quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Conselho em Rede: Articulação e Efetividade dos Direitos da Pessoa com Deficiência - Encerramento da Primeira Fase do Projeto

O fortalecimento da rede de proteção e promoção dos direitos das pessoas com deficiência passa, inevitavelmente, pelo diálogo, pela troca de experiências e pela articulação entre diferentes esferas do poder público e da sociedade civil. Com esse propósito, o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) realiza o evento “Conselho em Rede – Articulação e Efetividade dos Direitos da Pessoa com Deficiência”, que marca o encerramento da primeira fase do projeto, reunindo especialistas, conselheiros, representantes de órgãos públicos e entidades da sociedade civil.


📅 Data: 13 de outubro de 2025

🕗 Horário: 8h às 13h

📍 Local: Auditório da Procuradoria Geral de Justiça – Av. Gen. Afonso Albuquerque Lima, nº 130, Cambeba – Fortaleza

🔗 Inscrições: cursos.mpce.mp.br


✅ Evento gratuito e aberto ao público


🌐 Programação Completa


8h – Credenciamento

8h30 – Apresentação cultural

9h – Mesa de abertura


9h40 – Projeto Conselhos em Rede: Defesa de Direitos da Pessoa com Deficiência nos 10 anos da LBI

Palestrante: Hugo Frota Magalhães Porto Neto – Promotor de Justiça e Coordenador Auxiliar do Caocidadania


10h – Conselheiros de Direitos: Protagonismo e Compromisso na Efetivação das Políticas para Pessoas com Deficiência

Palestrante: Camila Bezerra de Menezes Leitão de Pinho Pessoa – Promotora de Justiça e Coordenadora do Caocidadania


10h20 – Intervalo


10h40 – A importância dos Conselhos Municipais de Defesa de Direitos sob a ótica do Tribunal de Contas

Palestrante: Rubens Cézar Parente Nogueira – Representante do Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE)


11h – A importância do Controle Social em face da Convenção Internacional da ONU e o direito brasileiro

Palestrante: Emerson Maia Damasceno – Presidente da Comissão de Defesa da Pessoa com Deficiência da OAB/CE


💡 Experiências e Perspectivas


11h20 – Desafios, conquistas e a contribuição de um Conselho forte para o avanço da Política dos Direitos da Pessoa com Deficiência nos Municípios – Experiência de Maracanaú

Palestrantes:


Gabrielle Ferreira Uchôa – Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Maracanaú (CMDPD)


Francisco Jacinto Araújo Silva – Vice-presidente do CMDPD


12h – A atuação do CEDEFCE no âmbito estadual para a promoção dos direitos da pessoa com deficiência

Palestrante: Geovânio Ferreira da Silva – Conselheiro titular do CEDEFCE, representante da Associação de Cegos do Estado do Ceará (ACEC)


12h20 – A importância e o papel dos Conselhos

Palestrante: Rubens Linhares Mendonça Lopes – Representante da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para as Pessoas com Deficiência (COEPD) da Secretaria dos Direitos Humanos


12h40 – Agradecimentos

13h – Encerramento


🤝 Por que participar?


O evento marca um momento fundamental para o fortalecimento das políticas públicas de inclusão e cidadania, promovendo reflexões sobre o papel dos conselhos, a importância do controle social e a necessidade de cooperação entre sociedade civil e Estado. Participar dessa iniciativa é contribuir ativamente para a construção de uma sociedade mais justa, acessível e inclusiva.


Texto produzido com inteligência artificial.

Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

Colaboração: Hugo Porto

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

📚 P.E.I. – Programa de Educação Individualizada: Caminhos para uma Inclusão Verdadeira

A inclusão escolar é um direito fundamental e um compromisso ético de toda a sociedade. No entanto, garantir que cada estudante com deficiência receba uma educação de qualidade e em condições de igualdade vai muito além de simplesmente estar presente em sala de aula. É nesse contexto que surge o P.E.I. – Programa de Educação Individualizada, uma ferramenta essencial no processo de inclusão educacional que coloca o aluno no centro do planejamento pedagógico.

🎯 O que é o P.E.I.?

O Programa de Educação Individualizada (P.E.I.) é um documento pedagógico que estabelece metas, estratégias e recursos personalizados para atender às necessidades educacionais específicas de estudantes com deficiência. Ele funciona como um plano de ação elaborado de forma colaborativa por profissionais da educação, equipe multiprofissional, família e, sempre que possível, o próprio aluno.

Ao contrário de um plano de aula tradicional — que é pensado para a turma como um todo —, o P.E.I. tem um caráter individual, detalhando o que, como e em quanto tempo o estudante aprenderá, considerando suas habilidades, dificuldades, ritmo de aprendizagem e potencialidades.

👩‍🏫 Objetivos do P.E.I.

O principal objetivo do P.E.I. é promover o desenvolvimento pleno do aluno com deficiência, garantindo que ele tenha acesso ao currículo escolar e possa avançar em sua trajetória educacional com autonomia e dignidade. Entre suas metas, estão:

Favorecer a aprendizagem significativa, respeitando o tempo e a forma de aprender de cada estudante.

Assegurar o direito à participação ativa nas atividades escolares.

Adaptar conteúdos e metodologias, quando necessário, sem reduzir a qualidade do ensino.

Promover a inclusão social e acadêmica, valorizando as potencialidades e interesses individuais.

🧭 Estrutura e Etapas de um P.E.I.

Embora cada rede de ensino possa adotar modelos diferentes, um P.E.I. eficaz costuma conter:

Identificação do estudante – Dados gerais, diagnóstico (quando houver), histórico escolar e informações relevantes sobre sua trajetória.

Avaliação inicial – Levantamento detalhado das habilidades, dificuldades, interesses e necessidades educacionais.

Objetivos gerais e específicos – Metas de curto, médio e longo prazo para cada área do desenvolvimento (cognitiva, social, comunicativa, motora, etc.).

Estratégias pedagógicas – Metodologias, recursos de acessibilidade, adaptações curriculares e formas de avaliação adequadas.

Responsabilidades compartilhadas – Participação da equipe escolar, da família e dos profissionais de apoio.

Acompanhamento e revisão periódica – O plano deve ser dinâmico e ajustado sempre que necessário, acompanhando a evolução do aluno.

🤝 O Papel da Família e da Escola

A elaboração do P.E.I. é um processo colaborativo. A escola tem a responsabilidade técnica e pedagógica de conduzir o plano, mas a participação da família é indispensável, pois ela traz informações valiosas sobre a rotina, preferências e desafios do aluno fora do ambiente escolar.

Além disso, a construção do P.E.I. deve contar com a contribuição de profissionais de apoio e especialistas, como psicopedagogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais, garantindo uma abordagem interdisciplinar.

🪄 Inclusão que Transforma

Quando bem elaborado e acompanhado, o P.E.I. transforma a experiência escolar de crianças e adolescentes com deficiência. Ele possibilita que cada estudante avance de forma significativa, conquiste autonomia, desenvolva habilidades essenciais e sinta-se pertencente ao ambiente escolar — um direito previsto na Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015) e em diversos tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário.

Mais do que um documento burocrático, o P.E.I. é uma ferramenta de respeito e valorização da diversidade humana. É o reconhecimento de que cada pessoa aprende de maneira única e que a escola precisa se adaptar ao aluno — e não o contrário.

✨ Conclusão

O Programa de Educação Individualizada é, portanto, um dos instrumentos mais poderosos para a construção de uma educação inclusiva, equitativa e transformadora. Por meio dele, cada estudante com deficiência deixa de ser apenas um número nas estatísticas e passa a ser visto em sua totalidade — com suas potencialidades, sonhos e direitos.

No Cantinho dos Amigos Especiais, acreditamos que inclusão não é favor, é justiça. E o P.E.I. é uma das pontes mais sólidas para que essa justiça se torne realidade nas escolas de todo o Brasil.

Texto e imagem produzidos com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

sábado, 4 de outubro de 2025

🫁 Doenças Invisíveis e Condições Crônicas: Cuidados e Direitos para Viajar com Segurança

Chegamos ao último capítulo da nossa série “Voando com Acessibilidade”. ✈️
Ao longo desta jornada, falamos sobre os caminhos da inclusão para pessoas com deficiência visual, mobilidade reduzida, autismo, deficiência intelectual e auditiva. Agora, vamos abordar um tema muitas vezes esquecido — mas igualmente importante: as doenças invisíveis e condições crônicas.

Diabetes, hipertensão, epilepsia, doenças autoimunes, respiratórias, cardíacas e tantas outras não são visíveis aos olhos, mas exigem planejamento, atenção e respeito aos direitos para que a experiência de viajar seja segura, confortável e livre de preocupações. Afinal, acessibilidade também é garantir que quem tem necessidades específicas — mesmo que não aparentes — possa voar com tranquilidade.


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📅 Planejamento: a chave para uma viagem tranquila

Quando se trata de condições clínicas, o planejamento é essencial. Uma viagem aérea envolve mudanças de rotina, fusos horários, tempo prolongado sentado e até alterações de pressão e temperatura — tudo isso pode impactar diretamente a saúde de quem tem doenças crônicas.

Por isso, é importante:

🩺 Consultar o médico com antecedência, informando destino, tempo de voo e condições previstas da viagem.

📜 Solicitar um atestado médico ou relatório atualizado descrevendo a condição, os medicamentos utilizados e recomendações específicas.

💊 Levar os remédios na bagagem de mão, sempre em suas embalagens originais, acompanhados de prescrição médica.

🧴 Transportar equipamentos ou insumos essenciais (como inaladores, seringas, monitores de glicemia, CPAP etc.) com autorização médica — e sem custo adicional.

🪪 Em viagens internacionais, verificar exigências sanitárias do país de destino, incluindo certificados de vacinação.


O preparo adequado evita imprevistos e garante que você tenha tudo o que precisa ao alcance durante o voo.


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🛫 No aeroporto: direitos que muitas pessoas desconhecem

Mesmo que a condição não seja aparente, você tem direito à assistência especial. Isso inclui prioridade no atendimento, apoio no embarque e desembarque e autorização para levar consigo todos os itens indispensáveis ao tratamento.

Além disso:

✍️ Informe sua condição à companhia aérea no momento da compra do bilhete ou até 48h antes do voo.

✈️ Caso necessite de dietas especiais a bordo, solicite com antecedência.

💉 Se for portador de doença crônica transmissível sob controle (como HIV), saiba que não pode haver discriminação nem restrições de embarque.

🩹 Caso use dispositivos médicos externos (como bomba de insulina), comunique a equipe de segurança antes da inspeção para evitar constrangimentos.


💡 Lembre-se: nenhuma companhia aérea pode negar embarque ou dificultar a viagem com base em uma condição de saúde devidamente controlada e documentada.


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✈️ Durante o voo: conforto e segurança em primeiro lugar

Durante o voo, pequenos cuidados podem fazer grande diferença para quem convive com doenças invisíveis:

🪑 Sempre que possível, escolha assentos com espaço extra para as pernas ou mais próximos ao banheiro.

💧 Hidrate-se bem e evite longos períodos sem movimentação, especialmente em voos acima de 4 horas.

🕐 Mantenha a rotina dos medicamentos, ajustando horários se houver mudança de fuso.

🍽️ Caso tenha restrições alimentares, confirme com a tripulação as opções de refeição a bordo.

🩹 Em caso de emergência médica durante o voo, a equipe está treinada para prestar os primeiros cuidados e acionar apoio no destino.



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🧭 No desembarque: continuidade do cuidado

Ao chegar ao destino, continue atento aos sinais do corpo e siga as orientações médicas. Caso tenha despachado equipamentos maiores (como concentradores de oxigênio ou cadeiras motorizadas), verifique a integridade dos itens ao recebê-los.
Se algo não estiver conforme, registre imediatamente um relatório de irregularidade junto à companhia aérea e à ANAC.


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🌍 Porque acessibilidade também é saúde

Nem toda deficiência é visível. Nem toda necessidade é aparente. Mas todas merecem respeito. Viajar com uma condição crônica não precisa ser sinônimo de medo ou limitação — com informação, planejamento e consciência dos direitos, é possível explorar o mundo com segurança e autonomia.


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✈️ Conclusão: Quando o céu é de todos, a viagem começa de verdade 🌎

Encerramos aqui a série “Voando com Acessibilidade”, um projeto criado para mostrar que inclusão vai muito além de rampas e elevadores. Ela está no olhar sensível ao próximo, na informação acessível, no atendimento respeitoso e na garantia de direitos em cada etapa da viagem.

Do planejamento ao pouso, cada artigo desta série buscou abrir caminhos para que pessoas com diferentes deficiências e condições possam tomar o céu como espaço de liberdade — não de barreiras.
Porque quando o voo é inclusivo, ele leva mais do que pessoas de um lugar a outro: leva dignidade, autonomia e esperança. ✈️💙

Texto e imagem produzidos com inteligência artificial. Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

sexta-feira, 3 de outubro de 2025

📣 Comunicação que Inclui: Deficiência Auditiva e Viagens de Avião sem Barreiras

 Ao longo da série “Voando com Acessibilidade”, já falamos sobre os direitos e recursos que tornam as viagens aéreas mais seguras e confortáveis para pessoas com deficiência visual, mobilidade reduzida e também para pessoas com autismo ou deficiência intelectual. Agora, chegamos a um tema que é essencial em qualquer jornada: a comunicação.

Para as pessoas com deficiência auditiva — sejam surdas ou com perda parcial da audição —, viajar de avião pode ser uma experiência desafiadora não por causa de barreiras físicas, mas por causa da falta de acessibilidade na troca de informações. Afinal, se as instruções não são compreendidas com clareza, todo o processo da viagem pode se tornar confuso e inseguro.
A boa notícia é que a lei garante direitos importantes e que existem cada vez mais recursos para tornar essa jornada tranquila e inclusiva.


📅 Planejamento: comece informando suas necessidades

O primeiro passo para garantir uma experiência acessível é informar à companhia aérea, no momento da compra da passagem, que você é uma pessoa com deficiência auditiva. Isso permite que a equipe se prepare adequadamente e ofereça os recursos necessários.

Confira algumas recomendações importantes:

  • ✍️ Informe se precisa de intérprete de Libras no embarque ou desembarque.

  • 📱 Pergunte sobre avisos visuais e recursos de texto usados durante a viagem.

  • 📺 Verifique se os vídeos de segurança possuem legendas ou tradução em Libras.

  • 📣 Em voos internacionais, peça informações sobre sistemas de comunicação acessível em outros idiomas, se necessário.

O planejamento antecipado garante que você receba informações essenciais no formato que melhor atende às suas necessidades.


🛫 No aeroporto: a informação precisa chegar até você

A etapa do aeroporto costuma ser a mais desafiadora para pessoas com deficiência auditiva, já que muitas comunicações importantes são feitas exclusivamente por áudio. Por isso, é fundamental conhecer e exigir seus direitos:

  • 👩‍✈️ Atendimento prioritário e individualizado no check-in e na inspeção de segurança.

  • 🪧 Painéis informativos visuais atualizados com status de embarque, mudanças de portão e horários de voo.

  • 📲 Avisos por mensagem de texto ou aplicativos oficiais da companhia aérea.

  • 🧑‍⚖️ Treinamento obrigatório da equipe para comunicação clara com pessoas surdas, seja por leitura labial, escrita ou Libras.

💡 Dica: leve um papel com frases básicas prontas em português e inglês (como “Sou surdo(a), preciso de informação escrita”) para facilitar a comunicação em caso de imprevistos.


✈️ Durante o voo: informação acessível salva tempo e evita riscos

Dentro da aeronave, a informação precisa ser acessível e simultânea. Isso significa que qualquer anúncio feito por áudio também deve estar disponível de forma visual ou escrita.

Você tem direito a:

  • 🪑 Instruções de segurança legíveis em folhetos ou vídeos com legendas.

  • ✉️ Comunicados importantes em texto, especialmente sobre atrasos, turbulência ou alterações no destino.

  • 📱 Atendimento escrito via aplicativo ou tablet da companhia (algumas empresas já oferecem esse serviço a bordo).

Se precisar de ajuda para pedir comida, entender instruções ou se comunicar com a tripulação, você pode usar recursos simples como escrita no celular, aplicativos de transcrição ou mesmo cartões com frases prontas.


🧭 No desembarque: autonomia até o último passo

Assim como nas etapas anteriores, você tem direito a assistência até a saída do aeroporto, com comunicação acessível e acompanhamento se solicitado. Caso perceba ausência de legendas, falta de informações visuais ou falhas de acessibilidade, registre a ocorrência junto à companhia e formalize uma reclamação na ANAC — isso ajuda a garantir melhorias contínuas nos serviços.


🌍 Comunicação acessível é inclusão real

Viajar é mais do que se deslocar de um lugar a outro — é viver experiências e construir memórias. Para as pessoas com deficiência auditiva, a comunicação acessível não é um luxo: é a chave que abre as portas da autonomia. Com informação clara, tecnologia e respeito às diferenças, o céu se torna um espaço onde todos podem embarcar com tranquilidade.


✈️ No próximo artigo…

Nossa jornada está chegando ao fim, mas ainda falta um capítulo essencial. No próximo texto da série “Voando com Acessibilidade”, vamos falar sobre os cuidados, direitos e recomendações para pessoas com doenças invisíveis e condições crônicas — mostrando que inclusão também significa garantir segurança e conforto para quem enfrenta desafios que nem sempre se veem. 🫁💙


Texto e imagem produzidos com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

A cultura começa na porta — só que. muitas vezes ela ainda está fechada!

Por que a acessibilidade ainda fica pelo caminho?


No último sábado, fomos ao SESC Belenzinho assistir a um espetáculo de teatro infantil. A peça foi ótima. Mas o que nos deixou decepcionados foram as condições de acessibilidade do prédio. Só para localizar uma vaga onde pudéssemos estacionar, já começamos a temer a possibilidade de não chegarmos a tempo para o espetáculo. Dificuldade em achar a vaga para estacionar. Dificuldade para chegar da vaga até o elevador. Para três pessoas que, por diversas razões, andam a passos lentos, as distâncias percorridas naquele local pareciam quilômetros.

Ana Tereza Frederico, professora, que nos acompanhava na ocasião, relata:

"As instalações do SESC Belenzinho estão modernas e bem cuidadas. Há muitos funcionários e a limpeza é satisfatória. Depois da reforma, esta foi a primeira vez que entrei no local. Não visitei todo o conjunto, mas, quanto ao estacionamento no subsolo — onde fiquei —, senti falta de um elevador. Para quem, como eu, tem dificuldade de locomoção, isso foi bastante frustrante."

Alessandra Frederico, deficiente física e visual, aposentada, também compartilhou sua experiência:

"Não havia elevador. O prédio é enorme, com instalações modernas, mas não existe elevador no estacionamento. As vagas para PCDs e idosos são muito distantes do elevador. No total, há pouca acessibilidade. O atendimento humano está sendo substituído pela tecnologia. Existe um SAC onde se pode fazer esse tipo de reclamação, mas é muito inacessível. Temos que lembrar que o SESC é muito frequentado por idosos. E, com o passar do tempo, o idoso torna-se, indiretamente, uma PCD."

A visita, que tinha tudo para ser apenas um agradável programa cultural em família, acabou revelando um problema sério: a falta de acessibilidade ainda é um obstáculo real em muitos espaços públicos e culturais. A inclusão não se limita à oferta de espetáculos ou atividades diversas — ela começa na chegada, no acesso, no direito de cada pessoa se deslocar com autonomia e dignidade. Que experiências como essa sirvam de alerta para que instituições repensem suas estruturas e garantam que todos, sem exceção, possam usufruir plenamente da cultura e do lazer.

Texto produzido com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

Texto produzido com inteligência artificial.

Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

🧩 Viajando com Tranquilidade: Autismo e Deficiência Intelectual em Viagens de Avião

Nos capítulos anteriores da série “Voando com Acessibilidade”, falamos sobre como garantir autonomia e segurança para pessoas com deficiência visual e sobre os direitos essenciais de quem tem mobilidade reduzida. Agora, chegou o momento de abordar um tema igualmente importante: como tornar a experiência de voar mais tranquila e acessível para pessoas com autismo (TEA) e deficiência intelectual.

Viajar de avião pode ser desafiador para qualquer pessoa, mas, para quem tem hipersensibilidade sensorial, dificuldade de comunicação ou ansiedade diante de ambientes novos, esse desafio pode parecer ainda maior. A boa notícia é que, com planejamento adequado, informação e respeito, é possível transformar essa experiência em um momento seguro, acolhedor e até prazeroso.


📅 Planejamento: preparar o caminho é parte da viagem

O primeiro passo para garantir uma experiência positiva começa antes mesmo da compra da passagem. Ao informar à companhia aérea sobre o diagnóstico e as necessidades específicas da pessoa com autismo ou deficiência intelectual, você ajuda a equipe a se preparar e a oferecer o suporte correto.

Algumas dicas importantes nessa fase:

  • ✈️ Informe no momento da reserva se a pessoa precisa de acompanhante ou assistência individualizada.

  • 📞 Solicite embarque prioritário e peça para evitar filas longas, que podem gerar sobrecarga sensorial.

  • 🧸 Leve itens de conforto (brinquedos sensoriais, fones com cancelamento de ruído, cobertores ou objetos familiares) para reduzir a ansiedade.

  • 🗺️ Se possível, explique antecipadamente como será a viagem, mostrando fotos do aeroporto, do avião e contando o que vai acontecer em cada etapa.

  • 🧾 Em alguns casos, pode ser útil levar um laudo médico que explique as necessidades específicas, facilitando a comunicação com a equipe.

Preparar a pessoa com antecedência é uma forma de garantir que o desconhecido não se torne fonte de estresse — e sim de descoberta.


🛫 No aeroporto: acolhimento faz a diferença

Ambientes movimentados e cheios de estímulos, como os aeroportos, podem ser desafiadores para pessoas com TEA ou deficiência intelectual. Por isso, a sensibilidade da equipe e a organização da família ou dos acompanhantes são fundamentais.

Aqui estão alguns direitos e recomendações importantes:

  • 👨‍✈️ Você pode solicitar acompanhamento desde a chegada ao aeroporto até o embarque.

  • 🧳 É possível pedir prioridade no check-in, na inspeção de segurança e no embarque, evitando situações de espera que possam gerar crises.

  • 📣 Se a pessoa tiver dificuldade com barulhos ou luzes intensas, avise a equipe com antecedência — algumas companhias adaptam procedimentos para reduzir estímulos.

  • 👩‍👩‍👦 Sempre que possível, mantenha a rotina: leve lanches, medicamentos ou objetos familiares que façam parte do cotidiano.

💡 Muitas companhias já oferecem programas de “familiarização com o voo”, em que a pessoa com autismo visita o aeroporto e a aeronave antes da viagem real. Isso reduz significativamente a ansiedade e aumenta a sensação de segurança.


✈️ Durante o voo: conforto, paciência e acolhimento

Dentro do avião, a regra de ouro é prevenir situações de desconforto. Aqui vão algumas estratégias eficazes:

  • 🎧 Utilize fones de ouvido com isolamento acústico ou playlists tranquilas para reduzir estímulos sonoros.

  • 🪑 Se possível, escolha assentos na parte dianteira ou próxima às saídas, para facilitar o embarque e desembarque.

  • 🫂 Informe à tripulação sobre comportamentos específicos (como movimentos repetitivos, necessidade de andar pelo corredor ou uso de tablets) — isso ajuda a equipe a agir com compreensão e respeito.

  • 🕰️ Em voos longos, mantenha intervalos para atividades simples (como desenhar, assistir a vídeos ou brincar com objetos sensoriais) para manter a pessoa ocupada e tranquila.

Lembre-se: o objetivo não é mudar a forma como a pessoa reage ao mundo, e sim adaptar o ambiente para que ela se sinta segura nele.


🧭 No desembarque: acolhimento até o último passo

A acessibilidade não termina quando o avião toca o solo. A companhia aérea deve garantir apoio no desembarque e, se solicitado, acompanhamento até a área de saída ou transporte contratado. Caso a pessoa tenha dificuldades com mudanças bruscas de ambiente, o ideal é manter o ritmo calmo e previsível até o fim da viagem.

Se algo sair do planejado — como falta de assistência ou situações constrangedoras — registre uma reclamação junto à companhia aérea e à ANAC. Isso contribui para melhorar a experiência de todas as pessoas com TEA e deficiência intelectual em futuras viagens.


🌍 Viajar é para todos — cada um ao seu tempo e jeito

Cada pessoa vive o mundo de maneira única, e isso inclui a forma como ela viaja. Com planejamento, respeito e empatia, o céu pode ser um lugar de descoberta e liberdade também para pessoas com autismo e deficiência intelectual. Afinal, inclusão não é apenas permitir que alguém embarque: é garantir que essa pessoa se sinta bem-vinda em cada etapa do caminho.


✈️ No próximo artigo…

No próximo capítulo da série “Voando com Acessibilidade”, vamos falar sobre as adaptações, tecnologias e recursos que tornam as viagens aéreas mais acessíveis para pessoas com deficiência auditiva. 📣✈️
Se a comunicação é a alma de qualquer jornada, ela também precisa ser inclusiva — e nós vamos te mostrar como isso é possível.

Texto e imagem produzidos com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.