sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Lei do bullying obriga escolas do país a combater agressões físicas e morais


Lei vai fazer com que as instituições deensino também sejam responsáveis.
Escola é obrigada a capacitar equipes para prevenir e resolver problemas.

A lei que trata o bullying como intimidação sistêmica, em vigor no todo país, determina que toda escola, clube ou agremiação recreativa tem que prevenir e se preparar para resolver os problemas de agressões morais e físicas.
A palavra bullying é estrangeira, mas já faz parte do vocabulário dos estudantes. "Bullying é uma perseguição, tanto física quanto psicológica”, fala a estudante de 15 anos, Sabrina Rigamonte.
Lucas de Souza Mendonça, de 16 anos, sabe o que é, na prática. Dos oito aos dez anos de idade, ele sofreu a perseguição de um brutamonte, o nome que se dá a quem pratica o bullying. “Ficavam fazendo chacota, falava às vezes do meu cabelo que meu cabelo era de mulher, falava do meu físico, que eu era muito magro. Teve casos de enfiar minha mão na privada, por exemplo, uma coisa muito desagradável e teve até casos deles tentarem fazer abuso sexual só que na época eu estava partindo para agressão para me defender", conta Lucas.
“Quando ele resolveu se abrir ele falou assim mãe eu estou sofrendo demais, você não sabe o que eu estou passando”, fala a mãe de Lucas, Valéria Cristina da Silva Mendonça.

A nova lei trata o bullying como intimidação sistêmica, ou seja, que se repete e classifica em vários tipos:


  • Agressões verbais


  • Agressões psicológicas


  • Agressões físicas


  • Agressões virtuais


  • Agressões verbais, psicológicas, como perseguir ou amedrontar; agressões físicas e também a virtuais, por meio de textos e imagens na internet que depreciem as vítimas, o chamado cyberbullying.

  • “Algumas crianças ficam mais agressivas, outras tem síndrome do pânico, com medo de tudo, outras crianças buscam outras alternativas. Se isolar dentro do quarto e ficar só em jogos", explica a psicóloga e psicopedagoga Roneida Gontijo Couto.
    Na escola acontece um grande número de casos e, muitas vezes, as vítimas ficam traumatizadas a ponto de não querer mais estudar. A lei vai fazer com que as instituições de ensino também sejam responsáveis, principalmente na prevenção ao bullying.
    A partir de agora, toda escola é obrigada a capacitar professores e equipes pedagógicas para prevenir e resolver os problemas. Um colégio, em Belo Horizonte, faz isso há bastante tempo.
    "É uma cultura que a escola desenvolveu, ao longo dos anos, onde ela tem as virtudes do caráter que são trabalhadas e dentro dessas virtudes, que são quarenta e nove, a gente desenvolveu a questão da intimidação continuada, que é, hoje, o tratamento do bullying", fala o diretor de comunicação do colégio, Claudinei Franzini.

    “É uma pessoa intolerante que faz o bullying, é uma pessoa arrogante, que não consegue perceber diferenças”, diz Sabrina.

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