sábado, 18 de outubro de 2025

🌿 Ser PCD não tem vantagens, tem "compensações'

Há quem ainda pense que ser uma pessoa com deficiência traz “benefícios” — como se os direitos conquistados fossem uma espécie de privilégio.
Mas a verdade é outra: ser PCD não é alegria para ninguém. É um desafio diário, repleto de barreiras físicas, sociais e atitudinais que precisam ser enfrentadas com coragem e persistência.

As chamadas “vantagens” não são prêmios, e sim consequências de uma realidade desigual, que tenta, ainda que minimamente, equilibrar oportunidades.

⚖️ Cinco direitos frequentemente confundidos com privilégios

1. Isenção de impostos (IPVA, IPI, ICMS) – não é um presente, mas um meio de tornar possível o acesso ao transporte individual, já que o transporte público nem sempre é acessível.


2. Vaga preferencial em estacionamentos – serve para garantir autonomia e segurança, não para “furar fila”.


3. Atendimento prioritário – busca compensar o tempo e o esforço adicionais que muitas vezes o deslocamento e a comunicação exigem.


4. Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS) – é um amparo mínimo para quem, por sua condição, enfrenta grandes barreiras de empregabilidade.


5. Isenção em concursos públicos ou cotas de inclusão no trabalho – são medidas de equidade, criadas para corrigir uma desigualdade histórica.



💬 A verdade por trás dos “benefícios”

Cada um desses direitos nasceu da necessidade de sobreviver e pertencer.
Nada disso elimina a dor física, as limitações, a exclusão, o preconceito, o olhar de pena, ou o esforço dobrado que o PCD precisa fazer para realizar tarefas simples.
O que se chama de “vantagem” é, na verdade, uma tentativa de justiça social — um remendo diante de um sistema ainda excludente.

🌻 Conclusão

Nenhum direito, benefício ou isenção compensa as limitações que enfrentamos todos os dias.
Ser PCD não é escolha, nem dádiva, nem privilégio.
É uma condição que exige resiliência, fé e luta constante por respeito e acessibilidade.

E para aqueles que tentam fingir ser pessoas com deficiência apenas para usufruir de vantagens indevidas, fica um lembrete: não há vantagem alguma em se apropriar da dor alheia.
Os benefícios que muitos enxergam como prêmios são, na verdade, tentativas de corrigir desigualdades, nascidas de vidas marcadas por restrições, tratamentos, preconceitos e barreiras diárias.
Quem frauda para obter o que não lhe pertence talvez não tenha ideia do preço que se paga por aquilo que finge possuir — uma condição que ninguém escolheria se pudesse optar.

Ser PCD não é um privilégio.
É um desafio diário que só quem vive entende — e que merece respeito, não falsidade.

Texto e imagem produzidos com inteligência artificial. Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Cartelas Podem Virar Mobilidade para Deficientes Físicos

Você sabia que aquelas cartelas (blísteres) vazias de comprimidos têm destino muito mais nobre que o lixo comum? Em São Paulo, existe uma campanha chamada Cartela Solidária / Cartela que vira cadeira, coordenada pelo ICESP (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo). Quando se reúnem cerca de 2 toneladas de blísteres vazios, o ICESP converte esse material em 1 cadeira de rodas para doação a quem precisa.

🔍 Por que doar cartelas vazias e não jogá-las no lixo comum?

O blíster é um material que não se decompõe facilmente e pode levar séculos em aterros.


Quando misturado ao lixo urbano, ele contamina processos de reciclagem e pode ser rejeitado em centrais de tratamento.


Aproveitar esse resíduo é dar uma segunda vida a algo que, normalmente, seria descartado — e ainda gerar benefício social.


🗺 Como organizar pontos de coleta por região de São Paulo

Na Zona Norte, uma boa estratégia é envolver escolas públicas, UBSs e associações de bairro. Esses locais costumam ter grande circulação de pessoas e podem armazenar as cartelas em recipientes identificados. A comunidade escolar e os agentes de saúde são excelentes aliados na divulgação da campanha.

Na Zona Sul, vale apostar em igrejas, centros comunitários e pequenos comércios de bairro, que têm contato direto com moradores. Muitos empresários locais gostam de participar de causas solidárias, e a coleta de cartelas é uma ação simples de implementar.

Na Zona Leste, que concentra grande número de famílias e escolas, o ideal é criar parceria com bibliotecas, postos de saúde e associações de moradores. Esses espaços podem servir como polos de arrecadação e conscientização sobre descarte correto de resíduos.

Na Zona Oeste, há tradição de mobilização por meio de centros culturais, clubes de bairro e condomínios residenciais. O apoio de síndicos e grupos de moradores pode garantir um fluxo constante de cartelas arrecadadas.

Na Região Central, uma boa alternativa são lojas de bairro, coworkings e escritórios parceiros, locais com estrutura para manter recipientes de coleta e visibilidade para a campanha.

Passo a passo resumido

  1. Escolha um local acessível e fixe como ponto coletor.
  2. Divulgue amplamente (cartaz, redes sociais, vizinhança) as regras de separação (ver abaixo).
  3. Acumule periodicamente o material arrecadado.
  4. Combine uma entrega ao ICESP (ou parceiro aceito).
  5. Registre o peso entregue e comunique resultados à comunidade.

📋 Preparando a doação: o que pode e o que não pode

✅ Pode:

  • Cartelas/blísteres totalmente vazias, sem remédios, sem bulas, sem plásticos extras.
  • Blísteres limpos e secos, separados por tipo (opcional, mas ajuda na triagem).

❌ Não pode:

  • Cartelas com comprimidos sobrando.
  • Caixa, bulas, cartuchos de papelão — esses podem seguir rotas próprias de reciclagem ou descarte.
  • Blísteres sujos ou com restos líquidos.

💡 Dica: monte um recipiente fechado e informativo no ponto coletor, com etiqueta “Somente cartelas vazias — limpas e secas”.

🏛 Entrega final e o “motor” da campanha: ICESP

Todas as cartelas que você reunir podem ser entregues ao ICESP (Campanha Cartela Solidária / HC-FMUSP). Eles são hoje a iniciativa mais consolidada em São Paulo com esse modelo de “toneladas de blíster = cadeiras”.

Se você for responsável por uma zona (N, S, L, O ou Central), organize a entrega com intervalos razoáveis (mensal, bimestral, semestral). E documente — digitalize o recibo de entrega ou o comprovante de peso, para comunicar à comunidade.

✍️ Sugestão de texto para post nas redes sociais

“Você sabia que aquelas cartelas vazias de remédios podem virar cadeiras de rodas?

No Cantinho dos Amigos Especiais, estamos lançando um desafio: acumular 2 toneladas de blísteres para que o ICESP converta em 1 cadeira.

✳️ Se você mora na zona Norte, Sul, Leste, Oeste ou Central de SP, pode participar com um ponto de coleta no seu bairro!

📌 Veja como participar:

1️⃣ Separe apenas cartelas vazias, limpas e secas.

2️⃣ Entregue no ponto de coleta mais próximo.

3️⃣ Periodicamente, vamos coletar tudo e enviar para o ICESP.

4️⃣ Vamos divulgar juntos o peso arrecadado e, quando bater 2 toneladas, celebrar a entrega de cada cadeira!

Vamos juntos transformar descartes em dignidade? 💙


Texto e imagem produzidos com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

🌈 Outubro Laranja: o Mês Internacional de Conscientização do TDAH

O mês de outubro é marcado por uma importante campanha mundial: o Mês Internacional de

Conscientização do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH)
, conhecido também como Outubro Laranja.

A iniciativa busca informar, acolher e dar visibilidade às pessoas que convivem com o transtorno, promovendo compreensão, empatia e inclusão em todas as fases da vida.


💡 O que é o TDAH?

O TDAH é um transtorno neurobiológico que se manifesta na infância e pode acompanhar o indivíduo até a vida adulta.
Ele afeta o controle da atenção, o impulso e, em muitos casos, a regulação da energia corporal.
Não se trata de “falta de vontade” nem de “má educação” — é uma condição que requer diagnóstico clínico, tratamento multidisciplinar e, principalmente, respeito.

Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente envolvem:

  • Dificuldade de manter a atenção em tarefas longas;

  • Tendência à distração e esquecimentos frequentes;

  • Impulsividade e dificuldade de esperar a vez;

  • Inquietação física e mental;

  • Dificuldade para organizar rotinas ou cumprir prazos.


🧠 Por que precisamos falar sobre o TDAH?

A desinformação ainda é um dos maiores desafios.
Muitas pessoas com TDAH crescem ouvindo que são “preguiçosas”, “desatentas” ou “indisciplinadas”, quando, na verdade, enfrentam uma diferença real no funcionamento do cérebro.
A conscientização ajuda a combater estigmas, incentivar diagnósticos precoces e fortalecer redes de apoio, tanto na escola quanto no ambiente de trabalho.

Falar sobre o TDAH também é falar sobre acessibilidade cognitiva e emocional — ou seja, garantir que cada pessoa tenha o suporte necessário para viver com autonomia, autoestima e equilíbrio.


🧡 O símbolo do Outubro Laranja

No Brasil, o laranja foi escolhido como cor oficial da campanha, simbolizando energia, vitalidade e atenção — tudo o que pessoas com TDAH merecem receber da sociedade.
Durante o mês de outubro, prédios públicos e instituições de ensino costumam se iluminar de laranja, enquanto escolas, famílias e profissionais da saúde mental promovem palestras, rodas de conversa e ações educativas.


👩‍🏫 TDAH e inclusão escolar

Na sala de aula, o TDAH ainda é um desafio para muitos educadores.
É importante lembrar que alunos com o transtorno podem aprender tão bem quanto qualquer outro, desde que tenham:

  • Planejamento pedagógico individualizado;

  • Intervalos regulares entre atividades;

  • Orientação visual e verbal clara;

  • Incentivo positivo e ambiente acolhedor.

Professores preparados fazem toda a diferença na trajetória de uma criança com TDAH — e a conscientização é o primeiro passo para essa mudança.


🤝 Um convite à empatia

O Mês Internacional de Conscientização do TDAH não é apenas sobre o diagnóstico — é sobre acolher pessoas reais que vivem diariamente com o desafio da desatenção, da impulsividade e da hiperatividade.
É sobre lembrar que cada um de nós tem um ritmo, e que respeitar esse ritmo é também uma forma de amor.

Neste Outubro Laranja, o Cantinho dos Amigos Especiais se une à campanha para dizer:
TDAH não é falta de esforço. É uma forma diferente de ver e viver o mundo.
Com informação, empatia e apoio, todos podem brilhar!

Texto e imagem produzidos com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

quarta-feira, 15 de outubro de 2025

🎓 Professores com Deficiência no Brasil: um olhar que precisa se ampliar

Você sabia que, entre os cerca de 2,4 milhões de professores da educação básica no Brasil, apenas uma fração mínima possui algum tipo de deficiência? Esse número diminuto revela obstáculos invisíveis e estruturais que esses docentes enfrentam diariamente — desafios que muitas vezes passam despercebidos. Nesta matéria, vamos mostrar quem são esses professores PCD, o que enfrentam no dia a dia e o porquê de nossa atenção não poder falhar.


Quantos são — e por que sabemos tão pouco?

Embora o Censo Escolar 2024 contabilize aproximadamente 2,4 milhões de docentes na educação básica, esse documento ainda não divulga de forma clara o recorte de pessoas com deficiência.
Estudos e dados históricos apontavam que, em 2018, cerca de 0,3% dos professores da educação básica se declaravam com alguma deficiência, e no ensino superior a proporção era em torno de 0,5%. (Em termos absolutos, isso poderia representar entre 7 mil e 12 mil professores PCD em atuação no país) — embora esse seja um cálculo aproximado, dada a escassez de dados recentes.

Esse número é muito menor do que a participação de pessoas com deficiência na população em geral — algo em torno de 7% segundo o Censo 2022 do IBGE — sinalizando que o campo docente ainda é pouco acessível e pouco atrativo para esse grupo.


Os obstáculos cotidianos que muitos não veem

1. Infraestrutura que não acompanha a necessidade
Mesmo com avanços na legislação de acessibilidade, muitas escolas ainda não têm rampas apropriadas, piso tátil, rotas livres de barreiras ou banheiros adaptados — itens essenciais para que um professor PCD possa transitar com autonomia pelo local de trabalho.

2. Preconceito dissimulado e baixas expectativas
Ainda vemos relatos de docentes com deficiência sendo subestimados, enfrentando comentários sobre “limitações” ou tendo de provar sua capacidade constantemente. O capacitismo — crenças e atitudes que inferem que pessoas com deficiência são menos aptas — cria um desgaste emocional e profissional extra.

3. Tecnologias e recursos pouco amigáveis
Sistemas escolares digitais, plataformas de avaliação, diários eletrônicos ou softwares educacionais nem sempre têm compatibilidade com leitores de tela, contraste adequado, recursos de acessibilidade ou suporte a intérpretes de Libras. Isso obriga o professor PCD a investir tempo e esforço extra para adaptar ou improvisar soluções.

4. Burocracia para adaptações razoáveis
A solicitação de mobiliário especial, equipamentos, intérpretes, ampliação do tempo de aula ou ajustes na jornada muitas vezes encontra entraves: orçamentos insuficientes, demora nas aprovações, falta de previsão nas políticas das redes de ensino.

5. Formação continuada e apoio pedagógico insuficientes
Para planejar adaptações curriculares, avaliações acessíveis ou práticas inclusivas, o professor precisa de capacitação — mas nem sempre essa formação é oferecida de forma acessível ou efetiva. Muitas redes não dispõe de programas estruturados que considerem diferentes deficiências.


Por que ampliar a presença de docentes PCD importa

  • Referência viva: Quando estudantes veem professores com deficiência atuando com competência, eles têm vivências concretas de superação e diversidade — isso pode mudar visões e quebrar estereótipos.

  • Potencial transformador para a inclusão: Professores PCD trazem experiências únicas, sensibilizam colegas e gestores, e fortalecem uma cultura escolar mais empática e inclusiva — beneficiando todos os estudantes.

  • Equidade no direito ao trabalho: Educação inclusiva não pode se limitar apenas ao acesso de estudantes — é igualmente essencial garantir que pessoas com deficiência tenham presença digna e valorizada como educadoras.


Caminhos que podem (e devem) ser trilhados

  • Priorizar investimentos em acessibilidade arquitetônica nas escolas, com cronogramas e metas claras.

  • Exigir requisitos de acessibilidade digital em sistemas e plataformas educacionais como critério para contratação e uso.

  • Criar políticas de adaptação razoável, com processos transparentes, prazos, recursos e acompanhamento.

  • Oferecer formação continuada inclusiva, com acessibilidade nos materiais e metodologias para todos os tipos de deficiência.

  • Implantar protocolos e programas internos para combate ao capacitismo e sensibilização de comunidade escolar, estimulando uma cultura de valorização da diferença.


Texto e imagem produzidos com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

terça-feira, 14 de outubro de 2025

Quando o trabalho vira palco de humilhação: o caso da atendente com TDAH que venceu ação por assédio

Recentemente, um post no Instagram chamou a atenção ao relatar uma decisão da Justiça do Trabalho que condenou uma empresa a indenizar uma atendente com TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) após repetidas humilhações no ambiente de trabalho. 

O que aconteceu

Segundo os relatos e documentos do processo:

A funcionária, diagnosticada com TDAH, era alvo constante de chacotas de colegas e até de supervisores. Era chamada de “lerda” e “sonsa”.

Em um episódio simbólico, ela recebeu um “troféu” como “a colaboradora mais lerda do setor”, em competição interna da empresa.

O assédio moral sofrido teria agravado seu estado psicológico, desencadeando crises de ansiedade e depressão — condição que foi reconhecida em perícia.

Na sentença de 1ª instância, foi reconhecido o assédio e fixada indenização de R$ 50 mil por danos morais, além da declaração de doença ocupacional e rescisão indireta do contrato.

No Tribunal Regional do Trabalho (TRT-3), a decisão foi mantida quanto ao reconhecimento do assédio, mas a indenização foi reduzida para R$ 20 mil, por entender que esse valor seria mais proporcional ao caso.

Além disso, foi reconhecida estabilidade provisória (durante o período de agravamento da condição) e retificação da CTPS.

Por que esse caso é importante para lutarmos por ambientes inclusivos

Esse episódio traz à tona questões que devemos refletir:

Vulnerabilidade de pessoas com transtornos invisíveis

O TDAH não “ aparece” fisicamente, o que muitas vezes leva a julgamentos superficiais — como chamar de “lerdo” quem lida com desafios cognitivos ou de processamento diferente.

Assédio moral e saúde mental

Comentários pejorativos, humilhações constantes e práticas de “brincadeira” no ambiente de trabalho podem gerar sérios danos psicológicos, especialmente em quem já enfrenta dificuldades emocionais ou neurológicas pré-existentes.

Responsabilidade do empregador

A decisão judicial reforça que não basta alegar desconhecimento: é dever da empresa promover ambiente digno e intervir em práticas nocivas.

A importância da reparação judicial

A indenização não “conserta” o dano psicológico, mas tem papel simbólico e preventivo — serve para reconhecer o erro e inibir que situações semelhantes ocorram novamente.

Como podemos agir para um ambiente mais humano e acolhedor

Capacitação e sensibilização: promover treinamentos para gestores e equipes sobre empatia, diversidade neurocognitiva e respeito no ambiente de trabalho.

Políticas de acolhimento: canais internos de denúncia que funcionem de fato, acompanhamento psicológico e apoio às vítimas.

Cultura de inclusão: reconhecer que pessoas com TDAH, autismo, dislexia ou outras condições podem ser valorizadas por suas habilidades singulares, e não “corrigidas” ou “ajustadas”.

Legislação e fiscalização: incentivar que órgãos trabalhistas e jurídicos atuem com rigor em casos de abuso psicológico no trabalho.


Texto produzido com inteligência artificial.
Fonte: Instagram
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.