terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Escolhendo entre Bengala e Cão-Guia: Comparativo das Ferramentas de Mobilidade para Pessoas com Deficiência Visual

Para pessoas com deficiência visual, tanto a bengala quanto o cão-guia representam ferramentas importantes de mobilidade e independência. Cada um desses auxílios tem suas características distintas, adequadas a diferentes necessidades e estilos de vida, e a escolha entre um e outro depende de diversos fatores, incluindo preferências pessoais, o ambiente em que a pessoa vive e o nível de assistência que ela requer.

A bengala, por exemplo, é amplamente utilizada e reconhecida como uma das principais ferramentas para a navegação autônoma de pessoas cegas ou com baixa visão. Sua principal vantagem é a independência que oferece, permitindo ao usuário detectar objetos físicos em seu caminho, como degraus, buracos e obstáculos. Além disso, é um dispositivo de baixo custo e de fácil manuseio, não requerendo o mesmo nível de cuidados que um cão-guia. No entanto, suas desvantagens incluem a limitação de informações que pode oferecer sobre o ambiente, sendo menos eficaz em fornecer dados sobre elementos suspensos ou obstáculos aéreos que não estejam ao alcance do solo.

Por outro lado, o cão-guia oferece uma gama mais ampla de assistências, indo além da detecção de obstáculos físicos. Esses animais são treinados para obedecer comandos, evitar perigos tanto no solo quanto em altura e até mesmo buscar rotas alternativas quando as habituais não estão disponíveis. Além disso, a presença de um cão pode proporcionar um sentimento de segurança e companheirismo para a pessoa com deficiência visual, contribuindo também para a sua saúde emocional e social. Contudo, os cães-guias requerem um investimento inicial e manutenção contínua significativamente maiores, incluindo cuidados veterinários, alimentação e treinamento específico. Além disso, podem não ser adequados para todos os ambientes ou situações, como em certos tipos de trabalho ou em áreas onde animais não são permitidos.

Em conclusão, tanto a bengala quanto o cão-guia possuem aspectos positivos e limitações. A escolha entre um e outro deve ser guiada pelas necessidades individuais do usuário, seu estilo de vida, e pelas características do ambiente em que vive. Ambos os recursos melhoram significativamente a mobilidade e a independência de pessoas com deficiência visual, permitindo-lhes navegar e interagir com o mundo ao seu redor de maneira mais segura e eficaz. É essencial que a sociedade reconheça e facilite o acesso a esses recursos importantes, garantindo que cada indivíduo possa escolher a opção que melhor atenda às suas necessidades.

Adaptações Escolares para Autistas: Entendendo os Direitos e Recursos no Brasil

No Brasil, a legislação vigente assegura que estudantes autistas tenham acesso a uma educação inclusiva, respeitando suas necessidades individuais através de adaptações curriculares e provas específicas. Leis como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), a Lei Brasileira de Inclusão (LBI) e a Lei Berenice Piana são pilares que sustentam esses direitos, proibindo qualquer discriminação e exigindo das instituições educacionais adaptações razoáveis e apoio personalizado.

Dentre as adaptações mais comuns nas avaliações estão o aumento do tempo de prova, o uso de tecnologia assistiva, a simplificação das questões para evitar duplas interpretações e a realização de exames em ambientes especialmente preparados para reduzir estímulos sensoriais que possam incomodar os alunos. A presença de acompanhantes especializados durante os exames também é uma prática recomendada quando há indicações médicas ou pedagógicas.

Além disso, é essencial que as escolas promovam a formação continuada de seus professores para melhor compreender e lidar com o autismo, desenvolvam planos de ensino individualizados que considerem as particularidades de cada aluno com TEA, e mantenham uma parceria efetiva com as famílias para monitorar o progresso dos estudantes.

Os pais e responsáveis têm um papel crucial nesse processo, devendo manter uma comunicação ativa e documentada com as escolas para garantir que as necessidades de seus filhos sejam atendidas. Em casos onde as adaptações necessárias não são fornecidas, é recomendável buscar apoio jurídico para assegurar a implementação das medidas cabíveis.

Assim, ao assegurar a educação inclusiva para estudantes autistas, estamos não apenas cumprindo um mandato legal, mas também promovendo um ambiente de aprendizado que contribui para o desenvolvimento integral e a inclusão social desses alunos.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Eliana Aparecida Conquista - Psicóloga e Militante da Acessibilidade

Por Uma Acessibilidade Sem Barreiras em Fast Foods


A experiência de acessibilidade em fast foods e outros estabelecimentos comerciais em grandes centros urbanos ainda deixa muito a desejar. A interação com tecnologias que deveriam facilitar o atendimento ao público, como totens de autoatendimento, frequentemente exclui aqueles entre nós com deficiências visuais ou motoras. Esta não é apenas uma questão de inconveniência, mas um claro descaso com os direitos mais básicos de acessibilidade e inclusão.

Diante de desafios recorrentes enfrentados por pessoas com deficiência, é imperativo que proprietários de estabelecimentos e legisladores tomem medidas proativas para eliminar essas barreiras. A dependência de auxílio humano, embora muitas vezes bem-vinda, não deveria ser a única solução para falhas de design e planejamento que poderiam ser facilmente corrigidas.

Propomos, portanto, a implementação de uma legislação específica que exija que todos os estabelecimentos comerciais, especialmente aqueles que servem um grande número de clientes diariamente, como fast foods, adaptem seus espaços e equipamentos para garantir total acessibilidade. Isso inclui, mas não se limita a, totens de autoatendimento com recursos de áudio, elevadores com orientação por voz e identificação tátil, e treinamento de pessoal para atender adequadamente às necessidades de todos os clientes.

Além disso, a padronização dos elementos de acessibilidade, como botões de elevador e sinalizações, deve ser uma prioridade, eliminando a necessidade de adaptação a diferentes sistemas a cada nova visita. É essencial que a acessibilidade seja considerada na concepção de qualquer serviço ao consumidor desde o início, e não como um adendo ou uma adaptação tardia.

É tempo de fast foods e outros estabelecimentos populares liderarem pelo exemplo, demonstrando que a inclusão não é apenas possível, mas benéfica para todos. Ao aprimorar a experiência de acessibilidade, não apenas cumprimos nossa obrigação legal e moral, mas também abrimos nossas portas para um público mais amplo e diversificado.

Aos clientes, funcionários e proprietários de estabelecimentos, propomos que se unam, de fato, na demanda por espaços verdadeiramente acessíveis. Que este seja um movimento em direção a uma sociedade mais inclusiva, onde ninguém seja deixado para trás por erros de design ou por descuido.


Méqui Tem Fome de Acessibilidade

 

Imagem produzida com inteligência artificial.

Voltando de um belo passeio, com a ideia de facilitar a vida ao chegar em casa, lá fomos nós procurar uma loja do McDonald´s que nos oferecesse, ao mesmo tempo, o já esperado almoço gostoso e um lugarzinho interessante para saboreá-lo. Dirigimo-nos, então, à loja da Av. Bernardino de Campos, que, além do que já mencionamos, fica perto de casa. Melhor que isso, só dois disso (foi o que pensamos).

Chegando à loja e já nos deparamos com os totens antes mesmo de encontrarmos algum funcionário "humano". Bora lá tentar lidar com as maquininhas.

Só que, para quem tem deficiência visual, a acessibilidade desses totens é nula. Além de não vermos com clareza o que está na tela, não nos acertamos com a maquininha para fazer os pedidos.

Sorte nossa encontrarmos uma atendente super atenciosa, que se dispôs a nos ajudar na bendita maquininha e, além de tudo, ela mesma trouxe os pedidos à mesa. Beleza!

Lá pelas tantas, o banheiro nos chamou. Mas.... Só havia banheiro na parte superior do estabelecimento.
E, mesmo nos banheiros acessíveis, não havia a exclusividade para PCDs. Todos tinham fraldários,  o que tornava a "concorrência" com os bebês, até certo ponto, desleal, dada a imensa quantidade  de crianças e bebês, comparada com a de pessoas com deficiência. O correto seria a presença de banheiros acessíveis a bebês na mesma quantidade de PCDs, só que separadamente, a fim de evitar que uma categoria atrapalhasse a outra.

O elevador, além de não ter o recurso de orientação por voz, tem a botoeira fora do padrão, o que dificulta a identificação das teclas por quem tem deficiência visual. Seria interessante que esses elevadores de estabelecimentos comerciais seguissem, todos, o mesmo padrão de identificação dos andares nos elevadores, facilitando o acesso para quem tem baixa ou nenhuma visão.

Chegando ao andar superior, verificamos a presença de mesas de todos os tipos. Inclusive, uma mesa enorme, própria para a realização de reuniões ou confraternizações. Maravilha. Só que não há atendentes no andar. Para quem tem algum tipo de dificuldade de locomoção, é terrível ter que ficar subindo e descendo escadas ou elevadores para fazer pedidos apenas na parte inferior da loja.

Em outros estabelecimentos, já verificamos esse problema da falta de atendimento em algumas áreas. Seria interessante alguma legislação tornando obrigatória a presença de todos os setores de bares, lanchonetes e afins, facilitando a vida das pessoas com deficiência que os frequentam. Fica a sugestão a quem tiver "cacife" para propor ou encaminhar essa proposta.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

Entendendo o TDAH: Um Guia para Iniciantes

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, mais conhecido pela sigla TDAH, é uma condição neurobiológica amplamente discutida, afetando tanto crianças quanto adultos. Este artigo busca esclarecer, de maneira simples e direta, o que é o TDAH, como ele influencia o cotidiano das pessoas e destacar algumas personalidades conhecidas que convivem com este transtorno.

O TDAH é caracterizado principalmente por dois grupos de sintomas: desatenção e hiperatividade-impulsividade. Indivíduos com TDAH podem apresentar dificuldades em manter o foco em tarefas ou atividades rotineiras, parecer não ouvir quando falados diretamente e perder frequentemente objetos necessários para suas atividades. A hiperatividade se manifesta como uma inquietação excessiva; crianças podem correr ou escalar em momentos inadequados, enquanto adultos podem sentir-se extremamente agitados e ter dificuldade em permanecer parados.

É fundamental ressaltar que o TDAH origina-se no desenvolvimento neurológico do cérebro. Estudos sugerem que o transtorno pode ter causas genéticas, sendo frequente em famílias, além de estar associado a fatores ambientais e complicações na gravidez e no parto. O diagnóstico do TDAH é clínico e normalmente envolve avaliações detalhadas do comportamento do indivíduo em diversos ambientes, como na escola e em casa.

O tratamento do TDAH é diversificado, incluindo medicamentos, terapias comportamentais, técnicas de gerenciamento de tempo e organização, além de ajustes no estilo de vida. O objetivo é auxiliar o indivíduo a gerir seus sintomas e melhorar sua funcionalidade diária.

Diversas figuras públicas têm compartilhado suas experiências com o TDAH, ajudando a desestigmatizar a condição e a inspirar aqueles que são afetados. Robbie Williams, cantor britânico, tem falado abertamente sobre suas lutas com o TDAH, usando sua visibilidade para promover conscientização sobre o transtorno.

No Brasil, o apresentador e humorista Fábio Porchat é um exemplo notável de alguém que fala abertamente sobre sua experiência com o TDAH. Conhecido por sua energia contagiante e raciocínio rápido, Porchat discute como o TDAH impactou sua vida pessoal e profissional. Ele fala sobre os desafios do transtorno, mas também sobre como transformou algumas características do TDAH em vantagens no ambiente artístico, especialmente em sua habilidade de improvisação e criatividade. Porchat serve como inspiração e conscientização, contribuindo para reduzir o estigma em torno do TDAH e mostrando que é possível ter sucesso e reconhecimento apesar dos desafios neurológicos.

O TDAH é um transtorno complexo, mas com diagnóstico correto e tratamento adequado, as pessoas afetadas podem levar uma vida produtiva e satisfatória. A compreensão e o apoio da sociedade são cruciais para que essas pessoas possam se adaptar melhor e aproveitar plenamente seus potenciais. Encorajar diálogos abertos e educativos sobre o TDAH é essencial para quebrar estigmas e fornecer o suporte necessário aos indivíduos afetados.

Texto e imagem produzidos com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

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Colaboração: Ana Tereza Frederico

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Fundação Dorina Nowill Promove Curso “Capacitismo e os Desafios das Pessoas com Deficiência”

Você sabia que o capacitismo impacta diretamente a inclusão e a acessibilidade em nossa sociedade? ​

​A Fundação Dorina Nowill para Cegos apresenta o curso “Capacitismo e os Desafios das Pessoas com Deficiência”, 100% online, com 20 horas de conteúdo transformador.​

​Criado por especialistas qualificados e com ampla experiência no mercado de inclusão, o curso aborda:​

✔ As 7 dimensões da acessibilidade.​

✔ Estratégias para reconhecer e combater o capacitismo.​

✔ Desenvolvimento de políticas públicas inclusivas.​

Módulos do Curso:​

1. Capacitismo e sua desconstrução​

2. Políticas públicas pessoa com deficiência​

3. As sete dimensões da acessibilidade​

4. Acessibilidade Arquitetônica​

5. Acessibilidade Atitudinal​

6. Acessibilidade Metodológica​

7. Acessibilidade Instrumental​

8. Acessibilidade Programática​

9. Acessibilidade Comunicacional​

10. Acessibilidade Natural​

Objetivo: capacitar profissionais e estudantes para promover uma sociedade mais justa e acessível.​

Inscreva-se agora  


sábado, 1 de fevereiro de 2025

🏆💙 INSCRIÇÕES ABERTAS PARA O PROJETO ESPORTEA! 💙🏆

É com muita alegria que anunciamos a abertura das inscrições para o Projeto ESPORTEA, uma iniciativa voltada ao desenvolvimento motor e social de crianças e adolescentes autistas ou com qualquer outra neurodiversidade (de 5 a 17 anos) que apresentem disfunções nas habilidades motoras.

 O projeto oferecerá:
✅ Exercícios adaptados
✅ Aulas adaptadas de Muay Thai
✅ Atendimento e orientações para cuidadores e responsáveis
✅ Palestras e rodas de conversa



Local de atendimento: COMPLEXO #9 – Rua Santo Antônio, 800, Bela Vista, São Paulo - SP.

Para inscrever-se, scaneie o QR Code desta publicação!





Dúvidas? Entre em contato pelo WhatsApp: (11) 98781-8196
Início do projeto: Segunda quinzena de março.
O Projeto ESPORTEA contou com o apoio da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPED).
As vagas são limitadas! Garanta já sua inscrição e faça parte dessa iniciativa transformadora.
Juntos, construímos um futuro mais acessível e inclusivo!

Colaboração: Kátia Apolinário

Confeitaria DAMA: Sabor e Acessibilidade



Para saber mais, visite: https://linktr.ee/confeitariadama




 

Cantinho dos Amigoe Especiais Entrevista o Psicólogo Philipe Michel