segunda-feira, 25 de abril de 2011

iPESQUISA: Bahia testa terapia com células-tronco em paraplégicos

Procedimento inédito consiste na aplicação de células retiradas da medula óssea do próprio paciente no local do trauma.

Com o novo tratamento feito com células-tronco,
espera-se que pacientes paraplégicos voltem a sentir
sensibilidade dos membros inferiores (Thinkstock)
Após quatro anos de testes em animais domésticos, uma terapia inédita para devolver sensibilidade a vítimas de trauma raquimedular - lesão que causa comprometimento da função da medula espinhal - começa a ser testada em seres humanos na Bahia. O tratamento, desenvolvido por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-BA), em parceria com os Hospitais São Rafael e Espanhol e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), consiste na aplicação de células-tronco mesenquimais, retiradas da medula óssea da bacia dos próprios pacientes, diretamente na região onde ocorreu o trauma.

O procedimento foi testado inicialmente em dois gatos, no início de 2007, que não tinham sensibilidade nem controle da musculatura do abdome à cauda. Em um mês, os animais recuperaram a sensibilidade. Um deles voltou a ficar sobre as quatro patas quinze dias após o início do tratamento.

No total, dez animais domésticos, entre cães e gatos, foram submetidos ao procedimento. Todos haviam perdido completamente os movimentos dos membros inferiores após traumas. Monitorados por um ano, eles recuperaram a sensibilidade dos membros e o controle da bexiga. A maioria também voltou a se sustentar sobre as quatro patas e alguns ensaiaram passos.

O primeiro paciente humano a ser submetido à terapia é um policial militar de 45 anos, que perdeu a sensibilidade dos membros inferiores há cinco anos, após cair do telhado. Ele recebeu uma cultura de células, cultivada por um mês, no dia 14 de abril. Agora, passa por duas sessões diárias de fisioterapia e está sob monitoramento.

Além dele, 19 voluntários serão submetidos ao teste nesta fase, que deve seguir até o fim do ano. Os pacientes são escolhidos com base em um perfil bastante específico, que inclui itens como trauma fechado (sem exposição da medula), ocorrido há mais de seis meses e que resultou em paraplegia completa.

(Com Agência Estado)

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Parque de exposição em Maringá tem problemas de acessibilidade

Rosângela Gris


O Parque de Exposições Francisco Feio Ribeiro em Maringá, que será palco da Exposição Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Maringá (Expoingá) no próximo mês, apresenta falhas de acessibilidade para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. É o que aponta o relatório elaborado pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná (CREA-PR), que fiscalizou o local em janeiro deste ano o pedido do Ministério Público.

Entre as irregularidades apontadas estão rampas com inclinação inadequada, ausência de corrimão, banheiros sem adaptações, inexistência de vagas no estacionamento para pessoas com deficiência e desnível entre os pavilhões. "A fiscalização foi realizada com base na norma de acessibilidade, a NBR 9050. A intenção é identificar os itens não atendidos e que devem ser melhorados ou implementados para o atendimento às exigências", explicou o gerente da regional do CREA-PR em Maringá, Edgar Matsuo Tsuzuki.

Na arena de shows, por exemplo, a rampa de acesso está excessivamente inclinada. Outra falha apontada no relatório é a falta de demarcação no piso delimitando o espaço para cadeirantes. "Esses padrões existem para que o cadeirante tenha autonomia, mas neste caso ele vai precisar de um auxílio para subir a rampa e para achar um lugar para assistir aos shows", relata o arquiteto Manoel de Oliveira Filho, membro da comissão de acessibilidade do CREA/PR.

Os banheiros com box para deficientes também não atendem integralmente as normas de acessibilidade. "De acordo NBR 9050, um banheiro adaptado deve ter duas barras de apoio, um lavatório suspenso, uma porta com abertura para fora, e nem todos esses itens foram preenchidos", comenta Manoel de Oliveira Filho.

Na área entre os pavilhões o problema está nos desníveis que impedem o acesso de pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. "Às vezes, um degrau de três centímetros ou a falta de um puxador é uma barreira instransponível para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, como as gestantes e pessoas com muleta", destaca Tsuzuki.

O levantamento fotográfico das irregularidades apuradas pelo CREA-PR foi encaminhado para o Ministério Público para análise. "Apurada as irregularidades, vamos acionar as partes envolvidas e fazer um termo de ajustamento de conduta", informa a promotora da Saúde Pública, Idoso e Deficientes, Esttela Santana Ferreira Pinheiro. O termo vai estabelecer as mudanças que deverão ser feitas nos estabelecimentos, bem como os prazos. Caso o termo não seja cumprido, será aplicada multa.

A Sociedade Rural de Maringá (SRM), organizadora da Expoingá, informou por meio da assessoria de imprensa que ainda não foi notificada sobre as possíveis irregularidades de acessibilidade no parque de exposição, mas adiantou que, em caso de solicitação, fará as adequações necessárias a exemplo dos anos anteriores. A estimativa dos organizadores é receber cerca de 500 mil visitantes durante os 11 dias de festa.


Fonte: odiaro.com

Curso Orientará Professores sobre Alunos com Deficiência Visual

Se você é professor(a) e deseja preparar-se para ministrar aulas a pessoas com deficiência visual, não deixe de participar!

Curso:

A CONSTRUÇÃO DAS IDENTIDADES SOCIAIS DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA VISUAL E SUA IMPORTÂNCIA NAS AULAS DE LEITURA

Orientador:

Prof. Dr. Saulo Cesar Paulino e Silva



Objetivo Geral

Reconhecer a importância das identidades sociais do aluno deficiente visual em contexto de letramento.

Objetivo Específico

Adequar as estratégias de ensino/aprendizagem para o aluno com deficiência visual, propondo-se as adaptações curriculares necessárias às suas necessidades nas aulas de leitura.

Conteúdo

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  • A leitura como prática social
  • A leitura em contexto de letramento
  • A prática do letramento e as identidades sociais do aluno com deficiência visual
  • O conceito de identidades sociais
  • A mediação discursiva
  • A pessoa com deficiência visual
  • Breve conceito sobre deficiência visual
  • Louis Braille
  • Tecnologias Assistivas
  • A escola inclusiva
  • Adaptações curriculares
  • Estratégias de leitura para alunos com deficiência visual
  • Sugestões de filmes e textos

Carga horária:

60 h/a

Início: 02 de maio
Término: 30 de junho

Certificação:

Ao final do curso, serão entregues certificados de conclusão aos alunos que tiverem, no mínimo, 75% de frequência.

Mais informações pelo site http://www.afeip.org 

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Governo Brasileiro prepara CONSULTA PÚBLICA ao relatório de monitoramento à Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência na Organização das Nações Unidas (ONU)

Data: 04/04/2011

No dia 1º de agosto de 2008, o governo brasileiro depositou seu ato de ratificação à Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência na Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo as normas da ONU, o primeiro Relatório de Monitoramento do cumprimento da Convenção deve ser entregue após terem se completados dois anos de sua ratificação. Além dos cuidados relativos à forma e ao conteúdo do relatório (preparação, abrangência e consistência na apresentação), uma das obrigações fundamentais do Governo brasileiro é assegurar a participação das organizações não-governamentais (ONGs) de pessoas com deficiência na elaboração desse relatório, de forma construtiva, com vistas a melhorar a qualidade da informação e promover a fruição por todos dos direitos protegidos pela Convenção. O engajamento da sociedade civil assegura a transparência democrática.

No dia 31 de março, como parte do compromisso do governo brasileiro em viabilizar a ampla participação da sociedade no processo de construção do relatório, o secretário nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Humberto Lippo, assinou Aviso de Consulta Pública Nacional aberta à manifestação de todos, o qual deverá ser publicado no Diário Oficial da União.

Essa consulta terá duas vertentes: por um lado, o relatório será disponibilizado em sítio eletrônico governamental acessível para registro de manifestações e contribuições de toda sociedade brasileira em seu texto final; por outro será analisado pelos Conselhos de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, nas esferas municipal, estadual e nacional.

A consulta pública terá início no dia 8 de abril e se encerrará no dia 7 de junho de 2011. Durante os 60 dias de sua duração, as contribuições e sugestões fundamentadas e devidamente identificadas deverão ser encaminhadas, preferencialmente, por meio do formulário eletrônico disponível no endereço https://www.consultas.governoeletronico.gov.br, a partir das 0h do dia 08 de abril de 2011 até às 24h do dia 07 de junho de 2011.

Leia aqui a Carta de Apresentação da Consulta Pública do secretário Humberto Lippo
Acesse o Relatório Monitoramento Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência ONU

Serão também consideradas as manifestações recebidas até às 17h do dia 07 de junho de 2011, encaminhadas por carta, fax ou correio eletrônico para:


Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República
Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência
Edifício Parque Cidade Corporate, Torre A, 8º andar
Setor Comercial Sul B, Quadra 09, Lote C
CEP: 70308-200, Brasília (DF)
Fax: (0xx61) 2025-9747
Correio eletrônico:  pessoacomdeficiencia@sdh.gov.br