Esperar um ônibus sozinho à noite pode ser um momento de apreensão para qualquer pessoa. Para mulheres e grupos em situação de vulnerabilidade, como idosos e pessoas com deficiência (PCDs), essa espera pode significar insegurança e medo. Pensando nisso, surgiu o Projeto Abrigo Amigo, uma iniciativa da Eletromidia em parceria com a agência AlmapBBDO, que vem transformando pontos de ônibus em espaços de acolhimento e proteção.
Como funciona
Em cidades como São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro, alguns pontos de ônibus já contam com telas digitais inteligentes (MUBs). Durante o dia, elas exibem informações e anúncios, mas à noite (das 20h às 5h) se transformam em um canal de companhia e cuidado.
Se uma pessoa estiver sozinha no ponto, o sensor identifica a presença e a tela oferece a opção de acionar uma chamada de vídeo. Do outro lado, uma atendente treinada — muitas vezes com formação em assistência social — acompanha virtualmente o usuário até a chegada do ônibus.
Mais do que tecnologia, trata-se de um abraço digital, que transmite segurança e companhia em um momento de vulnerabilidade.
Importância para as PCDs
Para as pessoas com deficiência, a espera no transporte público traz desafios ainda maiores:
Deficiência visual: a dificuldade em perceber movimentos ao redor pode gerar medo diante de possíveis situações de risco. A presença de uma voz amiga, que acompanha o tempo todo, ajuda a reduzir essa angústia.
Deficiência física: muitas vezes a mobilidade reduzida impede uma reação rápida em situações de perigo. Ter alguém conectado virtualmente pode ser decisivo para garantir tranquilidade.
Deficiência intelectual: contar com alguém que explique, oriente e transmita calma pode evitar crises de ansiedade e insegurança.
O Abrigo Amigo representa um passo concreto para que a acessibilidade vá além das rampas e pisos táteis: ele leva em conta também a segurança emocional e a autonomia no direito de ir e vir.
Um caminho para a inclusão
Assim como rampas, elevadores adaptados e sinalização tátil fazem parte da acessibilidade física, a segurança no espaço público deve ser vista como parte integrante da inclusão. O Projeto Abrigo Amigo aponta para essa direção, mostrando que é possível somar tecnologia, sensibilidade social e empatia.
Que esse exemplo inspire outras cidades e iniciativas, ampliando o acesso não apenas ao transporte, mas também ao direito fundamental de circular com dignidade e tranquilidade.
Texto e imagem produzidos com inteligência artificial. Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.
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