terça-feira, 31 de julho de 2012

Cadeirante faz primeiro teste em trilha acessível em Fernando de Noronha (PE)


Até o início de 2012, pessoas com deficiência física que chegavam ao Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha não tinham acesso facilitado aos principais pontos turísticos da ilha. Agora, com o trabalho desenvolvido pela EcoNoronha, a ilha já recebeu a primeira cadeirante. Mosana Cavalcanti, coordenadora do Programa de Turismo Acessível (Pernambuco sem Fronteiras | Unidade de Projetos Especiais), vítima de um acidente que a deixou paraplégica há 9 anos, esteve em Fernando de Noronha na última quinta-feira, dia 12.

Mosana já havia visitado a reserva antes de seu acidente e chegou a se emocionar ao passear pela nova trilha accessível a deficientes físicos: “Nunca imaginei que poderia voltar à Baía dos Golfinhos e ao Mirante Dois Irmãos. Achei que depois do acidente não poderia rever estas vistas tão maravilhosas. Estou muito feliz”, disse.

Com 943 metros de extensão, a trilha do Golfinho Sancho foi a primeira a ser construída pela EcoNoronha, que liga o Posto de Informação e Controle (PIC) do Golfinho Sancho até o mirante dos Golfinhos. Este PIC está quase totalmente pronto e nele terá toda uma estrutura antes inexistente. Para proporcionar ao turista maior qualidade, o PIC contará com estacionamento, sanitários, duchas, guarda-volumes, locação de bicicleta para passeio, mapas, lanchonete e loja de lembranças.

Mesatenista com deficiência, Natalia Partyka participa das Olimpíadas e Paraolimpíadas


Nos Jogos Olímpicos, superação é algo que volta e meia aparece nas disputas. Quem esteve assistindo a primeira rodada do tênis de mesa no Complexo Excel, observou claramente o que esta palavra quer dizer.

A partida entre a polonesa Natalia Partyka e a dinamarquesa Mie Skov poderia ser mais um dos Jogos, mas não foi. Sem a mão e parte do braço direito, Natalia chamou a atenção dos espectadores. Principalmente pelo fato dela ter ganho o confronto por 4 a 3 (5/11, 11/3, 12/10, 8/11, 9/11, 11/7 e 11/9).

Medalha de ouro no individual e prata por equipes nas Paraolimpíadas de Atenas 2004, ela mostrou que pode competir de igual para igual com pessoas sem deficiência.

Foi eliminada da disputa individual do tênis de mesa, depois de perder para a holandesa Jie Li por 4 sets a 2 (parciais de 11/13, 6/11, 16/14, 11/7, 12/10 e 11/7), neste domingo, em jogo bastante equilibrado no Complexo Excel.

Mas ainda não encerrou a sua participação nos Jogos de Londres. Ela vai defender a Polônia na disputa por equipes, que começa na próxima sexta-feira. A estreia será contra Cingapura.

Esta é a segunda vez que Partyka, de 23 anos, disputa os Jogos. Em Pequim 2008, ela participou das Olimpíadas e das Paraolimpíadas - nestas, conquistou a medalha de ouro.

Romário observa acessibilidade em Londres


Na última terça-feira (24), Romário chegou a Londres para comentar os jogos de futebol masculino brasileiro, nas Olimpíadas 2012. Como defensor das pessoas com deficiência no congresso nacional, por onde anda, Romário repara na acessibilidade do local (questão primordial para a boa locomoção dessas pessoas). No aeroporto de Londres, um dos maiores e mais modernos do mundo, apesar das placas informativas para deficientes físicos e de elevadores, em pleno funcionamento, sempre próximo às escadas rolantes, é possível observar falhas em alguns aspectos.

“Do aeroporto até entrar no carro, notei que a acessibilidade deixa a desejar. Não vi piso tátil e nem informações em braile, em lugar nenhum. As pessoas com deficiência visual não conseguem sair sozinhas do avião e ir até o carro num aeroporto daquele tamanho”, disse Romário.

Entretanto, Londres é um exemplo de cidade funcional. Um ponto positivo que Romário observou nas ruas londrinas é a facilidade que os cadeirantes têm de circular pelas calçadas. Além de largas, elas não possuem desnível e os postes são alinhados, nunca no meio das calçadas, como alguns no Brasil. Também existe piso tátil próximo às esquinas e aos semáforos, indicando um local seguro para travessia dos deficientes visuais.

“As calçadas largas e sem obstáculos, fazem com que os deficientes físicos consigam transitar perfeitamente e sozinhos, se for o caso. Por aqui também se vê taxis adaptados e com adesivos bem visíveis para cadeirantes”, lembrou Romário.

Na próxima segunda-feira (30), Romário será recebido pela Consultora da Prefeitura para os Jogos Paraolímpicos de Londres, em busca de informações sobre como a cidade se preparou para receber os visitantes com deficiência e levar essa experiência positiva para o Brasil. Na oportunidade Romário também irá questionar sobre a ausência de alguns importantes aspectos de acessibilidade que notou no aeroporto e pela cidade.

As paraolimpíadas de Londres terão inicio em 29/08, logo após o término das olimpíadas.

sábado, 28 de julho de 2012

Espetáculo com atores portadores de Síndrome de Down conquista o público em Avignon

O Theater HORA, grupo de teatro profissional suíço formado por deficientes mentais, é uma das revelações esse ano do Festival de Avignon. Dirigidos pelo coreógrafo francês Jerôme Bel, os 11 atores e atrizes em cena propõem uma reflexão sobre a diferença e sobre nossa capacidade em se relacionar com «o outro».

O espetáculo Disabled Theater começa com uma instrução perturbadora dada pelo coreógrafo a cada um dos artistas: entrar no palco e olhar fixamente o público durante 1 minuto. Inicia-se aí uma viagem de uma hora e meia de descoberta de um mundo singular pelos espectadores. Os artistas, todos deficientes mentais, nos embarcam em sensações até então desconhecidas, com muito humor e sensibilidade.

Fundado em Zurique em 1993, o Theater HORA é um grupo totalmente profissional: os artistas recebem salários e já têm uma tournée fechada de espetáculos até o final do ano. A proposta da companhia não é uma terapia ocupacional para os deficientes e sim uma maneira de mostrar o talento dessas pessoas a um público cada vez mais abrangente.

Teatro Profissional

Os artistas, que têm entre 18 e 51 anos de idade – 7 deles com Síndrome de Down – apresentam atualmente por toda a Europa, adaptações de peças de Shakespeare e textos de Fellini. O espetáculo em cartaz no Festival de Avignon, é uma criação coletiva, onde cada artista fala livremente de sua própria percepção de sua deficiência.

Disable Theater é pontuado por muitos momentos de humor, mas os artistas não poupam constrangimentos à plateia quando dão, em cena, o testemunho subjetivo sobre o espetáculo. Um deles lembra que sua irmã chorou, pois achou que eles estavam sendo considerados como animais de circo. Outro cita a percepção de sua mãe que viu o espetáculo como um «Freak show», embora tenha gostado. Uma jovem emociona quando, ao se apresentar, diz simplesmente : «Eu tenho Síndrome de Down e eu sinto muito».

“Eles revelam nossas próprias fragilidades”

A experiência com o Theater HORA é a continuidade do trabalho desenvolvido há 14 anos pelo coreógrafo Jerôme Bel. Ele se interessa particularmente pelo que existe «além da apresentação». Desde 2004, ele produz «documentários teatrais», ou seja, coloca em cena um bailarino ou bailarina, que explicam ao público de maneira subjetiva o que é o seu trabalho. «Eu peço aos intérpretes para eles encarnarem eles mesmos em cena», explica o coreógrafo.

Nesse sentido, o trabalho com o grupo suíço proporcionou um enriquecimento na pesquisa coreográfica de Jerôme Bel. Os artistas deficientes mentais reagem de maneira tão livre que perturbam nossa compreensão do outro e mexem com todas as convenções teatrais. “Seus corpos e gestos tão singulares, suas falhas e suas sensibilidades nos revelam, como num espelho, nossas próprias fragilidades e fraquezas” – resume Bel.

Para o coreógrafo francês, esses artistas, desvalorizados pela sociedade normativa, podem, com sua espontaneidade e intensidade, enriquecer o teatro e a dança experimental. E, em última instância, enriquecer a sociedade como um todo.

Disable Theater está em cartaz no Festival de Avignon até 15 de julho próximo. A partir de setembro, segue em tournée pela Europa : o grupo fará dois espetáculos na Documenta de Kassel em Essen e se apresenta ainda em Genebra, Zurique, Mainz, Paris e Berlim.






sexta-feira, 27 de julho de 2012

Audiência pública debate acessibilidade em pontos turísticos de Salvador

Por Ricardo Shimosakai


A acessibilidade urbanística, arquitetônica e de serviços, principalmente nas áreas turísticas da cidade, foi discutida no Centro Cultural da Câmara Municipal de Salvador. O evento contou com a participação de representantes de entidades civis e de órgãos públicos, que falaram sobre as necessidades das pessoas com deficiência, além das ações e projetos para melhorar a acessibilidade dos moradores e turistas que visitarão a capital baiana, com destaque para o período da Copa do Mundo de 2014.

Durante a audiência, os legados que vão ser deixados depois da Copa, em especial no que diz respeito à acessibilidade, foram tratados pelas autoridades que enfatizaram também a importância da melhoria da infraestrutura da cidade, a exemplo de portos, aeroportos e rodoviárias e da prestação de serviços.
Esperamos que esse seja um dos maiores legados da Copa, acessibilidade urbanística, arquitetônica e de comunicação, dentre outras melhorias, comentou a diretora de Acessibilidade e Políticas Públicas da Secretária da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), Marília Cavalcante.

As ações implementadas na melhoria dos pontos turísticos de Salvador e dos principais destinos baianos, e a qualificação do receptivo foram expostas por Cássia Magalhães, superintendente de Serviços Turísticos da Secretaria de Turismo do Estado (Setur). Estamos trabalhando a acessibilidade em todas as nossas obras e em nossas capacitações, a exemplo da obra em São Joaquim, afirmou Magalhães.

Guias e Monitores Outro projeto que vem ganhando bastante destaque é o dos Guias e Monitores do Carnaval, que atuam no receptivo turístico em aeroportos, portos, rodoviária, ferry-boat e no circuito da folia. No Carnaval 2012, 15 profissionais realizaram atendimento na Língua Brasileira de Sinais (Libras) e um cadeirante atendeu a baianos e turistas para falar da acessibilidade nos circuitos da festa e na cidade como um todo.

A audiência pública contou também com a participação de representantes da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Secretaria Estadual para Assuntos da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 (Secopa), Ministério Público, Câmara Municipal e da militante de pessoas com deficiência, Mariza Melo.

TURISMO ADAPTADO

No coliseu … sobre rodas!


Uma das experiên0cias mais incríveis que já tive até hoje foi poder entrar, com relativa tranqüilidade, dentro do coliseu romano.

“Ahhh, tio, fala sério. Por que entrar num museu daqueles é tão bom?”

A construção, meu povo, datada de quase dois mil anos atrás, é um desafio total para quem tem algum tipo de limitação motora como eu. São ruínas de um tempo em que acessibilidade era palavra looooonge de fazer algum sentido.

E o que fizeram por lá? Tornaram um trecho do passeio, que é disputado por milhares de turistas do mundo todo, absolutamente fácil para ser feito por um cadeirante.

Pessoas com deficiência e seus acompanhantes não pagam para entrar no momento. Corte a fila e vá direto para o guichê “reservado”. Siga as placas sobre a rota “acessível” do passeio.

Para chegar até dentro da instalação, há pedras um pouquinho sacolejantes, mas vale muuuuito a pena.

E o mais incrível: um elevador dentro da instalação que permite ver tudo do alto… foi maraviwonderful!!! É absolutamente proibido o uso do equipamento por outras pessoas!!!

Ainda estou curtindo férias e, em breve, conto mais sobre como é a vida de um ‘malacabado’ em Roma!

Por enquanto, batam o olho nesse vídeozinho que fiz, com a ajuda da minha deusa Thaís Naldoni, sobre como é rodar sobre quatro rodas dentro de um dos maiores patrimônios da humanidade!





quinta-feira, 26 de julho de 2012

Certificação do Programa de Defensores para Viagens Acessíveis



Desde que a Special Needs Group lançou o seu primeiro curso Accessible Travel Advocate (Defensores de Viagens Acessíveis), em novembro de 2011, mais de 425 profissionais de turismo têm alcançado a designação de SNG Certified Accessible Travel Advocate (Certificado de Defensores para Viagens Acessíveis), dando-lhes uma vantagem para explorar o mercado de viagens acessíveis - o segmento que mais cresce no turismo. O poderoso curso on-line Accessible Travel Advocate é o primeiro eLearning do mercado de turismo que permite que profissionais de viagens familiarizem-se com o segmento de viagens acessíveis através de estudo e testes.

Esta iniciativa inovadora não só conduz a um mundo mais acessível, mas também proporciona maior sucesso para profissionais de turismo.

Aqui está o que profissionais do turismo que alcançaram a designação do SNG Certified Accessible Travel Advocate têm a dizer sobre o curso:

"Com o curso Accessible Travel Advocate e muitos outros esforços, a Special Needs Group está fazendo um tremendo trabalho de tornar agentes muito mais conscientes dos desafios que os viajantes com necessidades especiais encaram", disse Roberta Schwartz, CTC, MCC, e co-proprietária da Imagine Your Vacations, um plano de cruzeiro da franquia American Express em franquia em Plantation, na Flórida "O momento é ideal para este curso. Com a credibilidade do Special Needs Group e promoção do curso, que colocou toda a equação do mercado de viagens acessíveis no radar profissionais de turismo. "Schwartz também é professora adjunto da Faculdade de Hotelaria da Johnson & Wales University, em North Miami, na Flórida , bem como o ex-diretora de educação da Society for Accessible Travel & Hospitality (SATH).

"O curso Accessible Travel Advocate da Special Needs Group permitiu profissionais de turismo a entender o potencial do mercado de viagens acessíveis, o que é esse mercado, e como servi-lo", disse Charlie Funk, co-proprietário e presidente de Just Cruisin Plus, que, juntamente com sua esposa Sherrie será introduzido no "CLIA Hall of Fame". "Os viajantes com necessidades especiais já podem perceber que existem oportunidade de escolha para as empresas com formação de viagem acessível, que podem responder às suas necessidades."

Destaques do curso SNG’s Accessible Travel Advocate são:

  • Aqueles que atingem a designação de SNG Certified Accessible Travel Advocate qualificam-se para cinco créditos de certificação CLIA.
  • Ele é projetado para fornecer aos profissionais do setor um entendimento básico do tamanho, escopo e requisitos básicos do mercado de viagens acessíveis, juntamente com os mais utilizados serviços, ajudas e produtos utilizados pelos consumidores neste mercado.
  • Ele dá direção para profissionais do turismo em matéria de competências interpessoais e habilidades quando se lida com o mercado de viagens acessíveis, aspectos que muitos profissionais acham assustadoras quando servem viajantes com necessidades especiais.
  • Oferece excepcional e importante informações sobre o poder de compra do mercado de viagens acessíveis, bem como os direitos e privilégios deste mercado, no seu módulo 1.

Os objetivos dos programas de três módulos de uma hora, concentrar-se na compreensão da viagem acessível, a construção de conhecimentos em viagens acessíveis e demonstrando habilidades de defesa para viagens acessíveis. Estas são áreas críticas da matéria para profissionais de turismo que desejam atender o mercado de viagens acessíveis.

A promoção do "Education Pays" do Special Needs Group oferece aos profissionais de turismo que alcançaram ou atualmente têm sua certificação SNG Accessible Travel Advocate a chance de ganhar um dos três prêmios "Thank You".

Andrew J. Garnett, presidente e CEO do Special Needs Group disse: "Com a introdução deste curso inédito em novembro de 2011, não estamos apenas estimulando a compreensão entre os profissionais de viagem da importância de estar familiarizado com o mercado de viagens acessível, mas nós estamos fornecendo a esses profissionais sem comparação, conhecimento especializado de como bem atender viajantes com necessidades especiais."

Sobre o Grupo Especial, Inc.

Special Needs Group é líder global no fornecimento de locação de cadeiras de rodas, aluguel de scooter, aluguel de oxigênio e outros equipamentos para necessidades especiais. Também oferece uma ampla gama de equipamentos de necessidades especiais para a compra. Recomendado por importantes linhas de cruzeiros do mundo pelo serviço de superior valor, Special Needs Group também serve hóspedes em hotéis, resorts, parques temáticos e centros de convenções. Special Needs Group é o único fornecedor de equipamentos de mobilidade e oxigênio, aprovado para realizar entregas a todas as linhas principais de cruzeiro.

Fonte: TURISMO ADAPTADO

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Wheelblades facilita a locomoção de cadeira de rodas na neve


Cadeiras de rodas têm dificuldades que se deslocam sobre a neve, mas não graças a Wheelblades. Estes esquis pequenos podem ser facilmente montados nas rodas dianteiras de cadeiras de rodas ou carrinhos de bebê, melhorando significativamente a sua mobilidade em neve e gelo.

Wheelblades eliminar a necessidade de um contrapeso na roda motriz maior, o que significa que a cadeira de rodas pode também ser facilmente empurrado por outra pessoa. Eles foram concebidos por Patrick Mayer e é suposto para redistribuir a pressão do peso de forma óptima para evitar que as rodas dianteiras de afundar em neve. É definitivamente um projeto interessante para melhorar a mobilidade das pessoas que usam cadeiras de rodas

A superfície de contato larga Wheelblade distribui a pressão uniformemente do usuário da cadeira de rodas no chão e evita que as rodas dianteiras pequenas afundem na neve. As lâminas avançam no chão com muito pouca pressão e sem nenhum problema em deslizar em superfícies ásperas.

Para que o esqui se mova na direção desejada a qualquer momento, a ligação foi movida para a parte da frente do esqui. Não importa onde você quer ir - o esqui sabe o seu caminho.

Dois canais de monitoramento na parte inferior do Wheelblade compactam a neve, assegurando a estabilidade, o que quer dizer que você se move longitudinalmente como se estivesse em trilhos. Além disso os Wheelblades são muito úteis devido ao seu baixo peso. Alguns segundos são suficientes para anexá-los para todas as rodas frequentemente utilizados. O bloqueio do grampo ajustável cobre todas as larguras das rodas de 1,8 a 6 cm. Wheelblades estará sendo vendido ao preço de 87 Euros a unidade (174 Euros o par).

Fonte: Wheelblades via TURISMO ADAPTADO

Deficientes físicos ganham sala especial no Aeroporto Sheremetyevo na Rússia


O Aeroporto Internacional de Sheremetyevo (Moscou) e o fundo de apoio para pessoas com deficiência da União Federal Russa, assinaram acordo de cooperação, para a criação da primeira dala de descanso da Russia, em nível internacional, para passageiros com deficiências físicas. O espaço recebeu o nome de Sirius.

De acordo com chefe de organização dos transportes aéreos, Andrei Nikulin, a sala Sirius conta com um ambiente confortável, acolhedor e com toda infraestrutura necessária para atender as necessidades de cada passageiro. Para desfrutar da novidade, o usuário portador de deficiência deverá fazer uma reserva antecipada no balcão de informação ou diretamente com qualquer funcionário do aeroporto.

Nesta base de propostas específicas serão elaboradas diretrizes para criar um ambiente livre de barreiras para os passageiros com deficiência no aeroporto de Sheremetyevo. Estas diretrizes serão provavelmente aplicadas depois em outros aeroportos russos.

Entre as instalações para passageiros com deficiências já existentes no aeroporto de Sheremetyevo estão rampas, lugares de estacionamento especiais, banheiros acessíveis e balcões de informação. Elevadores são construídos tendo em conta o uso por pessoas com deficiência.

Sheremetyevo foi inaugurado em 11 de Agosto de 1959; o primeiro vôo internacional foi em 01 de junho de 1960 para Berlim (Schönefeld Airport). Sheremetyevo-1 (usado por vôos domésticos) foi inaugurado em 3 de setembro de 1964. Sheremetyevo-2, o maior dos dois complexos do terminal, inaugurado em 1 de Janeiro de 1980 para os Jogos Olímpicos de Verão de 1980. Não existe nenhuma ligação física entre os dois complexos de terminais, que são essencialmente aeroportos separadas usando o mesmo conjunto de pistas. Tal formato é incomum.

Hormônio deve ser avanço para a terapia de Parkinson e Alzheimer

O hormônio ouabaína, tradicionalmente utilizado no tratamento de doenças cardiovasculares, possui efeito de proteção aos neurônios. É o que aponta estudo recente na Universidade de São Paulo (USP). A descoberta representa uma possibilidade de avanço no tratamento de patologias neurodegenerativas, como as doenças de Parkinson e Alzheimer, tendo em vista que, atualmente, inexiste medicamento capaz de impedir a morte dos neurônios.
A ouabaína é extraída da espécie de planta Strophantus gratus, a exemplo da dedaleira, flor medicinal e ornamental, sendo também encontrada no organismo humano. O professor Cristoforo Scavone, responsável pela pesquisa do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, explicou que é a proteção dos neurônios pode ser conseguida de maneira natural, porque o hormônio é liberado no corpo durante a prática de exercícios físicos.
A combinação de medicamentos e a prática de atividade física já está sendo utilizada na terapia contra essas doenças.
O pesquisador alertou, no entanto, que os medicamentos atuais agem apenas como paliativos. “São testados muitos compostos, mas o grande problema é que nenhum deles consegue estancar o processo de morte dos neurônios”, declarou o especialista.

terça-feira, 24 de julho de 2012

USP promove seminário sobre deficiência visual

Será realizado no próximo dia 27, no Centro de Convenções Rebouças, o I Seminário USP sobre Deficiência Visual - da Prevenção à Reabilitação: Realidade e Objetivos.

O evento começa às 8h30, com entrada gratuita e é voltado para representantes de organizações públicas e privadas, profissionais de reabilitação, médicos, educadores e fisioterapeutas.

Também podem participar psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, professores de orientação e mobilidade, fonoaudiólogos, auxiliares e técnicos de oftalmologia, além de pessoas com deficiência visual e familiares.

O objetivo do encontro é divulgar dados sobre a população com deficiência visual, a demanda por serviços especializados e discutir ações com base no Relatório Mundial sobre Deficiência.

A iniciativa conta com o apoio da Secretaria Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência e do Departamento de Oftalmologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Os interessados devem enviar nome, atividade profissional, CRM (no caso de ser médico), CPF, telefone e endereço para o e-mail janainaguerra@hcnet.usp.br.

Ministros inauguram centro de tecnologia para deficientes‎ em Campinas


O governo federal inaugurou em Campinas (SP), o Centro Nacional de Referência em Tecnologia Assistiva (CNRTA), ação do Programa Viver sem Limite, gerenciado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O investimento inicial previsto é de 12 milhões reais.

O Centro não atenderá diretamente pessoas com deficiência, mas contribuirá para a melhoria da inserção delas na sociedade. O objetivo será articular uma rede formada por instituições e pela indústria, mobilizando e fomentando a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologia assistiva para que bens e serviços sejam distribuídos no mercado, com custos acessíveis.

De acordo com Victor Pellegrini Mammana, diretor do CTI, o alinhamento da demanda social à capacidade de inovação dos agentes de pesquisa é bastante atrativo para o setor produtivo, que é o responsável por levar a tecnologia assistiva até a sociedade. Ele aponta que atualmente, o local tem ao menos nove projetos em andamento para atender às necessidades de pessoas com deficiência.

O MCTI deverá repassar anualmente 1 milhão de reais para o custeio dos trabalhos do Centro, além de 500 mil reais para vinte núcleos organizados em várias universidades do País. Essa medida busca apoiar coordenadamente os esforços nacionais de produção de inovações tecnológicas nessa área.

A criação do Centro é uma das ações do componente de Ciência e Tecnologia do Plano Viver sem Limites, que também conta com 90 milhões de reais de crédito subsidiado e 60 milhões de reais de subvenção para financiar o desenvolvimento de produtos. “Trata-se de uma ação integrada para gerar inovação e difusão tecnológica em larga escala. E o CNRTA será líder desse processo”, diz Marco Antonio Raupp, ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Para Maria do Rosário Nunes, ministra-chefe da Secretaria dos Direitos Humanos, o Viver sem Limites deve ser um plano federativo que potencializa a união, estados e município com a locação de recurso e políticas públicas.

Cadeirante aguarda quase 1 hora para ser retirado do avião

Publicado em 23/7/2012 às 20:40


O escritor paraplégico, Marcelo Rubens Paiva, saiu do Rio de Janeiro, através do voo JJ3971, da companhia aérea TAM, mas quando chegou no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, foi esquecido dentro do avião.

Para sair do avião, Marcelo precisaria de um ambuplifting - equipamento utilizado para tirar cadeirantes com segurança das aeronaves -, que só chegou cerca de 50 minutos após o pouso.

A TAM alega que o escritor não foi esquecido e que o equipamento estaria sendo usado em outros desembarques por isso demoraram cerca de 25 minutos para retirá-lo.

Mas contrariando a versão da companhia aérea, às 18h22 o voo pousou em São Paulo e 27 minutos depois Marcelo deu o primeiro alerta no twitter, onde publicou a frase: " TAM me esqueceu dentro de 1 avião. Voo 3971. Em Congonhas. Alguém pode ligar e pedir ajuda? Help!" às 18h49.

Mais três publicações foram feitas na rede social antes dele ser retirado do avião. Em uma delas o escritor chegou a brincar que iria roubar a aeronave se soubesse pilotar.

Fonte: SBT via A Hora do Jojo

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Museu do Papel Moeda oferece recursos valiosos de acessibilidade


“Se vier, agora, um cego ao museu, ele vê o que nós vemos”. Foi desta maneira simples que Maria Amélia Miranda, presidente da Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, no Porto, deu a conhecer o projeto “Museu sem Barreiras”, pioneiro em Portugal.

“Os museus têm um papel social e educacional muito forte, já não são locais fechados. Daí a nossa preocupação em integrar as pessoas com necessidades especiais – cegos, amblíopes e com deficiência motora, nomeadamente pessoas com paralisia cerebral”, referiu.

O projeto de acessibilidades resulta de anos de trabalho e “dedicação”. Para a sua concretização, a fundação contou com a parceria da Fundação Portugal Telecom e com o apoio da Universidade de Letras do Porto, nomeadamente, através do trabalho de pós-graduação de Sónia Santos. Mesmo assim, foram muitas as dificuldades sentidas.” É um mundo diferente do nosso, por isso, foi complicado entrar nele. Não se fala para um idoso da mesma maneira que se fala para uma criança. Da mesma maneira que não se fala para um cego como se fala para um amblíope”.

“Saber escrever para todos” foi uma das várias formações que o Serviço de Educação do Museu sentiu necessidade de desenvolver para a criação dos dossiê de cada tipo de deficiência. A par disto, o museu também proporcionou aos seus profissionais ações de formação na Associação dos Cegos de Portugal e na Portugal Telecom.

Este plano, que pretende eliminar barreiras, envolveu o trabalho de todos. “Até o empregado do restaurante teve que ter formação para saber como acolher pessoas com necessidades especiais”. Amélia Miranda dá o exemplo do dossiê para amblíopes “A letra é verdana, de tamanho 24 e com ausência de cor, porque a cor introduz perturbações em quem vê mal”.

Além do dossiê específico para cada tipo de deficiência, o museu vai estar dotado com um guia em braille para os invisuais e amblíopes e outro para os acompanhantes. “A informação estará disponilizada em braille e em suporte digital”. E, como não há cegos só em Portugal, o guia estará também disponibilizado na língua inglesa.

Na elaboração dos dossiês, o destinado aos cegos foi, para a presidente, o mais complicado de realizar “Eles fizeram-nos reparar em coisas que, até então, não tínhamos reparado, o que, apesar de trabalhoso, foi bastante gratificante”.

Nas palavras de Amélia Miranda, o trabalho das acessibilidades ainda não está concluído. “Ainda há muito a fazer. Isto é apenas uma agenda de intervenção, um início com continuação”. O próximo passo do museu é a “remodelação total do site, com uma linguagem para todos os públicos. Assim, qualquer pessoa pode aceder ao site”.

O museu “teve sempre como objetivo chegar a todo o tipo de públicos” e o projeto “Museu sem Barreiras” foi “mais um passo nessa direção”. Agora, pessoas com capacidades limitadas podem conhecer o museu de uma forma autónoma.

O Museu do Papel Moeda revela a história do dinheiro e do papel fiduciário em Portugal e reúne um espólio notável, que abrange várias coleções, de que são exemplo as notas do Banco de Portugal. A acrescentar a isto, foi um dos nove museus escolhidos pelo Alto Comissariado da Emigração para a elaboração de um projeto sobre o diálogo intercultural.

 

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Festival de Inverno de Garanhuns 2012 mais sustentável, empreendedor e acessível


Durante dez dias, o FIG transforma o cenário de Garanhuns com uma intensa movimentação cultural. Shows, espetáculos, sessões de cinema, teatro e circo, apresentações de cultura popular e outras de formação dentre outras invadem a cidade. A novidade é que pela primeira vez, em 2012, toda a programação do festival se sustenta em três conceitos norteadores: sustentabilidade, empreendedorismo e acessibilidade. Juntos, eles perpassam diferentes polos e atividades.

O Espaço Cultura no Ponto é um dos locais que se apoia na transversalidade dos conceitos. Como sede dos Pontos de Cultura durante o festival, propõe-se a ser um espaço para discutir como os atores sociais podem produzir cultura a partir dessa tríade. Além de abrigar exposição de trabalhos e intervenções artísticas, o espaço também oferece uma palestra da série “Caravanas da Cidadania”, do MinC, também voltada à difusão dos conceitos de sustentabilidade, empreendedorismo e acessibilidade.

Outro local que vai centrar suas ações a partir da tríade é o Ambiente Criativo, novo polo instalado no Parque Euclides Dourado. Trata-se de um espaço privilegiado da economia criativa, com programação aberta ao público entre os dias 16 e 21 de julho. Com cerca de 400 m², o Ambiente Criativo tem como propósito movimentar o FIG através de articulações institucionais entre parceiros, um cyber café para troca de ideias, um salão das iniciativas inovadoras e a comercialização de produtos criativos.

Além disso, reciclagem do lixo gerado no FIG, oficinas voltadas à confecção de produtos sustentáveis, espetáculos acessíveis a deficientes auditivos e visuais entre outras iniciativas compõem o arsenal de novas ideias que movimenta o festival este ano. Tudo isso para fazer com que o evento tenha mais do que dez dias de duração, trazendo benefícios futuros para Garanhuns e os visitantes que passarem pelo charmoso município.

Portadores de necessidades especiais, entre elas visual, auditiva e física, ganham mais espaço no FIG 2012. Ações voltadas para a integração desse público buscam facilitar o acesso aos polos culturais do evento e a fruição dos trabalhos artísticos inseridos na grade.

Moldada sob o viés da acessibilidade, rampas estão instaladas nos polos Guadalajara e Pop/Forró, que também contam com projetos de camarotes especiais, adaptados para cadeirantes ou pessoas com mobilidade reduzida.

Outra novidade é que portadores de deficiência visual e auditiva poderão acompanhar espetáculos de artes cênicas, através de tradução em libras e áudio-descrição. Aos que pretendem aproveitar a programação de cinema do festival, os filmes trazem ainda legendas para cegos, por meio de áudio. Além disso, a programação do festival está sendo disponibilizada em braile, a partir de locais estratégicos, como o estande da Secretaria de Cultura do Estado/Fundarpe e da Superintendência Estadual de Apoio à Pessoa com Deficiência (SEAD), no Parque Euclides Dourado.

A ideia é, por fim, deixar a missão do festival mais clara, dando o direito aos portadores de necessidades especiais de ao FIG, como qualquer cidadão.

Algumas ações de acessibilidade no FIG:
  • Lembre de mim! (intervenção urbana)
  • Workshop sobre teatro para deficientes visuais
  • Recursos para fruição: espetáculos de artes cênicas com tradução em libras e áudio-descrição; legendas nos filmes para surdos e programação do festival em braile.
  • Rampas e camarotes adaptados para cadeirantes e outras pessoas com dificuldade de mobilidade nos palcos Guadalajara e Pop/Forró
  • Capacitação de Agentes de Apoio à Pessoa com Deficiência: parceria com a Secretaria de Direitos Humanos irá formar voluntários que atuarão no FIG para auxiliar pessoas com deficiência.
  • Espaço Cultura no Ponto com diversas atividades dentre elas oficinas, shows, debates e cineclubismos.

Roteiros temáticos levam visitantes a conhecer São Paulo

Com objetivo de levar os turistas e também os moradores da Capital a conhecer os diferentes aspectos que compõem a cultura e a história da metrópole, a SPTuris criou nove roteiros temáticos que trazem atrativos, contextualização e dicas para descobrir a cidade.
Os mini guias abordam os temas Arquitetura pelo Centro Histórico, Cultura Afro, Arte Urbana, Cidade Criativa, Ecorrural, Independência do Brasil, Café, Futebol e Mirantes. A ideia é promover e valorizar cada uma dessas qualidades paulistanas e mostrar uma nova forma de vivenciar a metrópole.
Os guias, que também contarão com versão em inglês, serão distribuídos nas Centrais de Informação Turística (CITs) espalhadas pela cidade e em outros, como feiras de turismo.

No site www.cidadedesaopaulo.com também é possível baixar o audioguia e a audiodescrição.

Fonte: CMSP

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Seminário visa discutir acessibilidade nas obras relacionadas às Olimpíadas 2016


Representação visual do projeto finalizado do velódromo para as Olimpíadas 2016Foi realizado em junho, o seminário sobre Acessibilidade e Desenho Universal Jogos Rio2016 e Legado, oferecido pela Empresa Olímpica Municipal (EOM), em parceria com a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPD). A mesa foi composta pela presidente e gerente de acessibilidade da Empresa Olímpica Municipal, Maria Silvia Bastos e Verônica Camisão,respectivamente, da secretária da SMPD, Georgette Vidor e pela coordenadora do Comitê de Acessibilidade em Edificação da Associação Brasileira de Norma Técnicas (ABNT), Adriana de Almeida Prado. O intuito era discutir acessibilidade e trocar conhecimento, ideias e experiências.
“É extremamente importante este seminário, este encontro, porque as obras estão acontecendo de forma rápida, e apesar da qualidade dos projetos, ainda existem erros na finalização. Então, a gente está aqui para entender a importância de uma obra 100% funcional e propagar conhecimento”, completa Georgette.
Dividido em 5 partes (Desenho Universal: Conceito, Coerência e Aplicação; Ações Governamentais para a Cidade Inclusiva; Jogos Olímpicos e Paralímpicos e a Cidade; Oportunidades para Acessibilidade Arquitetônica e Urbanística; e Transporte Acessível: Experiências e Propostas), o evento recebeu mais de 70 profissionais de arquitetura e engenharia.
Para a Verônica Camisão, da EOM, é preciso projetar todas as realizações urbanísticas da cidade visando a inclusão, e não adaptá-las depois. “A questão da acessibilidade é um processo e não um projeto”, explica.
Gagaça Cavalheiro, arquiteta da SMPD, diz que a falta de capacitação é a grande dificuldade para as novas obras. “A falta de arquitetos capacitados para realizar obras que realmente atendem as regras de acessibilidade é a maior dificuldade encontrada pelos responsáveis. Portanto, esse seminário é imprescindível”. A data dos novos seminários serão divulgadas em breve.

Fonte: Prefeitura do Rio de Janeiro via Turismo Adaptado

Desconto em Passagens aéreas para acompanhante de portador de deficiências

MINISTÉRIO DA AERONÁuTICA
DEPARTAMENTO DE AVIAÇÃO CIVIL SÍMBOLO: IAC 2508-0796
DATA EXPEDICÃO: 01.11.95
EFETIVAÇÃO: 01.07.96
CATEGORIA: NOSER DISTRIBUIÇÃO: A-D-ET-EX-GV-IA- IN-OD-PM-SA-SR- TA-X
TITULO: ACESSO AO TRANSPORTE AEREO DE. PASSAGEIROS QUE NECESSITAM DE ASSISTENCIA ESPECIAL.
ANEXO: CLASSIFICAÇÃO E CODIFICAÇÃO DE PASSAGEIROS QUE NECESSITAM DE ASSISTÊNCIA ESPECIAL.

INTRODUÇÃO: IMA 58- 60

A finalidade desta NORMA DE SERVIÇO é estabelecer diretrizes, procedimentos e normas para assegurar o acesso pleno de passageiros que necessitam de assistência especial aos serviços de transporte aéreo.

É expedida com o Decreto Nº 65.144, de 12 Set 69, que instituiu o Sistema de Aviação Civil, Decreto Nº 914, de O6 de setembro de 1993, que instituiu a Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência e Anexo 9 à Convenção de Aviação Civil Internacional, que trata da Facilitação do Transporte Aéreo.

As disposições estabelecidas neste documento serão aplicáveis aos elos do Sistema de A viação Civil, no que for compatível, cabendo aos Inspetores de Aviação Civil (INSPAC), aos SERAC, às SAC e às Superintendências Aeroportuárias fiscalizar o seu cumprimento.

Esta NOSER é composta de 08 folhas e revoga a IAC 2503 - 1187, de 29 Nov 87, que deverá ser considerada sem efeito a partir de 01 Jul 96. Ten. - Brig. - do - Ar - JOÃO FELIPPE SAMPAIO DE LACERDA JUNIOR Diretoria Geral Maj. - Brig. - do - Ar - MAIRON DOS SANTOS PEREIRA Chefe do Sub departamento de Operações.

I -GENERALIDADES

Para efeito desta NOSER são considerados Passageiros que necessitam de Assistência Especial os seguintes: -

Pessoas portadoras de deficiência; - Idosos; - Senhoras grávidas; e, - Menores.

NOTA 1 - Pessoa portadora de deficiência é aqui definida como toda pessoa cuja mobilidade está reduzida em virtude de uma incapacidade física - sensorial ou de locomoção -, deficiência intelectual ou mental, doença ou que em função de suas condições médicas necessite de cuidados especiais nos procedimentos de embarque, desembarque e durante o vôo.

NOTA 2 - São considerados menores: - crianças de colo; - crianças viajando com meia passagem, quando acompanhadas dos responsáveis. e -menores desacompanhados munidos da necessária autorização. - Em suas viagens, as pessoas portadoras de deficiência têm o direito a um tratamento similar ao que se dispensa aos demais passageiros e a receber os mesmos serviços que são prestados costumeiramente ao público em geral. Este direito inclui o acesso às informações e instruções destinadas a passageiros com deficiência sensorial ou cognitiva. –

A fim de melhor adaptar os serviços proporcionados às pessoas portadoras de deficiência, as empresas aéreas. seus prepostos e as administrações aeroportuárias deverão empregar uma definição comum para as distintas categorias de pessoas que necessitam de assistência especial. Para esse fim adotarão o sistema de classificação e codificação constante do Anexo I desta NOSER. –

As administrações aeroportuárias, as empresas aéreas e as empresas de serviços auxiliares de transporte aéreo deverão assegurar que às pessoas portadoras de deficiência serão fornecidas todas as informações necessárias, ao longo de todas as fases de suas viagens (desde o momento em que confirma a reserva, ou a partir da chegada ao aeroporto, até a saída da área pública do aeroporto de destino). Assegurarão, também, a estes passageiros, a assistência necessária durante todo o trajeto da viagem independentemente do tipo de deficiência. –

As administrações aeroportuárias cooperarão com as empresas aéreas e de serviços auxiliares de transporte aéreo a fim de estabelecer ou coordenar programas de treinamento de pessoal para assegurar a disponibilidade de pessoal especialmente treinado para lidar com pessoas portadoras de deficiência, incluindo-se usuários de cadeira de rodas e deficientes sensoriais - As empresas aéreas devem informar às pessoas portadoras de deficiência, com 48hs de antecedência, se suas reservas estão ou não confirmadas e, se for o caso, as de seus acompanhantes. Este procedimento permitirá que esses passageiros busquem obter reserva em outra empresa, caso a empresa aérea, previamente contactada, não possa oferecer assentos em seus vôos. –

As pessoas portadoras de deficiência deverão informar à empresa aérea transportadora sobre suas necessidades, tão cedo quanto possível preferivelmente no momento em que fizer sua reserva que deverá ser realizada com uma antecedência mínima de 48 horas. O descumprimento dessa recomendação, todavia, não inviabilizará o embarque.

As administrações aeroportuárias, as empresas aéreas e de serviços auxiliares adotarão as medidas necessárias para assegurar que as pessoas portadoras de deficiência estejam devidamente informadas sobre como proceder nas seguintes situações:

a) ao comprar bilhetes de Passagem;
b)ao consultar o quadro horário dos vôos;
c) ao fazer a reserva;
d) ao chegar ao aeroporto;
e) no terminal;
f) antes, durante e depois do vôo; e
g) no aeroporto de destino.

- Pelo menos um balcão de informações das empresas aéreas e de seus prepostos devem ser adaptados para o uso de passageiros em cadeira de rodas.

– As empresas aéreas e as administrações aeroportuárias devem assegurar que se proceda, o mais cedo possível à harmonização e integração das informações previstas para as pessoas portadoras de deficiência, no sistema de informação destinado a todos os passageiros.

Estas informações devem estar ao alcance de todas as pessoas e serão fornecidas em pelo menos dois idiomas, em caso de vôo internacional, incorporando-se as adaptações necessárias as pessoas com deficiência auditiva ou visual.

III - ACESSO AOS AEROPORTOS

- As administrações aeroportuárias assegurarão que as instalações e os serviços prestados nos aeroportos sejam adaptados para pessoas portadoras de deficiência.

- Empresas aéreas assegurarão que equipamentos dotados de sistema d elevação ou outro equipamento apropriado, estarão disponíveis para efetuar, com segurança, o embarque e desembarque de pessoa portadora de deficiência e o movimento destas entre a aeronave e o terminal, tanto à chegada quanto à saída, conforme seja necessário, quando não se utilizem passarela telescópica (fingcr).

- As administrações aeroportuárias e as empresas aéreas assegurarão que pessoas com deficiência auditiva ou visual tenham acesso ás informações sobre os vôos

- As administrações aeroportuárias reservarão área especial o mais próximo possível das entradas principais dos terminais de Passageiros, para deixar ou apanhar pessoa portadora de deficiência. Estes pontos deverão estar claramente identificados com sinais apropriados. Para facilitar o movimento nas diversas áreas do aeroporto. as rotas de acesso deverão ser livres de obstáculos.

- Qu,ando os serviços de transporte terrestre públicos forem limitados, as administrações aeroportuárias atuarão junto às autoridades competentes a fim de prover serviços de transporte terrestre de fácil acesso e a preços razoáveis através da adaptação dos meios existentes ou previstos, ou ainda, providenciando serviços especiais de transporte para aqueles que têm mobilidade reduzida.

- As administrações aeroportuárias providenciarão áreas de estacionamento de automóveis adequadas para usuários de cadeira de rodas e adotarão as medidas necessárias para facilitar o deslocamento destes usuários entre as áreas de estacionamento e os terminais aeroportuários.

- A transferência direta de passageiros, de uma aeronave para outra, especialmente de pessoa portadora de deficiência, deverá ser autorizada, quando necessária e possível, sempre que o tempo disponível para a conexão ou outra circunstância justifique.

IV- ACESSO AOS SERVIÇOS AÉREOS

- Fica assegurado à pessoa portadora de deficiência, o acesso adequado aos serviços de transporte aéreo, nos termos da Constituição, e legislação especifica.

- As aeronaves que irão entrar em serviço pela primeira vez, para serem homologadas, ou, que tenham que realizar uma remodelação de vulto, devem estar em conformidade com as normas de acessibilidade com relação aos equipamentos de bordo que incluem assentos com braços móveis (removíveis ou escamoteáveis), cadeiras de rodas de bordo, lavatório, iluminação e Ietreiros adequados, de acordo com o que segue: a- aeronaves com 30(trinta) ou mais assentos deverão ter 10% de seus assentos com braços móveis.

- As aeronaves que já estão em operação deverão fazer estas adaptações quando realizarem uma remodelação de vulto ou a partir de 01 Jan 1997;c, b- aeronaves com 1OO(cem) ou mais assentos deverão dispor de cadeira de rodas de bordo, quando estiver previsto o transporte de passageiro portador de deficiência motora. :

- Os assentos com braços móveis deverão estar localizados ao lado do(s) corredor(es) em fileiras onde não exista saída(s) de emergência, porém o mais próximo dela(s) e do{s) lavatório(s). Estes assentos deverão ser distribuídos, proporcionalmente, entre as diversas classes da aeronave.

- As cadeiras de rodas, os aparelhos especiais e os equipamentos necessários às pessoas portadoras de deficiência, serão transportados gratuitamente no interior da cabine quando houver espaço disponivel ou serão considerados como bagagem prioritária. Cão treinado para o auxilio de pessoa portadora de deficiência será, também, transportado gratuitamente na cabine, no chão da aeronave, em local adjacente a seu dono. Este assento será determinado pela empresa aerea e o cão deve viajar com coleira e sob controle de seu dono.

NOTA 1 - Fica assegurado que os usuários de cadeira de rodas poderão usar as suas próprias cadeiras para se locomoverem desde e até a porta da aeronave.

NOTA 2 -No transporte de cão treinado para auxiliar pessoa portadora de deficiência visual ou auditiva), será obrigatória a apresentação de atestado de sanidade do animal, expedido pela Secretaria de Agricultura Estadual ou pelo posto do Departamento de Defesa do Animal Ministério da AgricuItura ou por médico veterinário.

- Em princípio, as pessoas portadoras de deficiência poderão decidir se necessitam ou não de um acompanhante e deverão ser isentas de certidão médica. Entretanto, será obrigatória uma notificação antecipada quando for necessário um atendimento especial. As empresas áreas só poderão requerer atestado médico de pessoa portadora de deficiência nos casos em que ficar evidente que suas condições médicas possam ameaçar sua própria segurança e bem estar ou de outros passageiros. Além disso, as empresas aéreas só poderão exigir um acompanhante quando ficar evidente que tal passageiro não é auto-suficiente e que, devido a isso, a segurança e bem estar dele ou de outros passageiros não possa ser garantida.

NOTA: Se a empresa aérea exigir a presença de um acompanhante, deverá oferecer um desconto de 8000 sobre a tarifa básica da classe utilizada.

O acompanhante deverá viajar na mesma classe e em assento adjacente ao da pessoa portadora de deficiência.

- As empresas aéreas não poderão limitar, em suas aeronaves, o número de pessoas portadoras de deficiência que possam movimentar-se sem ajuda. Entretanto, por razões de segurança de vôo, o transporte de passageiros portadores de deficiência motora, dependentes e desacompanhados, fica limitado a 50% do número de tripulantes de cabine estabelecido nas Normas que regulamentam a composição das tripulações. No caso de grupo, a empresa aérea deverá ser informada com antecedência para que sejam adotadas as medidas necessárias para o atendimento e assistência de seus membros.

NOTA: Define-se pessoa portadora de deficiência motora dependente, aquela incapacitada de abandonar a aeronave por conta própria.

PROCEDIMENTOS DE EMBARQUE E DESEMBARQUE - As empresas aéreas efetuarão o embarque dos passageiros de que trata esta NOSER prioritariamente, com uma antecedência que permita conforto, segurança e bom atendimento durante o procedimento.

- As pessoas portadoras de deficiência deverão ser embarcadas com uma antecedência mínima de 20 (vinte) minutos em relação aos demais passageiros. Deverão ler acompanhadas por funcionários especialmente treinados para atendê-los, e, serão acomodadas cm assentos especialmente designados pelas empresas aéreas.

NOTA: Quando a aeronave permanecer menos de 20(vinte) minutos no solo, o embarque daqueles passageiros deverá ser procedido antes dos demais.

- Os passageiros que utilizam cadeira de rodas serão acomodados em assentos especiais dotados de braços removíveis ou escamoteáveis, dispostos ao lado dos corredores. Tais assentos deverão estar localizados o mais próximo possível das saídas de emergência e dos toaletes nas diversas classes da aeronave, sem prejuízo das normas de segurança de vôo. As empresas aéreas farão os arranjos necessários, para o transporte adequado de passageiro cm maca.

NOTA: As operações de embarque e desembarque de passageiros em cadeira de rodas ou maca, serão executados por funcionários das empresas aéreas ou por elas contratados, especialmente treinados, que utilizarão veículos dotados de sistema de elevação ou outro equipamento apropriado, quando aquelas operações não ocorrerem em passarela telescópica. As empresas aéreas devem possuir cadeira de rodas de bordo para efetua o movimento no interior da aeronave de passageiros impossibilitados de caminhar.

- O desembarque dos passageiros que necessitem de assistência especial será efetuado após os demais passageiros e em seqüência aos mesmos. O pessoal de bordo comandará o processo solicitando que os passageiros especiais permaneçam em seus assentos até a saída dos outros passageiros, quando então iniciará o seu desembarque, que deverá ser acompanhado por funcionários das empresas aéreas.

- As empresas aéreas e seus agentes orientarão os passageiros que necessitam de assistência especial para que se apresentem para o despacho. no aeroporto de embarque. com a antecedência de 1 :30hs (uma hora e trinta minutos) para vôos domésticos e 2:00hs(duas horas ) para vôos internacionais em relação à hora prevista de decolagem, ocasião em que os meios de atendimento serão postos à disposição. O uso de tais meios não acarretará qualquer ônus ao usuário.

VI -DISPOSIÇÕES FINAIS

-Todo o pessoal diretamente envolvido no atendimento às pessoas portadoras de deficiência durante as diversas fases de uma viagem, deverá receber treinamento especializado. O treinamento deve incluir as técnicas de atendimento adequado às pessoas portadoras de deficiência motora, sensorial e cognitiva. -As empresas aéreas manterão registros dos atendimentos de transporte de Passageiros que Necessitam de Assistência Especial para acompanhamento e controle estatístico, e, dele darão ciência ao DAC, quando solicitadas.

a) As administrações aeroportuárias assegurarão que, desde a fase inicial de planejamento, os projetos de novas construções ou re: forma de instalações aeroportuárias destinadas ao público, atendem às normas de acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência.

b) As administrações aeroportuárias deverão consultar o DOC 9184 -NA/902 da OACI - Manual de Planificação de Aeroportos, Parte I e a Norma NBR 9050 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), para obter orientação sobre os requisitos de planificação que assegurarão o acesso adequado para as pessoas portadoras de deficiência.

NOTA - As instalações reservadas ou destinadas às pessoas portadoras de deficiência devem ser adequadamente sinalizadas de acordo com o DOC 9430 da OACI e Lei N° 7.405, de 12 de novembro de 1985.

ANEXO 1

CLASSIFICAÇÃO E CODlFICAÇÃO DE PASSAGEIROS QUE NECESSITAM DE ASSISTÊNCIA ESPECIAL MEDA

- Caso médico. Poderá ser exigida autorização e/ou acompanhamento médico. Não e aplicável a passageiros que somente necessitem de assistência especial no aeroporto e durante as operações de embarque e desembarque. Aplica-se aos seguintes passageiros: acidentados, engessados, pessoas que necessitam de oxigênio durante o Vôo, recém-nascidos em incubadora etc. STCR

- Passageiros transportados em maca. WCHR. - Cadeira de rodas - S para Rampa. O passageiro pode subir e descer escadas e caminhar de e para o seu assento, mas necessita de cadeira de rodas para se movimentar em distancias maiores (através da rampa, da ponte de embarque, etc.). WCHS

- Cadeiras de rodas - S para degraus (Steps). O passageiro não pode subir ou descer escadas mas pode caminhar de e para o seu assento. mas necessita de cadeira de rodas para se movimentar em distâncias maiores (através da rampa. ponte de embarque. etc.). Necessita de equipamento adequado para proceder ao embarque ou desembarque quando a aeronave estiver estacionada na rampa. WCHC - Cadeira de rodas

- C para assento de Cabine. O passageiro que não consegue locomover-se. Necessita de cadeira de rodas para se movimentar até a aeronave e, de c para seu assento, e de equipamento adequado para proceder ao embarque e desembarque quando a aeronave estiver estacionada na rampa. MAAS - (MEET and ASSIST)

Casos especiais - Passageiros que requerem atenção especial individual durante as operações de embarque desembarque que normalmente não é dispensada a outros passageiros. São os seguintes:

- Senhoras grávidas, idosos, convalescentes etc. BLND
- Passageiro cego -Especificar se acompanhado de cão treinado para seu auxilio. DEAF
- Passageiro surdo -Especificar se acompanhado de cão treinado para seu auxilio INF
- Criança de colo. UMNR- Menores desacompanhados.

Fonte: Amputados Vencedores via A Hora do Jojo

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Lei das Cotas completa 21 anos

Data será comemorada no Páteo do Colégio.

No dia 24 de julho um ato público vai celebrar os 21 anos da Lei das Cotas.

Das 10h às 14h, artistas com deficiência e lideranças do segmento se revezarão num palco montado no Pátio do Colégio.

Também haverá estandes de órgãos públicos esclarecendo sobre direitos e serviços voltados às pessoas com deficiência.

O artigo 93 da lei 8.213 estabelece que toda empresa com cem ou mais funcionários deve destinar de 2% a 5% dos postos de trabalho a pessoas com deficiência, numa escala crescente, proporcional ao número de funcionários.

Atualmente, existem cerca de 306 mil pessoas com deficiência formalmente empregadas no Brasil, sendo que mais de 223 mil foram contratadas graças à Lei de Cotas.

Essas 306 mil carteiras assinadas representam apenas 0,7% do total de empregos formais do país.

O número é pequeno, diante dos 46 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência, sendo 29 milhões em idade economicamente ativa.

Se todas as empresas cumprissem a Lei de Cotas, deveríamos ter hoje no Brasil mais de 900 mil pessoas com deficiência empregadas.

Pai cria programa para se comunicar com filha que tem paralisia cerebral

Mais de 12 mil figuras, um programa de voz e um repertório ilimitado de frases e situações do dia a dia conectaram a pequena Clara com as pessoas e com a vida. É como se ela falasse através do tablet.


Beatriz Castro
Recife, PE

A tecnologia também pode ajudar pacientes com dificuldades de comunicação. Ainda mais quando o amor motiva novas descobertas. Aconteceu no Recife, Pernambuco.

Um amor sem limites: Carlos é pai de Clara, de 4 anos, que tem paralisia cerebral. Analista de sistemas, ele usou o conhecimento e a persistência para transformar a tecnologia em uma aliada da menina.

Ele criou um programa de computador para tablets e celulares que permite a comunicação com a filha: o Liberdade em Voz Alta.

“A necessidade que a gente tem de conversar, que eu tinha de conversar com a minha filha é muito grande. Algumas pessoas que têm pacientes ou familiares que não falam às vezes se acostumam, pelo fato deles não falarem, mas eu acho que a gente não pode se acostumar”, diz Carlos Pereira.

Mais de 12 mil figuras, um programa de voz e um repertório ilimitado de frases e situações do dia a dia conectaram a pequena Clara com as pessoas e com a vida. É como se ela falasse através do tablet.

A comunicação está ao alcance de um toque na tela. O programa permite muito mais: a criança pode dizer se está com dor, como foi o dia na escola, e o que deseja comer.

“A gente quer ir mais além, produzir talvez em escolas, para ter uma inclusão dessas pessoas dentro da sociedade”, conta a mãe de Clara, Aline Pereira.

Thaís não fala, e ganhou mais autonomia. Ela consegue expressar tudo que deseja.

“Acho que a comunicação traz muita independência para ela. Dentro de casa ela faz os gestos e a gente compreende”, conta a mãe de Thaís.

A família Pereira decidiu que vai compartilhar o sistema de graça pela internet com todos os pacientes que precisam desse tipo de ajuda.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Florisvaldo Vargas, Presidente do Instituto Sul-Mato-Grossense para Cegos, fala sobre discriminação

Por MILENA CRESTANI
15/07/2012 19h30

Por que as pessoas moravam antes no instituto?

A maioria das famílias do interior não tinha condições de trazer as crianças para atendimento em Campo Grande, mas, na década de 80, foi eliminando o internato.

Quais princípios são mantidos desde a fundação?

Florivaldo Vargas fundou a instituição com a filosofia de inclusão das pessoas com deficiência visual na educação, no desporto, na cultura, no lazer e no mercado de trabalho. Seguimos essa mesma filosofia, com fortalecimento do apoio à educação especializada e apoio pedagógico.

O que é oferecido hoje no Ismac?

Hoje vivemos um momento histórico, por meio de parceria com o Ministério da Saúde e das secretarias estadual e municipal de Saúde, pois passamos a ser reconhecidos como Centro de Reabilitação Visual. Contamos com setor de oftalmologia, avaliação funcional da visão, indicação de órtese e próteses oculares (oferecendo desde bengalas, lupas e óculos especiais para pessoas de baixa visão) e todos os atendimentos que compõem o programa de reabilitação. Há ainda o serviço social e de psicologia que orienta a pessoa e sua família, além de orientação para a vida diária, mobilidade e desenvolvimento da criança e do adolescente. Com a parceria teremos possibilidade de fortalecer esses programas e atender um público maior e com mais qualidade.

Quantas pessoas são atendidas?

No total atendemos 196 pessoas que frequentam o Instituto nos diversos programas e 580 cadastradas que vem temporariamente para receber orientações. Também desenvolvemos atendimento educacional especializado, com sala de recursos, ensino no sistema braile, biblioteca e sala de informática, que viabiliza recursos pedagógicos para que as pessoas estejam nas escolas e universidade com qualidade. Outro ponto é o desenvolvimento e a capacitação para o mercado de trabalho e o departamento de desporto, onde contamos com 27 atletas no ranking nacional e internacional, oferecendo atividades como golbol, futsal e judô. A atleta Michele Ferreira ganhou o bronze em Pequim (Olimpíadas) e está indo para a Olimpíada de Londres para tentar o ouro para o Brasil. Outro destaque são as atividades culturais, como dança, teatro e coral.

Tivemos alguns avanços nas políticas de inclusão no aspecto educacional e também na acessibilidade, mas qual continua sendo a maior dificuldade?

No dia 17 de novembro do ano passado, a presidente Dilma Rousseff lançou o programa “Viver sem Limites”, que cria condições financeiras aos estados e municípios para ações de acessibilidade, inclusão nas escolas, assistência social e desenvolvimento de tecnologias para auxiliar pessoas com deficiências. Esse programa trará uma grande evolução. A necessidade dessas ações ganhou força na convenção da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre direitos das pessoas com deficiências, a qual foi ratificada pelo Brasil e tem status de emenda constitucional, como uma lei. Ela preconiza que as pessoas sejam protagonistas da inclusão social e que poder público viabilize recursos para isso. Exige, por exemplo, que as cidades sejam acessíveis no transporte público e nas calçadas.

E o acesso aos deficientes visuais no ensino superior e no mercado de trabalho?

No Brasil temos diversos profissionais atuando em diversas áreas. São 25 milhões de pessoas com deficiência. Nós nos formamos, fazemos especializações, mas quando nos deparamos com o mercado de trabalho ainda há certa barreira, pois as pessoas, muitas vezes, observam a deficiência como limite. Primeiramente temos de observar a pessoa, o que é possível o profissional com deficiência desenvolver. Logicamente, não será possível fazer algumas atividades, mas a lei garante que o empregador precisa criar condições para que essa pessoa desenvolva o trabalho. Temos essa luta pela formação técnica e pela colocação no mercado de trabalho. Muitas empresas dão desculpa de que não há pessoa com formação, mas a questão é que a pessoa com formação não quer receber um salário menor apenas pela deficiência. Temos de observar o potencial e o currículo, não rotular se a pessoa é cega e assim imaginar que não dá conta desse trabalho.

Você enfrentou essa dificuldade quando não aceitaram que assumisse a vaga para qual foi aprovada em concurso?

Na verdade, enfrentar a discriminação foi muito mais difícil do que enfrentar a própria deficiência. É mais fácil superar a deficiência do que a discriminação. Você supera a deficiência, reabilita-se, tem sua formação, especialização, histórico de trabalho, faz concurso enquanto pessoa com deficiência, é aprovada, mas não é aceita. Todas as legislações falam que o empregador tem de dar condições para receber essa pessoa e respeitá-la. Isso foi uma situação horrível que eu vivi. O poder público deveria fazer a inclusão acontecer, mas foi o primeiro a discriminar. Não tive outra maneira de reivindicar a não ser entrando na Justiça e também pedindo danos morais. A partir do momento que me discriminaram entrei na Justiça porque a causa não é mais minha, mas das pessoas com deficiência de todo o Brasil. Quando vou a palestras ou eventos sou procurada para explicar sobre esse caso. Essa causa é do movimento e de cada pessoa com deficiência.

Entrevista publicada na edição deste domingo (15) do jornal CORREIO DO ESTADO

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Associação de Deficientes Visuais e Amigos Promove Workshop sobre Imagem Pessoal

A ADEVA, (Associação dos Deficientes Visuais e Amigos), em parceria com a Sintonia Consultoria em Imagem e Estilo, oferece um workshop sobre gestão da imagem pessoal da pessoa com deficiência visual no próximo dia 28 de julho.

A consultora de imagem, Maria Helena Daniel, responsável pela iniciativa, vai abordar, em sua palestra, a importância de estar adequadamente vestido numa entrevista de emprego, por exemplo, e como uma boa impressão pode fazer a diferença na hora do desempate entre dois candidatos a uma mesma vaga. "A roupa que você veste resume um pouco quem você é e a maneira como quer que os outros percebam sua presença", ela conclui.

Para este evento, Maria Helena traz sua experiência de anos como proprietária de uma confecção, coordenadora de estilo da marca Cori e como consultora de imagem pessoal e corporativa há três décadas.

Esta é a primeira vez que terá como clientes pessoas com deficiência visual, e essa experiência pioneira a entusiasma pelo "muito que poderei ensinar e aprender".

O workshop, com entrada franca, é direcionado a pessoas cegas ou com visão subnormal. Todos os interessados em participar devem confirmar sua presença através dos telefones: 11 5084-6693 e 5084-6695, com Paulo, até o dia 25 de julho.

SERVIÇO

Data e horário:
28 de julho, (sábado).
  • das 10h às 12h, Workshop;
  • das 14h às 18h, Consultoria individual.

Fomte: ADEPA

domingo, 15 de julho de 2012

Jovem com síndrome de Down rege orquestra sinfônica juvenil na Venezuela

O jovem venezuelano José Omar Dávila, que tem síndrome de Down, regeu a Orquestra Sinfônica Infantil Núcleo La Rinconada, que faz parte do premiado Sistema Nacional de Orquestras, em um concerto intitulado "Homenagem aos jovens em batalha".

"É fácil reger esta orquestra, me sinto feliz, com energia, potencial. A música é para o espírito", disse Dávila à emissora estatal "Venezolana de Televisión" ("VTV"). Dávila pediu aplausos para as crianças e adolescentes que formam a orquestra após dirigir "Aleluia", de Haendel.

A mãe do diretor, Teresa de Dávila, disse que seu filho, que hoje tem 26 anos de idade, foi educado "com muito apoio moral e espiritual". Tresa assinalou ainda que "o amor é a nota mágica para descobrir o potencial que têm estas crianças especiais".
O jovem maestro iniciou sua carreira musical quando tinha quatro anos na cidade andina de Mérida, onde ingressou no Programa Educativo Experimental para crianças com necessidades especiais e de desenvolvimento normal pertencente à Associação Merideña de Pais e Amigos de Crianças Excepcionais.

Dávila participou como diretor da inauguração do Meeting International Special Olympics Figueres 2010, realizado na Espanha, e é o único regente com síndrome de Down na Venezuela, de acordo com a instituição cultural da petrolífera PDVSA, que cedeu seu Centro de Arte La Estancia para o concerto desta sexta-feira.
Dávila foi reconhecido também com a Ordem José Félix Ribas em sua Segunda Classe pelo Conselho Legislativo do estado de Mérida por sua participação no Special Olympic Meeting International e com o prêmio Raymond Turpin à trajetória.

Fonte: UOL via TURISMO ADAPTADO

sábado, 14 de julho de 2012

Programação de férias do Instituto Butantan contará com oficinas voltadas aos deficientes visuais

O Instituto Butantan, órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, promove, entre os dias 17 e 29 de julho, uma programação especial de férias. Além das atividades para as crianças, os deficientes visuais também poderão participar dos eventos. Uma estrutura inédita foi montada para receber esse público, que poderão, por exemplo, sentir textura de diferentes serpentes, através do projeto “Carrinho Microtoque”. Ao todo, são esperadas mais de 8 mil pessoas durante os 12 dias de atividades culturais.

Neste período, as crianças poderão entender o funcionamento de um laboratório de pesquisa e como é o dia-a-dia de um biólogo. Além disso, durante a oficina “Pesquisador por um dia”, os visitantes poderão ver, através de uma visita ao Horto do Instituto Butantan, como é o trabalho desses profissionais, passeando por uma trilha e conhecendo diferentes espécies de aranhas e serpentes.

As atividades educativas, espaço de leitura e jogos, contação de histórias e sessões de cinema também fazem parte dos eventos oferecidos durante as atividades de férias.

“Pretendemos, através de atividades lúdicas, sensibilizar os visitantes sobre a importância dos animais e valorizar sua importância para a saúde pública. Além disso, a instituição proporcionará experiências sobre a área cultural também aos deficientes visuais e às pessoas com baixa visão, por meio de atividades táteis e audiodescrição”, comenta Fan Hui Wen, diretora da Divisão Cultural.

O Instituto Butantan fica aberto de segunda a domingo das 8h às 17h. Os museus abrem de terça a domingo, das 9h às 16h30, e a entrada custa R$ 6,00. Estudantes com identificação pagam R$ 2,50 e crianças de até sete anos, idosos a partir de 60 anos e portadores de necessidades especiais não pagam. O ingresso dá direito à entrada nos três museus.

O Instituto fica localizado na Avenida Vital Brasil 1.500, Butantã, Zona Oeste.

Programação das atividades

Roteiro de visitação ao Instituto Butantan
Público: todas as idades
Período: 10 a 20 de julho de 2012
Horário de funcionamento: 10h às 17h
Local: Parque Instituto Butantan
Descrição: Visita guiada aos três museus, ao parque e ao Museu de Rua, situado na Alameda principal. Público poderá desvendar as temáticas desenvolvidas nas três áreas de atuação do Butantan: pesquisa, produção e difusão do conhecimento, e, de forma lúdica, aprender muito sobre o centenário Instituto.
Não é necessária inscrição prévia.

Museu de Microbiologia
Público: todas as idades
Período: 17 a 22 de julho de 2012
Horário: 10h às 16h30
Local: Museu de Microbiologia
Descrição: Visando aproximar o público do mundo científico, o Museu de Microbiologia abrirá o seu laboratório, onde os visitantes poderão saber na prática como funciona um laboratório científico e observar através de microscópios, células animais, vegetais, além de vermes em carnes mal cozidas e microrganismos em água não tratada.
Não é necessária inscrição prévia.

O fim da picada
Público alvo: 6 – 10 anos
Período: 24 a 27 de julho de 2012
Horário: 14h
Local: Centro de Difusão Científica do Instituto Butantan
Descrição: Oficina prática para conhecimentos dos animais peçonhentos
Necessária inscrição prévia. As inscrições acontecerão das 11h às 14h no Centro de Difusão Científica, respeitando a ordem de chegada. É necessária a presença de um responsável que acompanhe a criança durante a atividade.

Contação de histórias
Público alvo: todas as idades
Período: 24 a 29 de julho de 2012
Em dois horários: 10h30
Local: Centro de Difusão Científica do Instituto Butantan
Não é necessária inscrição prévia.

Jogos
Público alvo: crianças a partir de 5 anos
Período: 24 a 29 de julho de 2012
Horário: 10h às 17h
Local: Centro de Difusão Científica do Instituto Butantan
Descrição: O público poderá participar de diversos jogos de cartas, tabuleiro e desvendar quebra-cabeças. Dentre eles estão o “Bicho a Bicho”, uma adaptação do “Cara a Cara”.
Não é necessária inscrição prévia.

Teatro de fantoches: “O dia em que perdi a minha casa”
Público alvo: 6 – 10 anos
Período: 24 a 29 de julho de 2012
Horário: 11h às 12h30
Local: Centro de Difusão Científica do Instituto Butantan
Descrição: A peça de fantoches “O dia em que perdi a minha casa” conta a estória de um escorpião que viu seu ambiente ser degradado pelo ser humano e, em busca de um novo lar, faz diversos amigos, como a Dona Aranha, Craia – a lacraia e até mesmo uma menina. Esses novos amigos lhe auxiliam em sua busca.
Não é necessária inscrição prévia.

Mostra de filmes
Público alvo: 10 anos em diante
Período: 24 a 29 de julho de 2012
Horário: 15h às 16h30
Local: Centro de Difusão Científica do Instituto Butantan
não é necessário inscrição prévia

Pesquisador por um dia
Público alvo: 10 anos em diante
Período: 24 a 29 de julho de 2012
Horário: Entre os dias 24 e 27, haverá sessões às 11h e às 14h. Nos dias 28 e 29, haverá única sessão às 14h.
Local: Centro de Difusão Científica do Instituto Butantan
Descrição: Os visitantes saberão como é o trabalho de campo de um biólogo através de uma visita ao Horto Oswaldo Cruz do Instituto Butantan. Durante o passeio, o público será conduzido por uma trilha, conhecendo através de réplicas como é o habitat e o comportamento de diferentes espécies de aranhas e serpentes.
Necessária inscrição prévia. As inscrições acontecerão uma hora antes do inicio de cada sessão, no Centro de Difusão Científica, respeitando a ordem de chegada. É necessária a presença de um responsável que acompanhe a criança durante a atividade.

Férias acessíveis
Público alvo: deficientes visuais e pessoas com baixa visão
Período: 28 e 29 de julho de 2012
Horário: 10h às 17h
Local: Centro de Difusão Científica do Instituto Butantan
Descrição: O espaço expositivo apresentará objetos que representam as temáticas trabalhadas pelos museus do Instituto. Entre eles, estão o “carrinho Microtoque”, composto por aparatos relacionados à Microbiologia; além de peças históricas, maquetes e uma serpente taxidermizada, que dará a oportunidade do visitante sentir a textura da pele do animal.
Não é necessária inscrição prévia.

Fonte: Blog da Audiodescrição via Turismo Adaptado

terça-feira, 10 de julho de 2012

Surdos ganham novos espetáculos teatrais com Libras

Casas de espetáculo Vivo Rio e HSBC Brasil passam a incluir Libras em seus espetáculos.


(Miguel Arcanjo Prado)
Publicada em 06 de julho de 2012 - 17:15


Teatro tem de ser para todos. Foi pensando nesta ideia que o Grupo Tom Brasil resolveu implantar nos espetáculos teatrais em suas casas, Vivo Rio, no Rio, e HSBC Brasil, em São Paulo, a transmissão simultânea de tradução para libras, a língua brasileira de sinais.

Público ávido por “ouvir” as peças por meio da gesticulação não falta. O Censo de 2010 contou mais de 9,7 milhões de brasileiros com deficiência auditiva.

A novidade começa já nesta quinta (5), no espetáculo Os Suburbanos, no Vivo Rio, com Rodrigo Sant’anna e Talita Carauta.

Cinquenta surdos do Ines (Instituto Nacional de Educação de Surdos do Rio)foram convidados especialmente para o lançamento da novidade e marcarão lugar na plateia.

O mesmo acontecerá com outras duas peças que serão apresentadas, na sequência, em São Paulo, no HSBC Brasil: Comício Gargalhada, no dia 20 deste mês, com Rodrigo Sant’anna, e Nóis na Fita, nos dias 21 e 22 de agosto, com Marcius Melhem e Leandro Hassum.

A transmissão em libras será feita em um telão, pelas intérpretes Rafaella Sessenta e Monica Souza, da Arte Libras.


Fonte: R7

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Brasília investe em sinalização turística, acessibilidade e centros móveis de atendimento ao turista

Secretaria de Turismo do Distrito Federal (Setur-DF) captou, junto ao Ministério do Turismo, recurso para dar sequência a três projetos que irão preparar a cidade com excelência para o fluxo de visitantes. O montante será usado nas propostas de revisão da sinalização turística, de obras de acessibilidade e de aquisição de vans para o funcionamento de Centros de Atendimento ao Turista Móveis. Além de consolidar o compromisso de Brasília como um grande polo indutor das atividades de visitação, as ações deverão deixar a capital federal ainda mais preparada para eventos como a Copa das Confederações e a Copa do Mundo de 2014. Ao todo, serão investidos quase R$ 3 milhões em recursos para os projetos. A maior parte será destinada à sinalização turística.
O objetivo é facilitar a localização e o deslocamento dos visitantes ao longo do Eixo Rodoviário, monumentos e atrativos. Para isso, serão implantadas 1.011 placas, entre interpretativas e turísticas. O ordenamento segue as quatro escalas determinadas por Lucio Costa. “A sinalização turística é um item fundamental da construção, valorização, manutenção e padronização da infraestrutura da cidade. O trabalho irá contribuir para que turistas e brasilienses tenham garantia de conforto e qualidade de vida ao se deslocarem dentro e fora do território do Distrito Federal”, explica o subsecretário de Infraestrutura Turística da Setur-DF, Júlio Menegotto.
Os pontos destacados como foco do projeto de sinalização também serão beneficiados pelo plano de adequação dos espaços para receber pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida. Ainda por meio da Subsecretaria de Infraestrutura Turística, o trabalho prevê a promoção da acessibilidade por meio de rampas, calçadas rebaixadas, escadas, elevadores, mudanças de níveis e outros instrumentos que possam facilitar a locomoção. Também para tornar a estadia do turista mais ágil e, ao mesmo tempo, avançar na divulgação dos atrativos da cidade, inclusive entre os moradores, a Secretaria de Turismo do DF irá disponibilizar informações de maneira itinerante.
O valor liberado pelo Ministério do Turismo também será empregado para a aquisição de duas vans, que funcionarão como Centros de Atendimento ao Turista Móveis. A ideia consiste em manter as unidades com atendentes capacitados nos pontos de maior movimentação turística, já na Copa das Confederações. Os veículos deverão ficar posicionados nas proximidades do Estádio Nacional de Brasília, Fan Fest, no caso da Copa do Mundo, e outros lugares. “As unidades móveis têm como benefício o fácil e rápido deslocamento a fim de ir ao encontro do público alvo, turistas nacionais e estrangeiros em visita a Brasília."
"A oportunidade é para divulgação da oferta turística local”, afirma a subsecretária de Promoção e Eventos, Janaína Santiago. “Uma unidade móvel bem equipada, com possibilidade de projeção de vídeos, bancadas de apoio, ambiente de recepção, material impresso de divulgação e atendentes bem preparados é chamariz e ferramenta indispensável para promoção do turismo em nossa cidade que abrirá a Copa das Confederações e será sede da Copa do Mundo e de outros eventos de grande porte.”

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Censo 2010 revela novos dados sobre as pessoas com deficiência

Praticamente um quarto da população brasileira tem pelo menos um tipo de deficiência visual, auditiva, motora ou intelectual, num total de 45 milhões de pessoas. O número equivale a 24% dos 190 milhões de habitantes do País. A constatação faz parte do Censo 2010 e foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A metodologia da pesquisa foi baseada na seguinte pergunta: “você tem dificuldade de…?”. A partir deste questionamento foi feita a captação da possível deficiência dos entrevistados e o respectivo grau de severidade. Não entraram na conta, por exemplo, quem usa óculos para ler um livro ou dirigir, já que está apto a fazer tais atividades.

“Um outro exemplo são os cadeirantes. Eles entram na deficiência motora, mas se a pessoa tiver uma casa totalmente adaptada, que ela não tenha dificuldade para se locomover, e um carro também adaptado que a leve para qualquer lugar, então não será contada como deficiente”, explica Andréa Borges, coordenadora do levantamento do IBGE.

Não entrará nas estatísticas em função da questão ser autodeclarante, como os próprios pesquisadores definem. Ou seja, se o investigado, justamente pelas facilidades tecnológicas, não se considerar um deficiente, já que ele consegue fazer tudo que uma pessoa que anda normalmente consegue, não será somado no número final de incapacitados.

A deficiência visual foi a mais citada: 18,8% dos brasileiros têm dificuldade para enxergar ou são cegos em absoluto. Os deficientes auditivos correspondem a 5%, enquanto os motores são 7% e mentais, 1,4%. Na separação por sexos, 21% dos homens têm algumas das dificuldades citadas, enquanto as mulheres registram índice maior: 27%. “Como a mortalidade dos homens é mais alta, então você encontra mais mulheres em idade avançada com algum tipo de deficiência”, afirma Andréa Borges.

Ainda de acordo com a pesquisa, a primeira curva do gráfico das deficiências se faz clara aos 10 anos de idade, no período em que a percepção das dificuldades, sejam motoras, auditivas, mentais ou visuais, se tornam mais claras com o avanço na vida escolar. Do 0 aos 14 anos, 7,5% dos brasileiros apresentaram algum tipo de deficiência. Dos 15 aos 64 anos, 25% responderam que tinham pelo menos uma das dificuldades cotidianas citadas. Já entre os que têm idade avançada, a partir dos 65 anos, este número mais que dobra: 68%.

Estados e raças
 Dos que se declararam de alguma forma incapacitados, a grande maioria vive nas áreas urbanas do País: 38 milhões de pessoas. Nas zonas rurais são sete milhões. Segundo as regiões, a maior presença de deficientes está no Nordeste. No Rio Grande do Norte, por exemplo, constatou-se que, em 12% dos municípios, 35% dos investigados têm pelo menos uma das limitações colocadas na pesquisa. O Distrito Federal, por outro lado, tem 23%

Em relação à cor ou raça, a maior taxa dos entrevistados com algum tipo de deficiência está entre os que se definiram como pretos e amarelos, ambos com 27%. A população branca têm 23,5%, enquanto os indígenas apresentaram um número menor: 20%. “Os índios foram os que menos reclamaram de deficiência visual, por exemplo, o que evidencia que o contexto em que eles vivem pode não exigir muito deles nesse sentido”, complementa a coordenadora do IBGE.

Mercado de trabalho
 Na questão da força de trabalho e das condições para exercê-lo, observou-se que a deficiência intelectual é ainda a maior barreira para os que pretendem ingressar no mercado, tanto para a população masculina, quanto para a feminina, seguida pela deficiência motora.

A taxa de ocupação dos investigados, no entanto, varia pouco entre os que responderam ter ou não alguma incapacidade. Entre os que têm 10 anos ou mais de idade, 46% dos que se declararam com algum tipo de deficiência estão ocupados. O número entre os que não se consideram deficientes não é muito maior: 53%.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Lançado o Access City 2013, o prêmio europeu para cidades acessíveis

A Comissão Europeia  (CE) deu início ao concurso para a terceira edição do “Prémio Access·City” 2013, o Prémio Europeu para Cidades Acessíveis. O prémio anual reconhece e celebra as cidades que estão empenhadas em proporcionar um ambiente acessível para todos e em particular para as pessoas com deficiência.

O prémio faz parte dos esforços alargados da UE para criar uma Europa sem barreiras: uma acessibilidade melhorada resulta em benefícios económicos e sociais duradouros para as cidades, em particular num contexto de envelhecimento demográfico. As cidades com pelo menos 50 mil habitantes têm até 5 de setembro de 2012 para apresentar a sua candidatura.

"As portas das nossas cidades devem estar abertas a todas as pessoas", afirmou a Comissária da UE responsável pela Justiça, Viviane Reding. "Existem fortes argumentos para a defesa da acessibilidade. Este prémio homenageia as cidades que demonstram como uma cidade pode ser acessível: através da partilha de experiências. Os sucessos de algumas cidades podem servir de inspiração para outras em toda a Europa".

Cerca de 80 milhões de cidadãos europeus são portadores de deficiência. Com o envelhecimento da sociedade, o número de pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida é cada vez maior.

Proporcionar a todos o acesso aos transportes urbanos, espaços públicos e serviços, assim como às tecnologias, tornou-se um verdadeiro desafio. Contudo, a melhoria da acessibilidade também proporciona benefícios económicos e sociais e contribui para a sustentabilidade e capacidade de inclusão no ambiente urbano.


segunda-feira, 2 de julho de 2012

Muito pobres


Meu povo, na última sexta-feira (28/06) foram divulgados novos dados do IGBE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em relação aos ‘zimininos’ com deficiência deste país.

Os dados são históricos porque dão um panorama menos ‘chutato’ das características básicas do povão sem perna, sem braço, com o escutador de novela avariado, que puxa-cabelo ou que é meio trelelé de modo geral.

Pois bem, um ponto que me chamou muito a atenção (e me deixou meio bege também) foi em relação à renda dos ‘malacabados. Gravem o número:

46,4% dos deficientes brasileiro acima de dez anos recebem de nada até um, eu disse, um salário mínimo.

É muita gente na pobreza, zente. Na pobreza e tendo de arcar com despesas próprias da condição física ou sensorial: equipamentos, medicamentos, meios de transportes e por aí vai….

Para vocês terem ideia, entre a população convencional, digamos assim, o índice de gente na mesma condição financeira, ou seja, que vive com R$ 622 contos, é de 37,1%.

E qual a origem disso? O IBGE não futricou nisso, mas podemos levantar algumas possibilidades.

- Muuuuitos ‘dificientes’ vivem às custas de bolsas misérias, de ajudas assistenciais ou são aposentados por invalidez.

- As oportunidades de trabalho pros ‘malacabados’ são, em sua maioria, de chão de fábrica. Funções muito simples, de pouca qualificação e pouco salário.

E esse cenário tem a ver também com as condições precárias de acesso em nosso país. Se não conseguimos sair de casa, vamos nos preparar como para o mundo? Se não temos escolas acessíveis, vamos estudar como?

Mesmo com toda essa dureza, de acordo com o levantamento, 20 milhões (de 46 milhões de estropiados do país) estão quebrando pedra no mercado de trabalho. É muita gente ganhando uma merreca.

Os homens ‘malacabados’ conseguem mais vagas no mercado de trabalho que as mulheres: Enquanto 60,3% dos homens com deficiência conseguem um trampo, 41,7% da mulherada consegue.

Nesse caso, é o duplo preconceito a ser enfrentado para garantir dignidade…. é ou não é de chorar pelado no asfalto quente?!

Ao longo desta semana, discuto com ‘ceitudo’ outros números que precisamos discutir, disseminar e batalhar para que mudem… Aguardeeeeem!