quinta-feira, 30 de abril de 2015

Como conseguir Cadeira de Rodas Motorizada pelo SUS



Para conseguir uma doação de cadeira de rodas motorizada pelo SUS é necessário:

1°- Ir ao posto de saúde do SUS
2°- Pedir ao médico uma receita determinando a necessidade de ter a cadeira motorizada para livre locomoção,
3°- Com a receita em mãos procure a assistente social do posto de saúde para que ela faça o encaminhamento do pedido de doação
de acordo com a lei abaixo apenas essa receita basta, pois de acordo com a constituição a prescrição médica não pode ser descumprida pelo governo.
LEI:
COORDENAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – LEGISLAÇÃO FEDERAL ÓRTESE, PRÓTESE E MATERIAIS ESPECIAIS-OPM
1-MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE PORTARIA Nº 116, DE 9 DE SETEMBRO DE 1993 DO 176, DE 15/9/93
O Secretário de Assistência à Saúde, no uso de suas atribuições e,considerando a integralidade da assistência, estabelecida na Constituição Federal e na Lei Orgânica de Saúde (Lei nº 8.080 de 16.09.90);
Considerando que o atendimento integral à saúde é um direito da cidadania e abrange a atenção primária, secundária e terciária, com garantia de fornecimento de equipamentos necessários para a promoção, prevenção, assistência e reabilitação;Considerando que o fornecimento de órteses e próteses ambulatoriais aos usuários do sistema contribui para melhorar suas condições de vida, sua integração social,minorando a dependência e ampliando suas potencialidades laborativas e as atividades devida diária;
Considerando a autorização estabelecida pela RS nº 79 de 02/09/93 do Conselho Nacional de Saúde, resolve:
1 – Incluir no Sistema de Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde – SIA/SUS a concessão dos equipamentos de órteses, próteses e bolsas de colostomia constantes do Anexo Único.
2 – A concessão das órteses e próteses ambulatoriais, bem como a adaptação e treinamento do paciente será realizada, obrigatoriamente, pelas unidades públicas de saúde designadas pela Comissão Bipartite. Excepcionalmente, a referida comissão poderá designar instituições da rede complementar preferencialmente entidades universitárias e filantrópicas para realizar estas atividades.
3 – Caberá ao gestor estadual/municipal, de conformidade com o Ministério da Saúde, definir critérios e estabelecer fluxos para concessão e fornecimento de órteses e próteses, objetivando as necessidades do usuário.
4 – O fornecimento de equipamentos deve se restringir aos usuários do Sistema Único de Saúde que estejam sendo atendidos pelos serviços públicos e/ou conveniados dentro da área de abrangência de cada regional de saúde.
5 – Fica estabelecido que a partir da competência setembro/93, o Recurso para Cobertura Ambulatorial – RCA será acrescido de 2,5 %, destinado ao pagamento das órteses e próteses fornecidas aos usuários.
Vale lembrar que em maio de 2013 o SUS passou a oferecer cadeira de rodas motorizada, equipada com motor elétrico que pode ser movida por controle remoto, pelo queixo ou boca. Também ofertará a cadeira monobloco, leve e portátil, que possui mecânica favorável à propulsão e manobras em terrenos acidentados ( Veja o link: http://zip.net/bxqFFT). Esse projeto faz parte do Programa “Viver sem Limites” que prometia aplicar, até o final de 2014, R$ 7,6 bilhões para atender a população com deficiência, que hoje já ultrapassa os 45 milhões.

Referência: Instituto Sem Barreiras via DeficienteCiente

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Ex-UFC Realiza Sonho de Lutador com Síndrome de Down: Ser Campeão


Aposentado desde 2010, o lutador de MMA Nate Quarry aceitou entrar no octógono novamente para enfrentar o jovem com síndrome de Down Jake Beckmann.
Jake treina em uma academia na cidade de Roseland, nos EUA, e perguntava insistentemente para seu treinador quando poderia disputar um torneio de MMA. O treinador não se conformou em dizer ao aluno que ele nunca poderia disputar. Então, publicou um anúncio no Facebook perguntando se alguém gostaria de enfrentar Jake em um evento amador na cidade. Para sua surpresa, Nate Quarry respondeu dois dias depois se colocando à disposição para lutar com o rapaz.
A luta foi realizada no último sábado (18) e Jake venceu Nate Quarry por finalização, com uma chave de tornozelo. Após a luta, o jovem disse que mal podia esperar para mostrar o cinturão ao pai.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Menina nasce para tentar curar irmã de doença grave


Primeiro caso da América Latina, Maria Clara foi embrião compatível para o transplante de medula na irmã Maria Clara, que tinha grave doença.

Primeiro caso da América Latina, Maria Clara foi embrião compatível para o transplante de medula na irmã Maria Clara, que tinha grave doença.Fantástico: Do que vocês gostam de brincar?
Maria Vitória, 8 anos: De supermercado a gente brinca. De mamãe-filhinha.
Uma tem 8 anos. A outra, 3.
As duas meninas fazem parte de uma história muito sofrida. O drama da Maria Vitória começou quando ela ainda era um bebê de 5 meses de idade.
“Ela começou a apresentar febre, aí o hemograma deu que ela estava com muita anemia, o médico resolveu interná-la. Uns dias depois saiu o resultado do exame dizendo que ela tinha talassemia major e ela acabou fazendo a primeira transfusão dela dentro do hospital, com 5 meses”, conta Jênyce da Cunha, mãe das meninas.
A talassemia major é uma doença genética grave no sangue. A menina tinha que fazer transfusões frequentes.
“Você imagina isso para uma criança, extremamente complicado. E para o resto da vida. Levando em consideração que um adulto pode ter essa frequência a cada dez dias”, explica o médico geneticista Ciro Martinhago.
Eduardo da Cunha: Aí a gente falou: ‘meu, não vou deixar ela viver com isso’.
Jênyce da Cunha: Está emotivo, hein?
Eduardo da Cunha: Bastante. Ah, muita coisa. Volta um monte de coisa na cabeça.
Só um transplante de medula poderia curar a criança. E é aí que a fofura da Maria Clara entra na história. Eduardo e Jênyce decidiram ter outro filho. E pensaram: por que não tentar um bebê sem a doença, e que ainda pudesse ser doador em um transplante de medula óssea para Maria Vitória?
“Nós selecionamos em laboratório, através da fertilização in vitro. E em 24 horas, eu disse para a clínica de fertilização quais embriões eram normais perante à doença. E desses normais quais eram compatíveis paro transplante de medula da irmãzinha”, conta Ciro Martinhago.
Mas não foi só selecionar os embriões sem a doença, escolher o compatível para o transplante, fazer a fertilização e pronto. Existe um drama ético nesse processo todo.
“Tais testes genéticos só devem ser feitos com a precisa indicação de se evitar enfermidades graves. Jamais para atender um eventual capricho dos pais. Por exemplo, cor dos olhos, cabelo, compleição física e até mesmo outros atributos”, explica o fundador da Sociedade Brasileira de Bioética Carlos Vital.
“Essa criança que vai nascer pode se sentir usada. Então, o casal precisa ser preparado psicologicamente para que isso não aconteça”, diz o médico geneticista.

Maria Clara foi o primeiro bebê da América Latina selecionado geneticamente para tentar ajudar na cura de um irmão. Em 2013, um ano depois do nascimento da Maria Clara, foi feito o transplante de medula para a irmã mais velha.
“Todo mundo acha que é medula espinhal. Então, não tem nada a ver com a medula espinhal. Quer dizer, a medula óssea são células. Essas células estão presentes em todos os ossos do corpo. Só que como é mais fácil, a gente colhe as células da bacia, que é um osso grande de fácil acesso. Então essas células são colhidas e são transplantadas”, diz o médico responsável pelo transplante, Vanderson Rocha.
Maria Vitória também passou por sessões de quimioterapia, para destruir as células doentes.
Fantástico: Como que foi o dia do transplante?
Jênyce da Cunha: Ah, o dia do transplante foi um dia muito emocionante pra mim porque foi a conclusão da primeira parte da conquista da Maria Vitória.
Eduardo da Cunha: E eu tinha uma avó, que ela me criou pra vida inteira. E ela faleceu no dia que a Maria Vitória recebeu...
Fantástico: O sangue.
Eduardo da Cunha: Ela faleceu exatamente no dia.
Jênyce da Cunha: E a Maria Vitória estava revivendo naquele momento.
E agora, dois anos depois do transplante, chegou o momento tão esperado por todos: a hora de saber se todo esse esforço valeu a pena.
“Ela está super bem, não tem nenhuma evidência de complicações do transplante. Dá para dizer que ela tá curada”, diz Vanderson Rocha.
“Graças a Deus, ela tá curada. Isso não tem nada mais importante. Nada”, diz o pai das meninas.
Fantástico: Deu um pouquinho do seu sangue pra sua irmã?
Maria Clara: Sim. Que é pra ela sarar.
Fantástico: Pra ela sarar, né? E ela sarou?
Maria Clara: Sim.
Fantástico: O que que você acha disso?
Maria Vitória: Ah, legal. Eu acho legal. É melhor do que ser qualquer pessoa.
“Ela foi muito forte e ela contribuiu demais pra cura dela. Demais, demais, demais”, conta Jênyce da Cunha, mãe das meninas.
Mostramos para esta família tão guerreira uma reportagem do Jornal Nacional feita na época do nascimento da Maria Clara.
Maria Clara: Eu era pequenininha.
Jênyce da Cunha: Ai, que linda!
Maria Clara: E eu estava no colo da Ma.
Jênyce da Cunha: É!
Fantástico: E como que é agora essa sensação de missão cumprida?
Eduardo da Cunha: Não é nem que se tivesse tirado um peso. É Missão cumprida mesmo.
Jênyce da Cunha: Tem pessoas que desistem no começo, no meio do caminho. Tem que ir até o fim. Você pode sofrer, sorrir, chorar. Uma hora a gente consegue, não pode desistir.
Fantástico: Foi longa?
Jênyce da Cunha: Foi longa. Foi sofrida? Foi sofrida. Mas olha a minha filha. Linda. Curada. Não tem preço que pague isso.

Fonte: Fantástico - 05/04/2015.


quarta-feira, 1 de abril de 2015

Câmara aprova Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, relatada por Mara Gabrilli

Após um acidente de carro, a deputada Mara Gabrilli (SP)viveu a experiência de não conseguir falar, se mexer nem respirar sozinha. Tetraplégica, ela conhece profundamente a situação dos 45 milhões de brasileiros que têm algum tipo de deficiência. Esse conhecimento deu a ela o papel de relatora do Estatuto da Pessoa com Deficiência, aprovado nesta quinta-feira (5) no plenário da Câmara. O texto seguirá para o Senado.

“Tenho muita gratidão por ter sido eleita para viver esse momento e saber que, a partir de hoje, 45 milhões de brasileiros passarão a ter direitos e poderão deixar de ser invisíveis”, disse da tribuna a tucana, que é terceira secretária da Mesa.
O projeto que deu origem ao texto é do ano de 2006, anterior à Convenção da ONU sobre os direitos das pessoas com deficiência. O documento resultante da reunião foi aprovado no Congresso em 2008 com quórum qualificado, ou seja, recebeu status de norma constitucional. “De lá para cá, muitos ‘fazedores de lei’, parlamentares e juízes, não conhecem a convenção e a desrespeitam”, explicou Mara.

Acesse o texto da Lei Brasileira da Inclusão da Pessoa com Deficiência na íntegra.
Confira as inovação da LBI.

No início do primeiro mandato, em 2011, a deputada deu início a um trabalho conjunto com juristas, especialistas e parlamentares para adaptar o projeto inicial. “Pela primeira vez na Casa um projeto foi feito de forma tão democrática”, lembrou. O resultado desse trabalho ainda foi avaliado em diversas audiências públicas por todo o país.

A população enviou suas considerações durante o período de consulta pública, de seis meses. O texto foi integralmente traduzido na Língua Brasileira de Sinais, algo inédito na Câmara. Mara destacou que o estatuto não é fruto de uma ou outra legenda: é suprapartidário. “Ter ou não uma deficiência não diz respeito a partido algum e isso os deputados demonstraram nas audiências feitas em todo o Brasil”, completou.

Entre outras medidas, o texto define o que é considerado deficiência e prevê atendimento prioritário em órgãos públicos para as pessoas com deficiência, além de dar ênfase nas políticas públicas.

O deputado Otavio Leite (RJ) destacou a abrangência da proposta: “23% da população brasileira têm algum tipo de deficiência e têm pleno direito consagrado na constituição aos bens civilizatórios, a tudo o que o ser humano pode alcançar na sua vida, como oportunidades de emprego, acesso a saúde e educação”, disse.

Ciência e Tecnologia – O plenário aprovou, por 315 votos a 1, o regime de urgência para o Projeto de Lei 2177/11, do líder da Oposição, deputado Bruno Araújo (PE), que muda a forma de atuação das instituições científicas e tecnológicas (ICT) públicas perante empresas e estimula a participação de pesquisadores junto a projetos de pesquisa por meio de parcerias com o setor privado.

Fonte: Mara  Gabrilli