Renato Ribeiro - TV Globo
Será a 14ª edição de uma competição que tem tudo a ver com a Inglaterra. Uma história que começou há 64 anos no interior do país, na cidadezinha de Stoke Mandeville.
Nesta quarta-feira (29), começam os Jogos Paralímpicos de Londres. O Bom Dia Brasil foi conhecer as origens dos jogos.
Londres enfeitada mais uma vez. E para uma nova festa, uma roupa nova também. Nos cartões postais da cidade saíram os anéis olímpicos e chegou o símbolo das Paralimpíadas. Será a 14ª edição de uma competição que tem tudo a ver com a Inglaterra. Uma história que começou há 64 anos no interior do país, na cidadezinha de Stoke Mandeville, de seis mil habitantes, a 75 km de Londres: o berço do esporte paralímpico.
Graças ao médico judeu Ludwig Guttmann, que fugiu da Alemanha nazista e passou a cuidar no hospital da cidade de veteranos da Segunda Guerra Mundial. Ele acreditava que o esporte poderia ajudar na recuperação de paraplégicos. Em 1948, no dia da abertura dos Jogos de Londres, para chamar a atenção, ele decidiu organizar uma competição de arco e flecha entre 16 pacientes. Sem saber, ele iniciava uma revolução no esporte.
Doze anos depois, em Roma, era disputada a primeira Paraolimpíada. Por tudo isso, Stoke Mandeville foi escolhida para algo especial: foi aceso o fogo paraolímpico, 24 horas antes da cerimônia de abertura. Na plateia, milhares de portadores de deficiência. Hoje, funciona um centro de reabilitação e treinamento. A filha do criador do esporte paralímpico, Eva Guttmann, fez um discurso emocionado. Disse que nem o pai imaginava que tudo se tornaria tão grandioso.
De 16 atletas, de apenas um país, para 4.280 de 166 países em 2012. O local onde começou o revezamento da tocha foi o mesmo onde a primeira competição paralímpica aconteceu em 1948. Se os Jogos Olímpicos tem Olímpia, na Grécia, as Paraolimpíadas têm Stoke Mandeville. E em Londres estão pertinho de casa.
Fonte: Bom Dia Brasil - Edição do dia 29/08/2012
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