sábado, 27 de julho de 2019

BARRIGA CHEIA JÁ FOI SINAL DE SAÚDE

Por Américo Canhoto

É chocante que muitos ainda adoeçam ou morram de fome sem acesso ao alimento; em contrapartida, como a vida humana é cheia de paradoxos, um importante fator causador de doenças é o excesso e, o consumo de alimentos inadequados para aquela pessoa.

Dizem que o pior cego é aquele que não quer ver. Como todos os ditados da sabedoria popular esse serve para reflexão.

Temos a chance de observar ao longo da vida muitas famílias com mais de um filho:

Um deles enche os pais de orgulho quanto ao comer.

É o que chamam de “lima nova”, “bom de boca”, traça tudo que aparece na frente, no entanto é um assíduo freqüentador de consultórios para tratar: gripes de repetição, aumento ou inflamações das amídalas, crises de rinite, sinusite, urticária, e todo tipo de alergia.

Já o outro é tratado como um problema porque não come nada, está abaixo do peso padrão para a idade...; embora para compensar tenha uma “saúde de ferro”, pois quase nunca fica doente. (quantos desses conhecemos?)

A dieta tem um peso considerável na origem de boa parte das doenças.

Come-se em excesso.

Usamos alimentos que não se ajustam às necessidades orgânicas da pessoa.

E, a tecnologia de alimentos trouxe consigo mais uma série de problemas toxicológicos.

No tipo de cultura em que vivemos a participação da dieta na origem e manutenção das doenças é minimizada.

O que nos leva a apenas conseguirmos relacionar doenças a fatos escabrosos da dieta.

Quando o sujeito se empanturra, passa mal e vomita; ou quando tem dor de estômago e diarréia após comer algum alimento contaminado ou estragado.

Somos capazes de relacionar a dieta a doenças bem trabalhadas pela mídia como o consumo de açúcar com o diabete, a ingestão de gorduras com a elevação do colesterol, o consumo exagerado do sal com a hipertensão...; mas estilo perdão divino da confissão, nós somos induzidos a tomar remédios para não precisar reformar a dieta.

A constante repetição tende a fixar padrões de hábitos; comemos várias vezes num dia, e todos os dias, ingerimos uma quantidade inadequada a mais ou a menos de nutrientes mal distribuídos nas várias categorias de alimentos e, além disso: “envenenados”. Essa falta de planejamento alimentar gera uma agressão continuada ao corpo físico que desemboca em algo doentio. A responsabilidade dos hábitos nas doenças crônicas é detectada tardiamente.

Na saúde psicológica, parece incrível, mas os adultos se encarregam de impedir que a criança ultrapasse a barreira da fase oral e torne uma natural necessidade, a de alimentar-se, num mortal vício.

Acrescentando o rápido e cruel envenenamento da agricultura de larga escala:

Quanto mais se come em excesso maior a chance de morrer mais rápido ou ficar refém das drogas medicamentosas até o fim da vida.

No laboratório da vida a observação seguida de raciocínio separa o joio do trigo das verdades a serviço dos interesses e ajuda a educar a criança com respeito...

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