sexta-feira, 3 de outubro de 2025

A cultura começa na porta — só que. muitas vezes ela ainda está fechada!

Por que a acessibilidade ainda fica pelo caminho?


No último sábado, fomos ao SESC Belenzinho assistir a um espetáculo de teatro infantil. A peça foi ótima. Mas o que nos deixou decepcionados foram as condições de acessibilidade do prédio. Só para localizar uma vaga onde pudéssemos estacionar, já começamos a temer a possibilidade de não chegarmos a tempo para o espetáculo. Dificuldade em achar a vaga para estacionar. Dificuldade para chegar da vaga até o elevador. Para três pessoas que, por diversas razões, andam a passos lentos, as distâncias percorridas naquele local pareciam quilômetros.

Ana Tereza Frederico, professora, que nos acompanhava na ocasião, relata:

"As instalações do SESC Belenzinho estão modernas e bem cuidadas. Há muitos funcionários e a limpeza é satisfatória. Depois da reforma, esta foi a primeira vez que entrei no local. Não visitei todo o conjunto, mas, quanto ao estacionamento no subsolo — onde fiquei —, senti falta de um elevador. Para quem, como eu, tem dificuldade de locomoção, isso foi bastante frustrante."

Alessandra Frederico, deficiente física e visual, aposentada, também compartilhou sua experiência:

"Não havia elevador. O prédio é enorme, com instalações modernas, mas não existe elevador no estacionamento. As vagas para PCDs e idosos são muito distantes do elevador. No total, há pouca acessibilidade. O atendimento humano está sendo substituído pela tecnologia. Existe um SAC onde se pode fazer esse tipo de reclamação, mas é muito inacessível. Temos que lembrar que o SESC é muito frequentado por idosos. E, com o passar do tempo, o idoso torna-se, indiretamente, uma PCD."

A visita, que tinha tudo para ser apenas um agradável programa cultural em família, acabou revelando um problema sério: a falta de acessibilidade ainda é um obstáculo real em muitos espaços públicos e culturais. A inclusão não se limita à oferta de espetáculos ou atividades diversas — ela começa na chegada, no acesso, no direito de cada pessoa se deslocar com autonomia e dignidade. Que experiências como essa sirvam de alerta para que instituições repensem suas estruturas e garantam que todos, sem exceção, possam usufruir plenamente da cultura e do lazer.

Texto produzido com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

Texto produzido com inteligência artificial.

Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

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