Sábado, 12 de setembro, o Hospital Geral de Fortaleza vai realizar um mutirão de consultas a pacientes com epilepsia. Serão atendidos os 100 primeiros pacientes que já vêm encaminhados pelos postos de saúde ou referenciados pelos municípios do interior. Nove médicos da Neurologia do HGF participarão do mutirão, com início previsto para às 8 horas da manhã. O evento marca as comemorações do Dia Nacional da Epilepsia, comemorado no dia 9 de setembro. A epilepsia é uma doença neurológica que pode ocorrer em qualquer idade, raça e classe social, com mais freqüência na infância. Devido a uma desordem cerebral, descargas elétricas podem causar perda da consciência, proporcionando convulsões e espasmos musculares. De acordo com o neurologista Hortêncio Santos, o HGF realiza cerca de 40 consultas por semana e 1.500 por ano. O tratamento é medicamentoso, podendo também ser cirúrgico. A cura é possível em 70% dos casos. Hoje, as cirurgias são realizadas em Ribeirão Preto, Goiânia, São Paulo e Porto Alegre e os pacientes podem ser encaminhados por unidades de saúde de todo o país.
A epilepsia e o preconceito
Estima-se que cerca de 2% da população mundial tenha epilepsia, número que pode ser maior em países em desenvolvimento. Apesar de cerca de 70% dos pacientes apresentarem formas benignas, que serão tratadas e controladas apenas com um tipo de medicação, assim como diabetes, hipertensão arterial, etc, ainda há muito sofrimento perante o impacto do diagnóstico e suas conseqüências.
Desde há muito tempo, a epilepsia vem sendo estudada, no entanto infelizmente ainda predomina a falta de conhecimento junto à sociedade, que muitas vezes não confere às pessoas com epilepsia as mesmas oportunidades das outras. Sabe-se que a maioria dos indivíduos com epilepsia tem inteligência normal e alguns tornam-se até grandes expoentes em suas épocas, como o caso de Dom Pedro I e Machado de Assis, que chegou a escrever sobre o seu sofrimento com a doença. Na prática, mesmo com todos os avanços, ainda é difícil encontrar tratamento adequado, medicamentos, e não ser discriminado socialmente, seja no emprego ou nos relacionamentos.
Para esclarecer a sociedade e combater o preconceito, a Associação Brasileira de Epilepsia (ABE) vem mantendo ao longo dos anos um programa de divulgação junto à sociedade sobre as dúvidas mais comuns relacionadas ao tema. Dentro de uma campanha mundial, a associação dá continuidade ao projeto “Epilepsia fora das sombras”. A idéia é conscientizar a população de que pacientes que sofrem de epilepsia podem e devem estar inseridos na sociedade.
Fonte: Jornalista Gilda Barroso - Assessoria de Comunicação do Hospital Geral de FortalezainCeará É Notícia
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
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