🟡 “Inclusão por aqui é levada a sério… até nos mínimos (e mais quietos) detalhes.”
Essa frase, embora aparentemente inocente, revela um desrespeito profundo com a luta diária das pessoas com deficiência e das famílias que buscam inclusão real em espaços públicos e culturais.
❌ Boneca não é bebê. Marketing não é inclusão.
O movimento pela inclusão exige escuta, acessibilidade física e comunicacional, empatia e políticas públicas. Reduzi-lo a uma boneca no colo de um adulto, como se fosse necessário “incluir” um objeto inanimado em uma sala de cinema, é uma inversão perigosa de valores.
Quando chamam isso de inclusão, estão dizendo — direta ou indiretamente — que o lugar de fala das pessoas com deficiência pode ser ocupado por quem quiser “brincar de ser mãe” com um boneco. Estão dizendo que acessibilidade é um capricho de ocasião, que pode ser estilizado, suavizado, simulado.
📢 Nós dizemos: inclusão é coisa séria.
- Inclusão é acesso de verdade, para quem usa cadeira de rodas e encontra degraus.
- Inclusão é respeito de verdade, para quem é cego e precisa de audiodescrição.
- Inclusão é acolhimento de verdade, para quem vive com deficiência intelectual, múltipla ou sensorial e quer consumir cultura como qualquer outro cidadão.
Chamar isso de “inclusão” para vender ingresso para boneca é uma ofensa direta a todas as pessoas com deficiência que lutam diariamente para existir com dignidade.
💬 Nosso posicionamento é claro:
O Cantinho dos Amigos Especiais repudia toda forma de banalização da inclusão. Não se trata de ser contra a existência de bonecas reborn ou sua função terapêutica em contextos reais e respeitosos.
O problema está na falsa apropriação do discurso inclusivo para fins de marketing, sem nenhuma ligação com a realidade da acessibilidade.
Inclusão não é figurino. Não é capricho. Não é enfeite de post.
Inclusão é uma bandeira que carregamos com dor, luta e amor.
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