quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Competência Não É Capacitismo: Entenda a Diferença

Em tempos em que se fala tanto sobre inclusão e respeito, ainda surgem dúvidas sobre o que é ou não é capacitismo. Uma das mais comuns é esta: “Será que dizer que uma pessoa precisa ter competência mínima para exercer seu trabalho é ser capacitista?”

A resposta é simples: não. Mas vale entender o porquê.


💡 O que é capacitismo

O capacitismo é o preconceito contra pessoas com deficiência.
Ele se manifesta quando alguém acredita que uma pessoa é menos capaz só porque tem uma deficiência física, sensorial ou intelectual.
É o olhar que limita, que julga, que coloca o foco na deficiência em vez de enxergar o ser humano e suas potencialidades.

Um exemplo clássico de capacitismo é quando alguém diz:

“Ah, eu nem contrataria uma pessoa com deficiência, deve dar muito trabalho.”

Ou quando alguém elogia de forma distorcida:

“Nossa, parabéns, mesmo com essa deficiência você trabalha!”

Ambas as frases carregam o mesmo problema: a descrença na igualdade de capacidade e valor.


⚖️ E o que é exigir competência

Ter competência significa estar preparado — técnica, emocional e eticamente — para realizar bem uma função.
Toda pessoa, com ou sem deficiência, deve buscar isso.

Dizer que alguém precisa ter um mínimo de competência não é discriminação; é uma exigência justa, que garante qualidade no serviço e respeito a quem depende dele.

Veja a diferença:

  • Capacitismo: “Acho que essa pessoa não dá conta, porque é cega.”
  • Crítica justa: “Essa pessoa precisa ser treinada melhor para usar o sistema de suporte, independentemente de ser cega ou não.”

🧩 Exemplos práticos

1. No ambiente de trabalho
Uma pessoa com deficiência visual pode atuar perfeitamente no suporte técnico — desde que o sistema seja acessível e ela tenha treinamento.
Criticar a falta de preparo técnico é válido; questionar sua capacidade só por ser deficiente é capacitismo.

2. Na sala de aula
Um professor pode cobrar o aprendizado de um aluno com deficiência, desde que ofereça os recursos de acessibilidade necessários.
Não é capacitismo avaliar o desempenho; é capacitismo negar a oportunidade de aprender.

3. Na área da saúde
Esperar que um profissional, com ou sem deficiência, saiba aplicar corretamente um procedimento é justo.
Mas presumir que um médico surdo não pode exercer a profissão é um preconceito grave.


🌱 O olhar que transforma

Combater o capacitismo não significa abrir mão da responsabilidade ou da exigência por qualidade.
Significa olhar cada pessoa como sujeito de direitos, com potencial de aprender, adaptar-se e desempenhar bem o que faz — desde que lhe sejam dadas as condições adequadas.

Incluir não é “passar a mão na cabeça”.
É acreditar, preparar e respeitar.


✨ Conclusão

Exigir competência é sinal de respeito.
Desacreditar alguém por ter uma deficiência é preconceito.
O equilíbrio está em enxergar a pessoa antes da limitação — e lembrar que todos nós temos pontos fortes e desafios a superar.


Texto e imagem produzidos com inteligência artificial. Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

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