domingo, 26 de outubro de 2025

TDAH: Como compreender e apoiar quem vive esse desafio todos os dias

Quando ouvimos a sigla TDAH, pode parecer algo distante ou complicado. Mas, na verdade, estamos falando de algo que faz parte da vida de milhões de crianças, jovens e adultos. O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade é uma condição neurobiológica, ou seja, nasce junto com a pessoa e acompanha toda a vida. Isso não tem nada a ver com falta de limite, má criação, preguiça ou “manhas”. É o jeito como o cérebro funciona, com dificuldades específicas que precisam ser compreendidas com empatia.

O que é, afinal, o TDAH?

Quem tem TDAH apresenta variações no funcionamento da atenção, do controle dos impulsos e, em muitos casos, da energia corporal. A intensidade dos sintomas varia muito. Algumas pessoas têm bastante agitação, outras são mais distraídas, perdidas consigo mesmas, e há ainda quem tenha os dois grupos de sintomas misturados.

Costuma-se dividir em três apresentações:

Predominantemente desatento: dificuldade em manter o foco, parecer estar sempre “no mundo da lua”, começar tarefas e não terminar, perder objetos com frequência.
Predominantemente hiperativo/impulsivo: fala muito, interrompe os outros, não consegue ficar parado, age antes de pensar.
Combinado: mistura dos sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade.

Essas características podem aparecer no colégio, no trabalho, em casa, nas relações pessoais. Importante lembrar que todo mundo pode se distrair ou agir por impulso às vezes. No TDAH, isso acontece com maior frequência e intensidade, gerando prejuízos reais.

Diagnóstico: quando acender o alerta?

O diagnóstico quem faz é sempre um profissional da saúde qualificado: neurologista, psiquiatra, neuropediatra ou psicólogo especialista. Ele observa a história da pessoa, entrevista familiares e avalia o comportamento em diferentes ambientes.

O fundamental é nunca concluir nada sozinho nem rotular alguém apressadamente. TDAH não se avalia com um único teste nem com frases como “ele não para quieto”.

Como apoiar com amor e responsabilidade

Conviver com o TDAH não é fácil. Para quem tem e para quem acompanha. O apoio correto faz toda a diferença no desenvolvimento da pessoa. Aqui vão algumas atitudes que ajudam de verdade:

Organização externa para apoiar a interna
Rotinas claras, lembretes, listas simples de tarefas, uso de alarmes e quadros visuais.

Instruções curtas e objetivas
Falar demais atrapalha. O ideal é passo a passo, com tempo para a pessoa processar.

Reforços positivos
Valorizar conquistas, mesmo pequenas. O elogio sincero pode ser combustível.

Quebrar tarefas grandes em partes menores
Evita frustrações e ajuda o foco a se manter.

Ambiente acolhedor, sem gritos
Quando a crítica vira regra, a autoestima cai rápido. Paciência pode ser o maior presente.

Permitir movimento quando possível
Pra quem é hiperativo, mexer o corpo ajuda o cérebro a funcionar melhor. Sentar numa cadeira comum pode ser uma tortura quando a mente está “a 200 por hora”.

Contato constante com a escola ou trabalho
Parceria entre família e instituição fortalece estratégias de apoio.

Acompanhamento médico e psicológico
Terapia e, quando necessário, medicação orientada por médico. Nada de automedicação.

Talentos que muitas vezes passam despercebidos

Sim, existem desafios. Contudo, também há potenciais lindos que florescem com o apoio certo:

• Criatividade
• Capacidade de hiperfoco em temas de interesse
• Intuição afiada
• Energia para transformar ideias em ação
• Sensibilidade com o mundo ao redor

Pessoas com TDAH podem ser excelentes profissionais, artistas, inventores, líderes e amigos. O cuidado está em ajudar essas capacidades a encontrar um caminho possível na rotina.

No Cantinho, ninguém caminha sozinho

Se você convive com alguém com TDAH, lembre que suporte não significa fazer por ela, e sim estar com ela. Incentivar, orientar, compreender os limites e comemorar cada vitória.

Se você tem TDAH, saiba que você não está sozinho, muito menos errado. Seu cérebro só funciona de um jeito que o mundo ainda está aprendendo a acompanhar. Com tratamento, respeito e amor, dá para viver plenamente, aprender, trabalhar, amar e sonhar grande.

Aqui no Cantinho dos Amigos Especiais, a inclusão não é discurso, é compromisso. Seguimos juntos, aprendendo e construindo espaços onde todos possam florescer na própria medida.


Texto e imagem produzidos com inteligência artificial. Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

Nenhum comentário: