terça-feira, 6 de outubro de 2015

Unidades da AACD fecham em SP e crianças enfrentam longos percursos

Crianças têm que enfrentar longos percursos para conseguir atendimento.
Duas associações fecharam por falta de dinheiro.



Por falta de dinheiro, duas Associações de Assistência à Criança Defeiciente (AACD) fecharam em São Paulo, segundo o SPTV. Com isso, crianças têm que enfrentar longos percursos para conseguir atendimento.
A AACD é uma entidade privada sem fins lucrativos que trata crianças e adultos com deficiência física. Por ano, faz  um milhão e quatrocentos mil atendimentos, 90% deles pelo SUS. Só que, segundo a superintendente clínica, as doações diminuíram e os repasses de verbas federais cobrem menos de 20% das despesas.
As unidades fechadas foram as de Campo Grande, na Zona Sul, e a de Santana, na Zona Norte. A de Campo Grande, inaugurada em 2011, foi construída pelo governo do estado num terreno cedido pela prefeitura e recebia pacientes que antes tinham que percorrer longas distâncias para ser atendidos.
As duas fecharam as portas dia 30 de setembro. A de Campo Grande tem corredores vazios e salas de atendimento fechadas. “Eles tão fechando porque...contenção de despesas, né? Os custos ficaram altos”, disse um segurança do local.
Os 340 pacientes que eram atendidos em Santana e em Campo Grande  foram transferidos para as unidades da  AACD na Mooca e no Ibirapuera. Para muita gente,  isso significa ter que fazer longas viagens.
A dona de casa Sheila Baros levava vinte minutos do Jardim das Imbuias até Campo Grande. Agora ela demora 1h30 para chegar ao Ibirapuera. Seu filho, Heitor, tem três anos e sofre da síndrome de Kabuki, que retarda o desenvolvimento mental e motor. Ele recebe tratamento na AACD há pouco mais de um ano.
O Ministério da Saúde disse que repassa R$11 milhões por ano para que a prefeitura
 financie serviços de atendimento ao deficiente como a AACD. A Secretaria Municipal de Saúde disse que está discutindo com a AACD a transformação dessas unidades que fecharam em centros especializados de reabilitação, administrados pela prefeitura. O Ministério Público do estado informou que abriu um inquérito civil pra investigar a situação das unidades.


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