sábado, 18 de outubro de 2025
🌿 Ser PCD não tem vantagens, tem "compensações'
quinta-feira, 16 de outubro de 2025
Cartelas Podem Virar Mobilidade para Deficientes Físicos
🔍 Por que doar cartelas vazias e não jogá-las no lixo comum?
O blíster é um material que não se decompõe facilmente e pode levar séculos em aterros.
Quando misturado ao lixo urbano, ele contamina processos de reciclagem e pode ser rejeitado em centrais de tratamento.
Aproveitar esse resíduo é dar uma segunda vida a algo que, normalmente, seria descartado — e ainda gerar benefício social.
🗺 Como organizar pontos de coleta por região de São Paulo
Na Zona Norte, uma boa estratégia é envolver escolas públicas, UBSs e associações de bairro. Esses locais costumam ter grande circulação de pessoas e podem armazenar as cartelas em recipientes identificados. A comunidade escolar e os agentes de saúde são excelentes aliados na divulgação da campanha.
Na Zona Sul, vale apostar em igrejas, centros comunitários e pequenos comércios de bairro, que têm contato direto com moradores. Muitos empresários locais gostam de participar de causas solidárias, e a coleta de cartelas é uma ação simples de implementar.
Na Zona Leste, que concentra grande número de famílias e escolas, o ideal é criar parceria com bibliotecas, postos de saúde e associações de moradores. Esses espaços podem servir como polos de arrecadação e conscientização sobre descarte correto de resíduos.
Na Zona Oeste, há tradição de mobilização por meio de centros culturais, clubes de bairro e condomínios residenciais. O apoio de síndicos e grupos de moradores pode garantir um fluxo constante de cartelas arrecadadas.
Na Região Central, uma boa alternativa são lojas de bairro, coworkings e escritórios parceiros, locais com estrutura para manter recipientes de coleta e visibilidade para a campanha.
Passo a passo resumido
- Escolha um local acessível e fixe como ponto coletor.
- Divulgue amplamente (cartaz, redes sociais, vizinhança) as regras de separação (ver abaixo).
- Acumule periodicamente o material arrecadado.
- Combine uma entrega ao ICESP (ou parceiro aceito).
- Registre o peso entregue e comunique resultados à comunidade.
📋 Preparando a doação: o que pode e o que não pode
✅ Pode:
- Cartelas/blísteres totalmente vazias, sem remédios, sem bulas, sem plásticos extras.
- Blísteres limpos e secos, separados por tipo (opcional, mas ajuda na triagem).
❌ Não pode:
- Cartelas com comprimidos sobrando.
- Caixa, bulas, cartuchos de papelão — esses podem seguir rotas próprias de reciclagem ou descarte.
- Blísteres sujos ou com restos líquidos.
💡 Dica: monte um recipiente fechado e informativo no ponto coletor, com etiqueta “Somente cartelas vazias — limpas e secas”.
🏛 Entrega final e o “motor” da campanha: ICESP
Todas as cartelas que você reunir podem ser entregues ao ICESP (Campanha Cartela Solidária / HC-FMUSP). Eles são hoje a iniciativa mais consolidada em São Paulo com esse modelo de “toneladas de blíster = cadeiras”.
Se você for responsável por uma zona (N, S, L, O ou Central), organize a entrega com intervalos razoáveis (mensal, bimestral, semestral). E documente — digitalize o recibo de entrega ou o comprovante de peso, para comunicar à comunidade.
✍️ Sugestão de texto para post nas redes sociais
“Você sabia que aquelas cartelas vazias de remédios podem virar cadeiras de rodas?
No Cantinho dos Amigos Especiais, estamos lançando um desafio: acumular 2 toneladas de blísteres para que o ICESP converta em 1 cadeira.
✳️ Se você mora na zona Norte, Sul, Leste, Oeste ou Central de SP, pode participar com um ponto de coleta no seu bairro!
📌 Veja como participar:
1️⃣ Separe apenas cartelas vazias, limpas e secas.
2️⃣ Entregue no ponto de coleta mais próximo.
3️⃣ Periodicamente, vamos coletar tudo e enviar para o ICESP.
4️⃣ Vamos divulgar juntos o peso arrecadado e, quando bater 2 toneladas, celebrar a entrega de cada cadeira!
Vamos juntos transformar descartes em dignidade? 💙
🌈 Outubro Laranja: o Mês Internacional de Conscientização do TDAH
O mês de outubro é marcado por uma importante campanha mundial: o Mês Internacional de
Conscientização do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), conhecido também como Outubro Laranja.
A iniciativa busca informar, acolher e dar visibilidade às pessoas que convivem com o transtorno, promovendo compreensão, empatia e inclusão em todas as fases da vida.
💡 O que é o TDAH?
O TDAH é um transtorno neurobiológico que se manifesta na infância e pode acompanhar o indivíduo até a vida adulta.
Ele afeta o controle da atenção, o impulso e, em muitos casos, a regulação da energia corporal.
Não se trata de “falta de vontade” nem de “má educação” — é uma condição que requer diagnóstico clínico, tratamento multidisciplinar e, principalmente, respeito.
Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente envolvem:
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Dificuldade de manter a atenção em tarefas longas;
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Tendência à distração e esquecimentos frequentes;
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Impulsividade e dificuldade de esperar a vez;
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Inquietação física e mental;
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Dificuldade para organizar rotinas ou cumprir prazos.
🧠 Por que precisamos falar sobre o TDAH?
A desinformação ainda é um dos maiores desafios.
Muitas pessoas com TDAH crescem ouvindo que são “preguiçosas”, “desatentas” ou “indisciplinadas”, quando, na verdade, enfrentam uma diferença real no funcionamento do cérebro.
A conscientização ajuda a combater estigmas, incentivar diagnósticos precoces e fortalecer redes de apoio, tanto na escola quanto no ambiente de trabalho.
Falar sobre o TDAH também é falar sobre acessibilidade cognitiva e emocional — ou seja, garantir que cada pessoa tenha o suporte necessário para viver com autonomia, autoestima e equilíbrio.
🧡 O símbolo do Outubro Laranja
No Brasil, o laranja foi escolhido como cor oficial da campanha, simbolizando energia, vitalidade e atenção — tudo o que pessoas com TDAH merecem receber da sociedade.
Durante o mês de outubro, prédios públicos e instituições de ensino costumam se iluminar de laranja, enquanto escolas, famílias e profissionais da saúde mental promovem palestras, rodas de conversa e ações educativas.
👩🏫 TDAH e inclusão escolar
Na sala de aula, o TDAH ainda é um desafio para muitos educadores.
É importante lembrar que alunos com o transtorno podem aprender tão bem quanto qualquer outro, desde que tenham:
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Planejamento pedagógico individualizado;
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Intervalos regulares entre atividades;
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Orientação visual e verbal clara;
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Incentivo positivo e ambiente acolhedor.
Professores preparados fazem toda a diferença na trajetória de uma criança com TDAH — e a conscientização é o primeiro passo para essa mudança.
🤝 Um convite à empatia
O Mês Internacional de Conscientização do TDAH não é apenas sobre o diagnóstico — é sobre acolher pessoas reais que vivem diariamente com o desafio da desatenção, da impulsividade e da hiperatividade.
É sobre lembrar que cada um de nós tem um ritmo, e que respeitar esse ritmo é também uma forma de amor.
Neste Outubro Laranja, o Cantinho dos Amigos Especiais se une à campanha para dizer:
✨ TDAH não é falta de esforço. É uma forma diferente de ver e viver o mundo.
Com informação, empatia e apoio, todos podem brilhar!
quarta-feira, 15 de outubro de 2025
🎓 Professores com Deficiência no Brasil: um olhar que precisa se ampliar
Quantos são — e por que sabemos tão pouco?
Embora o Censo Escolar 2024 contabilize aproximadamente 2,4 milhões de docentes na educação básica, esse documento ainda não divulga de forma clara o recorte de pessoas com deficiência.
Estudos e dados históricos apontavam que, em 2018, cerca de 0,3% dos professores da educação básica se declaravam com alguma deficiência, e no ensino superior a proporção era em torno de 0,5%. (Em termos absolutos, isso poderia representar entre 7 mil e 12 mil professores PCD em atuação no país) — embora esse seja um cálculo aproximado, dada a escassez de dados recentes.
Esse número é muito menor do que a participação de pessoas com deficiência na população em geral — algo em torno de 7% segundo o Censo 2022 do IBGE — sinalizando que o campo docente ainda é pouco acessível e pouco atrativo para esse grupo.
Os obstáculos cotidianos que muitos não veem
1. Infraestrutura que não acompanha a necessidade
Mesmo com avanços na legislação de acessibilidade, muitas escolas ainda não têm rampas apropriadas, piso tátil, rotas livres de barreiras ou banheiros adaptados — itens essenciais para que um professor PCD possa transitar com autonomia pelo local de trabalho.
2. Preconceito dissimulado e baixas expectativas
Ainda vemos relatos de docentes com deficiência sendo subestimados, enfrentando comentários sobre “limitações” ou tendo de provar sua capacidade constantemente. O capacitismo — crenças e atitudes que inferem que pessoas com deficiência são menos aptas — cria um desgaste emocional e profissional extra.
3. Tecnologias e recursos pouco amigáveis
Sistemas escolares digitais, plataformas de avaliação, diários eletrônicos ou softwares educacionais nem sempre têm compatibilidade com leitores de tela, contraste adequado, recursos de acessibilidade ou suporte a intérpretes de Libras. Isso obriga o professor PCD a investir tempo e esforço extra para adaptar ou improvisar soluções.
4. Burocracia para adaptações razoáveis
A solicitação de mobiliário especial, equipamentos, intérpretes, ampliação do tempo de aula ou ajustes na jornada muitas vezes encontra entraves: orçamentos insuficientes, demora nas aprovações, falta de previsão nas políticas das redes de ensino.
5. Formação continuada e apoio pedagógico insuficientes
Para planejar adaptações curriculares, avaliações acessíveis ou práticas inclusivas, o professor precisa de capacitação — mas nem sempre essa formação é oferecida de forma acessível ou efetiva. Muitas redes não dispõe de programas estruturados que considerem diferentes deficiências.
Por que ampliar a presença de docentes PCD importa
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Referência viva: Quando estudantes veem professores com deficiência atuando com competência, eles têm vivências concretas de superação e diversidade — isso pode mudar visões e quebrar estereótipos.
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Potencial transformador para a inclusão: Professores PCD trazem experiências únicas, sensibilizam colegas e gestores, e fortalecem uma cultura escolar mais empática e inclusiva — beneficiando todos os estudantes.
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Equidade no direito ao trabalho: Educação inclusiva não pode se limitar apenas ao acesso de estudantes — é igualmente essencial garantir que pessoas com deficiência tenham presença digna e valorizada como educadoras.
Caminhos que podem (e devem) ser trilhados
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Priorizar investimentos em acessibilidade arquitetônica nas escolas, com cronogramas e metas claras.
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Exigir requisitos de acessibilidade digital em sistemas e plataformas educacionais como critério para contratação e uso.
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Criar políticas de adaptação razoável, com processos transparentes, prazos, recursos e acompanhamento.
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Oferecer formação continuada inclusiva, com acessibilidade nos materiais e metodologias para todos os tipos de deficiência.
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Implantar protocolos e programas internos para combate ao capacitismo e sensibilização de comunidade escolar, estimulando uma cultura de valorização da diferença.
terça-feira, 14 de outubro de 2025
Quando o trabalho vira palco de humilhação: o caso da atendente com TDAH que venceu ação por assédio
O que aconteceu
Segundo os relatos e documentos do processo:
A funcionária, diagnosticada com TDAH, era alvo constante de chacotas de colegas e até de supervisores. Era chamada de “lerda” e “sonsa”.
Em um episódio simbólico, ela recebeu um “troféu” como “a colaboradora mais lerda do setor”, em competição interna da empresa.
O assédio moral sofrido teria agravado seu estado psicológico, desencadeando crises de ansiedade e depressão — condição que foi reconhecida em perícia.
Na sentença de 1ª instância, foi reconhecido o assédio e fixada indenização de R$ 50 mil por danos morais, além da declaração de doença ocupacional e rescisão indireta do contrato.
No Tribunal Regional do Trabalho (TRT-3), a decisão foi mantida quanto ao reconhecimento do assédio, mas a indenização foi reduzida para R$ 20 mil, por entender que esse valor seria mais proporcional ao caso.
Além disso, foi reconhecida estabilidade provisória (durante o período de agravamento da condição) e retificação da CTPS.
Por que esse caso é importante para lutarmos por ambientes inclusivos
Esse episódio traz à tona questões que devemos refletir:
Vulnerabilidade de pessoas com transtornos invisíveis
O TDAH não “ aparece” fisicamente, o que muitas vezes leva a julgamentos superficiais — como chamar de “lerdo” quem lida com desafios cognitivos ou de processamento diferente.
Assédio moral e saúde mental
Comentários pejorativos, humilhações constantes e práticas de “brincadeira” no ambiente de trabalho podem gerar sérios danos psicológicos, especialmente em quem já enfrenta dificuldades emocionais ou neurológicas pré-existentes.
Responsabilidade do empregador
A decisão judicial reforça que não basta alegar desconhecimento: é dever da empresa promover ambiente digno e intervir em práticas nocivas.
A importância da reparação judicial
A indenização não “conserta” o dano psicológico, mas tem papel simbólico e preventivo — serve para reconhecer o erro e inibir que situações semelhantes ocorram novamente.
Como podemos agir para um ambiente mais humano e acolhedor
Capacitação e sensibilização: promover treinamentos para gestores e equipes sobre empatia, diversidade neurocognitiva e respeito no ambiente de trabalho.
Políticas de acolhimento: canais internos de denúncia que funcionem de fato, acompanhamento psicológico e apoio às vítimas.
Cultura de inclusão: reconhecer que pessoas com TDAH, autismo, dislexia ou outras condições podem ser valorizadas por suas habilidades singulares, e não “corrigidas” ou “ajustadas”.
Legislação e fiscalização: incentivar que órgãos trabalhistas e jurídicos atuem com rigor em casos de abuso psicológico no trabalho.
Texto produzido com inteligência artificial.
Fonte: Instagram
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.