Além dos programas televisivos, um estenotipista também pode legendar reuniões, aulas, palestras e outros eventos. O nome vem do estenótipo, um aparelho com apenas 24 teclas, sem indicação de letras, usado para a digitação the flash. Nele, são gravados começos e términos de palavras mais comuns em teclas que, pressionadas simultaneamente, formam uma palavra. Assim, é necessário tocar o teclado poucas vezes para escrever a maioria delas.
Por questões de saúde, o máximo que um estenotipista deve ficar digitando ininterruptamente são duas horas — ainda assim, pela demanda de profissionais, alguns chegam a passar 8 horas na frente da maquininha. Há cursos abertos, mas apenas 400 profissionais desses no Brasil. Depois de um ano, já é possível fazer as legendas com certa rapidez, mas é necessário pelo menos mais dois anos de prática para que seja capaz de fazer isso ao vivo.
Como funciona
O sinal da TV chega ao computador do estenotipista no mesmo momento em que chega para o telespectador. Ele digita, simultaneamente, teclas da esquerda (para o começo das palavras) e botões da direita (que correspondem à parte final). Pode, por exemplo, pressionar uma sequência de caracteres que significa "inov" com a mão esquerda ao mesmo tempo que aperta outra para "ação" na mão direita, formando rapidamente "inovação". As legendas são mandadas para a emissora via internet ou linha telefônica e, de lá, sobem para a tela. O caminho parece longo, mas o atraso é de 2 ou 3 segundos.
Curiosidades
- A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) exige que 98% das palavras da closed caption sejam grafadas corretamente.
- Cada emissora é obrigada a transmitir 8 horas diárias de programação com closed caption (4 horas de manhã e 4 horas à tarde ou à noite). Nem todas cumprem a regra.
- O teclado não tem símbolos, mas é tátil, o que permite o uso até por deficientes visuais.
Fonte: Revista Galileu via TURISMO ADAPTADO
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