terça-feira, 11 de setembro de 2012

Hotel não dá ouvidos ao surdo, mesmo em caso de emergência


 
Fábio que é portador de surdez foi a uma grande cidade participar de um evento. Ao chegar no hotel, como era previsto, teve dificuldade em informar à recepcionista que queria se hospedar. Gesticulou, desenhou, pulou, mostrou...

Nenhum funcionário do hotel, é claro, sabia Libras (linguagem de sinais) e também não sabia como explicá-lo como pagar, como usar a chave magnética, horário de café, etc. Enfim já estava acostumado, infelizmente, com essas dificuldades. Mas finalmente Fabio conseguiu entrou no quarto. Foi tomar um banho e ... a porta emperrou.

Fabio que não podia gritar começou a bater e chutar a porta do banheiro. Mas ninguém o escutava.

Passou horas tentando ser ouvido até que exausto usou os fracos de amenities e a lixeira do banheiro para quebrar a janela. Fábio jogou sabonete, xampu, rolo de papel higiênico pela janela. Um transeunte atacado na cabeça foi até a recepção do hotel para reclamar:

- Tem um hóspede louco jogando coisas pela janela! Vou processar o hotel!

A recepcionista acionou imediatamente a governanta, que por sua vez acionou a segurança e foram até o quarto. Chegando lá era possível ouvir murros dentro do apto. Abriram a porta e perceberam que o hóspede estava trancado no banheiro. Perguntavam a ele, insistentemente se estava bem, mas acharam estranho por que ele não respondia nada.

Ficaram até com medo dele, pois, poderia ser realmente louco ou estar drogado. Por fim quando abriram a porta, Fábio, ensanguentado de tanto esmurrar a porta e a janela, pegou suas coisas e saiu correndo do hotel. Quando a recepcionista finalmente percebera o que havia ocorrido era tarde demais:

- Ah ! Era esse?!!! Ele é surdo, coitado...

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