terça-feira, 11 de setembro de 2012

Jogos Paralímpicos: Missão Cumprida

Por Gabriela Ribeiro, 10 de setembro de 2012 às 17:17
 
Foto: CPB e Fernando Borges/Terra Com 21 medalhas de ouro, 14 de prata e 8 de bronze o Brasil encerrou os Jogos Paralímpicos de Londres em uma colocação recorde: o país terminou a competição em sétimo lugar. O objetivo do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), no início do evento, era alcançar tal posição na tabela. Segundo o presidente do CPB, Andrew Parsons, a missão foi cumprida. “Conseguimos o sétimo lugar no quadro de medalhas e conquistamos 21 ouros, que também foi estabelecido pelo CPB”, disse Parsons. A modalidade que mais somou medalhas para o Brasil foi o Atletismo, com um total de 18 premiações. O destaque individual (como esperado) foi o nadador Daniel Dias, que faturou os seis ouros que disputou. Para 2016, no Rio de Janeiro, as metas são mais ousadas: o CPB quer pelo menos a quinta colocação no quadro de medalhas.

“Missão dada é missão cumprida”, disse um personagem do imaginário do cinema brasileiro moderno. O exemplo de superação, as histórias de vida e a alegria dos atletas durante os Jogos Paralímpicos impressionaram a todos os que acompanharam a competição. Não existem dúvidas de que o Brasil pode, por ser uma potência paralímpica, alcançar a quinta colocação daqui quatro anos.
O mais intrigante no caso dos atletas paralímpicos brasileiros é o fato de que o esporte paralímpico, bem como toda a questão da acessibilidade, no Brasil, não recebe os devidos recursos. Se não existe o investimento necessário, até mesmo no cotidiano das cidades, qual é a explicação para resultados tão significativos? E mais: o esporte olímpico recebeu um aumento de 43% nos investimentos nos últimos anos e não retorna, em títulos, a mesma proporção. Existe outra justificativa, além da falta de recursos, para o esporte olímpico não igualar o que o esporte paralímpico faz?

As dúvidas nos fazem pensar sobre o planejamento do esporte no Brasil, mas nos deixam uma certeza: que o esporte paralímpico não deve ser lembrado somente de quatro em quatro anos por aqui. Se depender da presidenta Dilma, assim será. “O Governo brasileiro intensificará o apoio a seus atletas para que um número cada vez maior deles tenha condições de treinar e se dedicar ao esporte”, declarou a governante.

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