Pesquisadores da Universidade de Campinas, em São Paulo, criaram um programa de computador que traduz textos para a língua dos sinais, usada por deficientes auditivos.
“Olá, meu nome é Alícia”. Essa é a apresentação em libras do Avatar, figura humana representada no computador. Alícia é uma interprete virtual.
A cada texto digitado pela pesquisadora em português, faz a tradução para libras, a língua dos deficientes auditivos.
“O grande diferencial do nosso sistema é que não tem nada pré-gravado. Então a gente viu qual era a configuração da mão de cada sinal, como que as juntas da mão, do corpo se movimentavam para realizar essa articulação. Tudo isso foi descrito em um texto e gerado então a animação a partir desse texto”, explica Wanessa Machado Amaral, engenheira de computação.
O programa desenvolvido pelo Departamento de Computação da Universidade de Campinas permite ao Avatar reconhecer todas as letras do nosso alfabeto. E a partir daí traduzir os textos digitados.
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A nova tecnologia foi inspirada no trabalho das intérpretes de libras que aparecem no início dos programas de televisão.
“Nós temos a perspectiva de que no futuro essa tecnologia pode trabalhar em conjunto com o close caption, que nós temos hoje nos televisores, que é aquela legenda embaixo da programação”, diz a engenheira.
O Brasil tem hoje quase 6 milhões de pessoas com deficiência auditiva, o equivalente a população de Goiás.
Convidamos o adolescente Luis Felipe para conhecer a novidade. Ele não teve dificuldades para a compreensão.
Outros países já desenvolveram programas semelhantes. Mas esse é o primeiro no Brasil na língua de sinais. No futuro, o Avatar pode traduzir todo o conteúdo de internet.
O próximo passo da pesquisa é fazer o Avatar se comunicar com os seres humanos para prestação de serviços.
“A pessoa pode pedir informação num pronto socorro, numa repartição pública, eventualmente até num aeroporto, para que ela possa, ela pessoa surda, gesticular, fazer a pergunta, o sistema capturar, interpretar e responder através do Avatar”, diz o orientador da pesquisa da Unicamp, José Mário de Martino.
Fonte: G1
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