terça-feira, 24 de junho de 2025

Assédio a Pessoas com Deficiência Visual: Respeito, Limites e Autodefesa

#pratodosverem: Ilustração digital em tons suaves mostra uma mulher com deficiência visual sendo abordada por um homem. Ela tem pele clara, cabelos castanhos longos, usa óculos escuros e segura uma bengala branca com firmeza, demonstrando desconforto. O homem, de pele clara e cabelos ruivos, sorri e se inclina em sua direção, colocando a mão sobre seu ombro de forma invasiva. No canto inferior direito, aparece o símbolo atualizado das Pessoas com Deficiência: uma figura humana estilizada com bengala, dentro de um círculo azul, representando acessibilidade e inclusão.
O assédio contra pessoas com deficiência visual é uma realidade ainda pouco debatida, mas que precisa ser enfrentada com firmeza e clareza. Essa forma de violência pode ocorrer tanto em espaços públicos quanto privados e assume contornos específicos: aproveitando-se da vulnerabilidade percebida ou real da pessoa com deficiência, agressores muitas vezes ultrapassam limites físicos e verbais que seriam inaceitáveis com qualquer outra pessoa. O silêncio em torno dessas situações gera impunidade e perpetua o ciclo de desrespeito. É fundamental, portanto, compreender os dois lados dessa equação: o que não se deve fazer ou dizer a alguém com deficiência visual, e como a própria pessoa pode identificar sinais de assédio e buscar proteção.


O que uma pessoa SEM deficiência visual nunca deve fazer ou dizer

Quem convive, trabalha ou simplesmente cruza com uma pessoa com deficiência visual deve entender que deficiência não é sinônimo de infantilidade, fragilidade moral ou autorização para invadir o espaço pessoal. Nunca toque em uma pessoa com deficiência visual sem antes pedir permissão — muito menos a puxe pelo braço, cintura ou costas, alegando querer “ajudar”. Frases como “você nem parece cego” ou “você é bonito demais pra ser deficiente” são profundamente ofensivas, mesmo que ditas em tom de elogio. Outra atitude comum e inadequada é falar em tom exageradamente alto, como se a deficiência visual fosse auditiva. Pior ainda são os comentários de duplo sentido ou elogios excessivos com conotação sexual ou sedutora, que muitas vezes vêm disfarçados de gentileza. Esses comportamentos não apenas desrespeitam a dignidade da pessoa, como também configuram assédio moral ou sexual.

Como uma pessoa com deficiência visual pode estar atenta e defender-se

Para quem tem deficiência visual, identificar o assédio pode ser mais difícil, especialmente quando ele se manifesta de forma sutil ou camuflada de “ajuda”. Por isso, é importante estar atento a alguns sinais: insistência em contato físico sem consentimento, elogios inapropriados, perguntas invasivas sobre sua intimidade, ou mudanças de tom na voz (como sussurros ou elogios exagerados) podem indicar que há algo errado. Sempre que possível, confie nos seus instintos: se algo soa estranho ou provoca desconforto, não hesite em pedir que a pessoa se afaste ou pare. Mantenha contato com pessoas de confiança e, se estiver em local público, dirija-se a um funcionário ou segurança. Aplicativos de localização compartilhada e gravação de voz podem ser aliados importantes. Em caso de assédio persistente, denuncie. Ninguém deve sentir-se constrangido por exigir respeito.

Conclusão

O combate ao assédio contra pessoas com deficiência visual começa com educação, respeito e empatia. A sociedade precisa aprender a reconhecer os limites do outro, principalmente daqueles que já enfrentam tantos desafios cotidianos por falta de acessibilidade e inclusão. Ao mesmo tempo, fortalecer a autonomia e a capacidade de reação das pessoas com deficiência visual é essencial para que elas se sintam seguras em todos os ambientes. O respeito deve ser incondicional — e a denúncia, uma ferramenta de proteção, não de vergonha.


Texto e imagem produzidos com inteligência artificial.

Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

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