Mas a boa notícia é que o direito de viajar com autonomia e dignidade é garantido por lei. E entender como ele funciona na prática é o primeiro passo para transformar o embarque em uma experiência tranquila, segura e inclusiva.
🧭 Seus direitos começam antes mesmo de chegar ao aeroporto
A acessibilidade no transporte aéreo não se resume ao voo em si. Ela começa desde o momento da compra da passagem e se estende até a chegada ao destino. No Brasil, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a Lei Brasileira de Inclusão (LBI) e tratados internacionais como a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU garantem uma série de direitos a quem viaja com deficiência.
Alguns deles incluem:
- Atendimento prioritário no check-in, embarque e desembarque.
- Assistência especial gratuita, desde que solicitada com antecedência (geralmente, no ato da compra do bilhete ou até 48h antes do voo).
- Direito a acompanhante, quando necessário, com tarifa reduzida ou, em alguns casos, gratuita.
- Transporte gratuito de equipamentos assistivos, como cadeiras de rodas, bengalas, aparelhos auditivos, entre outros.
- Comunicação acessível, seja em braile, Libras, áudio ou texto.
Conhecer e exigir esses direitos é fundamental para que a viagem aconteça com conforto e sem imprevistos.
📅 Planejamento é tudo: quanto mais cedo, melhor
Um dos maiores aliados da acessibilidade é o planejamento. Sempre que possível, informe à companhia aérea suas necessidades específicas com antecedência. Detalhes como uso de cadeira de rodas, cão-guia, dispositivos médicos, necessidade de intérprete ou acompanhante devem constar na reserva.
Além disso, vale a pena:
- Solicitar assistência no embarque e desembarque.
- Verificar políticas sobre medicamentos ou equipamentos médicos a bordo.
- Conferir regras internacionais, se a viagem for para fora do Brasil.
- Ter sempre em mãos laudos ou declarações médicas atualizadas.
Planejar evita surpresas e permite que a equipe da companhia aérea esteja preparada para receber você com o suporte adequado.
🪑 Aeroportos e aeronaves mais acessíveis: um caminho em construção
Nos últimos anos, as companhias aéreas e os aeroportos brasileiros vêm avançando em políticas de acessibilidade. É cada vez mais comum encontrar salas de embarque adaptadas, banheiros acessíveis, rampas e elevadores adequados, comunicação em múltiplos formatos e treinamento para funcionários.
Mesmo assim, ainda há desafios a vencer — desde barreiras arquitetônicas em aeroportos regionais até falhas na comunicação e na formação das equipes. É por isso que a informação é uma ferramenta poderosa: quanto mais você conhece seus direitos, mais consegue exigir respeito a eles.
🌍 A viagem de cada pessoa é única
Nenhuma deficiência é igual à outra, e cada viajante tem necessidades diferentes. Por isso, esta série foi pensada para abordar, em matérias separadas, as principais orientações e cuidados de acordo com cada tipo de deficiência — física, visual, auditiva, intelectual, autismo, doenças invisíveis e muito mais. Nosso objetivo é tornar o céu um lugar seguro, acessível e acolhedor para todas as pessoas.
✈️ No próximo artigo…
Agora que você conhece o panorama geral da acessibilidade aérea e sabe por onde começar o planejamento da sua viagem, vamos dar um passo adiante.
No próximo capítulo da série “Voando com Acessibilidade”, falaremos sobre as melhores práticas, direitos e dicas para pessoas com deficiência visual viajarem com segurança e autonomia — do embarque ao desembarque. 👩🦯👨🦯
Texto e imagem produzidos com inteligência artificial. Acho responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.
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