sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Deficiência Auditiva: Muito Além do Ouvir

Quando falamos em deficiência auditiva, é comum imaginar que ela se resume a “ouvir ou não ouvir”. Mas, assim como acontece com a deficiência visual, a perda auditiva tem muitas variações — diferentes graus, causas e impactos na vida das pessoas.

Entender essas diferenças é essencial para promover inclusão verdadeira e respeitosa.

Neste artigo, vamos conhecer os principais graus, tipos, momentos de surgimento e perfis de comunicação da surdez.
O objetivo é ampliar nosso olhar e mostrar que comunicar-se vai muito além da audição.

👂 O que é a deficiência auditiva?

A deficiência auditiva é a redução parcial ou total da capacidade de ouvir sons, podendo atingir um ou os dois ouvidos.
Ela pode estar presente desde o nascimento ou ser adquirida ao longo da vida, e seus efeitos vão depender do grau e do tipo da perda.

Importante lembrar: a deficiência auditiva não interfere na inteligência, na sensibilidade ou no potencial de uma pessoa. O que muda é a forma como ela percebe e se conecta ao mundo.

📏 Graus da perda auditiva

O grau de perda é medido em decibéis (dB) por meio de um exame chamado audiometria. Os principais são:

  • Leve – perda de 26 a 40 dB. Sons baixos, como sussurros, ficam difíceis de ouvir.

  • Moderada – perda de 41 a 70 dB. Conversas normais já exigem esforço para entender.

  • Severa – perda de 71 a 90 dB. Apenas sons altos são percebidos; a fala fica muito comprometida.

  • Profunda – acima de 91 dB. Não há percepção da fala; muitas vezes a Libras é o principal meio de comunicação.

🧠 Tipos de perda auditiva

A classificação também leva em conta a parte do sistema auditivo afetada:

  • Condutiva – o som não chega corretamente ao ouvido interno. Pode ter causas tratáveis, como cera acumulada, infecções ou perfuração do tímpano.

  • Neurosensorial – o som chega, mas o ouvido interno ou o nervo auditivo não processam bem. Geralmente é permanente.

  • Mista – combinação de condutiva e neurossensorial.

  • Central – a audição periférica funciona, mas o cérebro não interpreta os sons corretamente, prejudicando a compreensão.

⏳ Quando a perda ocorre

O momento do surgimento influencia muito na comunicação:

  • Pré-lingual – antes de a criança desenvolver a fala. Geralmente, a Libras é a primeira língua.

  • Pós-lingual – depois de a fala já ter sido adquirida. Pode haver uso de leitura labial e aparelhos auditivos.

  • Adquirida tardia – na vida adulta ou na velhice, como no caso da presbiacusia (perda auditiva natural do envelhecimento).

🗣️ Perfis de comunicação

Cada pessoa surda encontra seu próprio caminho para se comunicar:

  • Surdo sinalizante – usa Libras como primeira língua e se identifica com a cultura surda.

  • Surdo oralizado – utiliza a fala, muitas vezes com apoio de leitura labial.

  • Bilíngue – usa Libras e português (oral ou escrito).

  • Usuário de implante coclear – pode desenvolver linguagem oral com apoio especializado.

  • Pessoa com surdez central – escuta, mas tem dificuldades para interpretar os sons.


🤝 Inclusão na prática

Para incluir de verdade, é preciso ir além da presença física.
Algumas atitudes ajudam muito:

  • Falar de frente, para facilitar a leitura labial;

  • Usar legendas em vídeos e transmissões;

  • Oferecer intérprete de Libras quando necessário;

  • Perguntar sempre à própria pessoa como ela prefere se comunicar.

✨ Conclusão

A surdez não é um único cenário: são muitas realidades, cada uma com sua riqueza e desafios.
Quando conhecemos essas nuances, conseguimos oferecer mais respeito, mais acessibilidade e mais conexão.

Porque ouvir é apenas uma das formas de se comunicar. E o mais importante não é escutar com os ouvidos, mas com o coração.


Texto e imagens produzidos com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

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