quinta-feira, 21 de abril de 2011

Parque de exposição em Maringá tem problemas de acessibilidade

Rosângela Gris


O Parque de Exposições Francisco Feio Ribeiro em Maringá, que será palco da Exposição Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Maringá (Expoingá) no próximo mês, apresenta falhas de acessibilidade para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. É o que aponta o relatório elaborado pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná (CREA-PR), que fiscalizou o local em janeiro deste ano o pedido do Ministério Público.

Entre as irregularidades apontadas estão rampas com inclinação inadequada, ausência de corrimão, banheiros sem adaptações, inexistência de vagas no estacionamento para pessoas com deficiência e desnível entre os pavilhões. "A fiscalização foi realizada com base na norma de acessibilidade, a NBR 9050. A intenção é identificar os itens não atendidos e que devem ser melhorados ou implementados para o atendimento às exigências", explicou o gerente da regional do CREA-PR em Maringá, Edgar Matsuo Tsuzuki.

Na arena de shows, por exemplo, a rampa de acesso está excessivamente inclinada. Outra falha apontada no relatório é a falta de demarcação no piso delimitando o espaço para cadeirantes. "Esses padrões existem para que o cadeirante tenha autonomia, mas neste caso ele vai precisar de um auxílio para subir a rampa e para achar um lugar para assistir aos shows", relata o arquiteto Manoel de Oliveira Filho, membro da comissão de acessibilidade do CREA/PR.

Os banheiros com box para deficientes também não atendem integralmente as normas de acessibilidade. "De acordo NBR 9050, um banheiro adaptado deve ter duas barras de apoio, um lavatório suspenso, uma porta com abertura para fora, e nem todos esses itens foram preenchidos", comenta Manoel de Oliveira Filho.

Na área entre os pavilhões o problema está nos desníveis que impedem o acesso de pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. "Às vezes, um degrau de três centímetros ou a falta de um puxador é uma barreira instransponível para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, como as gestantes e pessoas com muleta", destaca Tsuzuki.

O levantamento fotográfico das irregularidades apuradas pelo CREA-PR foi encaminhado para o Ministério Público para análise. "Apurada as irregularidades, vamos acionar as partes envolvidas e fazer um termo de ajustamento de conduta", informa a promotora da Saúde Pública, Idoso e Deficientes, Esttela Santana Ferreira Pinheiro. O termo vai estabelecer as mudanças que deverão ser feitas nos estabelecimentos, bem como os prazos. Caso o termo não seja cumprido, será aplicada multa.

A Sociedade Rural de Maringá (SRM), organizadora da Expoingá, informou por meio da assessoria de imprensa que ainda não foi notificada sobre as possíveis irregularidades de acessibilidade no parque de exposição, mas adiantou que, em caso de solicitação, fará as adequações necessárias a exemplo dos anos anteriores. A estimativa dos organizadores é receber cerca de 500 mil visitantes durante os 11 dias de festa.


Fonte: odiaro.com

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