quinta-feira, 31 de maio de 2012

Museu d’Orsay em Paris. O museu que abraçou a diversidade

Passear pelos corredores iluminados do Museu d’Orsay é um dos passeios imperdíveis de Paris. Eu diria mesmo que até quem não aprecia um museu poderia se surpreender com esse. Exuberante, diversificado e arquitetonicamente encantador, o d’Orsay é imbatível em matéria de museu. E o que descobri recentemente, extremamente acessível, em todos os sentidos.

Uma antiga gare de trem, com o teto transparente, que deixa entrar toda a luz natural, o que valoriza enormemente as esculturas do andar térreo. Entre músculos, expressões, texturas e impressões, deixar-se perder em seus corredores pouco convencionais a um museu, que quase nos deixam à vontade, que quase nos impedem de sair… O relógio numa das extremidades encanta a todos e convida à outra proximidade, a subirmos pelas escadas rolantes, atravessarmos seus corredores, descobrirmos suas salas. O Museu d’Orsay é um prato cheio, para os que apreciam esculturas – Rodin, a bailarina de Degas estão por lá – os impressionistas sempre impressionantes – Monet, Van Gogh, Manet – os classicistas, naturalistas, tão diversas são as obras, tão fascinantes são as descobertas.

Pelo site as informações são muito claras e ajudam a entender como o museu funciona para todos. Exposições, agenda, acesso pelas linhas de metro, e claro, esclarecimentos para cada tipo de deficiência. Para os deficientes que usam cadeiras de rodas, um mapa com a localização de todos os elevadores dos quatro andares esta disponível para a impressão. Visitas personalizadas e em grupo em forma de conferência podem também ser agendadas.

Para os deficientes auditivos, o ano todo são agendadas exposições sobre os mais diferentes temas, orientado por um guia que fala em linguagem dos sinais. Para aqueles que utilizam aparelhos auditivos, o Auditório possui um aparelho magnético especifico que permite a recepção auditiva direta no aparelho. Já para os deficientes visuais, o museu propõe um guia personalizado para favorecer a autonomia, visto que o museu é cheio de obstáculos por vezes delicados aos deficientes visuais.

O guia o acompanha durante todo o percurso, mas ainda não é permitido tocar nas obras. A entrada de cães guia também é permitida, e em breve haverá um espaço voltado exclusivamente a esse tipo de deficiência. Visitas guiadas também são a sugestão para grupos de deficientes intelectuais, onde uma abordagem voltada a aguçar a curiosidade e a reflexão adequadas são propostas. Não é à toa que em 2005 o museu recebeu o titulo “Turismo e deficiência”, reconhecendo o esforço voltado ao acolhimento deste publico em particular.

Infinitas são as razoes para conhecê-lo, outras mais para nunca mais esquecê-lo. O Museu d’Orsay, mais do que nunca, é uma conquista do respeito e o reconhecimento da importância da diversidade.








quarta-feira, 30 de maio de 2012

30 de maio- Dia Mundial de combate à Esclerose Múltipla

A atriz da Globo CLAUDIA RODRIGUES é portadora de esclerose múltipla30 de maio é o Dia Mundial (de combate) à Esclerose Múltipla (EM) – “uma doença autoimune e degenerativa de caráter crônico’, explica o neurologista Roberto M. Carneiro de Oliveira. ‘Quanto mais cedo for feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, menor o efeito da doença e a carga de lesão ao longo do tempo”.

No Brasil, a doença que ataca o sistema nervoso central e que pode comprometer a coordenação motora, a visão e a fala, ficou conhecida pela população depois que a atriz Claudia Rodrigues, do extinto seriado ‘A Diarista’, da Rede Globo, anunciou no ano 2000 ser portadora da doença.

Em todo o mundo existem cerca de 2,5 milhões de pacientes diagnosticados, segundo a Federação Internacional de Esclerose Múltipla. No Brasil, são mais de 30 mil portadores, sendo que desse total apenas cinco mil recebem tratamento adequado devido à demora no diagnóstico, aponta a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Abem).

Esclerose Múltipla: significado e sintomas
Atriz Claudia Rodrigues, com diagnóstico de esclerose múltipla, diz: “Não precisamos ser tratados como coitadinhos”
Com esclerose múltipla ex-paquita Pituxa luta pela guarda do filho de 5 anos

Sintomas

Enfermidade de causas desconhecidas, a EM pode provocar dificuldades motoras e sensitivas, além de comprometer a qualidade de vida dos pacientes. Seus sintomas variam muito, não havendo um sinal típico. “Os mais frequentes são formigamentos em algum segmento do corpo, perda de força, alteração ou turvação da visão, perda de controle dos esfíncteres e faixa de dormência no tronco. Normalmente, eles aparecem insidiosamente e vão se agravando ao longo dos dias seguintes”, informa o especialista.

Tratamento

Os imunomoduladores são a primeira opção de tratamento da EM e chamados de drogas de primeira linha. Somente na falha deles é que se faz uso de outros medicamentos de efeito mais intenso, só que mais agressivas ao organismo. O interferon beta-1b (Betaferon) foi o primeiro imunomodulador disponível no mercado.

Além do remédio, enfrentar a EM com disposição é também muito importante: deve-se continuar a rotina, com boa alimentação, com atividades físicas diárias e saudáveis. “Os exercícios físicos podem reduzir a espasticidade – rigidez muscular –, por exemplo”, diz o médico.

Novo estudo

Em linha com o Dia Mundial da Esclerose Múltipla, a Bayer HeathCare Pharmaceuticals anuncia os dados publicados pela revista Neurology sobre estudo de acompanhamento de longo prazo, com duração de 21 anos, realizado com pacientes tratados com interferon beta-1b (Betaferon).

A partir dos dados, é possível observar que pacientes com esclerose múltipla tratados anteriormente com interferon beta-1b tiveram uma redução de 46,8% no risco de morte (p = 0,0173), comparado com pacientes recebendo placebo até os primeiros cinco anos de tratamento. Os dados reafirmam o risco-benefício favorável do tratamento ao longo de duas décadas, além de apoiar a prática de iniciar precocemente a terapia.

O estudo também avaliou a relação da doença com a causa de morte. Dos pacientes para os quais as informações sobre a relação de morte com a EM se encontravam disponíveis, 78,3% foram determinados como sendo relacionados com a doença.

Em geral, as pessoas com EM têm uma expectativa de vida mais curta (cerca de 7 a 14 anos a menos) em comparação com a população em geral.


segunda-feira, 28 de maio de 2012

Obra literária inspira estilista a desenvolver acessório adaptado para mãe cadeirante

“Maria de rodas” é uma obra literária magnífica, utilizada como referencial teórico de qualidade pela estilista Candida Cirino, para o desenvolvimento de pesquisa e coleta de dados, possibilitando a criação de um novo produto ligado à moda inclusiva, adaptada para mães cadeirantes.

Os insights da estilista, partem de referenciais visuais, teóricos e periódicos contatos com o público alvo interessado.

Candida Cirino, vem por meio deste informativo, convidar mães cadeirantes interessadas em participar do seu processo de criação a fim de validar suas hipóteses, subsidiada pela voz dos clientes, garantindo que o produto desenvolvido atenda realmente as necessidades do público-alvo interessado.

Desde já, a estilista agradece por todos os envolvidos nesta causa e de maneira muito especial, às autoras da obra literária: “Maria de rodas”, que muito tem contribuído com o processo de criação dentro da proposta “Moda Inclusiva”.

Mães tetraplégicas ou paraplégicas, sua participação é de extrema importância para o desenvolvimento desta ação.

Entre em contato com a estilista Candida Cirino!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

PREENCHIMENTO DO CENSO-INCLUSÃO É PRORROGADO ATÉ AGOSTO

A Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida prorrogou até o dia 21 de agosto o prazo para que as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida da cidade de São Paulo respondam às perguntas do Censo-Inclusão pela internet. Sobre os formulários impressos, o prazo para envio pelos Correios terminou em 21 de maio.

O Censo-Inclusão foi lançado no dia 19 de março com o objetivo de identificar, mapear e cadastrar o perfil socioeconômico das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e levantar informações que sirvam de parâmetro para criar e reformular políticas públicas.

O questionário é formado por 26 perguntas que tratam de temas como transporte, educação e trabalho, entre outros. A divulgação dos primeiros resultados está prevista para o final de dezembro.

O preenchimento pela internet conta com recursos de acessibilidade, permitindo autonomia. Pessoas com baixa visão, por exemplo, poderão aumentar o tamanho do texto na tela do computador, enquanto deficientes auditivos terão a opção de vídeo em Língua Brasileira de Sinais (libras).

O endereço online é o www.censoinclusao.sp.gov.br. Informações sobre o programa também podem ser obtidas pelo e-mail censoinclusao@prefeitura.sp.gov.br ou pelos telefones (11) 3913-4025, 3913-4026 e 3913-4027 (das 9h às 18h).



Fonte: CMSP

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Profissionais de hotelaria têm curso de acessibilidade em São Paulo

Este artigo faz parte de uma prestação de serviços da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida da Prefeitura de São Paulo, através do Portal Turismo Adaptado.

O São Paulo Convention Visitors Bureau (SPCVB) realiza um treinamento de acessibilidade do programa CapacitarSP, a partir de amanhã, dia 22 até o dia 24, das 14h00 as 16h00 no Auditório Museu do Futebol. O módulo “Educação Continuada e Certificação em Acessibilidade” será direcionado a profissionais do setor hoteleiro e é promovido em parceria com a SPTuris, com apoio do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de São Paulo (ABIH-SP), Museu do Futebol e Secovi.

O treinamento contará com palestras de Daniella Ferreira e Elisa de Assis, ambas da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED). “O curso, além de sensibilizar os profissionais para a necessidade de tornar os estabelecimentos acessíveis e confortáveis a todos os públicos, mostra na prática como fazer e como atender às normas previstas em lei”, explica o presidente Executivo do SPCVB, Toni Sando.

Por meio do projeto CapacitarSP, em parceria com entidades do setor, o SPCVB já qualificou 4 mil profissionais, entre taxistas, policiais militares, frentistas, motoristas de ônibus fretados, agentes de viagem, recepcionistas e concierges de hotéis. Este ano, a expectativa é atingir outros mil profissionais.


terça-feira, 22 de maio de 2012

PREFEITURA LANÇA SERVIÇO TELEFÔNICO PARA GESTANTES COM FATORES DE RISCO

Célia Bravin
Terça, 22 Maio 2012 13:25


A Prefeitura de São Paulo lançou nesta segunda-feira o "Alô Mãe", um canal de contato por telefone com gestantes com fatores de risco que terão assistência de profissionais de saúde no ciclo da gravidez, do parto até o primeiro ano de vida do bebê.

O programa é um complemento à Rede de Proteção à Mãe Paulistana, mantida pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS).

De acordo com o prefeito Gilberto Kassab, o atendimento telefônico ampliará o trabalho de orientação às mães, que já contavam com este serviço e continuarão sendo beneficiadas de uma maneira ainda mais diferenciada.

O "Alô Mãe" terá como objetivo, em sua primeira fase, a partir da semana que vem, realizar ligações para as gestantes já cadastradas no Programa, por meio de enfermeiros destacados para manter esse contato.

Posteriormente, a SMS vai oferecer para as gestantes um número de telefone para que elas possam buscar orientações e apoio com os profissionais de saúde.

A estimativa inicial é atender cerca de 3 mil gestantes por mês.


Fonte: CMSP

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Moradores de ilha grega fingiam ser cegos para ganhar benefícios

Apenas 20, dos 700 que se declaravam cegos, são deficientes de fato. O oftalmologista que assinava os laudos fraudulentos para a Previdência foi afastado do cargo e será indiciado, junto com os falsos cegos.

Fora do Brasil, quando se fala de problemas na economia, o primeiro país que a gente lembra, hoje em dia, é a Grécia. Todo mundo acompanha a dificuldade dos gregos para conseguir dinheiro que pague o que eles devem.

Uma crise profunda como essa que assola a Grécia nunca é resultado de um problema só, mas, na raiz de tudo, está o fato de que o governo gastou muito mais dinheiro do que arrecadou e, muitas vezes, sem controle nenhum desse gasto.

A ilha de Zakynthos, no Mar Mediterrâneo, era mais do que um paraíso turístico. De acordo com o Ministério da Previdência da Grécia, lá ficava a maior concentração de cegos do mundo: 700 pessoas, 2% dos ilhéus. Todos vivendo de benefícios que chegavam ao equivalente a R$ 7.200 por mês. O que ninguém enxergava era a fraude cometida pela maioria dos pensionistas. Quem finalmente viu que tinha algo errado por trás de tantos óculos escuros foi o novo prefeito da ilha, Stelios Bozikis.

''Ao investigar os supostos cegos, descobri fazendeiros, donos de lojas e restaurantes, taxistas e até caçadores. Logo eles que precisam ter olhos bem aguçados para fazer boa pontaria”, afirma.
Pelas contas do prefeito, há décadas a Previdência gastava o equivalente a R$ 5 milhões por ano com cegos de araque.

Uma moça, que já nasceu cega, diz que a fraude é uma vergonha para Grécia, que vem enfrentando tantas dificuldades financeiras.

Apenas 20, dos 700 que se declaravam cegos, são deficientes de fato. Todos estão sendo recadastrados, depois de passarem por novos exames. O oftalmologista que assinava os laudos fraudulentos para a Previdência foi afastado do cargo e será indiciado, junto com os falsos cegos. Se forem condenados, podem passar até 10 anos atrás das grades vendo o sol nascer quadrado.

Abertas as Inscrições para o IV Concurso de Moda Inclusiva


O Concurso Moda Inclusiva, realizado pela Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, está com inscrições abertas, até 31 de julho, para estudantes matriculados em instituições de ensino superior, escola técnica ou profissionais formados na área de moda.

O concurso promove o debate sobre moda diferenciada e acessível.

Para se inscrever, o participante deve preencher a ficha de inscrição disponível exclusivamente no site do concurso – http://modainclusiva.sedpcd.sp.gov.br/

Depois dessa etapa, ele receberá um e-mail com um número que o identificará durante todo o concurso.

Os 20 looks selecionados pela Comissão Julgadora serão apresentados ao Corpo de Jurados em desfile, no dia 13 de novembro de 2012.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Senado aprova cota de 5% para deficientes em obras da Copa

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou, em caráter terminativo, projeto de lei que estabelece a cota de 5% nos postos de trabalho de obras vinculadas à Copa do Mundo de 2014 a portadores de deficiência. Essa reserva valerá para as empresas que receberem incentivos fiscais do Estado e será estendida às obras para a Copa das Confederações de 2013 e os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.

O projeto de lei apresentado pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ) assegura que as cotas de emprego às pessoas com deficiência serão reservadas sem prejuízo às já previstas em lei. A proposta estabelece um prazo de 90 dias para as empresas que já recebem os incentivos fiscais se adequarem às condições estabelecidas a contar da data de publicação no Diário Oficial da União. Antes, a norma terá que ser apreciada pelos deputados na Câmara e, se aprovada, segue para sanção da presidenta da República.

No seu parecer, o relator Benedito de Lira (PP-AL) ressalta as elevadas isenções fiscais concedidas a essas empresas, o que justifica a iniciativa do petista Lindbergh Farias (RJ). "Somente no âmbito federal, as empresas participantes estarão desoneradas do pagamento do Programa de Integração Social (PIS/Pasep), da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto sobre Importação", disse Lira.

O parlamentar acrescenta que, nos estados, haverá isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), além das concedidas pela União. "Desse modo, nada mais justo que todos aqueles que sejam beneficiados com incentivos contribuam com a inclusão da pessoa com deficiência", ressaltou o relator.

domingo, 13 de maio de 2012

Mamãe é Down. Há no mundo 30 casos de mulheres com a síndrome que deram à luz.

Tio, a barriga da Gabriela está dando socos. ”Foi assim, no meio de um bate-papo inocente, que o estudante Fábio Marchete de Moraes, de 28 anos, deixou escapar que ele e a mulher brincavam de “examinar” o ventre dela. Fábio não imaginava que as pancadinhas partiam de uma criança em gestação. Maria Gabriela Andrade Demate, a dona da barriga, também de 28 anos, não fazia idéia de que estava grávida. Embora estivessem juntos havia três anos, dividindo o mesmo teto e a mesma cama, Fábio e Gabriela acreditavam que o sexo entre eles fosse proibido. Seus pais nunca tinham dito, de maneira explícita, que permitiam esse tipo de intimidade. Gabriela tem síndrome de Down. Fábio é deficiente intelectual.

Foi por desconfiar do abdome saliente de Gabriela que o amigo de Fábio procurou a mãe da jovem. “Os dois vêm a minha choperia quase todos os dias e me chamam de tio”, diz Vlademir Cypriano. “Eles me contam coisas que não falam para mais ninguém.” Um teste de farmácia, comprado às pressas, não foi suficiente para eliminar a suspeita. “Mesmo vendo as duas listrinhas do exame, não acreditava que a minha filha estivesse grávida”, afirma Laurinda Ferreira de Andrade. “Levei Gabriela a três ginecologistas e nenhum deu certeza de que ela pudesse ter um bebê. Percebi que estava ficando mais gordinha. Mas achei que fosse por comer demais”. A gestação avançada, descoberta aos seis meses, gerou pânico e encheu a família de dúvidas. Até o nascimento prematuro de Valentina, transcorreram cerca de 60 dias. “Foram os mais longos da minha vida”, diz Laurinda. “Minha filha não tinha feito o pré-natal desde o início, como é recomendado. Por causa da síndrome de Down, ela poderia ter problemas cardíacos. A gravidez era de risco”.

Apesar de o processo de inclusão dos deficientes na sociedade estar distante da perfeição, Gabriela representa uma geração que tem desbravado caminhos. Quando ela nasceu, em 1980, não era comum avistar crianças Downs nos arredores de Socorro – município paulista de 33 mil habitantes fincado na divisa com Minas Gerais, onde Gabriela cresceu – nem pelas ruas de grande parte das cidades brasileiras. “Na hora do parto, perguntei ao médico: ‘Doutor, a minha filha é perfeita?’”, diz Laurinda. “Ele me respondeu: ‘O que é ser perfeita? É ter braços? Pernas? Então ela é perfeita’”.
Embora desconfiassem do diagnóstico, nenhum profissional do hospital revelou à família a deficiência de Gabriela. Afirmaram apenas que ela tinha algum “problema genético”. Ao deixar a maternidade, Laurinda procurou ajuda. “Foi um choque descobrir que a minha filha era Down. O médico me contou da pior forma possível. Disse que ela ia ter um monte de doenças, ter problemas cardíacos e ia morrer. Até que uma amiga me alertou que eu teria de escolher entre fechá-la dentro de casa ou abri-la para o mundo. Vesti a Gabriela com a melhor roupa e saí.”

A desinformação – que em parte se deve aos próprios profissionais de saúde – perpetua um mito que a ciência já derrubou. É raro, mas mulheres Downs podem engravidar. “No mundo todo, há apenas cerca de 30 casos documentados de mulheres Downs que tiveram filhos”, diz Siegfried M. Pueschel, geneticista do Rhode Island Hospital, nos Estados Unidos, um dos maiores estudiosos da síndrome.
Os homens são quase sempre estéreis. Na literatura médica, há só três casos descritos de pais Downs. Com as mulheres é diferente. “Um terço delas é fértil. Um terço ovula irregularmente. E um terço não ovula”, afirma o geneticista Juan Llerena Junior, do Instituto Fernandes Figueira, uma unidade da Fiocruz. “Hoje, os jovens que têm a síndrome estão mais expostos à vida social e ao sexo. Muitos deles trabalham, têm amigos, saem para se divertir. Antes não era assim. Eles ficavam mais reclusos”, diz Pueschel.
A postura positiva de Laurinda, mãe de Gabriela, foi determinante no desenvolvimento da filha. Gabriela deu os primeiros passos sozinha aos 2 anos e 8 meses. Na infância, tinha medo de água e de andar de bicicleta. Afogava-se na piscina, mas pulava de novo até aprender a nadar. Ao andar de bicicleta, caía. Ralava as pernas. Subia de volta e pedalava. Apesar dos hematomas que ganhava nas aulas de judô, lutou para chegar à quarta faixa. Gabriela resistiu aos golpes – e revidou –, a ponto de pendurar uma medalha no peito. Dançou balé. Foi rainha de bateria de escola de samba e tocou tamborim numa ala dominada por homens. Gabriela fica indignada por não dirigir. “Se todo mundo pode, por que eu não posso?”, diz. Em Socorro, cidade do interior paulista onde vive, ela é mais popular que o prefeito. Todo mundo conhece um pouco de sua história.




Fonte: Turismo Adaptado

Dica de livro: MARIA DE RODAS

"Maria de Rodas" propõe um mergulho sensível e apaixonado em um mundo tão igual e tão diferente. Para homens e mulheres, com e sem deficiência, que acreditam que o melhor da vida é viver.


“Eu estava apreensiva para ouvir o choro dela. Era o primeiro som que eu ouviria fora do meu útero, fora de mim, pra mim!”
Tatiana Rolim

“O significado da amamentação para mim é muito maior que a importância saudável do ato. São momentos de união que, de certa forma, traziam de volta minha filha para “dentro” de mim. Também era um momento onde o amor da nossa relação crescia e se fortalecia.”
Carolina Ignarra

“Há algum tempo, eu li que ser mãe é ter o coração batendo do lado de fora do peito. É isso que eu sinto. É como se meu pedaço mais importante vivesse fora do meu corpo.”
Flávia Cintra

Fonte: Asabeça

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Mulher que só mexe olhos e queixo defende doutorado na USP



Ana Amália defendeu tese sobre trabalho com crianças com paralisia.
Ela ficou sem movimentos após ter um AVC há 10 anos.


Uma mulher que praticamente só mexe os olhos e a boca tornou-se nesta quarta-feira (9) doutora pela Universidade de São Paulo (USP). Ela produziu sua tese de doutorado em arte e educação utilizando apenas os olhos e pequenos movimentos do queixo – únicas formas pelas quais ela consegue se expressar.

Ana Amália perdeu os movimentos há dez anos. Ela se preparava para defender seu mestrado quando teve um acidente vascular cerebral (AVC) e perdeu quase todos os movimentos do corpo, ficou muda e impossibilitada de mastigar e engolir. Desde então, se comunica por meio de um programa de computador.

Para uma banca examinadora emocionada, Ana apresentou seu trabalho de três anos com crianças com paralisia cerebral. Ela levou um ano para escrever as 185 páginas da tese.

“Para mim, significa ela ter deixado de ser vítima para conduzir a própria vida. Isso é importantíssimo para os deficientes, não se conformarem em ser vítimas, não ter pena, mas potencializarem o que restou”, disse Ana Barbosa, mãe de Ana Amália.

A própria doutoranda brincou com a dificuldade em responder às perguntas da banca, e após três horas, teve sua tese aprovada.

Fonte: G1

Mulher paraplégica completa maratona de Londres com ajuda de traje biônico após 16 dias



Das agências internacionais 
Em Londres (Inglaterra)

Claire Lomas, de 32 anos, levou 16 dias
para completar os 42 km da maratona
Uma mulher paraplégica se tornou nesta terça-feira a primeira a completar a maratona de Londres com a ajuda de um traje biônico. Claire Lomas, de 32 anos, levou 16 dias para completar os 42 quilômetros da prova.

Lomas perdeu o movimento das pernas sofrer uma queda de um cavalo em 2007. Ela largou para a maratona junto com os demais 36 mil participantes em 22 de abril e percorreu média de três quilômetros por dia.

A britânica utiliza um sistema robótico que permite que pessoas paraplégicas, com o auxilio de muletas, se mantenham em pé, caminhem e subam escadas. Suportes motorizados e sensores detectam o balanço do corpo.

“Estou nas nuvens. Quando estava treinando houve momentos em que duvidei que seria capaz. Uma vez que dei a largada, só pensava que a cada passo que dava estava mais perto da meta”, falou Lomas.

Os últimos metros da maratonista foram acompanhados por centenas de pessoas. Seu feito não aparecerá nos registros oficiais da competição, mas muitos dos atletas que completaram a prova se disponibilizaram a dar a ela uma medalha pela participação.

Fonte: UOL

terça-feira, 8 de maio de 2012

Totem fica no meio de calçada para deficiente em Campo Grande


A obra foi inaugurada em fevereiro pelo prefeito Nelson Trad Filho (PMDB) e a pilastra tinha emblemas da prefeitura e do governo federal.

Após protestos nas redes sociais, a prefeitura mandou retirar o obstáculo.

A imagem do totem foi publicada na internet pelo professor José Ricardo Marconato. Em menos de 15 horas, mais de mil pessoas publicaram a foto. Na internet, a prefeitura disse que a empresa que fez a obra foi notificada e publicou foto do local sem o totem.

Segundo a prefeitura, a Equipe Engenharia bancou os custos da retirada e informou ter demitido o funcionário que fez o serviço. A reportagem procurou a empresa, sem sucesso.


Totem construído em passagem para travessia adaptada
para deficientes físicos é retirado após protestos.

Fonte:  FOLHA

segunda-feira, 7 de maio de 2012

São Paulo (SP): Parlamento Metropolitano se reúne na próxima sexta-feira


O Parlamento Metropolitano, órgão que reúne as 39 Câmaras Municipais da Região Metropolitana de São Paulo para debater e buscar soluções a problemas comuns entre as cidades, se reúne na próxima sexta-feira (11) em Embu das Artes para discutir o tema Mobilidade Urbana.

O encontro acontecerá das 9h às 12h e terá a participação do secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes. A reunião será na Câmara Municipal de Embu das Artes (Rua Marcelino Pinto Teixeira, 50).

Lançado oficialmente no dia 9 de maio de 2011, o Parlamento Metropolitano tem como tarefa integrar as leis pré-existentes nos municípios e que, por algum motivo, sejam hoje conflitantes. Uma das prioridades do órgão é a criação de um Plano Diretor Metropolitano, que estabeleça normas válidas para os 39 municípios que o compõem.

Menina com síndrome de Down doa 78 cm de seus cabelos para crianças com câncer

“Vou cortar todo meu cabelo e dar para quem não tem nenhum”, disse.


A pequena Keeley Thomas, de 5 anos, surpreendeu sua mãe, Lindy, ao dizer que iria cortar seu rabo de cavalo para ajudar as pobres criancinhas que não tinham cabelo algum. “Keeley tem um coração enorme e costuma dizer que não importa as circunstância, sempre há espaço para ajudar os outros”, disse Lindy ao jornal britânico The Sun. Neste caso, o cabelo será usado para fazer perucas para crianças com câncer.

“Minha filha sempre amou seu cabelo, que a fazia chamar a atenção de todos na rua. Cada vez que alguém a elogiava, seu rosto se iluminava”. Ela continua: “Tanto que cada vez que a levava para aparar as pontas era um drama. Fiquei surpresa quando ela me disse que topava cortá-lo por caridade”, conta a mãe.

Jovem com síndrome de Down sofre bullying no Facebook e polícia ignora caso
Abandone 7 mitos sobre a Síndrome de Down
Estudos concluem que famílias de pessoas com síndrome de Down são felizes

Em março de 2011, Lindy percebeu que o cabelo de sua filha precisava desesperadamente de um corte, mas recebeu protesto ao sugerir a ida ao salão. “Eu acatei porque parecia um desperdício cortar um cabelo que ela amava tanto e que a fazia tão feliz. Foi então que descobri uma instituição de caridade que pedia doação de cabelo para crianças que faziam tratamento de quimioterapia”.

A mãe mostrou o site à filha, que na mesma hora se empolgou com a doação. “Fiquei tão orgulhosa dela que meus olhos se encheram de lágrimas”, conta. Ambas decidiram deixar o cabelo da pequena crescer ainda mais antes de corta-lo. Onze meses depois, doaram 78 cm de cabelo – que passava dos joelhos da garota! – para a instituição.

Quando alguém pergunta pelos longos fios, Keeley conta orgulhosa sobre sua missão de ajudar os outros. E quem ouve sempre se impressiona com a maturidade desta garota com síndrome de down e apenas 5 anos. E, como não se bastasse a ajuda às crianças com câncer, a cabeleira ainda rendeu mais de R$ 6 mil, que ela doou a uma instituição dedicada a pessoas com síndrome de down.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Dica de livro: MANUAL DOS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Prefáciado pelo Ministro Gilmar Mendes, do STF; organizado pelos professores e Drs. Carolina Ferraz, Glauber, George e Glauco Salomao Leite, com a participação de renomados juristas nacionais, como: Luiz Alberto David Araujo, Ingo Sarlet, Flávia Piovesan, Ana Paula de Barcelos, Maria Aparecida Gugel, Ricardo Tadeu Marques da Fonseca, Waldir Macieira da Costa Filho, Lauro Ribeiro, entre outros.

Esta obra compreende uma análise abrangente e, ao mesmo tempo, aprofundada da proteção jurídica conferida à pessoa com deficiência, com base especialmente na legislação brasileira e na Convenção Internacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência aprovada pela ONU em 2007. Seu estudo não se restringe a um ramo específico do direito positivo, na medida em que as reflexões são de natureza constitucional, tributária, previdenciária, penal, civil, trabalhista, consumerista, etc. e é mais um instrumento pra defesa dos direitos da pessoa com deficiência.


O livro pode ser adquirido no site www.saraiva.com.br.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Tecnologia que substitui cadeira de rodas oferece maior autonomia ao deficiente físico

Pesquisadores da Turquia desenvolveram um dispositivo capaz de trazer maior mobilidade e autonomia aos movimentos dos deficientes físicos e, quem sabe, futuramente, tornar obsoleta a cadeira de rodas. Trata-se do Dispositivo Tek de Mobilidade Robótica, que também permite que a pessoa permaneça em pé, o que é importante para manter as funções básicas de saúde para quem possui lesão na medula espinhal.

Com o dispositivo, o deficiente físico Yusuf Adturkoglu, que perdeu os movimentos da cintura pra baixo após cair de um cavalo há 5 anos, executa atividades sem a ajuda de ninguém. Através de um controle remoto, ele “chama” o Tek para perto da cama e a entrada pela traseira do aparelho facilita a acomodação de Yusuf que vai ao banheiro, ao supermercado, pode sentar em bancos, agachar e levantar com maior autonomia.O dispositivo tem um sistema de suporte de cintos e envolvem o usuário na parte inferior das costas e se agarram ao braço móvel.Não requer nenhum esforço de qualquer espécie.

Claro que muitos dos problemas que cadeirantes possuem com acessibilidade, os usuários do dispositivo Tek também terão, porém, essa nova tecnologia, além de ajudar na saúde do deficiente, também o torna menos dependente. Confira abaixo a demonstração do Dispositivo Tek de Mobilidade Robótica que está em fase de testes nas clínicas da Turquia e será fabricado em 5 tamanhos.

Este avanço robótico e medidas terapêuticas apenas metade cadeira de rodas tradicional é feita de aço inoxidável, pesa 80 quilos e é alimentado por duas baterias de gel. tem autonomia de 14,4 km e atinge uma velocidade máxima de 3, 2 milhas por hora, osusuários podem levar até 90 kg. Dispositivo robótico Mobilização Tek não é um novo tipo de cadeira de rodas, mas uma plataforma nova mobilidade, será vendido na Turquia e na Europa por US $ 15.000.