quarta-feira, 1 de outubro de 2025

🧩 Viajando com Tranquilidade: Autismo e Deficiência Intelectual em Viagens de Avião

Nos capítulos anteriores da série “Voando com Acessibilidade”, falamos sobre como garantir autonomia e segurança para pessoas com deficiência visual e sobre os direitos essenciais de quem tem mobilidade reduzida. Agora, chegou o momento de abordar um tema igualmente importante: como tornar a experiência de voar mais tranquila e acessível para pessoas com autismo (TEA) e deficiência intelectual.

Viajar de avião pode ser desafiador para qualquer pessoa, mas, para quem tem hipersensibilidade sensorial, dificuldade de comunicação ou ansiedade diante de ambientes novos, esse desafio pode parecer ainda maior. A boa notícia é que, com planejamento adequado, informação e respeito, é possível transformar essa experiência em um momento seguro, acolhedor e até prazeroso.


📅 Planejamento: preparar o caminho é parte da viagem

O primeiro passo para garantir uma experiência positiva começa antes mesmo da compra da passagem. Ao informar à companhia aérea sobre o diagnóstico e as necessidades específicas da pessoa com autismo ou deficiência intelectual, você ajuda a equipe a se preparar e a oferecer o suporte correto.

Algumas dicas importantes nessa fase:

  • ✈️ Informe no momento da reserva se a pessoa precisa de acompanhante ou assistência individualizada.

  • 📞 Solicite embarque prioritário e peça para evitar filas longas, que podem gerar sobrecarga sensorial.

  • 🧸 Leve itens de conforto (brinquedos sensoriais, fones com cancelamento de ruído, cobertores ou objetos familiares) para reduzir a ansiedade.

  • 🗺️ Se possível, explique antecipadamente como será a viagem, mostrando fotos do aeroporto, do avião e contando o que vai acontecer em cada etapa.

  • 🧾 Em alguns casos, pode ser útil levar um laudo médico que explique as necessidades específicas, facilitando a comunicação com a equipe.

Preparar a pessoa com antecedência é uma forma de garantir que o desconhecido não se torne fonte de estresse — e sim de descoberta.


🛫 No aeroporto: acolhimento faz a diferença

Ambientes movimentados e cheios de estímulos, como os aeroportos, podem ser desafiadores para pessoas com TEA ou deficiência intelectual. Por isso, a sensibilidade da equipe e a organização da família ou dos acompanhantes são fundamentais.

Aqui estão alguns direitos e recomendações importantes:

  • 👨‍✈️ Você pode solicitar acompanhamento desde a chegada ao aeroporto até o embarque.

  • 🧳 É possível pedir prioridade no check-in, na inspeção de segurança e no embarque, evitando situações de espera que possam gerar crises.

  • 📣 Se a pessoa tiver dificuldade com barulhos ou luzes intensas, avise a equipe com antecedência — algumas companhias adaptam procedimentos para reduzir estímulos.

  • 👩‍👩‍👦 Sempre que possível, mantenha a rotina: leve lanches, medicamentos ou objetos familiares que façam parte do cotidiano.

💡 Muitas companhias já oferecem programas de “familiarização com o voo”, em que a pessoa com autismo visita o aeroporto e a aeronave antes da viagem real. Isso reduz significativamente a ansiedade e aumenta a sensação de segurança.


✈️ Durante o voo: conforto, paciência e acolhimento

Dentro do avião, a regra de ouro é prevenir situações de desconforto. Aqui vão algumas estratégias eficazes:

  • 🎧 Utilize fones de ouvido com isolamento acústico ou playlists tranquilas para reduzir estímulos sonoros.

  • 🪑 Se possível, escolha assentos na parte dianteira ou próxima às saídas, para facilitar o embarque e desembarque.

  • 🫂 Informe à tripulação sobre comportamentos específicos (como movimentos repetitivos, necessidade de andar pelo corredor ou uso de tablets) — isso ajuda a equipe a agir com compreensão e respeito.

  • 🕰️ Em voos longos, mantenha intervalos para atividades simples (como desenhar, assistir a vídeos ou brincar com objetos sensoriais) para manter a pessoa ocupada e tranquila.

Lembre-se: o objetivo não é mudar a forma como a pessoa reage ao mundo, e sim adaptar o ambiente para que ela se sinta segura nele.


🧭 No desembarque: acolhimento até o último passo

A acessibilidade não termina quando o avião toca o solo. A companhia aérea deve garantir apoio no desembarque e, se solicitado, acompanhamento até a área de saída ou transporte contratado. Caso a pessoa tenha dificuldades com mudanças bruscas de ambiente, o ideal é manter o ritmo calmo e previsível até o fim da viagem.

Se algo sair do planejado — como falta de assistência ou situações constrangedoras — registre uma reclamação junto à companhia aérea e à ANAC. Isso contribui para melhorar a experiência de todas as pessoas com TEA e deficiência intelectual em futuras viagens.


🌍 Viajar é para todos — cada um ao seu tempo e jeito

Cada pessoa vive o mundo de maneira única, e isso inclui a forma como ela viaja. Com planejamento, respeito e empatia, o céu pode ser um lugar de descoberta e liberdade também para pessoas com autismo e deficiência intelectual. Afinal, inclusão não é apenas permitir que alguém embarque: é garantir que essa pessoa se sinta bem-vinda em cada etapa do caminho.


✈️ No próximo artigo…

No próximo capítulo da série “Voando com Acessibilidade”, vamos falar sobre as adaptações, tecnologias e recursos que tornam as viagens aéreas mais acessíveis para pessoas com deficiência auditiva. 📣✈️
Se a comunicação é a alma de qualquer jornada, ela também precisa ser inclusiva — e nós vamos te mostrar como isso é possível.

Texto e imagem produzidos com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

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