O modelo de última geração funciona a partir de movimentos dos músculos do braço. Sensores na pele enviam sinal para um computador que fica dentro da mão, que interpreta o tipo de movimento desejado.
Uma nova geração de mãos biônicas está transformando a vida dos pacientes. Matthew nasceu sem a mão esquerda. Mas hoje, aos 14 anos, pode fazer quase tudo que um adolescente faz, como jogar vídeo game, por exemplo. Tudo graças a uma prótese de última geração.
"As tarefas do dia a dia ficaram muito mais fáceis", ele conta. A mão biônica que ele usa com habilidade é a mais moderna do mundo. E foi conseguida depois que Matthew, um fã das corridas de Fórmula 1, escreveu para o chefe da equipe Mercedes.
A escuderia fez um acordo com o fabricante e ainda ajudou a família de Matthew a levantar o dinheiro que faltava para comprar a prótese. Os pais, claro, estão muito felizes e torcem para que o filho, agora, consiga fazer as tarefas que qualquer adolescente faz em casa.
Esta tecnologia está mudando a vida de pacientes também no Brasil. O modelo de última geração funciona a partir de movimentos dos músculos do braço.
Sensores são colocados na pele, um de cada lado. Ao contrair o músculo, o sensor envia um sinal para um pequeno computador que fica dentro da mão, que interpreta o tipo de movimento que o paciente quer fazer. Assim, ele pode controlar os cinco motores que movem os dedos e executar a ação desejada.
“Se ele mantiver a prótese aberta por mais de três segundos, automaticamente ela vai entrar na posição de indicador para poder teclar”, explica o protesista Jairo Blumenthal.
Assim, a mão biônica permite discar um número no telefone, pegar uma chave ou um objeto delicado como um cartão. Ela é programada para executar quatro movimentos diferentes, que podem ser escolhidos de acordo com o que for mais útil.
É a primeira prótese que permite mudar a posição do polegar e controlar a força com que o paciente pega um objeto como uma bolinha, por exemplo. É possível segurar, apertar com força e soltar lentamente.
Uma habilidade tão simples, mas que usamos a todo momento, como no aperto de mãos. “Eu estou treinado para isso e aprendi rápido. Pode me cumprimentar!”, diz Jordão Moreira Pereira
Jordão, que perdeu a mão em um acidente de trabalho, usa a prótese há dois meses. A mão biônica foi paga pela empresa onde ele é empregado. Para aprender a comandar os movimentos, o paciente passa por um treinamento.
Ele já consegue servir um copo d’água e tomar o chimarrão. “Posso segurar o guarda-chuva e levar uma bolsa na outra mão, tranquilo, isso aí eu já faço no dia a dia”, conta ele.
O futuro da mão biônica promete. Cientistas americanos estão desenvolvendo uma tecnologia que pode revolucionar o modo como as próteses se conectam com o corpo humano. O que os cientistas querem é que as novas mãos biônicas se movimentem também a partir dos impulsos nervosos do cérebro. Elas vão ser captadas por sensores que vão transmitir os comandos do cérebro através de fibras óticas até as próteses. Com isso, as mãos biônicas do futuro vão poder ter movimentos mais complexos e quem sabe até transmitir sensações como calor e frio.
Até lá, pacientes como Mattews, na Inglaterra, e Jordão, no Brasil, podem ir aproveitando tudo o que a ciência já conseguiu avançar.
“Muito importante. Foi um aprendizado e ainda estou aprendendo bastante”, diz Jordão.
domingo, 28 de agosto de 2011
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