sexta-feira, 28 de julho de 2017

Curso Básico de Espiritismo para falantes do idioma espanhol em São Paulo






Local: Centro Espírita Caminho da Redenção
Dias e horários: Todos os domingos, a partir de 30 de Julho, a partir das 9h30min.
Endereço: Rua Cassandoca, 535
Bairro: Moóca
CEP:  03169-010
São Paulo-SP

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Comissão busca informações sobre atendimento a alunos com deficiência auditiva



DA REDAÇÃO


A Comissão de Educação, Cultura e Esportes da Câmara aprovou nesta quarta-feira (28/6) um requerimento de informações à Secretaria Municipal de Educação sobre o atendimento inclusivo de alunos com deficiência auditiva na rede municipal de ensino.

De acordo com a autora do requerimento, vereadora Aline Cardoso (PSDB), as escolas  bilíngues, EMEPS (Escolas Municipais Especiais para Surdos), estão correndo o risco de serem fechadas por conta do esvaziamento das salas. Segundo ela, os estudantes estão matriculados em escolas comuns ou escolas inclusivas.

“Antes de fazer qualquer tipo de proposta para melhorar o sistema precisamos entender como está funcionando. A quantidade de alunos com deficiência auditiva, a quantidade de escolas especiais, onde estão localizadas e se há dificuldade de acesso. O objetivo é entender o que está acontecendo e depois agir para melhorar a condições dos alunos”, afirmou a vereadora.

Conselho Tutelar

Os vereadores da Comissão também aprovaram o parecer favorável do vereador Toninho Vespoli (PSOL) ao Projeto de Lei (PL) 418/2011, que determina a fixação de placa informativa com número telefônico (125) do Conselho Tutelar nas escolas públicas do Município.

Para o relator é importante que os alunos e familiares tenham acesso aos contatos para realização de denúncias. “A grande maioria da população acaba não tendo acesso ao número. É um lugar onde não só as crianças vêem, mas os pais também acabam tendo acesso. Geralmente são os adultos que fazem mais denúncias sobre agressões ou uma situação de abandono de alguma criança”, defendeu.

A proposta segue em tramitação na Câmara até que seja discutida no Plenário. Participaram da reunião o presidente da Comissão, vereador Professor Claudio Fonseca (PPS), Celso Jatene (PR) e Arselino Tatto (PT).

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Vereadora quer ultrassom 3D para gestantes cegas



 DA REDAÇÃO

Um Projeto de Lei da vereadora Patricia Bezerra (PSDB) pretende permitir para as gestantes cegas da capital um pré-natal com direito a um ultrassom em três dimensões, possibilitando que a futura mãe possa tocar um molde do bebê. É o que propõe o PL 2019/2015, de autoria da tucana.

Segundo a justificativa da proposta que está em tramitação, acompanhar a evolução do feto não é um direito acessível à mulher cega, que depende do médico ou do técnico do exame para descrever em palavras como são as feições do bebê, o tamanho e o sexo.

Ainda de acordo com o PL, o sistema do ultrassom em três dimensões foi desenvolvido pelo Instituto Nacional de Tecnologia do Rio de Janeiro, órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Para a parlamentar, é dever do Poder Público maximizar esforços para garantir o direito integral da saúde da mulher gestante, particularmente às portadoras de alguma necessidade especial. O projeto autoriza o Executivo a buscar parcerias e oferecer o serviço.

Acompanhe aqui outros projetos em tramitação da vereadora Patricia Bezerra. No link você também pode obter os canais de comunicação do parlamentar e participar diretamente do mandato com propostas, sugestões ou receber informativos através do formulário “Fale com o(a) vereador(a)”.

Fonte: CMSP

Como Designar Pessoas que Têm Deficiência?




A maioria das pessoas, inclusive as com deficiência, muitas vezes utilizam termos conceitualmente inadequados para designar pessoas que possuem alguma deficiência.

Alguns desses termos, que um dia já foram oficiais, como "deficientes", pessoas deficientes", "portadoras de deficiência" ou "portadoras de necessidades especiais", persistem no tempo, na memória coletiva, sendo muitas vezes preservados e reafirmados pelos títulos de entidades civis e governamentais que não têm como se livrar de burocracias oficiais para atualizarem seus nomes. Um exemplo disso é a Associação de Assistência à Criança Defeituosa - AACD, hoje denominada Associação de Assistência à Criança Deficiente. Outro exemplo é o da própria CORDE como "Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência" que, após 20 anos com esse nome, recentemente passou de coordenadoria para o status de subsecretaria como Subsecretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, dessa vez, porém, sendo um bom exemplo de atualização.

Para a jornalista Maria Isabel da Silva, em seu artigo "Por que a terminologia 'pessoas com deficiência'?", os termos utilizados possuem importância porque "Na maioria das vezes, desconhece-se que o uso de determinada terminologia pode reforçar a segregação e a exclusão.(...) e (...) "Além disso, quando se rotula alguém como "portador de deficiência", nota-se que a deficiência passa a ser "a marca" principal da pessoa, em detrimento de sua condição humana".

Segundo Romeu Kasumi Sassaki, "a tendência é no sentido de parar de dizer ou escrever a palavra "portadora" (como substantivo e como adjetivo). A condição de ter uma deficiência faz parte da pessoa e esta pessoa não porta sua deficiência. Ela tem uma deficiência. Tanto o verbo "portar" como o substantivo ou o adjetivo "portadora" não se aplicam a uma condição inata ou adquirida que faz parte da pessoa. Por exemplo, não dizemos e nem escrevemos que uma certa pessoa é portadora de olhos verdes ou pele morena.". (livro Vida Independente: história, movimento, liderança, conceito, filosofia e fundamentos. São Paulo: RNR, 2003, p. 12-16).

No histórico que Maria Isabel da Silva menciona em seu artigo, percebe-se que a terminologia foi se amoldando à sua época: "Até a década de 1980, a sociedade utilizava termos como "excepcional", "aleijado", "defeituoso", "incapacitado", "inválido"... Passou-se a utilizar o termo "deficientes", por influência do Ano Internacional e da Década das Pessoas Deficientes, estabelecido pela ONU, apenas a partir de 1981. Em meados dos anos 80, entraram em uso as expressões "pessoa portadora de deficiência" e "portadores de deficiência". Por volta da metade da década de 1990, a terminologia utilizada passou a ser "pessoas com deficiência", que permanece até hoje."

Alguns argumentos são repetidos entre pessoas com deficiência a respeito das inúmeras designações atribuídas a elas, como a de que "deficiente" não se remete à deficiência que se tem, mas à qualidade de não ser eficiente.; que "pessoa deficiente" acentua uma qualidade de ineficiência na pessoa; que, caso se portasse uma deficiência, poderia-se deixá-la em casa e partir sem ela e que, assim, não se porta ou não uma deficiência, tem-se uma deficiência; que "portadores de necessidades especiais", após tanta luta pela igualdade na diferença, que ser "especial" exclui a pessoa do todo, da igualdade, remetendo-se somente à diferença. Por outro lado, "pessoa com deficiência" reproduz uma verdade, que é a de se ter uma deficiência, aliada ao fato de que essa deficiência é de uma pessoa. Dessa forma, pessoas com deficiência, alunos com deficiência, trabalhadores com deficiência é o que vem sendo utilizado por pessoas que se interessam pelo assunto e pelo conceito.

A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada pela Assembléia da ONU em 2006, assinada pelo Brasil e outros cerca de 80 países em 2007 e ratificada em 2008 pelo Congresso Nacional, foi criada por governos, instituições civis e pessoas com deficiência de todo o mundo e acabou por oficializar o termo "pessoas com deficiência" em seu próprio título, além de o reafirmar em todos os seus artigos, especialmente no artigo de número 1:

O propósito da presente Convenção é o de promover, proteger e assegurar o desfrute pleno e equitativo de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais por parte de todas as pessoas com deficiência e promover o respeito pela sua inerente dignidade.

Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas.

Esse texto procura incentivar o uso da terminologia correta, oficial e proposta pelas próprias pessoas com deficiência que colaboraram na construção desse fantástico tratado de Direitos Humanos que é a Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência e que, aos poucos, vai se espalhando pelo mundo.

Em geral, a pessoa com deficiência, que é caracterizada por sua fragilidade e não por suas qualidades, vai conseguindo se mostrar a todos, antes por ser pessoa do que por possuir uma deficiência. Entretanto este é um processo de lenta assimilação, onde a linguagem possui o seu papel de reveladora de conceitos, mitos, evolução e transformação. Dessa forma, o termo "pessoas com deficiência" está, nesse momento, revelando-se como um ponto da história em que pessoas que têm deficiências se integram à sociedade e esta as inclui.

Assim, Maria Isabel da Silva, em seu artigo em que este texto foi baseado, expressa o papel da linguagem no revelar do olhar da sociedade sobre as pessoas com deficiência: " A construção de uma verdadeira sociedade inclusiva passa também pelo cuidado com a linguagem. Na linguagem se expressa, voluntária ou involuntariamente, o respeito ou a discriminação em relação às pessoas com deficiência. Por isso, vamos sempre nos lembrar que a pessoa com deficiência antes de ter deficiência é, acima de tudo e simplesmente: pessoa."

Fonte: Bengala Legal (Acessado em 26/07/2017 - 16:51)

Inclusão de Profissionais com Deficiência no Mercado de Trabalho



Artigo de Claudio Tavares*

A Inclusão Profissional de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho – A 26 anos, antes do estabelecimento da Lei 8213/91 de 24/07/1991, conhecida como Lei de Cotas para empresas, o profissional com deficiência conseguia ingressar no mercado de trabalho somente através de ações de Associações ou ONGs que os terceirizavam para o poder público.

Após o estabelecimento desta Lei as empresas não tinham a visão de como viabilizar o acesso desses profissionais no mercado de trabalho e lançavam vagas praticamente impossíveis de serem preenchidas na época, muitas exigiam pós-graduação e no mínimo 36 meses de experiência em determinada função, como não conseguiam preencher essas vagas recorriam aos órgãos fiscalizadores e recebiam uma certidão negativa, um documento que informava que ele havia lançado a vaga e procurado o profissional sem sucesso na contratação e que o liberava mais 60 dias para a adequação da lei.

Com a mudança acompanhada de um trabalho de autuação feita pelos fiscais do trabalho e pelo valor das multas aplicadas, vimos a mudança cultural, porém forçada. Os Gestores de Rh queriam de fato contratar pessoas com deficiências, mas confrontavam com a má vontade e desconhecimento dos gestores das áreas, esses foram obrigados a contratar esses profissionais por imposição das novas políticas das empresas juntamente com o RH, pois ser multado custava caro ( e continua sendo, podendo custar milhões ).

Após a primeira inclusão, as dúvidas acabam por serem desmistificadas e é visto que é algo bom e agrega valor para a empresa para os demais colaboradores.

Em 2010 vimos o boom do crescimento da inclusão social e novos cargos de especialistas desse movimento surgirem, juntamente com novas ferramentas e tecnologias para o mercado de trabalho, além de uma melhoria do trabalho de conscientização para disseminação de informações para inclusão, com isso fazendo a retenção e dando continuidade, hoje pessoas com deficiência buscam cada vez mais serem produtivos para de fato fazerem a diferença, atingindo altos cargos e criando um mercado consumidor visto por muitas empresas, exemplo disso a automobilística que apostam suas fichas nesse consumidor.

Depois de toda essa historia, pergunto:

Você candidato consegue ou tem condições (estrutura física) de se aperfeiçoar na sua profissão e atingir as metas definidas pela casa onde trabalha? Você consegue estudar, ou chegar no seu trabalho sem ter uma porcaria de obstáculo na sua frente? Os Governos municipais, estaduais e federais tem feito sua parte? Eu respondo: Não, não tem, por que a acessibilidade urbana continua precária roubando o direito de ir e vir de nós cidadãos.

E você empregador, quando você recebe um currículo, você o analisa completamente? Quando você aprova o perfil profissional e tem alguma dúvida referente a deficiência do candidato você liga para o candidato perguntando se ele precisa de alguma adaptação?

Estamos exatamente no meio de 2 situações: o empregador que não quer contratar ou fazer a inclusão de forma seria, e do candidato que em muitas vezes cumprem todas as exigência da empresa como profissional, mas a empresa sequer se importa se ele precisa de uma barra de apoio no banheiro e vai para o próximo currículo.

Empregador: Como dica para a real inclusão aconselho a abrirem TODAS as suas vagas para profissionais com deficiência, assim aumentando seu leque de possibilidades sem precisar canibalizar neste mercado aquecido.

Quer um novo olhar sobre a inclusão? Pare só de olhar e comece a agir…


*Claudio Roberto Tavares, 38 anos.

Profissional com Deficiência, com ausência da mão direita, fundador do DeficienteOnline.
Profissional com mais de 20 anos no mercado de trabalho, sendo 15 anos dedicados à criação e resolução de rotinas referentes à Informação de Recursos Humanos e área social.