira, mas indicou ter ficado com uma parcela mais modesta dos 81 milhões de libras que Londres reuniu para as quatro cerimônias olímpicas e paraolímpicas.

Fonte: UOL

Jogos Paralímpicos começam oficialmente nesta quarta-feira


Brasileiro Daniel Dias, da natação, será o porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura.



Fonte: CBN

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Deficientes visuais ganham acesso à leitura com tecnologia, na Feira do Livro

Durante a 22ª feira do livro em São Paulo, a stand da fundação Dorina Nowill para cegos chamou a atenção pelo incrível potencial de acessibilidade à cultura que o uso da tecnologia pela fundação está trazendo.
 
Opções de acessibilidade em destaque:
 
 
  • Títulos infantis com letras ampliadas, em Braille e imagens coloridas em alto relevo, para ajudar a criança deficiente visual na escola.
  • A Biblioteca Circulante de Livro Falado, livros e revistas gravados em estúdio da fundação no formato MP3, para emprestar gratuitamente a todas as pessoas com deficiência visual residente no Brasil.
  • Livros no formato Daisy, disponibilizados gratuitamente para todo Brasil... Você conhece o Daisy?
Formato Daisy

É um formato de livro que permite que pessoas que apresentam algum tipo de limitação à leitura, como idosos, disléxicos e pessoas com deficiência visual, visualizem o conteúdo do texto em vários níveis de ampliação e ouçam simultaneamente em voz sintetizada.
 
O livro Daisy é editado com notas de rodapé opcionais, marcadores de texto, soletração, leitura integral de abreviaturas e de sinais, além da pronúncia correta de palavras estrangeiras.
 
Além de disponibilizar os livros gratuitamente para todo Brasil, a fundação também tem o Dorina Daysy Reader, ou DDReader, um aplicativo aberto, e gratuito, para a leitura de livros digitais no formato Daisy.
 
Foi desenvolvido pela Fundação Dorina Nowill para Cegos para integração total com os arquivos nesse formato, produzidos em qualquer parte do mundo.
 
Possui versões em português, inglês e espanhol.
 
Na feira foi possível testar o sistema (foto) - e a qualidade é altíssima.
 
Por meio do teclado o usuário consegue operar todo o sistema de forma muito simples e curtir a leitura de forma muito natural.
 
Confira mais:

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Memorial da Inclusão recebe mostra com fotografias feitas por pessoas com deficiência visual


Exposição fica no Memorial da Inclusão até 18 de setembro e inclui, no próximo dia 29 de agosto, uma oficina da técnica fotográfica lightpainting para pessoas com e sem deficiência

Fotógrafos com deficiência visual, o coordenador da iniciativa João Kulcsár (ao microfone); a gestora do Memorial Elza Ambrosio, e o Secretário Adjunto Marco PellegriniNa tarde desta quinta-feira, 23 de agosto, aconteceu no Memorial da Inclusão, na sede da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, a abertura da exposição Esportes Paralímpicos na Visão da Pessoa com Deficiência Visual. A mostra fica no espaço até 18 de setembro.

O Memorial da Inclusão, em parceria com o Senac São Paulo recebe 12 fotos realizadas por alunos com deficiência visual que fazem parte do projeto gratuito Alfabetização Visual, desenvolvido desde 1999, pelo Senac. Nesta mostra os fotógrafos são: Be Moraes, João Maia, Josias Neto, Maria José, e Marco Oton.

A ação capacita estudantes do Bacharelado em Fotografia do Centro Universitário Senac para se tornarem educadores em projetos socioculturais. Desde 2008, participam do projeto, também, alunos com deficiência visual.

Durante a abertura da mostra, o Secretário Adjunto da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Marco Antonio Pellegrini, parabenizou os artistas, os educadores e do professor João Kulcsár, docente do Bacharelado em Fotografia do Senac São Paulo e coordenador do projeto. Elza Ambrosio, gestora do Memorial da Inclusão; Wanderley Assis, presidente do Conselho Estadual para Assuntos das Pessoas com Deficiência; e Carlos Cruz, assessor parlamentar da Secretaria, estiveram presentes.

O grupo já realizou outras exposições desde 2008, como: “Percepções do visível”, “Acessibilidade”, e “Estética do (in)visível”, no Brasil e exterior. Agora o tema é Esportes Paralímpicos, como natação, atletismo, voleibol sentado, basquete em cadeira de rodas, entre outros. A atividade comemora os jogos paralímpicos de Londres 2012, que acontece entre 29 de agosto a 9 de setembro.

A mostra é acessível para as pessoas com deficiência, com fotografias desenhadas em alto relevo, acompanhadas de legendas e texto em braile para que todas as pessoas com deficiência possam se apropriar das imagens.

“O evento explora o papel que a fotografia pode desempenhar nas áreas de inclusão social, além de mostrar pessoas com deficiência exercitando sua cidadania e se expressando pelo imagético." diz o professor João Kulcsár.


Oficina de Lightpainting

No próximo dia 29 de agosto, quarta-feira, data da abertura dos Jogos Paralímpicos de Londres 2012, acontece na sede da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, das 14h às 16h, uma oficina sobre a técnica fotográfica chamada Lightpainting. Além disso, pessoas sem deficiência poderão colocar vendas nos olhos, durante a oficina, com o objetivo de proporcionar a vivência do cotidiano das pessoas com deficiência visual. Todos estão convidados.

Lightpainting é uma técnica fotográfica em que a longa exposição registra o movimento de uma origem luminosa, assim é possível fazer figuras com uma câmera fotográfica utilizando diversas fontes de luz.


SERVIÇO

ESPORTES PARALÍMPICOS na visão da pessoa com deficiência visual

Exposição: fotografias coloridas com recursos de acessibilidade
Data: de 23 de agosto a 18 de setembro de 2012
Horário: Segunda a sexta-feira, das 10h às 17h
Local: Memorial da Inclusão - Sede da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência - Av. Auro Soares de Moura Andrade, 564 - Portão 10 - Barra Funda - São Paulo - SP
Informações: 11 5212.3727
Mais informações: www.alfabetizacaovisual.com.br

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Com licença, quero entrar!



Espaços reservados para cadeira de rodas, assentos para pessoas com mobilidade reduzida e obesos são obrigatórios em locais como cinemas, teatros, auditórios e similares.

Porém a maioria dos locais que possuem espaços e assentos reservados, muitas vezes não sabem como administrá-lo corretamente. Por várias vezes já me foi negada a venda de ingressos, devido ao cinema ou teatro estarem lotados. Então a ordem da operadora de caixa era não vender mais nenhum ingresso, e informar a lotação ao cliente.

Porém não prestavam atenção, de que o que estava lotado eram as poltronas, e não os espaços reservados para cadeira de rodas. Deste modo, eu poderia ingressar ao local sem problema, mas se não tivesse iniciativa em questionar este detalhe, não teria conseguido o ingresso. Assim mesmo, qual a norma utilizada para a venda de ingressos às poltronas reservadas? Muitas vezes já vi elas serem reservadas às pessoas que não tem nenhuma necessidade.

O atendimento à pessoa com deficiência é tão importante quanto o acesso físico. Tanto o atendimento pessoal como o modo operacional devem estar em concordância com a acessibilidade arquitetônica e também dos recursos de tecnologia assistiva. Ter um local acessível sem saber administrá-lo, acaba não tendo um resultado satisfatório.


Este artigo foi escrito por Ricardo Shimosakai (Diretor da Turismo Adaptado) para o Jornal Inclusão Brasil, 16° edição, página 9. Distribuido na versão impressa na cidade de Sorocaba/SP e região, foi publicado em julho de 2012.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Nos Parques da Disney, acessibilidade é levada a sério



Como não poderia deixar de ser, a Disney não esqueceu dos seus visitantes com algum tipo de deficiência. Desta forma, todos os seus parques, hotéis, restaurantes, lojas e inclusive o seu sistema de transporte estão adaptados para pessoas com deficiência.

Você encontra no Guest Relations dos parques temáticos um folheto denominado Guidebook for Guests with Disabilities (Guia para Visitantes com Deficiência) que oferece instruções detalhadas a respeito dos serviços que lhes são oferecidos, por exemplo: informações sobre estacionamento, banheiros, telefones, transporte e procedimentos para embarque nas atrações.

Em relação ao estacionamento é importante ressaltar que existem vagas específicas para visitantes com deficiência localizadas próximas às entradas dos parques. Contudo, é necessário uma autorização de estacionamento válida, ou seja, nos parques, ao passar pelo guichê de pagamento é importante que solicite ao funcionário a autorização especial para que possa estacionar o veículo nas vagas reservadas.

Todo o sistema de transporte da Disney também está adaptado para os visitantes com deficiência, sejam seus ônibus, monorails e barcos.

O Walt Disney World Resort oferece acomodações para os visitantes com restrição de mobilidade, incluindo o acesso às atrações e oferta de aluguel de cadeiras de rodas e veículos elétricos de conveniência (ECVs).

A Disney sugere "fortemente" (expressão constantemente empregada pela Disney para enfatizar ou ressaltar algo) – que os visitantes com pouca resistência física também utilizem cadeiras de rodas ou mesmo ECV (Electric Convenience Vehicle).

- Deficiência Auditiva

Sistemas de Escuta Assistiva, Legendas Reflexivas, Interpretação de Idioma por Sinais, telefones de texto (Typewriter), Legenda Portátil, Legendagem de vídeo e ajudas escritas estão disponíveis para ajudar os visitantes com deficiências auditivas.

- Deficiência Visual

Dispositivos de audiodescrição, guias em Braille e tours digitais em áudio estão disponíveis para ajudar os turistas com deficiência visual.
Antes de ingressar na fila de qualquer atração os visitantes especiais devem indagar aos cast members (denominação utilizada pela Disney para designar todos os seus funcionários) a respeito do procedimento adotado para o seu ingresso na atração.

Destaca-se ainda que os funcionários da Disney não são treinados, nem tampouco possuem permissão para transferir “fisicamente” os visitantes de suas cadeiras de rodas. Deste modo, se o visitante não tiver condições de fazer sua transferência sozinho, será necessário a presença de algum parente ou amigo para lhe auxiliar neste procedimento sob pena de não poder participar da atração.

Na maior parte das atrações é permitido o ingresso do visitante que utiliza cadeira de rodas e de um parente ou amigo que o esteja auxiliando, sem a necessidade de submeter-se a fila.

Por este motivo, mais uma vez enfatizamos a conveniência de indagar – antes de entrar na fila – a qualquer funcionário da Disney responsável pelo funcionamento da atração que deseja desfrutar a respeito do procedimento de embarque.

Exposição em estação de trem no Rio faz instituto questionar a acessibilidade nos locais


Exposição Para Todos - O Movimento Político das Pessoas com Deficiência no Brasil vai até esta quinta-feira (23/08), no Rio de Janeiro. Polêmica está relacionada à uma exceção à regra dentro do sistema de trens do Rio de Janeiro.

Publicada em 23 de agosto de 2012 - 09:00


A exposição itinerante Para Todos - O Movimento Político das Pessoas com Deficiência no Brasil, que pode ser vista até esta quinta-feira (23/08), na Estação Bonsucesso do trem urbano (Teleférico do Alemão), no Rio de Janeiro, tem provocado polêmica pelo fato de o local onde foi montada ser uma exceção à regra dentro do sistema de trens do Rio de Janeiro.

O local é acessível às pessoas com deficiência, mas, segundo a superintendente do Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência (IBDD), Teresa Amaral, apenas duas estações do sistema de trem da capital fluminense, de um total de 99, estão completamente adaptadas.

'A questão é: como uma empresa que não tem a responsabilidade da acessibilidade em 97 estações faz uma exposição falando dos direitos da pessoa com deficiência, se ela própria não respeita?'. Apenas as estações de Manguinhos e Bonsucesso estão totalmente adaptadas, com elevadores e piso tátil.

Teresa aponta que o trem é um dos principais meios de transporte da população do Rio de Janeiro, com 540 mil passageiros por dia, sendo cerca de 4.600 pessoas com deficiência. 'Os trens são totalmente inacessíveis, não só as estações. Por exemplo, tem uma distância muito grande entre o trem e a plataforma, em alguns lugares a cadeira de rodas não passa nas catracas, tem escadas onde as pessoas têm que ser carregadas. Então, todas as estações, praticamente, impedem o direito constitucional de ir e vir da pessoa com deficiência', relata Teresa.

O decreto 5.296/04 determina que a adaptação do sistema ferroviário seja feita até dezembro de 2014. Mas, de acordo com a SuperVia, concessionária que administra o trem urbano do Rio de Janeiro, a previsão é que a acessibilidade de todas as estações fique pronta apenas em 2020, com investimento de R$ 150 milhões.

Por enquanto, a concessionária adota a acessibilidade assistida, na qual todos os funcionários das estações são treinados para ajudar as pessoas com deficiência. A SuperVia informa que a gestão atual assumiu a administração no ano passado e já começou a fazer as adaptações necessárias. As estações Olinda, Mesquita, Saracuruna e Japeri têm rampas para acesso e as obras já começaram em Piedade, Quintino e Cascadura. Padre Miguel, Triagem e Japeri serão as próximas a passarem pela reforma.

A Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SDH/PR), que promove a exposição, informa que avalia a acessibilidade do local que vai receber o evento, mas não faz o levantamento completo sobre as condições oferecidas pela empresa.

A curadora da mostra, Vera Rotta, diz que não sabia que apenas duas estações do sistema de trens fluminense são adaptadas. Ela explica que um dos objetivos da mostra é chamar a atenção para o problema da falta de acessibilidade nos locais de um modo geral e que, portanto, a exposição na estação de trem cumpre o seu papel. 'O fato de a gente colocar a exposição em uma das duas únicas estações no Rio de Janeiro que são acessíveis, para mim, é uma questão até de publicizar o quanto as outras não são. Então, é importante nesse sentido. O que importa é que o local que a gente [a exposição] vai colocar seja acessível e desperte no Poder Público, na população, a necessidade de que os outros também se tornem [acessíveis]'.

A exposição Para Todos - O Movimento Político das Pessoas com Deficiência no Brasil traz um recorte sobre a história da mobilização e conquistas alcançadas em termos de acessibilidade e direitos. Os painéis já foram vistos por mais de 30 mil pessoas em São Paulo, Florianópolis e Porto Alegre. Do Rio de Janeiro, a mostra segue para Campo Grande, Belém, Recife e Brasília.


Fonte: Agência Brasil / Edição: Lana Cristina / http://noticias.br.msn.com in VidaMaisLivre

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Bancos são multados por falta de acessibilidade


Nenhuma das 11 agências da região de Itaquera está adaptada à lei de acessibilidade.


Charge: FerrãoPara muitas pessoas as leis foram feitas para serem desrespeitadas. Esse pensamento é o reflexo, na maioria das vezes, de uma sociedade habituada aos descasos de parte da população com relação ao tema, seja de um grupo privado ou público que sempre encontram um ‘jeitinho’ de não seguir o que foi determinado. Porém também há maneiras de se fazer com que essas leis sejam respeitadas, desde que o cidadão também faça sua parte, como por exemplo, fiscalizando e denunciando os infratores que não as cumprem. E foi esse tipo de ação que levou a Subprefeitura de Itaquera fazer visitas em todos os bancos da região para verificar como estava a questão da acessibilidade denunciada neste jornal pela Andecon(Associação Nacional de Defesa do Consumidor).

A partir de uma denúncia do cadeirante Valdir Timóteo do Movimento Inclusão Já, o presidente da Andecon Rodinei Lafaete junto com o Fato Paulista fez um levantamento em todos os bancos de Itaquera (edição 123) para saber se eles estavam cumprindo as leis 10.048/00 e 10.058/00 que determinam que todos os comércios têm que oferecer total acessibilidade para pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida e também o decreto federal que regulamenta as leis e o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado pela Febraban (Federação Nacional dos Bancos).

Depois de constatado que nenhuma agência bancária oferecia total acesso ao seu interior (garantido por lei), Rodinei Lafaete fez um requerimento junto à Subprefeitura para que fosse feita a fiscalização em todos os bancos da região Numa ação pioneira em Itaquera, nos dias 4 e 5 de maio, todos os bancos foram visitados pelo agente vistor da Subprefeitura de Itaquera, José Carlos Lisboa, na ocasião foi pedido a licença de funcionamento e o Certificado de Acessibilidade que é fornecido pelo Contru (Departamento de Controle do Uso de Imóveis), documento este que só é liberado diante da certificação de que o imóvel está totalmente adequado as normas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. As agências que não apresentaram os documentos no momento da ação fiscalizatória foram notificadas e têm cincos dias para apresentar a licença de funcionamento, além disso, foram multadas em R$ 3.558,50, por mês por não terem o Certificado de Acessibilidade. Ao final de 30 dias, se o banco não apresentar o documento receberá outra multa e seguirá assim até que estejam totalmente adequadas às normas.

Algumas agências apresentaram a licença de funcionamento, que é fornecida pela administração local, mas segundo o presidente da Andecon ela só poderia ser emitida após a apresentação do Certificado de Acessibilidade o que não aconteceu em nenhum caso. “A licença de funcionamento, que no caso, é expedida pela Subprefeitura só pode ser emitida se o banco tiver o Certificado de Acessibilidade, a não ser que a agência tenha a licença fornecida antes do ano de 2000 e que não tenha feito nenhuma reforma nesse período, caso contrário é necessário que se adeque a lei para só depois pedir uma nova licença”, explicou.

Durante a Coletiva com a Comunidade promovida na redação do Fato Paulista, o atual subprefeito de Itaquera Roberto Tamura quando questionado a respeito do descumprimento da lei de acessibilidade nos comércios da região deixou claro que iria mandar fiscalizar e o imóvel que estivesse irregular seria notificado de acordo com a lei e em último caso poderia até ser fechado.

A corajosa declaração do subprefeito de Itaquera encheu de esperança os movimentos de inclusão, os portadores de deficiência e todas as pessoas que acreditam que LEI É PARA SER CUMPRIDA.

Regulamentos, normas e "quetais"...



Meu povo, nos últimos dias, uma série de medidas em prol do respeito ao direito de ir e vir de todos foram divulgadas pelo “guverno”.

A maior parte dessas iniciativas partiu das “agências reguladoras”, que, em síntese, servem para fiscalizar quem presta serviço público como empresas de telefonia, de transportes, de aviação, fornecimento de águas e tudo mais.

Diante disso, veio a decisão de cobrar que os ônibus intermunicipais tenham rampas ou elevadores de acesso, atendimento diferenciado (para ‘malacabados’ sensoriais ou físicos), poltronas reservadas etc.

Na aviação, vai ter que ter “ambulifit” (aquele troço que joga o cadeirante ou a pessoa meio descompensada dos movimentos para dentro dos aviões), o fim da reserva das primeiras poltronas (ideia de jerico total), atendimento tendo em visto às necessidades das pessoas.

Pois bem, agora me segure ou me levanto e saio mais brabo do que cachorro de japonês. Do que adianta esses órgãos criarem MAIS regras?

Pelamor, “zente”, o que precisamos é que as coisas aconteçam, que as leis sejam cumpridas e não que um “aspone” de gabinete fique em uma sala inventando moda.

Qual a moral do governo em cobrar do setor privado se: ainda existirem prédios públicos sem acessibilidade para todos, os concursos públicos não selecionarem de fato pessoas com deficiência, não haver lei de cotas para cargos comissionados, haver carga tributária igual para quem tem demandas diferentes em sociedade (sobretudo médicas)?

Pra mim, é irritante a forma como as coisas vão sendo encaminhadas no nosso país. Não há planejamento e estudos técnicos suficientes para que as medidas a serem tomadas sejam realmente úteis, apenas mandam “fazer lá”.

Torço para que, de verdade, as empresas de ônibus e as aéreas passem a cumprir as medidas que são inclusivas e que são mundialmente aplicadas (não da forma como são aqui, com o governo tirando o corpo fora e passando a batata, no caso, os “estropiados”, no colo dos outros), mas quando o trem começa errado…

É bonito de se ler e causa uma repercussão imediata dizer que a “Anarc” mandou ver em regras pra atender os ‘zimininos’ sem perna, sem braço, que puxam cachorro, que tem o escutador de novela avariado, mas, torço para estar errado, o resultado prático deve ser pífio.

O governo central do país tinha de dar o amplo exemplo a ser seguido, o que ainda não acontece em seus diversos setores. Tem que cobrar, exigir respeito às leis, à Constituição e inspirar boas práticas.

“Difinitivamente”, usar as demandas das pessoas com deficiência como plataforma política sem que elas sejam cumpridas de fato é pior do que a estagnação, pois ilude, engana e emplaca ares de bom mocismo… #prontofalei


terça-feira, 21 de agosto de 2012

Feira e Fórum Reabilitação 2012 reúne profissionais, empresários e usuários e mostra que veio para ficar

O evento aconteceu em duas frentes: feira de negócios e fórum de discussão sobre questões técnicas e políticas relacionadas às pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.

Hebert Vianna e os Paralamas do Sucesso foi um dos momentos esperadosProfissionais das áreas de Fisiatria, Fonoaudiologia, Ortopedia, Traumatologia, Neurologia, Psiquiatria, Fisioterapia, Psicologia, Terapia Ocupacional e Implantes Cirúrgicos, entre outros, e empresas voltadas à prevenção, reabilitação e inclusão de pessoas com deficiência, além das próprias pessoas com deficiência e familiares se reuniram em São Paulo, de 15 a 17 de agosto, para trocar informações e experiências, além de apresentar novos produtos e serviços para este setor. A Reabilitação 2012 - Feira Internacional de Produtos, Equipamentos, Serviços e Tecnologia para Reabilitação, Prevenção e Inclusão aconteceu no Palácio das Convenções do Anhembi. O objetivo foi ampliar a discussão e trazer um novo olhar sobre a realidade dos mais de 45 milhões de brasileiros (9 milhões somente no Estado de São Paulo) com algum tipo de deficiência e que enfrentam dificuldades de acesso à saúde, ao trabalho, a atividades culturais e sociais.

“As pessoas com deficiência devem ser vistas como um mercado consumidor em expansão. Ao discutir e apresentar tecnologia que traz qualidade de vida e maior funcionalidade, alcançamos a incrível visibilidade que garante que elas saiam definitivamente da invisibilidade e ocupe seu papel fundamental na sociedade”, ressalta a Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, Dra. Linamara Rizzo Battistella, que é também a Presidente de Honra da Reabilitação.

O evento aconteceu em duas frentes, como feira de negócios e como fórum de discussão de questões técnicas e políticas relacionadas às pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.

Na feira Reabilitação, mais de 100 empresas nacionais e internacionais apresentaram seus produtos, equipamentos e serviços para conhecimento dos profissionais que atuam neste setor. A médica e empresária Dra. Waleska Santos, presidente da Reabilitação, destaca que “essa indústria precisa de mais força, pois enfrenta uma forte concorrência internacional. Queremos mostrar para quem fabrica que existe espaço, que esse público está carente de produtos e vamos atuar junto com o setor para mudar políticas e paradigmas”.

O fórum, por sua vez, reuniu especialistas de todo o Brasil e do exterior, em dois congressos de medicina física e reabilitação profissional, um seminário internacional sobre tecnologia em órteses e próteses e um encontro internacional de tecnologia e inovação para pessoas com deficiência.



MERCADO

O 4º Encontro Internacional de Tecnologia e Inovação aconteceu em paralelo à Feira de Reabilitação, de 15 a 17 de agosto, com palestras que abordaram desde novidades em tecnologia assistiva e a importância e formas de acesso a essas novas ajudas técnicas. Mostraram uma visão do desenvolvimento deste mercado no âmbito nacional. O Coordenador de Relações Institucionais da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Cid Torquato, justificou o tema do evento “Deficiência e Desenvolvimento Sustentável” como fundamental. “Não dá para discutir desenvolvimento sustentável, sem pensar na deficiência. A tecnologia é fundamental para a inclusão”, enfatiza.

Na ocasião, também houve o lançamento oficial do Observatório de Reabilitação e Tecnologia Assistiva, uma iniciativa da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência e a Fipe - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas. Para inaugurá-lo, o professor Hélio Zylberstajn, da Fipe, destacou sua finalidade. “O Observatório reúne em um só espaço digital a exposição de produtos e informações sobre tecnologia assistiva, além de informar sobre locais e produtos sobre reabilitação de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida”. O intuito é facilitar o acesso do público às informações sobre produtos de tecnologia assistiva. A página exibe produtos cadastrados pelas empresas fabricantes e/ou distribuidoras. Para acessá-lo, basta clicar em http://projeto.fipe.org.br/obtec/



NÚMEROS

Alexis Munõz, presidente da Associação Brasileira de Tecnologia Assistiva (ABTECA) revelou que em determinadas regiões da Europa, 15% da população têm algum tipo de deficiência, o que ultrapassa os 100 milhões. Nos Estados Unidos, os dados apontam para 51 milhões de pessoas com deficiência, enquanto no Brasil este número é de 45,6 milhões de indivíduos, o que representa 24% da população, segundo dados do Censo IBGE/2010.

O presidente da ABTECA exibiu uma amostra acerca das empresas que atuam no mercado da tecnologia assistiva no mundo. Demonstrou que no continente europeu há aproximadamente 5 mil empresas, com produtos e distribuidores; nos Estados Unidos são cerca de 6.200 empresas. “Os americanos têm facilidade para desenvolver produtos, têm apoio do Governo”, argumenta. Munõz também enalteceu o cenário tecnológico brasileiro, destacando que “o Brasil tem muita tecnologia, cada vez mais se colocando à disposição”.

O presidente da Associação Brasileira de Ortopedia Técnica (ABOTEC), Joaquim Cunha, destacou a baixa quantidade de profissionais qualificados na área de tecnologia assistiva no Brasil. “De 1000 profissionais que podem existir no Brasil, talvez nem 500 sejam qualificados. Por isso a nossa luta pela qualificação, pela criação de escolas, para que haja desenvolvimento sustentável”.

O presidente da Associação Brasileira das Indústrias e Revendedores de Produtos e Serviços para pessoas com Deficiência (ABRIDEF), Rodrigo Rosso, apresentou o cenário do consumidor com deficiência no Brasil. “A indústria automobilística vendeu 32 mil carros em 2011 e para 2012, deseja vender 35 mil carros – com isenção de impostos para pessoas com deficiência”.

Rosso também destaca que gradualmente os consumidores estão mais informados e exigentes. “De 10 anos para cá, o consumidor com deficiência já não é desinformado, ele tem acesso à informação. Já não aceita qualquer produto que o mercado ofereça”, frisa.

Eduardo Valadares de Oliveira, coordenador do Departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde destacou planos de expansão para as oficinas ortopédicas no Brasil. “Temos um projeto de 19 novas oficinas ortopédicas e qualificação de 60 oficinas ortopédicas.



SHOW

Um dos momentos mais esperados da Reabilitação 2012 Feira e Fórum foi o show dos Paralamas do Sucesso, cujo vocalista Hebert Vianna se reiventou após ficar paraplégico em decorrência de acidente aéreo em que perdeu a esposa.

"Em cima dessa cadeira de rodas também bate um coração", costuma dizer o músico. Em sua cadeira de rodas, Hebert Vianna transborda vida e energia e mostra que o show tem que continuar. Sua apresentação, exclusiva e emocionante para expositores, congressistas e convidados da Reabilitação Feira + Fórum, foi no segundo dia do evento, quinta, dia 16.

“Sinto-me honrado em estar em um evento como este, que conecta todas as partes envolvidas dando visibilidade a uma discussão tão importante como a reabilitação. A partir do momento que comecei a ver o mundo num degrau mais baixo, pude perceber o quanto estamos vulneráveis a perder o foco da vida. E são iniciativas como estas que nos fazem sentir o quanto passamos de um público desprezado pela sociedade para uma atenção mais especial e digna”, destaca o músico ao conversar com a presidente fundadora da Reabilitação, Dra. Waleska Santos.

A secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo e presidente de honra da feira, Dra. Linamara Rizzo Battistella destacou ao músico sua importância à reabilitação. “Você, Hebert Vianna, é a melhor expressão que a reabilitação pode ter, as causas da pessoa com deficiência passaram a ganhar uma outra cor”.


Pais devem estar atentos para sintomas de hiperatividade em crianças

Terça, 21 Agosto 2012 14:24

Levantamento realizado pelo Programa de Atendimento de Hiperatividade do Hospital das Clínicas da FMUSP mostra a necessidade de pais e professores ficarem atentos para os sintomas da hiperatividade nas crianças.

Se a criança apresenta desatenção, inquietação e impulsividade, o comportamento pode indicar indícios da patologia.

A hiperatividade traz prejuízos à criança, principalmente no período escolar e não deve ser confundida com a simples agitação ou eventuais casos de bagunça.

Crianças podem apresentar esporadicamente os sintomas, mas isso não quer dizer que ela seja portadora da patologia: é necessário um diagnóstico de um profissional; os sintomas têm que ser constantes; estarem presentes em ambientes diversos e com uma duração mínima de seis meses.

O tratamento mais indicado pelos médicos é o acompanhamento com um psiquiatra.

Quanto mais cedo a hiperatividade for diagnosticada, menor será o prejuízo à criança.

O tratamento normalmente é feito com medicamentos para estimular a atenção, já que o hiperativo presta atenção em tudo ao mesmo tempo e não mantém o foco, o que prejudica, principalmente, o aprendizado.

PREENCHIMENTO DO CENSO INCLUSÃO TERMINA NESTA TERÇA-FEIRA

(20/8/2012 - 15h15)

Termina nesta terça-feira (21) o prazo para o preenchimento pela internet do Censo Inclusão, questionário que tem o objetivo de identificar, mapear e cadastrar o perfil socioeconômico das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e levantar informações que sirvam de parâmetro para criar e reformular as políticas públicas.

O questionário é formado por 26 perguntas que tratam de temas como transporte, educação e trabalho, entre outros. A divulgação dos primeiros resultados está prevista para o final de dezembro.

O preenchimento pela internet conta com recursos de acessibilidade, permitindo autonomia. Pessoas com baixa visão, por exemplo, poderão aumentar o tamanho do texto na tela do computador, enquanto deficientes auditivos terão a opção de vídeo em Língua Brasileira de Sinais (libras).

O endereço online é o www.censoinclusao.sp.gov.br. Informações sobre o programa também podem ser obtidas pelo e-mail censoinclusao@prefeitura.sp.gov.br ou pelos telefones (11) 3913-4025, 3913-4026 e 3913-4027 (das 9h às 18h).

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Acessibilidade - Direito de Todos




CAPACITAÇÃO é a palavra da hora. Não tenho dúvidas de que hão que ser capacitados gestor e seus assessores em geral para que aconteça a – tão sonhada – cidade sustentável em todos os seus nuances. Nas minhas andanças pela RJ, dessa feita, decidi verificar as ciclovias. Não obstante saber que o Povo Carioca vive nos cartões postais negociados com o Planeta, jamais me conformarei com as desumanidades encontradas a cada dia. O INCONFORMISMO é a força propulsora dos que querem mudar algo, sendo, notadamente, a principal característica do MILITANTE.

Julguem a situação que descreverei e respondam se consideram correta. Entre as Ruas das Flores e Santo Afonso, no bairro da Tijuca, há uma rampa destinada às pessoas com deficiência e mobilidade limitada, que, agora, faz parte do traçado da CICLOVIA. Esse meio de acessibilidade está no percurso da faixa delimitada entre linhas vermelhas que compõe a pista exclusiva para bicicletas, valendo dizer para a prática do ciclismo, em total DESRESPEITO a liberdade de circulação das pessoas com e sem deficiência. Excêntricas, singulares, estraordinárias se mostram as insensibilidades do Sr. Gestor e sua Equipe.

Pela milionésima vez repito que a HUMANIDADE HÁ QUE SE LEMBRAR QUE DERIVA DO HUMANO! Brabo, né? Continuem acompanhando o conjunto de circunstâncias que elencarei.

Há quase duas décadas que a questão das ciclovias perpassa pela política pública da Prefeitura da RJ, curiosamente capitaneada, originalmente, pela Secretaria do Meio-ambiente e não pela dos Transportes. A bicicleta tem relevância internacional desde a crise do petróleo (anos 70), quando a rainha da Bélgica saiu pedalando pelas ruas de Bruxelas, como exemplo para que as pessoas percorressem boas distâncias sem o uso do combustível sujo.

No Brasil, a bicicleta passou a ser considerada como símbolo de uma sociedade ecologicamente correta e não como parte do sistema de transporte da cidade.

Tem a RJ a peculiaridade de ser cidade litorânea, pelo que, de pronto, investir em barcas, seguindo-se do metrô, bondes e trens seria a solução para o transporte dos cariocas. Isso sim romperia com o rodoviarismo urbano. A população ganharia triplamente. Primeiro por ser de manutenção enormemente mais barata. Segundo, porque diminuiriam o trânsito de automóveis e ônibus, além da emissão dos gases poluentes. Terceiro pela capacidade de transportar milhares de pessoas de modo HUMANO. Nem gado é transportado como estamos sendo! Equivaleria dizer, com a real implementação do combustível VERDE/LIMPO! “ME ENGANA QUE EU GOSTO”!

Entretanto, por serem obras que levam mais do que 4 anos, não se tornam interessantes para os gestores instantâneos/rápidos. Sem passado, nem futuro, praticam, com a nossa autorização/voto, tremendas estratégias eleitorais. Nessa visão CEGA, melhor levar as bandas de músicas para inauguração, por exemplo, do sistema BRT – Bus rapid transit – que consiste em pistas exclusivas para ônibus com operação semelhante a modos de transporte sobre trilhos, a fim de nos enganar. Cof, cof, cof! Quanto gás carbônico em nossos pulmões! HAJA ÓLEO DE PERÓBA! Haveria um conluio com essa indústria? Será?

Então, sim, ônibus e BICICLETAS seriam complementares ao sistema. Carro, somente para aqueles que se encontram em situações especiais, tais como: Professores, vendedores, pessoas com deficiência, taxistas e outros. Assim dizia o Plano Diretor de 1992.

Na RJ as ciclovias tiveram destaque na parte nobre da cidade. Começaram, sob o rótulo “VERDE”, na zona sul, com ares de lazer e exercício para os que desejavam se manter em forma. Bem ao ritmo da “FÔRMA DA INDÚSTRIA DA MODA”. Nesse espírito a velocidade é fundamental. Quem nunca ouviu contar de transeuntes atropelados por ciclistas em desesperada velocidade? Eu mesma tive o desprazer de acompanhar o sofrimento de um pai – 70 anos – que se vira com um coágulo na cabeça por ter sido abalroado por uma bicicleta veloz. Você também tem um caso para contar, né?

Levar à prática por meio de providências concretas a ACESSIBILIDADE ATITUDINAL é a única chave do sucesso. Precisamos mudar nossos maus hábitos, pelo que a CAPACITAÇÃO DO SR. GESTOR E SUA EQUIPE é para ontem! Essa gestão é tão fast que pretende fazer a RJ a cidade com maior quilometragem em ciclovias no mundo. Absolutamente sou contrária a essa boa ideia, desde que fosse implementada com humanidade, guardando-se as cabíveis proporções, o que não está acontecendo.

No dia-a-dia constatamos ciclovias instaladas nas precárias calçadas, de forma a competir e colocar em risco a integridade física dos pedestres.

Repito que em alguns lugares da cidade, as rampas destinadas para a acessibilidade/passagem de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, foram utilizadas para o caminho das ciclovias, desrespeitando integralmente a liberdade de circulação dos indivíduos. Para o Sr. Gestor pouco importa cada ser humano considerado na sua individualidade física ou espiritual, portador de qualidades que se atribuem exclusivamente à espécie humana, quais sejam, a racionalidade, a consciência de si, a capacidade de agir conforme fins determinados e o discernimento de valores. Necessitamos nos REDESCOBRIR!

Acompanhem a insanidade em que estamos mergulhados. Faixas pintadas em listras brancas, destinadas à travessias de pedestres, foram deslocadas para locais sem rampas em prol dos caminhos exclusivos para bicicletas. Loucura, hein? Não é por acaso a quantidade de acidentes que envolvem pedestres e ciclistas. Além dos pedestres terem perdido seus espaços nas calçadas absolutamente INACESSÍVEIS, vêm-se obrigados a dividi-las com ciclistas, que desconhecem, em sua maioria, as normas de bom convívio em comunidade. Tudo por culpa do Sr. Gestor que está incapacitado para transformar a RJ em cidade sustentável em todos os seus matizes.

Os fatos acima são, tão-só, ilustrativos, vez existirem “n” situações similares. Ninguém faz nada! Absolutamente NADA! Pesquisas informam uma forte tendência de repetição de mandato. Você fez parte dessa pesquisa de opinião? Eu nunca fui inquirida e nem nenhum dos meus amigos, apesar de estar perambulando direto pelas ruas da RJ. Bem, de minha parte, por ser pessoa com deficiência, sei da ocorrência do triste fenômeno da invisibilidade, razão pela qual luto para mudar esse patético quadro. E você será capaz de vencer o preconceito e a terrível discriminação dando-me OPORTUNIDADE DE OCUPAR UMA DAS CADEIRAS NA CÂMARA DOS VEREADORES/RJ NO PRÓXIMO OUTUBRO/2012? Louis Pasteur já dizia: “As mentes decididas descobrem as oportunidades”!

Carinhosamente.

DEBORAH PRATES
Creia no potencial da mulher com deficiência!

O pior cego é o que não quer ver

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Investimento no Metrô de São Paulo garante acessibilidade e autonomia


O Metrô de São Paulo é o meio de transporte escolhido por milhões de usuários para locomoção todos os dias. Pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida também optam pelo sistema para realizarem suas tarefas diárias. Pensando nas necessidades desses usuários, o Metrô de São Paulo vai investir até 2014 cerca de R$ 83 milhões exclusivamente para a acessibilidade.

Para garantir a mobilidade e a independência de pessoas com deficiência, as estações são equipadas com elevadores, rampas, corrimãos e escadas rolantes. Os banheiros das estações são acessíveis e os trens possuem assentos reservados para pessoas com deficiência e um espaço separado especialmente para cadeirantes. Para os deficientes visuais, as estações receberam pisos táteis e comunicação em braile.

Os funcionários do metrô são treinados para ajudar os usuários. Sempre que uma pessoa com deficiência chega à estação, os funcionários se apresentam e, quando necessário, a acompanham até o trem. Enquanto a pessoa viaja, os funcionários entram em contato com a estação em que ele vai descer e informam o trem e o vagão em que o usuário se encontra. Assim, quando ele chega à plataforma, outro funcionário já está aguardando para conduzí-lo até a catraca.

O advogado Daniel Monteiro é deficiente visual e não dispensa o metrô em seu cotidiano. “Uso o metrô todos os dias. Quando eu aluguei uma casa, aluguei só porque tinha metrô perto”, afirma. Para a cadeirante Michele Balderama, o metrô é um meio de transporte essencial, que a leva para o trabalho e para a faculdade. Ela comenta que se sente à vontade ao utilizar o sistema metroviário. “Optei pelo metrô porque acho muito mais rápido e mais prático. Atende todas as minhas necessidades”, afirma a jovem.

Assista ao vídeo da reportagem sobre Acessibilidade no Metrô de São Paulo.


Filme estrelado por atores com síndrome de Down é aclamado em Gramado

Se o documentário “Futuro do Pretérito” havia sido bem recebido no domingo na 40ª edição do Festival de Gramado, a exibição de “Colegas“, na noite de segunda-feira (14/08), se mostrou bem superior. O público bateu palmas em cena aberta e aplaudiu de pé ao final do filme, protagonizado por atores com síndrome de Down.

O “road movie” mostra uma garota e dois garotos, portadores da deficiência, que fogem do instituto onde vivem no Karmann Ghia vermelho do jardineiro (Lima Duarte), inspirados depois de ver “Thelma e Louise”. Usando máscaras de palhaço, roubam lojas pelo caminho, cada um querendo realizar um sonho: ver o mar, se casar e voar.

Tudo num clima de aventura e humor leve e adorável, mas que não pareceu atrativo para os investidores. “A arrecadação de recursos foi a parte mais difícil. Os empresários achavam que iam atrelar sua marca à síndrome de Down, e que isso não seria bom”, comentou o diretor Marcelo Galvão na terça-feira (14).

Do luto à luta: Documentário sobre síndrome de down
Monica e David: uma história de amor entre um casal com síndrome de down
City Down: a história de um diferente

Responsável também por filmes como “Rinha” e “Bellini e o Demônio”, ambos de 2008, Galvão fez testes com mais de 300 jovens em busca do elenco. Daí saiu Breno Viola e boa parte dos figurantes. Para escalar os outros dois protagonistas, foi mais fácil: casados na vida real, Ariel Goldenberg e Rita Pokk já haviam aparecido no documentário “Do Luto à Luta” (2005), de Evaldo Mocarzel.

O diretor admitiu ter crescido convivendo com um tio com síndrome de Down, ao contrário de boa parte da população, que vê os portadores com preconceito. “O principal problema é o desconhecimento. A partir do primeiro contato, a gente quer sempre estar ali, ao lado deles.”

Definindo seu trabalho como uma comédia infanto-juvenil, Galvão aposta que “Colegas”, com estreia prevista para novembro, terá recepção especial entre as crianças. “Acho que vai virar referência entre filmes de infância”, afirmou. “A partir dele, as pessoas vão desenvolver um olhar diferente para a síndrome de Down.”

Se depender do otimismo dos atores, a batalha já está ganha. Ariel disse esperar que o filme faça um “sucesso fenomenal”, enquanto Rita, sem se importar com a modéstia, já ensaiava o discurso para subir no palco na entrega dos Kikitos, “esse Oscar”.

“Foi tão bom fazer esse filme, uma energia tão boa, que isso ficou impresso na tela”, finalizou o diretor.

Fantasia cinéfila

Um pouco antes da exibição no Palácio dos Festivais, Marcelo Galvão deu um conselho: “Esqueçam que os atores têm síndrome de Down e viajem na história”. Nem precisava. Em pouco tempo, o público mergulha sem dificuldade nessa grande homenagem ao cinema que é “Colegas”.

A trama é repleta de referências principalmente a filmes hollywoodianos, a começar pelo nome de um dos personagens principais, Stalone. É a ponta de um novelo que se vai desfiando ao longo de todo o filme. Dos diálogos ao cenário, há garantia de diversão para qualquer fissurado em cultura pop. “Homens de Preto”, “Pulp Fiction”, “Cães de Aluguel”, “E o Vento Levou”, “Jules e Jim – Uma Mulher para Dois”, “Psicose”, “A Vida é Bela”… A lista é longa, e se encaixa com perfeição no mundo de fantasia criado pelo diretor.

Se depender do otimismo dos atores, a batalha já está ganha. Ariel disse esperar que o filme faça um “sucesso fenomenal”, enquanto Rita, sem se importar com a modéstia, já ensaiava o discurso para subir no palco na entrega dos Kikitos, “esse Oscar”.

“Foi tão bom fazer esse filme, uma energia tão boa, que isso ficou impresso na tela”, finalizou o diretor.

“Colegas” se passa num universo onírico, longe da realidade. Stalone, Aninha e Márcio, o trio protagonista, fogem do instituto em que viviam usando pijamas, e ficam assim boa parte da história, só alternando para usarem roupas de super-herói, de sultão e de princesa.

Enquanto disparam de carro por estradas poeirentas, ainda atravessam um campo de girassóis, passeiam pelas falésias do litoral norte gaúcho, andam de balão e vão parar em Buenos Aires, tudo embalado pela direção de fotografia cristalina de Rodrigo Tavares. Nessa intimidade que se cria com o espectador, tudo passa a ser possível.

Aliada às belas imagens, a trilha sonora original de Ed Côrtes conquista, ainda mais pelo punhado de canções de Raul Seixas (ele mesmo um personagem) que embalam a história. Mas “Colegas” ainda se apoia no carisma de seus personagens e em um humor fácil, debochado, às vezes negro e até corrosivo – o retrato dos jornalistas que fazem a cobertura dos “ladrões perigosos” é impagável.

Plural desse jeito, o filme tem potencial para agradar aos públicos mais diversos. A princípio, o politicamente correto tornava quase que obrigatório falar bem de um filme estrelado por atores com uma deficiência. “Colegas” não precisa desse sentimento: é excelente.



Fonte: Último Segundo via DeficienteCiente

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Pesca Adaptada - Deixe-se fisgar por essa atividade praticada mundialmente!


Ricardo Shimosakai


Pesca Adaptada, também conhecida como pesca acessível, ou pesca em cadeira de rodas, é definido como um hobby, ou esporte, para pessoas com deficiência. Uma vasta gama de equipamento de pesca acessível para ajudar as pessoas com todos os tipos de deficiência agora está se tornando mais amplamente disponíveis no mercado.

Talvez você tenha gostado de pesca antes de ficar adquirir a deficiência e pense que por causa de sua deficiência, você nunca poderia pescar, ou pescar de novo, ou talvez você gostaria apenas de experimentar o esporte da pesca. Nós pesquisamos a pesca adaptada, o que está envolvido, e lugares que oferecem pesca desportiva para pessoas com deficiência.

Existem equipamentos especializados, incluindo varas, carretilhas, linhas, porta-varas, e tackles que agora estão disponíveis para auxiliar o pescador com deficiência. Por exemplo, há agora lançadores fáceis e molinetes eléctricos para indivíduos que possam ter dificuldades de lançar o anzol com a isca e trazer o peixe. Há também um suporte para apoiar a vara, que pode ser montado em uma cadeira de rodas ou ao lado de um barco e permitir que um indivíduo com uso limitado de seu braço(s) a participar na pesca recreativa. Os barcos do pontão pode agora fornecer uma acessibilidade fácil para usuários de cadeiras de rodas.

Há grupos de pessoas com deficiência que se reúnem para pescar, clube específicos de pesca adaptada e organizações de deficientes e recursos que já estão disponíveis para ajudar as pessoas com deficiência no acesso a oportunidades da pesca, além de promover a pesca à linha adaptada. Por exemplo, os Veteranos Paralisados da América patrocinam uma variedade de torneios de pesca para pessoas com deficiência, e há grupos de deficientes pescadores e os clubes que servem crianças com deficiência para praticar a pesca.

Outro grupo de pesca adaptada na América chamado Fishing Has No Boundaries, Inc. (FHNB) é uma organização sem fins lucrativos para todas as pessoas com deficiência, independentemente da idade, sexo, raça ou deficiência, que tem aberto as portas para pessoas com deficiência através do mundo da pesca. FHNB tornou-se uma organização nacional com 23 representações em 11 estados e milhares de pessoas com deficiência que participam plenamente na elevação espiritual e moral impulsionando a atividade da pesca recreativa adaptada.

No Reino Unido, 54.000 pessoas com deficiência são titulares de uma licença de pesca, dos quais 1.000 para pesca competitiva e a maioria para o prazer. Um grupo de pesca de pessoas com deficiência, The British Disabled Angling Association (BDAA), foi fundada em 1996 por Terry Moseley para ajudar a desenvolver oportunidades para pessoas com deficiência para acessar a atividade da pesca no Reino Unido. O BDAA tem seus direitos próprios de pesca no rio Doon em Ayrshire na Escócia, oferecem ajuda para as pessoas com deficiência que querem tentar pesca de espécimes, pesca de mar a bordo do catamarã adaptado MV Freedom em Weymouth, pesca com mosca através do Wheelyboat Trust uma instituição que desenha e proporciona especialmente o desenvolvimento de barcos acessíveis e muito mais.

No Brasil, o tradicional Torneio de Pesca Adaptada acontece anualmente desde 1987 no Paredão da Urca, na cidade do Rio de Janeiro. Promovido pela Confederação Brasileira de Pesca Desportiva Submarina – CBPDS e o Clube Barracuda de Desportos – CBD, além da parceria com o parceria com o Espaço Novo Ser e sob a direção do Dr. Eduardo Bracony.

São premiados os 3 primeiros colocados de cada categoria. Além das já tradicionais duplas (pessoa com deficiência e seu respectivo padrinho), onde um profissional de pesca da CBPDS e do CBD auxilia um participante, que tenha limitações para manusear a ‘tralha de pesca’ de maneira efetiva, haverá também, uma categoria intermediaria, onde à pessoa com deficiência (provida de seus próprios equipamentos) pesca individualmente, caracterizando plena independência e autonomia para pôr em prática seus dotes de pescador, seja este iniciante ou veterano no universo da pesca paradesportiva.



Fonte: TURISMO ADAPTADO

Conheça diferentes tipos de banheiros adaptados

Banheiros adaptados atendem a quem utiliza cadeira de rodas, aparelhos ortopédicos, próteses e também a quem precisa de apoio, como idosos e crianças. Os sanitários para pessoas com deficiência física devem ser facilmente acessados, ficando próximos das circulações principais e sinalizados. As normas que devem ser obedecidas estão na NBR 9050.

Leia este artigo na íntegra:
Conheça diferentes tipos de banheiros adaptados | Deficiente Ciente

Células-tronco retiradas de dente de leite não causam efeitos colaterais


Pesquisadores do Laboratório de Genética do Instituto Butantan, em São Paulo, criaram uma técnica que permite obter grandes quantidades de células-tronco a partir de dentes de leite.

E essas células-tronco são do tipo que podem se tornar capazes de gerar qualquer célula e tecido do corpo humano.
Os testes realizados em animais mostraram que as células não causam nenhum efeito colateral ou rejeição quando comparadas à biofármacos e a outras drogas.
Com a eficiência comprovada, os pesquisadores desenvolveram um banco para criação e armazenamento de células-tronco, que possui capacidade para 6.000 amostras.

A descoberta, divulgada pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, pode ajudar no tratamento e reabilitação de portadores de doenças motoras, imunológicas, na regeneração de ossos e nervos, na reconstrução de músculos, cartilagem e enfermidades psiquiátricas.

De acordo com o instituto, "essa quantidade é suficiente para tratar até 100 pacientes cada, o que torna o Instituto Butantan autossuficiente na produção e certificação das células-tronco".

A expectativa dos pesquisadores é que os testes em humanos sejam realizados dentro de cinco anos.

(Com informações da Agência Estado e Veja.)

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Agenciamento de Viagens Acessíveis – Jornal Inclusão Brasil


Pessoas com diferentes tipos de deficiência, ou mesmo algumas necessidades específicas, tem dificuldade na hora de viajar. Isto porque os pacotes oferecidos pela maioria das agências de viagens são elaboradas com uma visão generalista.

Organizar a viagem sozinho também requer experiência e um certo trabalho, pois muitas hospedagens e serviços, entre outros diversos produtos e serviços turísticos, informam ter acessibilidade e experiência em lidar com esse segmento de público; porém, na verdade, muitas vezes estão enganados, e fazem isso somente como uma forma de atrair o cliente.

Mas também existem agências que organizam planos de viagens personalizadas, procurando atender a todas as necessidades do viajante, para garantir-lhe satisfação. Uma tendência do turismo é a segmentação, onde é trabalhado o turismo de acordo com as preferências e necessidades de um grupo específico. Como exemplos temos o ecoturismo, turismo de luxo, turismo de experiência e o turismo acessível, voltado às pessoas com deficiência.

Agências que trabalhem com turismo acessível ainda são difíceis no Brasil. Na verdade, a única que já nasceu com esse foco é a Turismo Adaptado, que, agora, está ampliando seu negócio para atender o público em geral.


Este artigo foi escrito por Ricardo Shimosakai (Diretor da Turismo Adaptado) para o Jornal Inclusão Brasil, 13° edição. Distribuido na versão impressa na cidade de Sorocaba/SP e região, foi publicado em abril de 2012.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

13 de Agosto: Dia do Canhoto


Por Prof. Dr. Luiz Machado, Ph. D.

Não se assuste com o 13, nem com agosto, muito menos com o canhoto!

Muita gente pergunta: por que 13 de agosto é o Dia do Canhoto? Normalmente se diz que ninguém sabe por quê, mas nós temos uma explicação plausível. Como se sabe, o mês de agosto é considerado de mau agouro, havendo o dito popular: “agosto mês do desgosto”.

Quanto ao número 13, todos sabem, é considerado “que dá azar”. Há muitas superstições desse número. Nos Estados Unidos, a superstição chega a extremos: muitos edifícios não têm o 13º andar, pulam do 12 para o 14. Nos hotéis também! Nos aeroportos, o número 13 é evitado: do portão de embarque de número 12 geralmente pula para o 14.

Mas, que tem a ver o canhoto com o azar? Nos dicionários, encontramos “canhoto” com o sinônimo informal de “diabo”. A palavra “sinistro” refere-se também a “canhoto”, sendo “sinistrismo” o uso predominante da mão esquerda. Mas os canhotos nada têm a ver com azar!

Agora, a explicação: a pessoa canhota é geralmente muito criativa, inquieta e quantas mães já não disseram carinhosamente para a criança canhota: “é um demônio”!

Assim, como toda pessoa criativa, o canhoto passa a ser um estorvo, vive “inventando moda”, querendo mudar as coisas, fazendo estrepolias. Na religião cristã, demônio é o anjo que se rebelou contra a autoridade divina.

Mas os canhotos e canhotas são adoráveis rebeldes, cheios de características muito interessantes, mas pouco notadas e, às vezes, incompreendidas pelos destros.

A partir de agora, passe a observar os canhotos e veja se eles não são precisos no que fazem, se não são criativos e, por isso, agudos nas observações, têm uma excelente mira e muitos são músicos porque usam mais o hemisfério direito do cérebro. E têm senso de humor para aturar a nós, destros...

Vitamina D - Por uma outra terapia (Vitamin D - For an alternative therapy)




O filme "Vitamina D -- Por uma outra terapia", produzido entre 2011 e 2012, conta a história de seis portadores de doenças autoimunitárias (a maioria com esclerose múltipla) que tiveram suas vidas transformadas por um tratamento à base de vitamina D.

Com direção de Daniel Cunha, jornalista, portador de esclerose múltipla e beneficiário do mesmo tratamento, o documentário surgiu da necessidade de compartilhar esse conhecimento com outros portadores, seus familiares e conhecidos, profissionais da saúde, estudantes de medicina e interessados em geral.

Créditos:

Direção e montagem: Daniel Cunha
Produção e direção de arte: Tunay Canepari
Fotografia e câmeras: Luiz Pires
Locução: Geraldo Barreto
Ilustração: Catarina Bessell
Trilha sonora original: Emiliano Cosacov
Correção de cor: Alexandre Cristófaro
Edição de áudio: Guilherme Vorhaas

Imagens Surf: Joyce Grisotto
Imagens Estúdio: Pablo Moreno (Estúdio 12x8)

Pai cria bota especial para filho com paralisia poder jogar futebol

Felipe não pode andar, a família faz de tudo pela felicidade dele. Mas Felipe sente falta de jogar bola com os meninos, um problema que só um pai criativo e apaixonado conseguiu resolver.

O Fantástico mostra uma história linda que o repórter Elton Novais descobriu em Belo Horizonte. É a história de um pai, naquilo que um pai tem de melhor: a busca pela felicidade do filho.

Felipe tem 13 anos. Durante o parto, a falta de oxigênio no cérebro de Felipe provocou uma paralisia motora. Felipe não pode andar, a família faz de tudo pela felicidade dele. Ele vai para a escola, lê, faz contas, entende tudo normalmente. Está na sétima série, a mesma de qualquer criança na idade dele. Gosta de ver os colegas na Educação Física e se diverte quando aparece um Bola Murcha.

Mas Felipe sente falta de jogar bola com os meninos, um problema sem solução. Ou melhor, um problema que só um pai criativo e apaixonado pelo filho poderia resolver. Alexandro mandou fazer uma bota especial. Pai e filho, agora, são um jogador só.

Na estreia da dupla, eles já marcaram o primeiro gol. Pai e filho também fizeram o segundo gol e a dupla fez o terceiro gol. Quem faz três gols quer pedir música.

“Fala para o Schmidt, ‘eu quero tchu, eu quero tcha. Eu quero tchu, tcha, tcha, Tcha”, incentiva Alexando, pai do menino.

Vários jogadores, profissionais, fizeram três gols durante a semana, ou até mesmo no sábado, e não puderam pedir música no fantástico. Porque é só no domingo que vale. Temos o regulamento muito sério, muito rígido, e não podemos deixar de cumprir.

“Oh Tadeu, deixa o Felipe pedir música”, pediram, em coro, os colegas do Felipe.

Olhando mais uma vez, cuidadosamente, o regulamento. Encontramos o artigo 101, que diz claramente o seguinte, quando o artilheiro é um moleque fera, chamado Felipe, pode pedir quantas músicas quiser.

“É a realização de um sonho de toda uma família, de uma estrutura. É mais que um título mundial, é mais que um prêmio de mega-sena, é amor puro”, conta Alexandre Faleiro, advogado e pai do menino.

Veja o vídeo!