sábado, 29 de janeiro de 2011

Entrevista - Humberto Alexandre

Aos 23 anos ele sofreu um grave acidente de carro.
Hoje, é um dos maiores palestrantes na área da acessibilidade.
Entrevista concedida a Flávio Peralta, do site Amputados Vencedores


Humberto Alexandre Genari tem 47 anos, é consultor, instrutor de aviação, professor universitário e palestrante. Criador do site melhorando pessoas. Nessa entrevista relata sua história de vida e como adquiriu sua deficiência. Trata-se de um homem com muita persistência e que não desistiu de viver.

No que consiste a sua deficiência?

Lesão Medular, toráxica, 5ª. vértebra – sem movimentos do meio do peito para baixo, sem sensibilidade, portanto necessidade da utilização de cadeira de rodas


Quando a pessoa adquire a deficiência em algum momento de sua vida é preciso reaprender muitas coisas para se adaptar à nova realidade. Em seu caso, qual foi a adaptação que você considera que foi a mais difícil para você?

Sem dúvida nenhuma é difícil a todos, entramos numa depressão e nos questionamos porque isso aconteceu com a gente. A necessidade de reaprender para um lesado medular, principalmente quando a lesão é alta, é enorme, tem de reaprender praticamente tudo, você perde o controle do seu corpo totalmente, não tem mais nenhum controle e isso faz com que nos sentimos incapaz. O controle das necessidades fisiológicas é o mais importante de tudo, quando conseguimos isso, ficamos mais confiantes e podemos ter atividades como qualquer pessoa. Faz 24 anos que adquiri a lesão medular nesse mês de janeiro e naquela época a reabilitação era bem diferente de hoje. Atualmente, quando uma pessoa adquiri a lesão medular é orientada em praticamente tudo e ensinam todo o processo que terá de fazer para ser independente. Antigamente era diferente mesmo porque o conceito de uma pessoa com deficiência também era, achavam que ficávamos em casa, sem fazer nada e essa foi a minha maior barreira. Lembro como era difícil ir nos lugares, tentar trabalhar e etc. Por isso, dou muito valor aos lesados medulares que ¨ainda vivem¨ com mais de 20 anos de lesão, pois, essas pessoas batalharam muito para hoje estar um pouco melhor a questão da acessibilidade.

Na sua vida profissional e amorosa você enfrentou muitas dificuldades?

Cite situações relacionadas à profissão ou ao amor que aconteceram contigo. Flávio aconteceram cada uma comigo que vc não imagina, mas antigamente era bem diferente. Para ter uma idéia, trabalhava sentado, mercado financeiro, usava apenas as mãos e o cérebro, diz, qual a diferença de estar sentado na cadeira fornecida pela instituição ou estar sentado na minha cadeira de rodas? A capacidade está no cérebro e não no corpo não é verdade? Mas infelizmente não me aceitaram. Vida amorosa é outra mudança que ocorreu muito nesses anos, antigamente uma mulher aceitava ficar com um homem na cadeira de rodas aceitando a possibilidade de ter de cuidar dele sempre, até que viram que não é bem assim. Para uma mulher cadeirante era infinitamente mais difícil encontrar um homem para namorar, pelo que vemos hoje, viu como as mudanças foram enormes. Mesmo assim, no século 21, para você ver como estamos, vou te contar a minha tentativa do último namoro. Conheci uma mulher, bonita, 35 anos, começamos a conversar e a achei interessante, após algumas saídas, sem rolar nada, resolvi falar com ela sobre um relacionamento e ela me veio com a seguinte pergunta: me tira uma dúvida, como é que você beija? Fala sério, acha que dá para continuar com uma mulher, MÉDICA perguntando uma coisa dessa? Minha resposta foi simples, respondi que beijo com o cotovelo e acredite se quiser, ela estranhou.


Após esse período de adaptação você deve ter enfrentado muitas situações complicadas, fáceis, difíceis e engraçadas. Tem algum fato ou um acontecimento que tenha te marcado após sua recuperação e que tenha a ver com sua deficiência?

Tem aos montes, tanto complicadas como engraçadas e conto algumas delas nas palestras que faço. Aliás, resolvi fazer palestras exatamente por isso, por percebei falta treinamentos médicos e profissionais da área da saúde na época com relação a pessoas com deficiência Não aceitava aquilo, como pode uma pessoa se formar para cuidar de uma pessoa e não sabe lidar com ela? Então resolvi dar um tipo de aula nas universidades para esclarecer as dúvidas e mostrar o que ainda ninguém conhecia. Para ter uma idéia, numa operação que fui fazer do intestino, solicitei que colocasse uma sonda para eu não ficar molhando a cama toda hora já que não tenho controle da bexiga. A enfermeira disse que só poderia fazer isso com a autorização do médico, oras, então peça a autorização a ele, eu não vou ficar numa cama me molhando e ficar pedindo toda hora pra mudar lençol. Não é verdade? E já tendo explicado a enfermeira que tinha lesão medular e não tinha controle da bexiga. Veio o médico, chefe da urologia falar comigo querendo saber o porque eu queria colocar a sonda já que era um canal aberto a infecções, expliquei o porque e a resposta dele foi simples: “veja bem, são apenas dois passos para você ir ao banheiro, não custa nada fazer esse esforço”. Olhei bem para ele e perguntei: “Dr. O senhor sabe o que é lesão medular?” Ele me respondeu que claro que sabia, era chefe da urologia. Então sugeri a ele que lesse um pouco mais sobre lesão medular porque ele ainda tinha muito que aprender. Conclusão, colocaram a sonda. Levei muitos foras de mulherada por estar numa cadeira, sem querer ser preconceituoso ou pessimista, namorei também muitas garotas e muitas não ficaram comigo por pressão da família dizendo que eu era um cara inútil, sem futuro e sem condição de manter uma família. Pois é, fazer o que?


Tem algum aspecto em especial na sua vida hoje que você percebe muitas mudanças e que você valoriza muito mais do que antes?


Sim, claro, na época que eu podia caminhar tinha um emprego excelente com um salário maravilhoso, mas não sei se era feliz. Foi difícil chegar aonde cheguei e faço atividades que amo fazer. Gosto demais do que faço mesmo com toda a dificuldade que encontrei. Não ganho tão bem como ganhava, mas a felicidade que sinto é muito maior e isso não tem preço. E, detalhe, me sinto muito mais capaz hoje do que na época que andava.

Quais foram as pessoas que mais te ajudaram e o que você gostaria de falar para elas?

Vou confessar uma coisa, não foram amigos que me ajudaram, todos daquela época sumiram, não sei onde estão ou que fazem. Família também some e apenas a mãe que esta sempre disposta a te ajudar. Agradeço mesmo a quem me socorreu, que nem sei quem foi, mesmo socorrendo errado salvou minha vida e aos profissionais que cuidaram de mim com empenho e vontade de me ajudar. A ex-esposa até tentou, mas o clima ficou péssimo e na época os filhos eram pequenos demais para ajudar, mas o carinho deles foi fundamental para eu acreditar que valeria a pena e deveria seguir em frente


Qual a mensagem que você gostaria de deixar sobre a questão da deficiência?

Hoje, está um pouco melhor do que há 24 anos atrás para uma pessoa com deficiência. A luta foi enorme e ainda falta muito, mas houve muitas conquistas, lei de cotas, portanto mais emprego, pessoas se capacitando tanto pessoas com deficiência como profissionais para cuidar dessas pessoas. A tecnologia avançou demais, equipamentos melhores e mais eficientes, mas falta uma coisa fundamental: a aceitação da pessoa com deficiência e isso depende única e exclusivamente das próprias pessoas. De nada vale a gente se capacitar, ser um excelente profissional e ser realizado profissionalmente, ser totalmente independente se as pessoas não aceitam as pessoas como elas são. Então está na hora de acabar com alguns paradigmas e começar a ver as pessoas pela sua capacidade e pelo seu coração e nunca pela sua condição.

Eu admiro muito você Flavio, pela sua honestidade e capacidade. São atitudes como a sua que fazem as pessoas verem o lado humano, o lado capaz que das pessoas. Infelizmente as pessoas taxam demais todo tipo de pessoas, ele é obeso, ele é idoso, ele é negro, ele é branco, ele tem síndrome disso ou daquilo, ele tem AIDS, ele mora em bairro pobre, ele é pobre, as pessoas não estão mais conseguindo ver a capacidade da pessoa e o sentimento que ela tem. Olham apenas a casca mesmo sabendo que vai enrugar, envelhecer e se acabar. Mas, a capacidade e o sentimento levamos para a eternidade, independente de como você é ou o que você possui. Obrigado pela oportunidade amigo e conte sempre comigo, abraços.

Instrutor Humberto Alexandre Gennari

Formado em Administração de Empresas, atua como palestrante há mais de 8 anos na área da saúde, ministra treinamentos em diversas universidades e empresas pelo Brasil.
Atualmente já palestrou para mais de 8000 alunos em 100 universidades diferentes.
Atua também como instrutor de empresa áerea e demais seguimentos.
Se especializou em palestras de motivação e atendimento à pessoas com deficiência, Através de sua deficiência física, utiliza de sua vivência ensiando a sociedade a saber lidar com diversos tipos de pessoas. Desenvolveu workshops para tratar da diversidade humana.
Desenvolve também consultorias de acessibilidade para diversos seguimentos.


Diretor de Relacionamento
humberto.alexandre@melhorandopessoas.com.br
http://www.melhorandopessoas.com.br/  

Veja abaixo o depoimento emocionante de Humberto para a novela Viver a Vida da TV Globo:




Colaborou: Flávio Peralta, do site AMPUTADOS VENCEDORES.

Ministério Público denuncia delegado que bateu em cadeirante

28/01/2011 - 17h40
FÁBIO AMATO, de SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Cadeirante foi agredido por delegado em briga por vaga
em estacionamento; delegado diz que ele fez ameaças

Foto: Lucas Lacaz Ruiz-20.jan.2011/Folhapress
O Ministério Público ofereceu denúncia contra o delegado Damasio Marino, que no dia 17 agrediu um cadeirante em briga por vaga de estacionamento, em São José dos Campos (SP).
A denúncia foi oferecida na quinta-feira (27) ao juiz da 4ª Vara Criminal de São José dos Campos, e nela Marino é acusado de crimes de injúria, ameaça e lesão corporal dolosa (quando há intenção), todos agravados por abuso de autoridade e violação de dever inerente ao cargo.

A confusão aconteceu depois que o advogado e cadeirante Anatole Magalhães Macedo Morandini repreendeu o delegado por ter estacionado seu carro em uma vaga pública destinada a deficientes físicos em frente a um cartório da cidade.

Ele diz que o delegado o agrediu com coronhadas na cabeça, bateu com a ponta da arma em seu rosto e o ameaçou. Cinco testemunhas ouvidas pela corregedoria da Polícia Civil confirmam a versão do cadeirante.

Já Marino nega que tenha usado a arma para bater no cadeirante, mas admite ter dado 'dois tapas' nele após ser xingado e receber uma cusparada no rosto.

Marino foi afastado do cargo pela Secretaria da Segurança Pública.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Bancos são multados por falta de acessibilidade

Nenhuma das 11 agências da região de Itaquera está adaptada à lei de acessibilidade.

Texto: Aglécio Dias


Charge por FERRÃO
 Para muitas pessoas as leis foram feitas para serem desrespeitadas. Esse pensamento é o reflexo, na maioria das vezes, de uma sociedade habituada aos descasos de parte da população com relação ao tema, seja de um grupo privado ou público que sempre encontram um ‘jeitinho’ de não seguir o que foi determinado. Porém também há maneiras de se fazer com que essas leis sejam respeitadas, desde que o cidadão também faça sua parte, como por exemplo, fiscalizando e denunciando os infratores que não as cumprem. E foi esse tipo de ação que levou a Subprefeitura de Itaquera fazer visitas em todos os bancos da região para verificar como estava a questão da acessibilidade denunciada neste jornal pela Andecon(Associação Nacional de Defesa do Consumidor).

A partir de uma denúncia do cadeirante Valdir Timóteo do Movimento Inclusão Já, o presidente da Andecon Rodinei Lafaete junto com o Fato Paulista fez um levantamento em todos os bancos de Itaquera (edição 123) para saber se eles estavam cumprindo as leis 10.048/00 e 10.058/00 que determinam que todos os comércios têm que oferecer total acessibilidade para pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida e também o decreto federal que regulamenta as leis e o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado pela Febraban (Federação Nacional dos Bancos).

Depois de constatado que nenhuma agência bancária oferecia total acesso ao seu interior (garantido por lei), Rodinei Lafaete fez um requerimento junto à Subprefeitura para que fosse feita a fiscalização em todos os bancos da região Numa ação pioneira em Itaquera, nos dias 4 e 5 de maio, todos os bancos foram visitados pelo agente vistor da Subprefeitura de Itaquera, José Carlos Lisboa, na ocasião foi pedido a licença de funcionamento e o Certificado de Acessibilidade que é fornecido pelo Contru (Departamento de Controle do Uso de Imóveis), documento este que só é liberado diante da certificação de que o imóvel está totalmente adequado as normas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. As agências que não apresentaram os documentos no momento da ação fiscalizatória foram notificadas e têm cincos dias para apresentar a licença de funcionamento, além disso, foram multadas em R$ 3.558,50, por mês por não terem o Certificado de Acessibilidade. Ao final de 30 dias, se o banco não apresentar o documento receberá outra multa e seguirá assim até que estejam totalmente adequadas às normas.

Algumas agências apresentaram a licença de funcionamento, que é fornecida pela administração local, mas segundo o presidente da Andecon ela só poderia ser emitida após a apresentação do Certificado de Acessibilidade o que não aconteceu em nenhum caso. “A licença de funcionamento, que no caso, é expedida pela Subprefeitura só pode ser emitida se o banco tiver o Certificado de Acessibilidade, a não ser que a agência tenha a licença fornecida antes do ano de 2000 e que não tenha feito nenhuma reforma nesse período, caso contrário é necessário que se adeque a lei para só depois pedir uma nova licença”, explicou.

Durante a Coletiva com a Comunidade promovida na redação do Fato Paulista, o atual subprefeito de Itaquera Roberto Tamura quando questionado a respeito do descumprimento da lei de acessibilidade nos comércios da região deixou claro que iria mandar fiscalizar e o imóvel que estivesse irregular seria notificado de acordo com a lei e em último caso poderia até ser fechado.

A corajosa declaração do subprefeito de Itaquera encheu de esperança os movimentos de inclusão, os portadores de deficiência e todas as pessoas que acreditam que LEI É PARA SER CUMPRIDA.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Centro Internacional SARAH de Neurorreabilitação e Neurociências

O HOSPITAL SARAH RIO, especializado em neuroreabilitação, inaugurado no dia 01 de maio de 2009, na Barra da Tijuca, já está cadastrando para atendimento a novos pacientes adultos e crianças com as seguintes patologias:

  • Paralisia cerebral
  • Crianças com atraso do desenvolvimento motor
  • Sequela de traumatismo craniano
  • Sequela de AVC
  • Sequelas de hipóxia cerebral
  • Má-formação cerebral
  • Sequela de traumatismo medular
  • Doenças medulares não traumáticas como mielites e mielopatias
  • Doenças neuromusculares como miopatias
  • neuropatias periféricashereditárias e adquiridas amiotrofia espinhal
  • Doença de Parkinson e Parkinsonismo
  • Ataxias
  • Doença de Alzeihmer e demências em estágio inicial
  • Esclerose múltipla
  • Esclerose lateral amiotrófica em estágio inicial
  • Mielomeningocele
  • Espinha bífida
  • Paralisia facial
O atendimento é totalmente gratuito. O cadastro para atendimento de novos pacientes é feito exclusivamente pelos telefones: 21 3543-7600/1/2, das 08 às 17 horas, de segunda a sexta-feira, ou pelo Site da Rede SARAH.

Endereço:
Embaixador Abelardo Bueno, nº 1.500
Barra da Tijuca
22775-040 - Rio de Janeiro - RJ.

Colaboração: Neide Pessoa

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Passageira ganha indenização de R$ 20 mil após cair em ônibus no RJ

Mulher com deficiência caiu depois de uma manobra. Procurada pelo G1, empresa não retornou o contato.


O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) condenou uma empresa de ônibus a pagar uma indenização de R$ 20 mil por danos morais a uma passageira com deficiência, que caiu do banco do veículo da empresa Paranapuam, após uma manobra do motorista. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, dia 19, pela assessoria do TJ-RJ. Ainda cabe recurso no caso. Procurada pelo G1, a empresa não retornou o contato até o momento da publicação da reportagem.

De acordo com a sentença, a passageira, que usa muletas, teve várias escoriações e lesões por causa do acidente. Ainda segundo a sentença, a passageira relata que, por ser deficiente, teve dificuldade para se segurar durante a manobra, o que tornou o acidente ainda mais grave.

Falta de zelo
Ainda segundo o TJ, a empresa de transporte alegou que o acidente foi causado por mero descuido da própria passageira e que ela não teria sofrido nenhum tipo de abalo moral, alegação não aceita pela magistrada. Na sentença, a desembargadora e relatora do processo, Daniella Alvarez Prado, da 15ª Vara Cível, também afirma que a empresa não zelou pela integridade da passageira.

"Certo é a existência de dano moral pleiteado que, no caso em tela, emerge do próprio fato, sendo indubitável que o acidente causou abalo psicológico, insegurança emocional e lesão física à autora", disse a magistrada.

A juíza informou ainda que para ela não se pode negar a responsabilidade da transportadora no acidente, pois é dever da mesma zelar pela integridade de seus usuários, principalmente pelo fato da autora da ação ser deficiente física.

Fonte: G1 in Vida Mais Livre

sábado, 22 de janeiro de 2011

Cadeira de rodas é classificada como tanque e impedida de andar na Inglaterra

A cadeira de rodas de Jim Starr pode até levá-lo para qualquer lugar do mundo, inclusive passando por cima de areia e neve (e possivelmente até na superfície da Lua) sem sofrimento, mas ele não poderá sair rodando sua belezinha nas ruas britânicas porque ela foi classificada como um tanque.

A Agência de Licenças de Motoristas e Veículos da Inglaterra disse a Starr, de 36 anos, que usa uma cadeira de rodas por causa de artrite, problemas neurológicos, na coluna e na articulação, que sua cadeira lembra mais um tanque de guerra do que uma cadeira mesmo. Com 107 centímetros de largura e 220 quilos, ela ultrapassa muito o limite para cadeira de rodas – 85 centímetros de largura e 125 quilos.Mesmo que a cadeira ande 100 quilômetros por hora a menos do que uma scooter comum, a Agência disse que ele só poderá usá-la em propriedade privada. Como ela custa 24 mil dólares, podemos dizer que temos aqui um brinquedo caro demais para ser usado apenas no quintal.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Hospital dos Olhos de Sorocaba procura pacientes para transplante de córnea

A Rede Globo mostrou uma reportagem sobre o Hospital dos Olhos de Sorocaba.
Esse hospital é da Maçonaria, sem fins lucrativos.

Ele é conveniado com o SUS, e tem capacidade para realizar cerca de 300 (trezentos) transplantes de córneas por mês, pois há um estoque de córneas suficiente para a realização dos mesmos.

Entretanto, esse hospital está realizando somente cerca de 120 (cento e vinte) transplantes por mês, devido a falta de pacientes.

As córneas não utilizadas estão sendo jogadas fora por passarem do tempo de utilização e validade!

Repassada, esta notícia poderá cair na mão de alguém que conheça uma pessoa que está a espera de córneas. ela pode entrar em contato com o hospital oftalmológico de Sorocaba -SP e se curar!

Telefone - (15) 3212-7009 - de 2ª a 6ª feira

Por favor, repasse esta notícia! Você pode não estar precisando, mas sempre há alguém necessitando.

Cadeirante é agredido por delegado que estacionou em vaga exclusiva

Homem afirma ter levado coronhada em São José dos Campos, em SP. Policial disse que recebeu cusparada no rosto e que deu tapas na vítima.


Paulo Toledo Piza
Do G1 SP20/01/2011 12h06
Atualizado em 20/01/2011 13h01


Um advogado cadeirante foi agredido por um delegado na tarde de segunda-feira (17), em São José dos Campos, a 97 km de São Paulo. A briga começou por causa de uma vaga especial para deficientes físicos.

O advogado Anatole Magalhães Macedo Morandini, de 35 anos, disse ao G1 nesta quinta-feira (20) que naquele dia, por volta das 17h, foi de carro a um cartório no Centro da cidade. Ao procurar a vaga exclusiva na rua, encontrou outro veículo estacionado nela. “Não tinha nenhum selo nem nada que sugerisse que o proprietário era deficiente”, afirmou.

Morandini encontrou um lugar mais a frente, a cerca de 200 metros, estacionou e, em seguida, seguiu em sua cadeira de rodas até o cartório. Quando se aproximou da entrada, viu o delegado Damasio Marino, que não é portador de necessidades especiais, caminhando até o veículo parado na vaga especial.

“Fui chamar sua atenção. Mas ele me constrangeu fisicamente. Ficou em pé na minha frente. Mesmo assim, disse que ele estava errado", conta. Ainda de acordo com o advogado, ambos começaram a trocar insultos e o policial o xingou de “aleijado filho da p...”. “Revoltado e enojado”, Morandini cuspiu na direção do delegado. Em sua versão, o cuspe atingiu o vidro do automóvel. Marino, porém, afirma que recebeu a cusparada no rosto.

“Ele sacou uma arma e perguntou se eu queria morrer. No momento, não sabia que ele era policial. As pessoas que passavam pela rua saíram correndo”, contou o advogado. “Quando ele mirou na direção da minha cabeça, só consegui virar o rosto”, acrescentou o Morandini, que ficou paraplégico aos 17 anos após levar um tiro na coluna durante um assalto.

A versão dos dois difere em relação à agressão que se seguiu. O advogado diz que recebeu uma coronhada na cabeça e que teve o rosto atingido pela ponta da arma. O delegado, porém, nega ter sacado a pistola, segundo sua defesa. “Ele deu dois tapas no rosto dele. Apenas reagiu a uma cusparada”, disse o também advogado Luiz Antonio Lourenço da Silva. Questionado sobre o fato de o policial ter estacionado em vaga exclusiva, o defensor afirmou que a noiva de Marino, grávida de 4 meses, não se sentia bem. “[Morandini] quis se prevalecer por causa de sua condição de cadeirante”, afirmou.

Ambas as partes afirmam que tomarão providências quanto ao ocorrido. “Ainda estou tomando medidas cabíveis, uma vez que fui humilhado, desrespeitado e constrangido por uma autoridade pública”, disse Morandini. O delegado, por sua vez, afirma ter feito uma representação em um Distrito Policial da cidade e que acionou a Comissão de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A Corregedoria da Polícia Civil abriu um processo administrativo e instaurou inquérito para investigar o caso.


Fonte: G1

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Caravana da Inclusão AVAPE

Participe da “Caravana da Inclusão AVAPE!

O objetivo deste projeto é cadastrar pessoas com deficiência com idade a partir de 16 anos, que tenham interesse em participar de cursos profissionalizantes em diversas áreas do conhecimento.

Podem se cadastrar pessoas com qualquer tipo de deficiência sem suspensão do benefício.

As pessoas que concluírem o curso poderão estar no mercado de trabalho no período de até dois anos.

Preencha sua ficha de inscrição!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Internautas se mobilizam pelos desabrigados da chuva no Rio

Mensagens no Twitter divulgavam informações sobre doações.
Região Serrana do Rio sofre com deslizamento de lama devido à chuva.


A mobilização de pessoas pelas vítimas da chuva na Região Serrana do Rio se espalhou pelas redes sociais. No Twitter, o tópico #chuvasrj era o segundo termo mais comentado no microblog na tarde desta quinta-feira (13). No ranking do Twitter apareciam também “Cruz Vermelha” e “SOS Teresópolis”.

Usuários do microblog compartilhavam informações sobre desaparecidos e mostravam sua consternação em relação à tragédia. O tópico “SangueCarioca” tentava espalhar pelo microblog o pedido para que pessoas doassem sangue às vitimas. A página no Twitter da Lei Seca no Rio publicava, durante a tarde desta quinta-feira (13), mensagens com informações sobre como as pessoas poderiam fazer as doações.

No Orkut, a comunidade “AJUDA! Região Serrana do Rio” reúne informações de pessoas que moram nas cidades atingidas para passar aos familiares e amigos de desaparecidos. Na página de Teresópolis no Facebook, usuários também se mobilizavam, pedindo por doações.

Alguns famosos se manifestaram na internet em apoio aos desabrigados. O apresentador William Bonner escreveu no Twitter que espera que as notícias melhorem: “Exatamente como em janeiro de 2010, catástrofes ligadas ao clima. Na segunda estaremos de volta. Que os fatos ofereçam notícias melhores”.

O ex-candidato à Presidencia da República  José Serra também expressou seus sentimentos no microblog: “As imagens das tragédias no RJ e em outras regiões são estarrecedoras. É hora de trabalho, união e solidariedade”.

Tamanho é documento

Estilista cria confecção de roupas para mulheres anãs. Carina Casuscelli já vendeu mais de 200 peças.

Publicada em 17 de janeiro de 2011 - 17:15

Atriz e estilista, Carina Casuscelli descobriu seu mininicho de mercado ao tentar resolver um pequeno problema de suas amigas anãs: encontrar looks que caíssem bem. Roupas de criança desconsideram os peitos ou entalam nos quadris -mais largos.

Carina decidiu então fazer modelitos para as "pequenas". Divulgando o trabalho pelo blog A Moda Está em Baixa, já vendeu mais de 200 peças em que tamanho é documento. "Não dá pra fazer P, M e G porque elas têm proporções bem diferentes. Confecciono sob medida."

Nessa onda "pela democracia dos corpos", promoveu um desfile com modelos anãs, cadeirantes e até uma amiga que mede 1,99 m. A ideia ainda não dá dinheiro, mas rende outros projetos: Carina produz um programa-piloto pra TV, com a amiga grandona e uma pequena. Vai se chamar "As Estranhas".

Prefeitura de Osasco leva a audiodescrição para as salas de aulas

Turmas de crianças, adolescentes e jovens adultos tiveram mais de 55 sessões de cinema acessível desde outubro.

A Prefeitura de Osasco, por meio da Secretaria de Educação, deu início ao projeto Cinema Inclusão, exibição de filmes com recursos de acessibilidade na própria unidade educacional. Desenvolvido com assessoria da associação Mais Diferenças, o projeto vem percorrendo as unidades oferecendo às crianças curtas-metragens nacionais com tradução para LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), audiodescrição (para pessoas com deficiência visual) e legenda oculta (conhecida como closed caption, indicada para pessoas com deficiência auditiva).

Juntamente com o filme, cada unidade recebe uma caixa que contém um kit para exibição: panos pretos para escurecer a sala, tela branca para projeção, DVD’s, encartes com sugestões de atividades e vendas para os olhos.

Após a exibição, os alunos sentam em roda e têm uma conversa sobre o que foi visto e realizam atividades propostas pela professora, sempre abordando a temática da inclusão e acessibilidade. O objetivo é oferecer a possibilidade de assistir filmes na infância, além de enriquecer a proposta pedagógica com o tema inclusão.

“A ação garante o acesso à cultura e pode ainda produzir o interesse dos alunos por programas culturais e pela produção audiovisual, além é claro de as questões levantadas pelos alunos poderem suscitar novas propostas para serem abordadas no plano pedagógico”, explica a secretária de Educação, Profª Mazé Favarão.

Os alunos da EMEI Severino de Araújo Freire, no Jd. Novo Osasco tiveram a sua primeira sessão no último dia 3 de dezembro. “"Achei legal o filme e perguntei para a professora porque as crianças se deram as mãos”", disse o estudante Paulo Henrique da Silva Souza Bispo, de 5 anos. “"Eu também gostei, menos da parte em que a menina fica doente"”, acrescentou o colega David Mariano Alves da Silva, também de 5 anos.

Para a professora Meire Aparecida Cavalcanti Brasil da Silva, o projeto vem enriquecer o que já é proposto em sala. “Como temos um aluno com Síndrome de Down, já havia tratado esse tema com eles. É muito bom começar desde cedo a aprender a respeitar”, enfatiza a professora.

Cinema para todos

Haverá exibição de filmes em todas as unidades, desde creches até as salas de EJA, contando com a participação de uma ou duas classes por período, indicadas pela escola. Os filmes exibidos e a atividade posterior são escolhidos de acordo com a modalidade de ensino. As sessões acontecem às 3ªs, 4ªs e 5ªs feiras. As sessões iniciaram em 19 de outubro e totalizarão 57 em 2010, tendo continuidade a partir de fevereiro de 2011.

Os filmes escolhidos para a exibição no Cinema Inclusão são:

Para as Escolas Municipais e Educação Infantil:

Os Olhos do Pianista
Em um cinema mudo, pianista cego executa trilhas ao vivo com a ajuda de sua neta.

Para as Escolas Municipais de Ensino Fundamental:

O anão que virou gigante
A improvável - todavia autêntica - história do anão que virou gigante. Menino que até aos 12 anos era anão e depois dos 20 tem crescimento exacerbado. Aborda o processo de exclusão vivido por esse menino na infância, por se tratar de uma pessoa de baixa estatura, e como esse fator foi determinante para a constituição de sua personalidade. Aos 20 anos, o mesmo se depara com um processo inverso.

Para Educação de Jovens e Adultos:

Dedicatórias (Ficção/De Eduardo Vaisman/1997/15min/RJ). Mulher solitária
procura o amor através de dedicatórias amorosas de livros antigos. Eu não quero voltar sozinho (Ficção/ De Daniel Ribeiro/2010/17min/SP).. A vida de Leonardo, um adolescente cego, muda completamente com a chegada de um novo aluno em sua escola. Ao mesmo tempo, ele tem que lidar com os ciúmes da amiga Giovana, entender os sentimentos despertados pelo novo amigo Gabriel.

Para todas as modalidades:

Animando
As várias técnicas de animação no cinema, em filme realizado em parte nos estúdios do National Film Board do Canadá.

Fonte: Rede SACI

Olinda é a primeira cidade de Pernambuco a dispor do serviço de táxi acessível

A Lei Nº 5.714 autoriza e regulamenta a aquisição dos veículos adaptados para o transporte da pessoa com deficiência.

Publicada em 17 de janeiro de 2011 - 09:00

O prefeito de Olinda Renildo Calheiros sancionou no último dia 10 a Lei Nº 5.714, que autoriza e regulamenta a aquisição dos veículos adaptados para o transporte da pessoa com deficiência.

Representantes de entidades da pessoa com deficiência estiveram presentes na solenidade realizada no Palácio dos Governadores.

A aprovação da Lei teve o apoio do Sindicato dos Taxistas de Olinda e foi comemorada pelas pessoas que lutam pela garantia dos direitos das pessoas com deficiência na região, especialmente pela Secretaria de Desenvolvimento Social, Cidadania e Direitos Humanos, que abriga a Coordenadoria de Inclusão da Pessoa com Deficiência de Olinda (CIPDO).

A experiência da Lei do Táxi Acessível de Olinda será levada pela CIPDO para a Conferência Estadual de Defesa do Direito da Pessoa com Deficiência, que acontecerá em 29 de abril, no Recife.

Jovem paraplégico lamenta "falta de apoios" para desporto adaptado

A falta de apoios para a prática individual de desporto adaptado nos Açores surpreendeu Hélder Fernandes, que venceu vários troféus de atletismo em cadeira de rodas, mas tem dificuldade em manter esta atividade desportiva desde que vive no arquipélago.

“Vim viver para os Açores há cerca de dois anos e a minha intenção era continuar a praticar desporto adaptado, como fazia no continente", afirmou Hélder Fernandes, em declarações à Lusa, denunciando as dificuldades que tem sentido para concretizar este objetivo já que os apoios apenas são concedidos a associações.

O jovem deficiente contactou a Direção Regional do Desporto onde foi informado de que "teria que montar uma associação para conseguir apoios para o material”.

Hélder Fernandes, que pretende com o seu exemplo "incentivar a prática de desporto adaptado na região", salientou que "há poucos praticantes e poucas modalidades de desporto adaptado nos Açores", apesar de conhecer "muitas pessoas com limitações físicas que gostariam de praticar desporto, mas sem terem que estar filiadas em nenhuma associação".

Na sequência das limitações existentes, o jovem atleta tem participado em algumas provas com a sua cadeira de rodas e conseguiu participar na Meia-Maratona de Lisboa "graças a apoios privados".

"Os custos com material e deslocações são elevados. Uma cadeira profissional pode chegar aos 5.000 euros”, afirmou, acrescentando ter o "sonho" de criar uma associação em S. Miguel para promover a prática de desporto adaptado como há de "norte a sul" do país, em modalidades como atletismo, basquetebol ou ciclismo.

Nos Açores, o desporto adaptado não está organizado em associativismo desportivo, o que Hélder Fernandes lamenta, já que se trata de uma forma de desenvolver o sistema motor, mas também de promover a "socialização e integração das pessoas com limitações físicas".

A Direção Regional do Desporto, contactada pela Lusa, confirmou que os apoios para o desporto adaptado "não são atribuídos a título individual", pelo que os praticantes "têm que se inscrever numa associação que desenvolva actividade física desportiva adaptada".

"É uma norma transversal a qualquer tipo de desporto", afirmou uma fonte daquela direção regional, acrescentando que também pode ser solicitado pela entidade ou associação apoio para material e formação.

Os dados oficiais disponibilizados pela Direção Regional do Desporto indicam que, na época 2009/10, foram "apoiadas 32 entidades no âmbito da Atividade Física e Desportiva Adaptada" em várias ilhas do arquipélago.

Estes apoios abrangeram, entre outras, as modalidades de ginástica, natação, ténis, atletismo, boccia, futsal, equitação adaptada, goalball, dança e tiro ao alvo, além de actividades de exploração da natureza.

Portador de paralisia cerebral apresenta livro que escreveu com os pés

Nuno Meireles, portador de paralisia cerebral, está a concluir um mestrado em sociologia e apresenta hoje um romance que escreveu com os dedos dos pés.

"O mestrado [na Faculdade de Letras da Universidade do Porto] e o livro são a concretização de sonhos antigos. Foram desafios que venci", afirmou à Lusa, Nuno Meireles, portador de paralisia cerebral, que apresenta hoje um romance que escreveu com os dedos dos pés.

Um problema no parto transmitiu a Nuno Meireles, de 34 anos, uma deficiência física profunda que o impede de escrever com as mãos. Apesar das limitações físicas, desde criança manifestou a sua inteligência e o seu inconformismo, desenvolvendo a faculdade de usar os pés para escrever.

Inicialmente, aprendeu a usar um lápis ou uma esferográfica para obter bons resultados. Mais tarde, adaptou-se ao teclado de uma máquina de escrever, que chegou a usar na escola primária, evoluindo depois para o computador.

Atualmente, sentado numa cadeira de rodas, utiliza o computador para estudar e comunicar com os amigos através da Internet, compensando as limitações de mobilidade.

O gosto pela leitura levou-o a escrever o seu primeiro livro em 2007, uma autobiografia intitulada "A Vida e eu".

"Eu sempre gostei de ler e escrever. Depois de escrever o primeiro, não queria ficar por aí", disse à Lusa, referindo-se ao segundo livro, um romance com mais de 400 páginas, escrito ao longo de um ano, intitulado "Duas vidas. Um destino". "É a história de duas pessoas, uma de classe mais pobre e outra de classe mais abastada", explicou.

"Se tem asas para voar que voe até ao infinito"


O percurso de vida e o inconformismo de Nuno Meireles manifestam-se também na licenciatura em engenharia informática concluída em 2007 no Politécnico do Porto. "Se tem asas para voar que voe até ao infinito", comentou à Lusa a mãe do Nuno, que o acompanha em quase tudo.

"Passou muitas noites sem dormir e sempre o acompanhei nesses momentos", afirmou Rosa Maria Meireles. Ao lado do filho, que a ouvia atentamente, foi dizendo que "cada degrau que vai passando vai-se sentindo enriquecida". "O meu filho foi sempre um lutador. Atendendo às dificuldades do Nuno, a felicidade quando se licenciou foi maior", acrescentou.

Nuno Meireles fala com muita dificuldade devido à paralisia cerebral que sofreu à nascença. As suas palavras são de difícil compreensão mas o seu olhar e o sorriso são expressivos.

Com esforço, disse à Lusa que a sua licenciatura exigiu "muita dedicação". "Foi complicado, mas já está", comentou com uma expressão de felicidade.

Apesar da sua formação académica, não tem sido possível encontrar emprego. As promessas têm surgido, mas nenhuma até hoje foi concretizada.

Fonte: Deficiente Fórum

domingo, 16 de janeiro de 2011

Plenário da Câmara passa por obras para poder garantir acessibilidade a deputados cadeirantes

A eleição de três deputados cadeirantes, um deles tetraplégico - a deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP) - mobilizou a Casa, que tem até o final de janeiro para finalizar a obra.

BRASÍLIA - Os três deputados que têm problemas de acessibilidade e usam cadeiras de rodas terão condições de usar a tribuna do plenário da Câmara para pronunciarem seus discursos. É o que garantem funcionários da Casa, que correm contra o tempo para, até o final de janeiro, finalizar a obra de implantação de uma plataforma elevatória para a cadeira de rodas. No plenário também está sendo feita a troca do painel de votações, com a substituição de antigos retroprojetores por monitores modernos de LCD. Em janeiro haverá ainda a troca do carpete do Salão Verde. Sem contar o valor da troca do painel, não divulgado nesta quarta-feira pela Câmara, as obras deste janeiro giram em torno de R$ 250 mil.

A obra de acessibilidade foi feita em tempo recorde pela Câmara. A eleição de três deputados cadeirantes, um deles tetraplégico - a deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP) - mobilizou a Casa. A compra da plataforma custou R$ 48.350,00 e foi feita por meio de carta convite, em dezembro. O elevador levará o cadeirante até a tribuna, por cima dos cinco degraus de acesso, e enquanto não estiver sendo usado, ficará retraído, sem atrapalhar a passagem dos demais deputados.

Embora há cinco anos a Câmara esteja trabalhando num programa de acessibilidade nos diferentes pontos da Casa, a tribuna do plenário ainda era inatingível para alguém com cadeira de rodas. O pedido mais contundente para a mudança na situação, segundo os funcionários, foi feito pela deputada Mara Gabrilli. Ela ponderou que teria dificuldade de levar adiante sua bandeira pela acessibilidade sem acesso à tribuna. Além dela, nas últimas eleições foram eleitos dois deputados cadeirantes: Rosinha da Adefal (PTdoB-AL) e Walter Costa (PMN-MG).

Além de acesso à tribuna, eles terão como ocupar o plenário com suas cadeiras (foram retiradas cadeiras do local) e terão microfones exclusivos em sua bancadas. Os demais deputados dividem os 8 microfones instalados nos corredores. A bancada de Mara terá ainda um equipamento semelhante ao que utilizava na Câmara de Vereadores de São Paulo para poder exercer o direito de votar, apenas com movimentos faciais. Desde janeiro do ano passado, foram feitas obras de acessibilidade nos banheiros do plenário e nas comissões permanentes.

Segundo Maurício Mattar, arquiteto e diretor de projetos do Departamento de Engenharia da Casa, há duas legislaturas (entre 2003 e 2007), a solução da plataforma elevatória foi apresentada ao deputado cadeirante Leonardo Mattos, que não aceitou. Para evitar o uso do elevador, começou a ser estudada uma outra opção, que implicaria em mudanças no formato do plenário. Em 2007, o deputado Gerônimo da Adefal também era portador de deficiência física, mas morreu pouco mais de um mês depois de assumir o mandato.

A troca do carpete do Salão Verde, segundo a Câmara, é necessária porque eles estão sendo usados há 12 anos e estão desgastados. O carpete do plenário também está gasto, mas envolve uma operação de engenharia maior e a troca só deverá ser feita em janeiro de 2012. No caso da mudança no painel eletrônico, a Câmara informou que eles estavam defasados e havia problemas de peças de reposição. As enormes e pesada cubas de projeção multimídia, compradas em 1995, pesam cerca de 1 tonelada. As 25 telas de LDC, em cada um dos dois painéis, pesam apenas 500 quilos e permitirão economia de energia.

Fonte: Isabel Braga - O Globo (06/01) in Deficiente Alerta
Referência: Portal Mara Gabrilli

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Nosso Lar com Audiodescrição

Recebemos a seguinte mensagem do companheiro Leo Rossi, a quem agradecemos imensamente pela colaboração.

"(...)é com grande prazer que anuncio o lançamento do DVD "Nosso Lar" nas locadoras a partir deste dia 12 de janeiro. Prazer porque nós da Iguale produzimos o recurso acessível e eu narrei a AD. Esperamos que vocês gostem para que mais filmes do circuito comercial possam sair nas lojas com Audiodescrição favorecendo milhões de pessoas que hoje não podem acompanhar ou entender completamente os produtos audiovisuais.


Quem assistir por favor deixe um recado pra gente! Escrevam aqui uma mensagem ou enviem-nos um e-mail: leo@iguale.com.br  ou mauricio@iguale.com.br  . sua opinião é muito importante para que possamos aprimorar nosso serviço. "

Menino de 9 anos e com as pernas amputadas se supera através do Desporto

Um menino americano sem pernas e de apenas 9 anos tem chamado a atenção do mundo pelo exemplo de superação ao disputar diversas competições esportivas, apesar da deficiência.

Fruto de um parto prematuro, Cody McCasland sofreu de agenesia sacococcígea, uma condição que provoca má formação. Com o problema, ele acabou nascendo sem a tíbia e os ossos do joelho, sendo incapaz de dobrar as pernas. Os médicos, então, apontaram a seus pais duas opções: ou ele viveria a vida toda em uma cadeira de rodas ou amputaria os membros e poderia tentar se adaptar a andar com próteses.

A criança surpreendeu os pais e os médicos ao se adaptar rapidamente às próteses. A miro surpresa, no entanto, veio quando ele desejou se tornar esportista. Atualmente, ela pratica e disputa competições em sete modalidades: natação, futebol, atletismo, golfe, beisebol, caratê e equitação.

O sonho de Cody é ganhar uma medalha de ouro nas Paraolimpíadas. O exemplo do jovem atleta levou seus pais a criar um fundo de caridade para hospitais infantis e para uma fundação de apoio a atletas com deficiência.

Instituições de Juiz de Fora adotam língua de sinais

Em MG, 23 agências dos Correios em 19 cidades já trabalham com atendentes treinados em Libras. O projeto está em fase piloto e deve ser estendido para outras agências.

Publicada em 13 de janeiro de 2011 - 09:00


Cada vez mais estabelecimentos investem na humanização do atendimento. Em Juiz de Fora (MG), funcionários são treinados para atender pessoas com deficiência auditiva. Um incentivo à comunicação que muda a vida de quem é atendido, mas principalmente, daqueles que aprenderam a Língua Brasileira dos Sinais (Libras).

Entre as principais dificuldades enfrentadas pela estudante Jaqueline Teixeira estão ser bem atendida no comércio e nas repartições públicas. Jaqueline tem deficiência auditiva e desde pequena aprendeu a Libras. Essa é a principal forma de comunicação da estudante, mas o problema é que pouca gente domina esse tipo de linguagem. Jaqueline conta que tem dificuldade em leitura labial e quando está sozinha o atendimento é bastante difícil.

Pelo menos nos Correios Jaqueline já não tem tantos problemas. Na agência central de Juiz de Fora, alguns funcionários já estão treinados para atender esse tipo de público.

Em todo o estado, 23 agências dos Correios em 19 cidades já estão trabalhando com atendentes treinados em Libras. O projeto está em fase piloto e deve ser estendido, a médio prazo, para a maioria das agências mineiras.

Em Juiz de Fora, muitos lugares que trabalham com atendimento ao público começam a buscar um treinamento especializado para lidar com esse tipo de deficiência. Na Santa Casa de Misericórdia, o trabalho também está na fase inicial. No hospital, 20 funcionários foram treinados e já conseguem se comunicar bem em Libras.

E para muitos desse profissionais, o trabalho de inclusão social ajudou a mudar a visão não só sobre os deficientes auditivos. Eles aprendem a lidar com a diferença.

Os interessados em aprender a língua de sinais já podem se inscrever para o Curso Básico de Língua Brasileira de Sinais (Libras). Em Barbacena a duração é de cinco meses, com carga horária de 60 horas, com aulas a partir de fevereiro de 2011. Haverá turmas às segundas, quartas e sextas-feiras e sábados, de 8h30 às 11h30, 14h30 às 17h30, 18h às 21h ou 19h às 22h.

As inscrições são feitas até dia 29 de janeiro no Centro de Educação Especializada Maria do Rosário, que fica na Rua José Albino Pereira s/nº, bairro Santo Antônio. É preciso apresentar cópia da identidade e do CPF, além de comprovante de residência. Vagas limitadas. Outras informações pelo telefone (32) 3332-3190.

Fonte: Vida Mais Livre

Taxistas se negam a transportar cadeiras de rodas em Porto Alegre

Condutores alegam dificuldade para transportar cadeiras de rodas devido à falta de espaço nos veículos
Enquanto cadeirantes alegam dificuldade para conseguir táxis na Capital, taxistas reconhecem o problema, mas justificam a dificuldade em transportar cadeiras de roda devido a falta de espaço nos veículos. A EPTC alerta que o taxista que se negar a prestar o serviço pode ser autuado, já que estará descumprindo de uma lei municipal.

"Cidade tem que estar preparada para receber pessoas com deficiência", diz presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Porto Alegre. Ouça a entrevista na Rádio Gaúcha.

Conseguir um táxi tem sido um drama para a advogada Mariana Saraiva Silva, de Porto Alegre. Ela é cadeirante e dificilmente encontra um taxista disposto a fazer o transporte da cadeira de rodas. Falta espaço no porta-malas devido ao gás veicular, além do receio dos taxistas em danificar o banco traseiro.

— Eu me sinto péssima, até em questão de auto-estima, a gente se sente deixada de lado, se sente um peso na forma como eles agem, né? Eu me sinto super mal. Sou uma cidadã, pago impostos como todo mundo e tenho meus direitos, quero ter o meu direito de ir e vir preservados. Destrói a auto-estima de uma pessoa — desabafa Mariana.

O taxista José Cestari reconhece o problema. Ele defende a adoção de medidas urgentes para tornar os táxis de Porto Alegre aptos a fazer esse transporte. Ele sugere a criação de um suporte para a colocação da cadeira do lado de fora do carro, como aqueles para bicicletas.

Cestari admite que às vezes é obrigado a negar corrida a cadeirantes.

— Muitas vezes a gente tem que parar em lugar proibido para colocar a cadeira dentro do veículo, e nós não temos espaço para a cadeira. Eu sinto muito em estar falando, de ver a dificuldade do cadeirante para pegar um táxi

O diretor-presidente da EPTC diz ter conhecimento de reclamações de usuários sobre o problema. Ele explica que o taxista que se negar a lavar um cadeirante está descumprindo lei municipal. Vanderlei Cappellari alerta que o passageiro deve anotar o prefixo e encaminhar reclamação para o telefone 118.

O taxista que se negar a levar cadeira de rodas pode ser autuado e, em caso de reincidência, perder a permissão para trabalhar.

Os táxis não podem cobrar a mais pelo serviço, a não ser que seja um veículo especial, equipado com elevador, semelhante aos que tem em alguns ônibus da capital.

Neste caso, a corrida custa 50% a mais.

Fonte: http://www.clicrbs.com.br / (10/01/2011) in DeficienteCiente (Referência: Rede Saci).

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Oficina de Moda e Costura Inclusiva

A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência está com inscrições abertas, até o próximo dia 15 de Fevereiro,  para a "Oficina de Moda e Costura Inclusiva". O curso, que é gratuito e destinado a pessoas com ou sem deficiência, terá início no próximo dia 14 de Março, às 07h30min, na Escola Técnica TIQUATIRA, na Av. Condessa Elizabete de Robiano, 5200.

As inscrições devem ser feitas através do Departamento de Eventos, pelo telefone (11) 5121-3778 ou (11) 5212-3765, ou pelo e-mail dauler@sp.gov.br

Fonte: GAZETA DO TATUAPÉ - 09 A 15 DE JANEIRO DR 2011, p. 2.

GRU lança central telefônica para deficientes auditivos

Para realizar atendimento de chamadas para pessoas com deficiência auditiva, o Aeroporto Internacional de Guarulhos instalou um terminal telefônico especial. O sistema é composto por um aparelho telefônico com teclado e uma tela, que permitem a comunicação entre as pessoas pela digitação de mensagens. Os dois usuários precisam usar o mesmo aparelho para se comunicarem.

A Infraero, em parceria com a Telefônica, realizou um treinamento dos operadores da central, que é composta por 17 telefonistas que atendem diferentes demandas tanto do público interno quanto externo, como das informações sobre chegadas e saídas de voos, telefones de empresas instaladas no terminal aeroportuário e localização de lojas e serviços do aeroporto, entre outros. A central funciona por 24 horas e recebe, em média, 45 mil telefonemas diários.

O superintendente da Infraero no local, Antônio Montano, ressalta a importância desse serviço nos aeroportos e afirma que os próximos serão de Congonhas e Campinas. “A instalação da nova central reforça o compromisso da Infraero e do Aeroporto de Guarulhos com a acessibilidade”, destaca ele.

O telefone de contato do Aeroporto de Guarulhos para deficientes auditivos é (11) 2445-2323.

Fonte: PANROTAS

Projeto de inclusão revela a cegos o Carnaval de SP

Inscrições para participar do programa foram abertas nesta terça-feira (11)

PublicidadeUm projeto piloto da Prefeitura de São Paulo, em parceria com a SPTuris (São Paulo Turismo) e com o complexo educacional FMU (Faculdade Metropolitanas Unidas), vai levar 45 deficientes visuais para acompanhar de perto os ensaios, a concentração e os desfiles de três escolas de samba de São Paulo.

As escolas escolhidas foram a Rosas de Ouro, a Mocidade Alegre e a Camisa Verde e Branco. Nesta terça-feira (11), aconteceu a apresentação do programa "Carnaval paulistano - Só não vê quem não quer", no Campus Liberdade da FMU. O evento contou com a presença do prefeito Gilberto Kassab, que colocou a oportunidade como uma forma de incluir os deficientes visuais nos festejos de carnaval.

As inscrições para participar do programa começam nesta terça-feira e vão até sexta-feira (14) (leia abaixo mais informações). Não há limite de idade e os sorteados terão direito a levar um acompanhante às visitas.

O projeto

O grupo será levado às quadras das escolas algumas horas antes dos ensaios começarem e poderão tocar os instrumentos e aprender como funcionam antes de curtir a folia. Uma semana antes dos desfiles, os deficientes serão levados para a concentração no sambódromo do Anhembi (zona norte), onde poderão tocar com as mãos maquetes dos carros alegóricos e miniaturas das roupas e fantasias confeccionados por alunos dos cursos de arquitetura e moda da FMU.

O sorteio será realizado pela Fundação Dorina Nowill para Cegos. As inscrições podem ser feitas através do e-mail: carnaval2011@fundacaodorina.org.br até sexta-feira (14). A assistente social Maria Regina Lopes, deficiente visual, que também participava da solenidade, disse estar muito curiosa com o projeto e que será uma das primeiras a se inscrever.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Comércios sem acessibilidade podem ser multados

Caro leitor, a matéria abaixo foi extraída do Jornal Fato Paulista, parceiro de luta do presidente do "Movimento Inclusão Já", Valdir Timóteo. "Este é um exemplo para as pessoas seguirem quando se sentirem desrespeitadas, diz Valdir.
Infelizmente é só dessa maneira que a sociedade nos ouve. Localizado no número 295, da rua Gregório Ramalho no centro de Itaquera, o Açougue Medalhão além de não oferecer rampas de acesso para deficientes ainda desrespeita o Código de Defesa do Consumidor.

Foi o que constatou o coordenador geral do Movimento Inclusão Já - Valdir Timóteo, quando tentou no dia 10 de dezembro comprar dois quilos de uma peça de carne exposta na vitrine do comércio. De acordo com o coordenador havia uma placa informando o valor de R$14,58 o quilo da carne, mas quando pediu para “cortarem um pedaço” foi informado por um funcionário que nesse caso ele pagaria R$17,79 no quilo, não o que estava marcado na placa.

Ainda de acordo com Valdir Timóteo o argumento do funcionário para essa diferença de preço seria porque ele (funcionário) teria que levar a carne para a mesa de corte para “limpar” e “fatiar”. Timóteo tentou argumentar que queria apenas que cortassem um pedaço da “peça” sem precisar “limpar”. “Falei para o rapaz que nesse caso não precisava ‘limpar’ a carne, apenas pedi para que cortasse um pedaço de mais ou menos dois quilos, apenas isso, mas ele não quis fazer e disse ainda que se eu quisesse ou eu levaria a peça inteira pelo valor menor ou pagaria mais caro no quilo se cortasse, o que achei um absurdo”, indigna-se.

Outra questão levantada no açougue pelo ativista, que é cadeirante, foi referente à falta de rampas de acesso ao interior do estabelecimento. “Perguntei ao funcionário sobre a falta de rampa de acesso no local e ele disse que não podia fazer nada uma vez que a calçada daquela rua estava esburacada, e não ia adiantar arrumar a loja”, relata. Ao comentar que iria ao Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) denunciar aquele comércio, o Timóteo disse ter ouvido dos funcionários que ele poderia ir, pois ele não seria o primeiro nem o último a fazer a denúncia. “Me senti desrespeitado e com meus direitos violados”, desabafou. Mesmo confirmando a versão de Valdir Timóteo, o gerente do açougue Roni Paulo da Silva tentou argumentar que essa pratica é comum em todos os açougues e que ali eles não cortam as peças de carnes que ficam expostas nas vitrines que segundo ele, “são vendidas no atacado”, mas após um telefonema pedindo orientações, disse que se o cliente quiser ele pode comprar um pedaço das peças expostas, mas não soube explicar por que no caso comentado acima isso não aconteceu. “Tentei explicar para ele, mas ele estava nervoso”, desconversou.
Quanto às rampas de acesso, o gerente disse não saber se o estabelecimento foi ou não notificado pela Prefeitura para fazer as adaptações, mas acredita que isso não tenha acontecido. “Se isso tivesse acontecido tenho certeza que teríamos feito as modificações”, disse, se comprometendo falar com o dono do comércio para que providências fossem tomadas a esse respeito. A questão da acessibilidade não se restringe apenas ao Açougue Medalhão, uma vez que a maioria dos comerciantes naquela rua não tem preocupação com o tema.

Um exemplo é o fato de que entre os mais de quarenta estabelecimentos locais, apenas as duas agências do Banco Itaú e três comércios têm rampas de acesso, sendo que as agências bancárias já foram multadas pela Subprefeitura no ano passado por não oferecer total acessibilidade aos clientes.Diante dessa situação fica um questionamento: Se a Subprefeitura já multou os bancos por falta de acessibilidade, por que será que não fiscaliza todos os outros estabelecimentos comerciais que também não têm a acessibilidade adequada?

Comércios sem acessibilidade podem ser multados. Subprefeitura de Itaquera responde as perguntas do Fato Paulista:

Fato Paulista - Quando foi feito a reforma das calçadas da rua Gregório Ramalho?
Subprefeitura: A reforma da calçada foi realizada em 2 etapas sendo uma em 2005 (Parte de Intertravado e realizado pela Equipe de Obras da Subprefeitura) e a segunda em 2007 (Parte de Concreto e realizado pela empresa TUMI Construções e Empreendimentos Ltda. Com inicio em 26/11 e término em: 31/12/07).

Fato Paulista- Os comerciantes ali estabelecidos foram notificados para fazer algum tipo de adaptação em suas lojas com relação a acessibilidade?
Subprefeitura de Itaquera: Sim, Os comerciantes estabelecidos naquele local foram notificados para adaptação quanto à acessibilidade com base no Decreto 27.505/88, sendo que as multas por desrespeito a esse Decreto variaram de acordo com a testada do lote.

Fato Paulista- É obrigatória que os comércios façam as adaptações referente acessibilidade?

Subprefeitura de Itaquera- Sim, É obrigatório realizar adaptações sendo esta de responsabilidade do proprietário do imóvel.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Congonhas recebe serviço de táxi acessível para passageiros com deficiência

A Associação das Empresas de Táxi de Frota do Município de São Paulo (Adetax) ofereceu um serviço de táxis adaptados para passageiros com deficiência ou mobilidade reduzida que utilizam o Aeroporto de São Paulo/Congonhas (SP). A instalação foi solicitada pela Prefeitura de São Paulo.

"O objetivo é garantir o acesso dos passageiros deficientes ou com mobilidade reduzida aos taxis cadastrados", comentou a superintendente do aeroporto, Eliana Akemi.

Os veículos contam com plataformas de acionamento eletrônico, conforme os requisitos da Secretaria dos Transportes do Município. A tarifa é a mesma dos táxis convencionais.

Para solicitar o veículo basta ligar para o telefone (11) 3229-7688.

CET vai adaptar 17 mil semáforos de São Paulo para motoristas daltônicos

Seg, 10 de Janeiro de 2011 14:07

Equipamentos terão faixa branca reflexiva, que facilita o contraste das luzes, forma como o portador da disfunção identifica a sinalização

A maior parte dos motoristas pode não notar uma faixa branca no meio de alguns semáforos de São Paulo. Essa medida, implantada pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), faz a diferença quando os condutores dos veículos são daltônicos, pessoas com problemas para diferenciar as cores. E uma confusão entre o vermelho e o verde tem grandes chances de terminar em acidentes no trânsito.

As mudanças nos semáforos paulistanos começaram no fim do ano passado e, de acordo com o programa elaborado pela CET, serão adaptados todos os 17 mil semáforos "com braços" - aqueles que ficam suspensos no meio da rua e não colocados em postes nas laterais. São ajustes simples e de baixo custo, mas que deixam os equipamentos mais visíveis para os daltônicos à noite.

Estão sendo trocados apenas os anteparos pretos que ficam atrás das lâmpadas por outros mais novos e que possuem uma faixa reflexiva branca na altura da luz amarela. Essa adaptação permite aos daltônicos saber qual lâmpada está acesa no período noturno. Apesar de não reconhecerem as cores, esses motoristas conseguem identificar em um semáforo qual está mais brilhante por causa do contraste. A dificuldade é que, no período noturno, o daltônico não enxerga todo o equipamento, mas apenas a luz, sem um referencial se é a que está em cima (vermelha) ou embaixo (verde).

"A tarja branca reflexiva oferece uma referência para os motoristas daltônicos. Eles conseguem visualizar o brilho à noite e com a faixa identificam se (a luz acesa do semáforo) está em cima ou embaixo. É uma solução simples, mas que funciona e traz mais segurança", diz a assessora técnica da CET e responsável pelas pesquisas sobre o assunto, Kátia Moherdaui Vespucci, que tem dois filhos daltônicos (leia texto abaixo).

Atualmente cerca de 300 equipamentos já estão com a faixa reflexiva branca, em bairros como Vila Mariana, Ibirapuera, Itaim-Bibi e Jardim América, todos na zona sul da capital. As trocas são feitas quando um equipamento necessita manutenção ou quando é substituído por um novo. Por isso, é difícil estimar o custo total da medida.

Segunda no País. São Paulo é o segundo município brasileiro a adotar essa faixa reflexiva e elaborar um programa para manter semáforos adaptados em toda a cidade. A primeira foi Campinas, que começou a experiência em 2003 e foi ampliando aos poucos a quantidade de equipamentos adaptados. Atualmente, 70% dos 445 cruzamentos com semáforos na cidade têm o recurso.

As adaptações para os daltônicos são justificadas pela frequência com que a disfunção é registrada na população. As estimativas apontam que 10% dos homens tenham algum tipo de daltonismo, seja em menor ou maior grau. O índice é bem mais baixo em relação às mulheres (0,5%). Essa disfunção genética provoca uma confusão na percepção das cores, sendo que a maioria têm dificuldade para perceber a cor verde (75%), vermelho (24%) e azul (1%). Um dos agravantes é que muitas pessoas não sabem que têm o problema, porque aprendem naturalmente a conviver com ela, ou a descobrem tardiamente.

Habilitação

Como na maior parte dos casos os daltônicos conseguem relacionar as cores pela textura e contraste, não há obstáculos para obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e muito menos foi comprovado que não estão aptos a dirigir. "Dirijo há 40 anos e nunca sofri acidente", diz o engenheiro Airton Perez Mergulho, de 59 anos.

Uma das queixas deles é que os semáforos horizontais de algumas cidades provocam confusão e que algumas luzes não estão fortes a ponto de oferecer contraste. "Não há problemas. A sinalização é bem fácil de assimilar, porque é feita com cores fortes e desenhos próprios. E conseguimos ver os semáforos pela posição das luzes e pelo contraste. Só é preciso alguns cuidados."


QUATRO PERGUNTAS PARA...

Leôncio Queiroz Neto
MÉDICO OFTALMOLOGISTA E INTEGRANTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MEDICINA DE TRÁFEGO (ABRAMET)

1. Há algum fator que impeça daltônicos de dirigir?

Não. Várias pesquisas foram feitas e nenhuma comprovou que os daltônicos se envolvem mais em acidentes. Desde pequenos eles aprendem a conviver com a disfunção e por isso desenvolvem mecanismos para fazer as associações necessárias. E eles assimilam todos os sinais de trânsito. O que pode e deve ser feito é adaptar alguns itens do trânsito para deixá-los mais claros.


2. Os semáforos são esses itens que precisam ser adaptados?

Os daltônicos conseguem perceber o contrate das luzes dos semáforos, eles enxergam muito bem. Uma das medidas é essa que está sendo adotada em São Paulo, de colocar as tarjas brancas para facilitar a visualização à noite.

3. As propostas de mudar o formato dos semáforos são positivas?

Positivas elas são. O problema é que trocar todos os semáforos por outros com retângulos e outras formas geométricas para cada cor exige um grande investimento. Adaptações mais simples, como a tarja branca, são mais fáceis de fazer e trazem bons resultados.

4. Os daltônicos têm problemas com as placas de trânsito?

A maior parte das placas são com cores mais fortes, então não há problema. É apenas preciso manter elas em bom estado, com as letras bem fortes. Uma dificuldade é quando uma cidade decide adotar suas próprias placas, o que pode provocar confusão para quem não está acostumado. Deveria ser tudo padronizado.

Fonte: O Estado de S.Paulo (10.01.11)

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

ENTREVISTA: Conheça a autora do Blog DeficienteCiente

VERA perdeu o braço aos 11 anos de idade. Hoje, mantém um dos mais importantes blogs sobre pessoas com deficiência do Brasil.

Entrevista concedida a :"Flávio Peralta" , do Blog AMPUTADOS VENCEDORES, a quem agradecemos pela gentileza de nos autorizar a reproduzi-la aqui.

No que consiste a sua deficiência (fale um pouco sobre o que aconteceu)?

Sou amputada do membro superior direito. Sofri um acidente dentro da minha própria casa aos onze anos de idade. Parece incrível, mas é verdade. Estava brincando de pular corda com meu irmão, quando a marquise de casa desabou em cima de mim. Fui muito atingida no braço direito e perna direita. O médico disse a minha mãe que a chance de sobrevivência era mínima, pois eu havia perdido muito sangue. Foram quatro horas de cirurgia e graças a Deus consegui sobreviver.Fiquei internada durante três meses e infelizmente devido a gangrena meu braço teve que ser amputado.
Quando a pessoa adquire a deficiência em algum momento de sua vida é preciso reaprender muitas coisas para se adaptar à nova realidade. Em seu caso, qual foi a adaptação que você considera que foi a mais difícil para você? Pode narrar fatos se quiser.
Com a ausência do meu braço direito, precisei reaprender a realizar minhas tarefas rotineiras. Como era destra, após o acidente me tornei canhota. Considero esse processo de transição de destra para canhota como a adaptação mais difícil.

Na sua vida profissional e amorosa você enfrentou muitas dificuldades? Cite situações relacionadas à profissão ou ao amor que aconteceram contigo.

Sempre agradeço a Deus por não ter passado por situações humilhantes em relação a minha deficiência.
Aos 17 anos de idade, quando comecei a namorar, descobri que podia ser desejada mesmo sendo amputada. A sensualidade e o desejo estão em nossa mente e não na nossa deficiência.

No que diz respeito a minha vida profissional, também não tive problemas. É claro que na maioria das vezes o preconceito é velado, mas quando percebia isso, simplesmente ignorava. Talvez seja porque sempre estive muito envolvida com o trabalho.

Após esse período de adaptação você deve ter enfrentado muitas situações complicadas, fáceis, difíceis e engraçadas. Tem algum fato ou um acontecimento que tenha te marcado após sua recuperação e que tenha a ver com sua deficiência?

A sensação do membro fantasma é marcante para os amputados, e para mim não foi diferente. Podia sentir o meu braço direito. Era como se ele estivesse ali, e ainda fizesse parte do meu corpo. A sensação era tão real e forte que ao lidar com os afazeres domésticos, como por exemplo, lavar louça, acreditava que estava usando as duas mãos. Essa situação também aconteceu ao varrer a casa, limpar os móveis, enxugar a louça, atender ao telefone, etc. Foram várias situações estranhas e ao mesmo tempo engraçadas.

Tem algum aspecto em especial na sua vida hoje que você percebe muitas mudanças e que você valoriza muito mais do que antes?

Sofri um acidente aos 11 anos de idade e poderia ter morrido. Valorizo muito por estar viva. A vida é o que temos de mais precioso. Viver para mim é algo extraordinário. Pode existir algo melhor do que poder acordar pela manhã e ver o sol brilhando? Na minha opinião não existe.

Quais foram as pessoas que mais te ajudaram e o que você gostaria de falar para elas?

Tantas pessoas me ajudaram. Sou grata a todas elas. No entanto minha mãe foi o anjo que Deus enviou para me proteger. Ela é uma mãe extremamente valente, dedicada, amiga e zelosa. Tenho um grande amor por minha mãe e ela por mim. Amo toda minha família, mas minha mãe é um amor muito especial.

Qual a mensagem que você gostaria de deixar sobre a questão da deficiência?

Sei o quanto tudo é difícil, mas não podemos desistir, não podemos nos abater. Somos como qualquer outra pessoa, pois estudamos, trabalhamos, namoramos, pagamos impostos... É preciso aceitar os desafios e enfrentar as situações adversas e imprevisíveis da vida com coragem e determinação. Procure viver do presente e não do passado. Acredite na sua capacidade e competência e finalmente, vá em busca dos seus sonhos e realize-os, nunca é tarde demais para realizar um sonho.

Você quer fazer qualquer outro comentário sobre o assunto? Fique à vontade.

Gostaria de deixar um recado aos familiares de pessoas com deficiência: o carinho, o incentivo e o elogio sincero, foram fundamentais para a minha readaptação e para a nova fase da minha vida. Esses incentivos fizeram com que eu tivesse ânimo para superar a minha nova condição e resgatar a minha autoestima. Cada vez que eu ouvia uma palavra de encorajamento ou um elogio, surgia em mim uma vontade imensa de superar minhas dificuldades e até o tamanho dos meus problemas diminuíam.
Nunca esqueça que essa pessoa que se tornou ou nasceu com alguma deficiência, precisará muito do seu carinho e de incentivo.
Quando criei o blog Deficiente Ciente não imaginava as inúmeras surpresas agradáveis que teria. Sempre tive vontade de fazer algo que pudesse ajudar outras pessoas com deficiência, e agora, estou realizando o meu desejo.
Nos dias atuais, percebe-se que as informações sobre os direitos, acessibilidade e educação das pessoas com deficiência ainda são muito restritas. Atualmente, na televisão, essa questão está ganhando um pouco mais de espaço. Porém na rádio e jornal impresso são poucas informações.
Com a vinda da internet, percebemos que as informações estão chegando cada vez mais de forma rápida e dinâmica, além de gerar uma grande interatividade e possibilidade de uma maior participação das pessoas com deficiência. Com isso, a criação de sites e blogs voltados para as questões sociais, transformou-se numa ferramenta da democratização de informações e vai gradualmente abrindo os olhos da sociedade para a questão da deficiência.
Com essa preocupação, o blog Deficiente Ciente foi criado. Queria de alguma forma, ajudar na facilitação da democratização de informações e ao mesmo tempo lutar por uma inclusão de qualidade. Um outro ponto também muito pertinente e que me preocupava, era sensibilizar e conscientizar as pessoas não-deficientes para essa questão. Queria de alguma forma mostrar através de vários exemplos positivos , que é possível ser feliz, mesmo sendo portador de alguma deficiência. Penso que as pessoas não-deficientes precisam olhar a pessoa com deficiência sob o ângulo da sua eficiência, capacidades e habilidades e não enxergar a deficiência como uma doença crônica, um peso ou um problema. Acredito que quanto maior o número de pessoas informadas, menor será o número de pessoas que desrespeitam e discriminam.
Colabore com o blog, deixando sugestões, idéias e/ou críticas para que possamos trocar experiências e socializar informações. Os comentários serão muito bem-vindos!

Proteína pode reverter consequências da doença de Alzheimer

Estudo feito em camundongos aponta possível cura para os problemas decorridos da doença de Alzheimer



Agência FAPESP – Um grupo de pesquisadores do Centro em Ciência da Saúde na Universidade do Texas, nos Estados Unidos, conseguiu restaurar a memória e a capacidade de aprendizagem em um modelo animal da doença de Alzheimer.

No estudo, a recuperação foi verificada em camundongos que tiveram aumentada a quantidade de uma proteína chamada CBP. Segundo os autores, trata-se da primeira demonstração de que a CBP, que libera a produção de outras proteínas essenciais para a formação de memórias, pode reverter consequências da doença hoje incurável.

De acordo com os cientistas, o estudo aponta para um novo caminho para o desenvolvimento de terapias para Alzheimer, forma mais comum de demência que afeta mais de 25 milhões de pessoas no mundo. Em pacientes com a doença, o acúmulo da proteína beta-amiloide bloqueia a formação de memória ao destruir as sinapses, regiões em que os neurônios compartilham informações. Outra proteína, a tau, forma emanharados neurofibrilares que se depositam no interior dos neurônios.

Aumentar a quantidade de CBP não altera a fisiologia da beta-amiloide ou da tau, mas atua em um mecanismo de recuperação diferente, ao restaurar a atividade da proteína CREB e elevar os níveis de outra proteína, chamada BDNF. “A CBP pode funcionar como um efeito dominó entre as proteínas que transportam sinais das sinapses aos núcleos dos neurônios. Levar informação aos núcleos é necessário para a formação de memórias de longo prazo”, disse Salvatore Oddo, um dos autores do estudo.

O grupo produziu geneticamente um vírus capaz de levar a CBP ao hipocampo, região no cérebro fundamental para a consolidação de memórias e para a aprendizagem. Aos seis meses de idade, quando a entrega da CBP foi realizada, os camundongos modificados geneticamente estavam com perdas cognitivas semelhantes às verificadas no Alzheimer. Os animais foram avaliados em um labirinto, onde tinham que lembrar a localização de uma plataforma de saída. Camundongos tratados com CBP foram comparados com outros que receberam apenas placebo e com um terceiro grupo, de animais normais.

A eficiência em escapar do labirinto foi usada como sinal de formação de memória e de aprendizagem. No modelo com Alzheimer, o rendimento do grupo com CPB foi idêntico ao observado nos animais normais, sem a doença, e muito superior ao grupo que recebeu placebo.

Os resultados da pesquisa foram publicados no site e na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences. O artigo cAMP-response element binding protein binding protein gene transfer increases brain-derived neurotrophic factor levels and ameliorates learning and memory deficits in a mouse model of Alzheimer's disease (10.1073/pnas.1012851108), de Salvatore Oddo e outros, poderá ser lido em breve por assinantes da PNAS em www.pnas.org.

Fonte: Rede SACI

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

OSASCO - SP: Secretaria de Educação promove o Cinema Inclusão

A Prefeitura de Osasco, por meio da Secretaria de Educação, deu início ao projeto Cinema Inclusão, exibição de filmes com recursos de acessibilidade na própria unidade educacional.
Desenvolvido com assessoria da associação Mais Diferenças, o projeto vem percorrendo as unidades oferecendo às crianças curtas-metragens nacionais com tradução para LIBRAS (Linguagem Brasileira de Sinais), audiodescrição (para pessoas com deficiência visual) e legenda oculta (conhecida como closet caption, indicada para pessoas com deficiência auditiva).

Juntamente com o filme, cada unidade recebe uma caixa que contém um kit para exibição: panos pretos para escurecer a sala, tela branca para projeção, DVD’s, encartes com sugestões de atividades e vendas para os olhos.

Após a exibição, os alunos sentam em roda e têm uma conversa sobre o que foi visto e realizam atividades propostas pela professora, sempre abordando a temática da inclusão e acessibilidade. O objetivo é oferecer a possibilidade de assistir filmes na infância, além de enriquecer a proposta pedagógica com o tema inclusão.

“A ação garante o acesso à cultura e pode ainda produzir o interesse dos alunos por programas culturais e pela produção audiovisual, além é claro de as questões levantadas pelos alunos poderem suscitar novas propostas para serem abordadas no plano pedagógico”, explica a secretária de Educação, Profª Mazé Favarão.

Os alunos da EMEI Severino de Araújo Freire, no Jd. Novo Osasco tiveram a sua primeira sessão no último dia 3 de dezembro.

“Achei legal o filme e perguntei para a professora porque as crianças se deram as mãos”, disse o estudante Paulo Henrique da Silva Souza Bispo, de 5 anos.

“Eu também gostei, menos da parte em que a menina fica doente”, acrescentou o colega David Mariano Alves da Silva, também de 5 anos.

Para a professora Meire Aparecida Cavalcanti Brasil da Silva, o projeto vem enriquecer o que já é proposto em sala. “Como temos um aluno com Síndrome de Down, já havia tratado esse tema com eles. É muito bom começar desde cedo a aprender a respeitar”, enfatiza a professora.


Cinema para todos


Haverá exibição de filmes em todas as unidades, desde creches até as salas de EJA, contando com a participação de uma ou duas classes por período, indicadas pela escola. Os filmes exibidos e a atividade posterior são escolhidos de acordo com a modalidade de ensino. As sessões acontecem às 3ªs, 4ªs e 5ªs feiras.

As sessões iniciaram em 19 de outubro e totalizarão 57 em 2010, tendo continuidade a partir de fevereiro de 2011.

Os filmes escolhidos para a exibição no Cinema Inclusão são:

  • Para as EMEI’s: Os Olhos do Pianista (Animação/ De Frederico Pinto/ 2005 / 5 min. / RS.). Em um cinema mudo, pianista cego executa trilhas ao vivo com a ajuda de sua neta.
  • Para as EMEF’s: O anão que virou gigante (Animação/De Marão/2008/10min./RJ). A improvável - todavia autêntica - história do anão que virou gigante. Menino que até aos 12 anos era anão e depois dos 20 tem crescimento exacerbado. Aborda o processo de exclusão vivido por esse menino na infância, por se tratar de uma pessoa de baixa estatura, e como esse fator foi determinante para a constituição de sua personalidade. Aos 20 anos, o mesmo se depara com um processo inverso.
  • Para EJA: Dedicatórias (Ficção/De Eduardo Vaisman/1997/15min/RJ). Mulher solitária procura o amor através de dedicatórias amorosas de livros antigos.
  • Eu não quero voltar sozinho (Ficção/ De Daniel Ribeiro/2010/17min/SP). A vida de Leonardo, um adolescente cego, muda completamente com a chegada de um novo aluno em sua escola. Ao mesmo tempo, ele tem que lidar com os ciúmes da amiga Giovana, entender os sentimentos despertados pelo novo amigo Gabriel.
  • Para todas as modalidades: Animando (Animação/ De Marcos Magalhães/ 1983/ 13min/ RJ). As várias técnicas de animação no cinema, em filme realizado em parte nos estúdios do National Film Board do Canadá.

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

Assessoria de Comunicação e Eventos: Vilmary Macedo
Texto e fotos: Soraia Sene

Departamento de Comunicação Social

Telefones: (11) 3652-9456 / 3652-9520

Diretora: Emilia Cordeiro

E-mail: imprensa@osasco.sp.gov.br

Técnica possibilita leitura de livros em braile por cegos e por quem vê

Terça-feira, 04 de Janeiro de 2011

Nova forma de impressão em braile, batizada de Braile.BR, foi desenvolvida pela designer Wanda Gomes
Concentrado, Ian Souto Izidoro, de 10 anos, tateia as páginas do livro “Adélia Cozinheira”, de Lia Zatz. Conta o que leu com a ajuda dos dedos e, com um pouco mais de esforço, tenta adivinhar o que significam os desenhos em alto-relevo, com textura e cheirinho. Ian não enxerga. Vítima de glaucoma, perdeu completamente a visão há três anos durante uma cirurgia. Foi alfabetizado em braile, sistema de escrita para cegos criado na França no início do século XIX e utilizado na publicação que tem em mãos. Mas a obra também poderia ser compartilhada por leitores que veem. Isso porque “Adélia Cozinheira” é o exemplar mais elaborado de uma categoria que tem sido chamada de “livro totalmente inclusivo”. Além do braile, ele foi impresso em tinta e letras comuns. Batizada de Braille.BR, a técnica que tornou isso possível foi desenvolvida pela designer Wanda Gomes. “Meu objetivo era criar um material atraente para qualquer pessoa, com ou sem deficiência visual”, diz. Resultado de dez anos de pesquisa, a técnica é utilizada pela primeira vez em um livro.

Até pouco tempo atrás, para que uma mesma obra escrita fosse aproveitada por cegos e leitores comuns, era necessário produzir duas versões do texto: uma convencional e outra adaptada. A confecção do braile forma um relevo nos dois lados da página — alto no que será “lido” e baixo no verso. Assim, a impressão de uma imagem sobre a mesma superfície fica comprometida e difícil de visualizar. Já a Braille.BR mantém a base intacta porque, para formar os pontos, é aplicada uma tinta transparente por cima do papel. Pelo menos outros quatro livros infantis publicados nos últimos cinco anos seguem esse modelo. A diferença é que não utilizam uma nova técnica de impressão. “Neles, a inovação está na maneira de diagramar”, afirma Susi Maluf, gerente de distribuição da Fundação Dorina Nowill, pioneira na publicação de livros em braile no Brasil.

Fonte: Revista Veja São Paulo (05/01/2011).
Colaborou: Mara Gabrilli

SP garante atendimento prioritário a deficientes e terá acessibilidade em delegacias

Portaria assinada pelo delegado-geral de polícia do Estado de São Paulo, Domingos Paulo Neto, assegurou que em todas as delegacias do Estado será assegurado o tratamento prioritário e especializado a pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. A norma também determina que todas as obras de construção, reforma ou ampliação das delegacias deverão ser feitas de modo a garantir a acessibilidade para as pessoas com deficiência.

O evento de assinatura da portaria contou com a presença da secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara Rizzo Battistella. A Secretaria irá participar de campanha de capacitação e educação voltados ao atendimento de deficientes. “Esta norma é mais um passo importante para avançarmos no processo civilizatório. É fundamental que as pessoas com deficiência tenham acesso e recebam o melhor atendimento possível em nossas delegacias. Por uma questão de justiça e de cidadania”, afirmou Linamara.

Entre outras coisas, a portaria determina que em edifícios da Polícia Civil com mais de um pavimento, desprovido de elevador, deverá ser disponibilizada uma sala no andar térreo para o atendimento de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Também estão previstas a acessibilidade em banheiros, reserva de vaga para deficientes, além de outras determinações.

A portaria foi publicada dia 30 de novembro e já está em vigor em todo o Estado de São Paulo.


EUA aprovam novo teste de células-tronco embrionárias para cegos

Pesquisadores tentarão curar doença que atinge retina de idosos. É a 3ª autorização concedida pelo país para pesquisa com células tronco

A empresa de biotecnologia Advanced Cell Technology anunciou esta segunda-feira (3) ter recebido o sinal verde do governo para iniciar a segunda série de testes com células-tronco embrionárias humanas para tratar a cegueira, desta vez em pessoas mais velhas.

O teste avaliará a habilidade da terapia para tratar com segurança pessoas com um problema conhecido como degeneração macular senil, o tipo mais comum de perda irreversível da visão em pessoas com mais de 60 anos.

Ainda não há cura para a doença, que afeta de 10 a 15 milhões de americanos e outros 10 milhões de pessoas na Europa, acrescentou a empresa.

Segunda autorização
A FDA (Food and Drug Administration), entidade que regula medicamentos e alimentos nos Estados Unidos, liberou, em novembro, a empresa sediada em Massachusetts para começar um teste similar com pacientes com uma forma progressiva de perda de visão juvenil, conhecida como doença de Stargardt.

"A ACT agora é a primeira empresa a receber o aval da FDA para dois testes com hESC (sigla em inglês para células-tronco embrionárias humanas) e agora é um verdadeiro líder transnacional no campo da medicina regenerativa", declarou Gary Rabin, presidente interino e chefe executivo.

"Representa um grande passo à frente, não apenas na área das células-tronco, mas potencialmente para técnicas modernas de cuidado com a saúde", continuou.

A companhia espera começar os testes clínicos nos Estados Unidos nos próximos meses e pretende procurar aprovação para testes similares na Europa. Os mercados americano e europeu para este tipo de tratamento soma 25 a 30 bilhões de dólares, acrescentou a empresa.

O anúncio da ACT marca é o terceiro deste do tipo, depois que a empresa americana Geron inovou no ano passado com a primeira tentativa já feita para usar tratamento com células-tronco embrionárias em um paciente com lesão na medula espinhal.

Polêmica
A pesquisa com células-tronco embrionárias é um campo controverso desde que as primeiras células foram isoladas, mais de 12 anos atrás. Os críticos condenam a prática porque ela envolve a destruição de embriões humanos.

No entanto, os cientistas afirmam que estas células representam uma grande promessa no tratamento do mal de Parkinson, de diabetes e uma variedade de outras doenças.

Assim como em outros testes com pacientes humanos, o primeiro passo nos testes de fase I e fase II da ACT é saber se a terapia é segura, antes de ver se funcionam.

"Em uma cobaia com degeneração macular, vimos uma notável melhora no desempenho da visão com relação a animais sem tratamento, sem quaisquer efeitos colaterais", disse Bob Lanza, cientista chefe da ACT.

Doze pacientes participarão do estudo em vários locais nos Estados Unidos, inclusive a Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) e a Universidade de Stanford.

A terapia usa células do pigmento do epitélio retinal (RPE) derivadas de células-tronco embrionárias para substituir as células de RPE danificadas em pacientes com a doença.

A degeneração macular senil, tipo da doença que ocorre em 90% dos casos, causa a deterioração da visão central quando as células de RPE na mácula do paciente, no centro da retina, perdem a habilidade de funcionar.

Pacientes frequentemente experimentam um embaçamento no centro do campo de visão, enquanto a visão periférica permanece intacta.

"À medida que a população envelhecer, espera-se que dobre a incidência de denegeração macular senil nos próximos 20 anos, exacerbando esta necessidade médica, ainda sem solução", disse Lanza.

Fonte: G1 in DeficienteCiente

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Santo Amaro ganha reforma de calçadas e rampas de acessibilidade

Calçadas das avenidas Santo Amaro e João Dias estão sendo revitalizadas em cumprimento a Lei 14.675/2008 - Programa Emergencial de Calçadas (PEC).

A Avenida Santo Amaro terá 6.025 m² de passeios reformados, no trecho entre as Avenidas Roque Petroni Junior e João Dias.

Já na João Dias, serão mais de 6.560 m² de calçadas novas, no trecho entre a Av. Santo Amaro e a Marginal Pinheiros.
Haverá também a revitalização de 167 rampas de acessibilidade e implantação de cerca de 900m² de calçada verde com gramas e arbustos, tornando a área permeável para facilitar a captção de água da chuva.

Pessoas com deficiências e mobilidade reduzida poderão trafegar com mais conforto em razão do material de concreto moldado 'in loco', o mesmo utilizado na Avenida Paulista, que garante mais segurança a pedestres.

A previsão de término das obras é de até quatro meses.

Fonte: Diário de São Paulo

Curitiba amplia acessibilidade com secretaria especial

Secretaria participou do 1º Seminário da Justiça Federal sobre acessibilidade e serviços a pessoas com deficiência

A Prefeitura de Curitiba vem ampliando desde 2005 as ações ligadas à melhoria da acessibilidade. O grande reforço veio no dia 29 de março de 2010, quando foi criada a Secretaria Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

Em 2010, a nova secretaria participou de palestras, seminários e encontros internacionais. Entre elas, a palestra sobre a importância da acessibilidade no transporte escolar especial, para motoristas e atendentes que trabalham no Sistema Integrado de Transporte para Educação Especial (Sites) - serviço público pioneiro no Brasil, mantido pela Prefeitura de Curitiba, que atende mais de dois mil alunos.

A secretaria participou também do 1º Seminário da Justiça Federal sobre acessibilidade e serviços a pessoas com deficiência. Durante o evento, a Universidade Positivo lançou, por meio do curso de Direito, a Cartilha da Cidadania, organizada de modo a facilitar o entendimento de todos com relação às garantias legais específicas em cada uma das áreas da acessibilidade, contendo conceitos, leis e direitos que devem pertencer a todos.

Em agosto, foi criada a Câmara Técnica de Acessibilidade, com objetivo de verificar o cumprimento das normas e controles que assegurem às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida o acesso a estabelecimentos comerciais, residenciais, de prestação de serviço, espaços públicos, mobiliário e equipamentos e transporte.

No dia 25 de setembro, a secretaria, em parceria com outras secretarias municipais, universidades e instituições ligadas aos direitos da pessoa com deficiência, promoveu no Parque Barigui o Dia da Cidadania Especial, com a oferta de vários serviços.

Entre os serviços ofertados, exames de pressão arterial, glicemia, colesterol, oftalmológicos, auditivos e avaliação postural; orientação para fazer a carteira de trabalho e outros documentos de identificação; os núcleos de práticas jurídicas da Unibrasil e UFPR ofereceram orientações jurídicas sobre tutela, curatela, interdição, direito previdenciário, trabalhista, família, cível e criminal; orientações sobre isenções tributárias para a compra de automóveis adaptados; corte de cabelo, maquiagem, massagem terapêutica; oficinas de pintura e de artesanato; teatro de fantoches; música; dança adaptada; atividades esportivas e brinquedos infláveis; desfile de moda com deficientes.

Para divulgar as ações da Secretaria Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência foi promovido um ciclo de palestras do programa Família em Ação, no dia 30 de setembro, na sede da Associação Franciscana de Educação ao Cidadão. As palestras foram ministradas por profissionais da secretaria que abordaram temas referentes à sexualidade do deficiente, cobertura dos planos privados de saúde e previdência social.

No Shopping Crystal, no dia 23 de outubro, aconteceu um desfile de moda para pessoas com deficiência. O evento faz parte de um projeto de inserção social dessas pessoas no mercado de trabalho, desenvolvido pela Prefeitura de Curitiba. O desfile que teve parceira com o shopping, apresentou modelos vindos de escolas municipais e de outras instituições conveniadas com a Prefeitura, que para brilhar na passarela frequentaram um curso durante oito meses.

Na sede da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), no dia 16 de novembro, arquitetos e engenheiros da Prefeitura se reuniram com representantes da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) sobre mudanças na norma que regulamenta as questões de acessibilidade, a NBR – 9050.Foram apresentadas as mudanças que vem sendo estudadas pelos representantes da instituição em São Paulo e Brasília.

As sugestões apresentadas pelos técnicos da Prefeitura estão presentes no documento assinado pela Câmara Técnica de Acessibilidade, formada por nove órgãos, entre eles o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Secretaria Municipal do Urbanismo, Secretaria Municipal de Obras Públicas (SMOP) e Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs). O documento foi encaminhado para a ABNT, formalizando as reivindicações de Curitiba.

O programa “Conhecer para Prevenir”, desenvolvido pela Secretaria Municipal da Defesa Social, ofereceu treinamento para a equipe de profissionais da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência sobre práticas de prevenção contra acidentes e outros tipos de emergência.

Atende - Nos dias 2 e 3 de dezembro, o secretario dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Irajá de Brito Vaz, participou como convidado especial e palestrante de um seminário sobre acessibilidade na cidade de Medellín, na Colômbia. “Encontros como esse que reuniu representantes do Mercosul sinalizam que os governantes estão cada vez mais dispostos a lutar pelos direitos dos deficientes”, afirma Irajá.

Além de ministrar palestra sobre acessibilidade o secretário trabalhou como consultor para a criação de uma secretaria similar na capital de Medelín. Além dos aspectos técnicos e sociais de sua secretaria, Irajá apresentou o programa Atende – serviço porta a porta que será implantado em Curitiba a partir de março deste ano.

Trata-se de uma adaptação de um modelo já em funcionamento na cidade de São Paulo, que consiste na circulação de veículos (modelo van) adaptados para o transporte de pessoas com deficiência. O projeto, incluído na última licitação do transporte coletivo da cidade, exige das empresas vencedoras do edital a oferta gratuita do serviço em todas as regiões da cidade. A meta é colocar em circulação 18 veículos - dois por regional.

No dia 3 de dezembro, quando se comemora no mundo inteiro o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, a secretaria, em parceria com as secretarias municipal e estadual da Educação e Fundação de Ação Social (FAS) organizou uma caminhada pela acessibilidade, no calçadão da XV de Novembro, reunindo mais de duas mil pessoas.

Entre os participantes, alunos de 40 escolas municipais e estaduais de educação especial, familiares, professores, representantes de várias instituições ligadas ao setor. Em Curitiba, esta foi a quinta edição da caminhada que teve como tema, “A Pessoa com Deficiência tem Direitos – Respeite-os”, com o objetivo de sensibilizar a sociedade para o tema.

O evento foi organizado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência, com Apoio da Secretaria Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência, FAS e secretarias municipais do Trabalho e do Emprego, da Saúde e do Esporte e Lazer.

Fonte: BemParaná