terça-feira, 12 de agosto de 2025

Cegueira Total x Baixa Visão: Entenda as Diferenças

A deficiência visual pode se apresentar de formas distintas e impactar a vida das pessoas de maneiras diversas. Embora ambas as condições exijam adaptações e promovam desafios no dia a dia, nem toda deficiência visual é igual — e compreender essas diferenças é fundamental para a inclusão, o respeito e o apoio adequado a quem vive com essas realidades.

A cegueira total é caracterizada pela ausência completa de percepção visual. A pessoa não consegue enxergar imagens, luzes, formas ou cores, dependendo exclusivamente de outros sentidos — como tato, audição e olfato — para se orientar e interagir com o ambiente. Já a baixa visão envolve uma perda significativa da acuidade visual que não pode ser corrigida com óculos ou lentes convencionais, mas sem chegar à ausência total de visão. Nesse caso, a pessoa ainda enxerga, embora de forma limitada, podendo identificar luzes, sombras, formas e, às vezes, detalhes próximos ou distantes, dependendo do grau da limitação.

De forma didática, podemos destacar algumas diferenças importantes:

  • Percepção visual: na cegueira total, não há percepção de luz ou formas; na baixa visão, há algum nível de percepção, mesmo que restrito.

  • Uso de recursos visuais: pessoas com baixa visão podem utilizar recursos ampliadores, lupas ou softwares de aumento de tela; já pessoas com cegueira total dependem de tecnologias assistivas baseadas em áudio, braile ou sinais táteis.

  • Mobilidade: ambas podem usar bengala ou cão-guia, mas na baixa visão, o uso pode ser combinado com pistas visuais residuais; na cegueira total, a orientação e mobilidade dependem totalmente de outros sentidos.

  • Adaptação escolar e profissional: na baixa visão, materiais podem ser adaptados com letras ampliadas e contrastes; na cegueira total, é necessário uso de braile, áudio ou tecnologias de leitura de tela.

Compreender as diferenças entre cegueira total e baixa visão é essencial para derrubar preconceitos e promover acessibilidade efetiva. Cada condição exige estratégias específicas de apoio, mas ambas compartilham a mesma necessidade de respeito, empatia e oportunidades para que as pessoas possam viver com autonomia e dignidade.

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