sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Repensando Expressões Capacitistas na Linguagem

"Usar deficiência como metáfora negativa é ultrapassado e capacitista."  (Luiz Alexandre Souza Ventura - Jornalista)


A língua portuguesa é rica e variada, refletindo a diversidade cultural e social de seus falantes. No entanto, algumas expressões enraizadas em nosso vocabulário diário carregam conotações capacitistas que perpetuam estereótipos negativos sobre pessoas com deficiência. Expressões como "diálogo de surdos" e "mais perdido que cego em tiroteio" são exemplos claros de como a linguagem pode ser insensível e excludente.









Expressões Capacitistas   Alternativas Inclusivas
Diálogo de surdos                Conversa sem entendimento
Mais perdido que cego
em tiroteio
        Completamente perdido
Cego de um olho                 Míope
Surdo como uma porta        Desatento
Coisa de retardado              Coisa absurda ou inusitada
Isso é de louco                    Isso é surpreendente ou incrível
Andar como um aleijado    Andar com dificuldade
Mudo como uma pedra      Calado como uma pedra
Parece que tem duas
pernas esquerdas
          Desajeitado
Não enxerga um palmo
diante do nariz
     Muito distraído

Por que estas expressões são problemáticas? Tais frases utilizam a deficiência como metáfora para situações negativas, o que reforça uma associação prejudicial entre ser deficiente e ser incapaz. Além disso, ao banalizar experiências reais de vida de pessoas com deficiência, essas expressões minimizam os desafios enfrentados por essa população e ignoram suas capacidades e conquistas.

Impacto social das expressões capacitistas 

A repetição dessas expressões em contextos casuais e formais contribui para a manutenção de preconceitos e barreiras sociais. Isso não apenas afeta a autoestima de pessoas com deficiência, como também molda a percepção pública sobre o que significa ter uma deficiência. A linguagem tem poder, e as palavras que escolhemos podem perpetuar a discriminação ou promover a inclusão.

Alternativas e a evolução da linguagem

Reconhecendo a necessidade de uma linguagem mais inclusiva, muitos indivíduos e organizações têm proposto alternativas a essas expressões. Por exemplo, em vez de "diálogo de surdos", pode-se usar "conversa sem entendimento"; e ao invés de "mais perdido que cego em tiroteio", "completamente perdido" elimina qualquer referência desnecessária à deficiência.

Ação e conscientização

Promover uma mudança na linguagem requer esforço consciente e coletivo. É essencial que as escolas, os meios de comunicação e as organizações adotem práticas linguísticas que respeitem todas as pessoas, independentemente de suas condições físicas ou mentais. Além disso, é crucial que a sociedade em geral se torne mais consciente das implicações das palavras usadas no dia a dia.

Conclusão

A eliminação de expressões capacitistas da nossa linguagem é um passo fundamental para construir uma sociedade verdadeiramente inclusiva. Ao escolher palavras que respeitam a dignidade de todos, contribuímos para um mundo onde a igualdade não é apenas um ideal, mas uma realidade. Assim, convido todos os falantes da língua portuguesa a refletir sobre o impacto de suas palavras e a escolher expressões que promovam respeito e inclusão.

Texto produzido com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

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