terça-feira, 8 de outubro de 2024

Eleições 2024: PCDs e a Luta por Representatividade

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) afirma que apenas 8% das pessoas com deficiência que disputaram cargos de vereador foram eleitas.

Segundo dados do Tribunal, apenas 8,27% das pessoas com deficiência que se candidataram ao cargo de vereador foram eleitas em 2024. Isso representa 388 eleitos de um total de 4.696 candidatos que declararam ter alguma deficiência.

Essa baixa representatividade é preocupante, pois reflete desafios contínuos na inclusão e participação política de pessoas com deficiência. A falta de políticas públicas eficazes e o compromisso com a inclusão são fatores que contribuem para essa realidade. Além disso, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) impede a divulgação dos nomes dos candidatos e eleitos que declararam ter deficiência, o que pode dificultar a visibilidade e o reconhecimento desses indivíduos.

Os partidos com maior número de pessoas com deficiência eleitas para o cargo de vereador foram o MDB, seguido pelo PSD, PP, UNIÃO, PL, REPUBLICANOS e PT. A representatividade dessas pessoas nas câmaras municipais é crucial para a defesa e manutenção dos direitos da população com deficiência e para a promoção de uma sociedade mais inclusiva.

Dos candidatos eleitos, embora a LGPD impeça a divulgação de mais detalhes, sabemos que os percentuais de candidatos eleitos por tipo de deficiência foram os seguintes:

  • Deficiência física/locomoção: 29,35% (471.856 candidatos)
  • Deficiência visual: 13,99% (224.805 candidatos)
  • Deficiência auditiva: 8,24% (132.497 candidatos)
  • Dificuldade para o exercício do voto: 3,78% (60.786 candidatos)
  • Outras deficiências: 44,64% (717.511 candidatos)

(Informações obtidas com o uso da inteligência artificial.

Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.)

sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Repensando Expressões Capacitistas na Linguagem

"Usar deficiência como metáfora negativa é ultrapassado e capacitista."  (Luiz Alexandre Souza Ventura - Jornalista)


A língua portuguesa é rica e variada, refletindo a diversidade cultural e social de seus falantes. No entanto, algumas expressões enraizadas em nosso vocabulário diário carregam conotações capacitistas que perpetuam estereótipos negativos sobre pessoas com deficiência. Expressões como "diálogo de surdos" e "mais perdido que cego em tiroteio" são exemplos claros de como a linguagem pode ser insensível e excludente.









Expressões Capacitistas   Alternativas Inclusivas
Diálogo de surdos                Conversa sem entendimento
Mais perdido que cego
em tiroteio
        Completamente perdido
Cego de um olho                 Míope
Surdo como uma porta        Desatento
Coisa de retardado              Coisa absurda ou inusitada
Isso é de louco                    Isso é surpreendente ou incrível
Andar como um aleijado    Andar com dificuldade
Mudo como uma pedra      Calado como uma pedra
Parece que tem duas
pernas esquerdas
          Desajeitado
Não enxerga um palmo
diante do nariz
     Muito distraído

Por que estas expressões são problemáticas? Tais frases utilizam a deficiência como metáfora para situações negativas, o que reforça uma associação prejudicial entre ser deficiente e ser incapaz. Além disso, ao banalizar experiências reais de vida de pessoas com deficiência, essas expressões minimizam os desafios enfrentados por essa população e ignoram suas capacidades e conquistas.

Impacto social das expressões capacitistas 

A repetição dessas expressões em contextos casuais e formais contribui para a manutenção de preconceitos e barreiras sociais. Isso não apenas afeta a autoestima de pessoas com deficiência, como também molda a percepção pública sobre o que significa ter uma deficiência. A linguagem tem poder, e as palavras que escolhemos podem perpetuar a discriminação ou promover a inclusão.

Alternativas e a evolução da linguagem

Reconhecendo a necessidade de uma linguagem mais inclusiva, muitos indivíduos e organizações têm proposto alternativas a essas expressões. Por exemplo, em vez de "diálogo de surdos", pode-se usar "conversa sem entendimento"; e ao invés de "mais perdido que cego em tiroteio", "completamente perdido" elimina qualquer referência desnecessária à deficiência.

Ação e conscientização

Promover uma mudança na linguagem requer esforço consciente e coletivo. É essencial que as escolas, os meios de comunicação e as organizações adotem práticas linguísticas que respeitem todas as pessoas, independentemente de suas condições físicas ou mentais. Além disso, é crucial que a sociedade em geral se torne mais consciente das implicações das palavras usadas no dia a dia.

Conclusão

A eliminação de expressões capacitistas da nossa linguagem é um passo fundamental para construir uma sociedade verdadeiramente inclusiva. Ao escolher palavras que respeitam a dignidade de todos, contribuímos para um mundo onde a igualdade não é apenas um ideal, mas uma realidade. Assim, convido todos os falantes da língua portuguesa a refletir sobre o impacto de suas palavras e a escolher expressões que promovam respeito e inclusão.

Texto produzido com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Cordão de Girassóis: Um Símbolo de Suporte às Deficiências Invisíveis

O cordão de girassóis é um símbolo visual discreto, usado para indicar que uma pessoa possui uma deficiência oculta ou não visível. As deficiências ocultas incluem, mas não estão limitadas a, condições de saúde mental, doenças crônicas como diabetes ou fibromialgia, condições auditivas e visuais leves, dislexia, entre outras. Essas condições podem não ser imediatamente aparentes para os outros, mas podem afetar significativamente a vida diária das pessoas.

O cordão de girassóis faz parte de uma iniciativa chamada "Hidden Disabilities Sunflower" (Girassóis de Deficiências Ocultas), que começou em 2016 nos aeroportos do Reino Unido para ajudar os funcionários a reconhecer que um passageiro pode precisar de assistência adicional, paciência ou tempo. A ideia se expandiu para outros ambientes públicos como supermercados, sistemas de transporte público e grandes eventos.

Usar o cordão de girassóis é uma escolha pessoal. Ele serve como um indicador sutil para os funcionários e o público de que a pessoa que o usa pode precisar de algumas considerações adicionais. Isso é particularmente útil em situações onde a antecipação de necessidades ou a compreensão do comportamento pode não ser óbvia. Importante frisar que o uso do cordão não exige que o indivíduo divulgue sua condição específica, proporcionando uma maneira de manter um certo nível de privacidade enquanto busca suporte ou compreensão no ambiente público.

O cordão de girassóis pode ser usado para identificar uma ampla gama de deficiências ocultas, as quais podem não ser imediatamente aparentes para outras pessoas. Aqui estão algumas das deficiências e condições que podem ser sinalizadas pelo uso do cordão de girassóis:

Condições de saúde mental: Inclui ansiedade, depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia e transtornos do espectro autista.
Doenças crônicas: Como fibromialgia, artrite, doença inflamatória intestinal, diabetes e condições crônicas de dor.
Deficiências sensoriais leves: Inclui perda auditiva parcial, visão subnormal que não é óbvia, entre outras condições sensoriais.
Condições neurológicas: Como epilepsia, doença de Parkinson, esclerose múltipla e condições neurológicas que afetam a mobilidade, a coordenação ou a fala.
Deficiências cognitivas: Dislexia, discalculia e outras formas de dificuldades de aprendizagem.
Distúrbios respiratórios e cardíacos: Pessoas com asma severa, doenças cardíacas que podem limitar a resistência ou a capacidade de esforço físico.
Condições que afetam a mobilidade: Condições que causam dor, fadiga ou limitação na mobilidade, que podem não ser visíveis, como certas condições reumáticas.
O cordão de girassóis é uma forma de promover a conscientização e a sensibilidade, indicando discretamente que o usuário pode precisar de mais paciência, tempo ou suporte, sem que haja a necessidade de uma divulgação explícita de sua condição médica.

Texto e imagem produzidos com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.