sexta-feira, 13 de abril de 2012

Theatro José de Alencar no Ceará, terá acessibilidade garantida

A Secretaria de Cultura do Ceará assinou a Ordem de Serviço que dará início as obras de acessibilidade do Theatro José de Alencar. Serão investidos cerca de R$ 338 mil em serviços e reparos no Theatro. O projeto de restauração e adaptação faz parte de um estudo realizado pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura – CREA, que vem mapeando as condições de acessibilidade os bens culturais do Estado.

De acordo com Francisco Pinheiro, atual Secretário de Cultura, o grande objetivo do Estado é “Ampliar o acesso à cultura em todas as suas instâncias e transpor as barreiras de acessibilidade é uma delas” afirma. Ainda de acordo com o Secretário, estão previstas algumas alterações como rampas, instalação de pavimentos ásperos, adaptação da bilheteria, além de uma área rebaixada para melhor atender os portadores de necessidades especiais.

De acordo com Izabel Gurgel, diretora do TJA, hoje o Theatro não possui nenhuma reserva para cadeirante, nem para pessoas obesas. “Os cadeirantes, quando vão assistir algum tipo de espetáculo ou atividade ficam na lateral da plateia, onde é difícil a visibilidade”, revela . “Nossa intenção é reservar um total de 14 espaços, dos 767 lugares já existentes na plateia, para cadeirantes, 8 assentos para pessoas com mobilidade reduzida e 8 assentos para pessoas obesas, preferencialmente instalados ao lado de cadeiras removíveis e articuladas para permitir ampliação da área de uso por acompanhantes ou outros deficientes”, acrescenta a diretora.

Referência artística e turística nacional, o Theatro José de Alencar desempenha importantes papéis na vida cultural cearense. Na qualidade de Teatro-Monumento oferece não só a mais seleta programação cênica do Estado, mas, também, a mais ativa e diversificada pauta de atividades sócio-culturais e artísticas do eixo central de Fortaleza. Com a dinâmica possibilitada pelo Centro de Artes Cênicas do Ceará (CENA) - unidade multifuncional anexa, o Theatro José de Alencar se afirma como espaço aglutinador de pesquisa, formação, produção e difusão artística, se transforma em palco de inclusão social e firma seu compromisso com o futuro.

Curioso exemplar da arquitetura eclética no Brasil, o Theatro José de Alencar, além da sala de espetáculo em estilo art noveau, dispõe de auditório de 120 lugares, foyeur, espaço cênico a céu aberto e o prédio anexo, com 2.600 metros quadrados, que sedia o Centro de Artes Cênicas (CENA), o Teatro Morro do Ouro, com capacidade para 90 pessoas, a Praça Mestre Pedro Boca Rica, com palco ao ar livre e capacidade para 600 pessoas, a Biblioteca Carlos Câmara, a Galeria Ramos Cotôco, quatro salas de estudos e ensaios, oficinas de cenotécnica, de figurino e de iluminação, abrigando ainda a Orquestra de Câmara Eleazar de Carvalho e o Curso Princípios Básicos de Teatro e Circo.

Visita Guiada ao Theatro

O percurso tem início a cada uma hora.
Terça à sexta: 8h, 9h, 10h e 11h + 13h, 14h, 15h e 16h
Sábados, domingos e feriados: 13h, 14h, 15h e 16h
Inclui a edificação de 1910, os jardins de Burle Marx e o Centro de Artes Cênicas do Ceará – Cena, anexo ao prédio histórico.
R$ 2,00 (estudante) e R$ 4,00
Visitação gratuita para grupos de escolas públicas, ongs e projetos sociais previamente agendados: 3101.2567 com Tito ou Ana Marlene.
Visitação gratuita para todos nos dias 17 e no último domingo do mês, de janeiro a dezembro

Roteiros especiais

Todo dia 17, às 10h o bailarino Hugo Bianchi guia um percurso. O TJA de 1910, os jardins e o Cena são percorridos também pelos caminhos da memória do pioneiro do balé clássico no Ceará, que vive o TJA há mais de 50 anos.

Todo dia 17, às 16h com audiodescrição e conversão em libras para deficientes visuais e auditivos. Realização conjunta com o Grupo Lead, da Universidade Estadual do Ceará, e com o Grupo de Acessibilidade da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social – STDS, do Governo do Estado.

Todo último domingo do mês às 16h uma percurso pelo jardim, guiado por Alba & Vilani. Amantes das árvores, elas conhecem a flora da região central de Fortaleza, onde moram. Convidam a apreciar os oitis centenários, a grande cascata de thumbergia, o pau-brasil etc.

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