segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Prefeitura distribui Dicionário de Libras para alunos surdos da rede de ensino

Objetivo é ampliar o vocabulário, melhorar a compreensão dos sinais da Libras e de textos escritos. Para o surdo, o contato com a Língua Portuguesa equivale a aprender um segundo idioma.

Entrega simbólica reuniu secretários da Educação e da Pessoa com Deficiência na Escola Hellen Keller (Aclimação) na terça-feira, dia 17, às 10h.

Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED)

Desde a última terça-feira (17), todos os 1.500 alunos surdos ou com deficiência auditiva matriculados na rede municipal de ensino passaram a contar com uma ferramenta para melhorar a aprendizagem e facilitar a comunicação em casa e fora do ambiente escolar: o Novo Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngue – Libras / Português e Inglês (Deit-Libras).

Esta é a segunda vez que a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED) distribui o material. Em 2008, foram 2.035 exemplares. A entrada de novos alunos e professores na rede trouxe a necessidade de distribuir mais 888 dicionários, alcançando todos os 1.500 estudantes surdos ou com deficiência auditiva atualmente matriculados.

O dicionário traz 14 mil verbetes em Português, que correspondem a 9.828 sinais em Libras e 56 mil verbetes em inglês. Além disso, apresenta os verbetes em datilologia, recurso usado para digitar o alfabeto manual, bem como na escrita em SignWriting, que é a representação gráfica dos sinais.

Na escola e em casa

Márcia Regina Marolo de Oliveira, especialista em educação da SMPED, explica que a Libras possui estrutura gramatical própria e independente da Língua Portuguesa. “Tem como parâmetros para formação dos sinais a combinação de formas e movimentos das mãos, pontos de referência no corpo ou no espaço, bem como as expressões não-manuais, que podem determinar a flexão dos verbos, adjetivos, advérbios, entre outros.”

A ideia de oferecer a cada estudante da rede municipal um exemplar do dicionário visa a ampliar o vocabulário geral do aluno surdo ou com deficiência auditiva – facilitando o aprendizado em todas as disciplinas – e, no sentido inverso, aumentar o repertório de familiares, amigos e funcionários da escola, na Língua de Sinais Brasileira. “A intenção é que o dicionário esteja sempre à mão, seja nas aulas ou em casa”, lembra Márcia Marolo.

Exemplares também foram enviados para autoridades do Executivo, como secretários municipais e subprefeitos, além de órgãos estaduais e municipais ligados à inclusão da pessoa com deficiência e mobilidade reduzida

Central de Libras

Na mesma cerimônia, foi inaugurado o primeiro ponto da Central de Libras, Intérpretes e Guia-Intérpretes – CELIG numa EMEE. Este projeto, que já funciona nas 31 subprefeituras, utiliza terminais de computador e webcam para que o cidadão surdo possa conversar à distância, pelo monitor, com intérpretes da Língua de Sinais Brasileira (Libras) e assim consultar os serviços públicos oferecidos pela Prefeitura de São Paulo.

Os intérpretes facilitam o contato entre o munícipe surdo ou com deficiência auditiva e o atendente presente no local, e também podem transmitir todas as informações hoje só disponíveis ao público ouvinte pelo telefone 156.

Jardim dos Sentidos

Na ocasião, também foi inaugurado o “Jardim dos Sentidos” da EMEE Hellen Keller, desenvolvido para que alunos com surdocegueira tenham a oportunidade de desfrutar do prazeroso contato com as plantas, desenvolvendo e aguçando a percepção tátil e olfativa.

Com 37 m2 e projetado especialmente para essa finalidade, o jardim é formado por plantas aromáticas e que não se ressentem ao serem tocadas, como mirra, cavalinha e erva-cidreira, entre outras.

Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED)
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Um comentário:

PERSEVERÂNÇA disse...

O blog de vcs é espetacular, é uma voz a mais, para aqueles que não tem como mostrar que o preconceito ainda existe.
Abraço,
Eunice Fernandes
www.felicidadeamorpaixao.blogspot.com