sexta-feira, 1 de agosto de 2025

🌌 Retinose Pigmentar: Quando a Visão Vai se Apagando aos Poucos

Imagine olhar para o céu e, pouco a pouco, ver as estrelas se apagarem — uma a uma, até que reste apenas uma névoa. Essa é uma metáfora delicada, mas bastante próxima da realidade de quem convive com a retinose pigmentar.

O que é a retinose pigmentar?

A retinose pigmentar é uma doença hereditária e degenerativa da retina, a parte do olho responsável por captar a luz. Ela afeta principalmente as células responsáveis pela visão periférica e noturna, levando à perda progressiva da capacidade visual ao longo dos anos.

Ao contrário de muitas outras doenças oculares, a retinose pigmentar não tem cura. Seu avanço é geralmente lento, mas contínuo, exigindo da pessoa uma grande capacidade de adaptação — física, emocional e sensorial.

Como a pessoa enxerga com retinose pigmentar?

No início, a pessoa percebe uma dificuldade para enxergar à noite (cegueira noturna) e uma redução do campo visual lateral — como se visse por um tubo. Com o tempo, a visão periférica vai se fechando, restando apenas um pequeno ponto central, que também pode se perder em fases mais avançadas.

É uma sensação parecida com estar em um túnel, onde a luz vai diminuindo aos poucos, mesmo em plena claridade.

🖼️ A imagem que acompanha este texto simula como uma pessoa com retinose pigmentar avançada enxerga: a visão central permanece clara, enquanto tudo ao redor vai escurecendo. Os detalhes à frente — como um prédio, um ônibus ou um pedestre — são visíveis, mas qualquer movimento fora do centro pode passar despercebido. Essa representação ajuda a compreender que o problema não está no foco, mas na falta de visão lateral.

Sintomas mais comuns:

  • Dificuldade para enxergar em ambientes escuros;

  • Perda da visão lateral (campo visual reduzido);

  • Sensação de tropeçar ou esbarrar com frequência;

  • Em alguns casos, hipersensibilidade à luz (fotofobia).

A vida com retinose pigmentar

Embora não exista cura, há muitos recursos que ajudam a pessoa a manter sua autonomia: bengalas, treinamentos de orientação e mobilidade, lupas eletrônicas, leitores de tela e — principalmente — acolhimento da família e da sociedade.

Como ajudar quem convive com retinose pigmentar:

  1. Evite mudanças bruscas de iluminação (como entrar em locais escuros ou sair para ambientes muito claros repentinamente).

  2. Fale antes de se aproximar ou tocar, pois a pessoa pode não enxergar você vindo pelas laterais.

  3. Respeite o tempo de adaptação visual, especialmente ao mudar de ambiente.

Um olhar de empatia

A retinose pigmentar é uma jornada silenciosa de adaptação, perda e redescoberta. Quem convive com ela precisa aprender a ver o mundo com outros sentidos — e quem convive com essas pessoas precisa aprender a ver com o coração.

Texto e imagem produzidos com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

Agosto Laranja: Conscientização sobre a Esclerose Múltipla e a Luta pela Inclusão

Você sabia que o mês de agosto é marcado por uma campanha importante na área da saúde e da inclusão? Estamos falando do Agosto Laranja, um movimento de conscientização sobre a Esclerose Múltipla (EM) — uma doença neurológica, autoimune e ainda pouco compreendida pela maioria das pessoas.

O laranja, cor da campanha, representa vitalidade e atenção, valores essenciais para dar visibilidade às pessoas que convivem com a Esclerose Múltipla. A campanha é nacional, mas sua causa é global: romper o silêncio, quebrar estigmas e garantir os direitos das pessoas com EM.



O que é a Esclerose Múltipla?

A Esclerose Múltipla é uma condição inflamatória crônica do sistema nervoso central. Ela atinge o cérebro, os nervos ópticos e a medula espinhal, afetando a comunicação entre o cérebro e o resto do corpo. Os sintomas variam muito de pessoa para pessoa, mas os mais comuns incluem:

  • Fadiga intensa

  • Formigamentos nos membros

  • Dificuldade de equilíbrio e coordenação

  • Problemas visuais

  • Transtornos cognitivos e motores

Não é uma doença contagiosa nem degenerativa em si, mas pode levar a incapacidades se não for tratada corretamente.


O desafio do diagnóstico e da compreensão

Um dos maiores obstáculos enfrentados por quem vive com Esclerose Múltipla é o diagnóstico tardio ou equivocado. Por ser uma doença com sintomas variados e muitas vezes invisíveis, o preconceito e a falta de informação dificultam o acolhimento adequado.

Por isso, o Agosto Laranja é um momento fundamental para educar a população, qualificar os profissionais da saúde e empoderar as pessoas com EM e suas famílias.


Acessibilidade, direitos e inclusão

Pessoas com Esclerose Múltipla enfrentam barreiras físicas, sociais e psicológicas. Nem sempre elas aparentam uma deficiência, o que pode gerar julgamentos e desconfiança sobre suas limitações. Muitos ainda não entendem que existem deficiências invisíveis, que exigem tanto respeito quanto as visíveis.

Garantir a acessibilidade, o tratamento gratuito via SUS, o apoio psicológico, o direito ao trabalho adaptado e a inclusão social plena são compromissos que todos devemos assumir — governos, empresas, escolas, famílias e a sociedade em geral.


A força da informação e da empatia

Neste mês, o Cantinho dos Amigos Especiais se une a essa causa. Acreditamos que conhecer é o primeiro passo para acolher. E acolher significa respeitar o tempo do outro, suas dores, suas superações e seus silêncios. Nenhuma deficiência precisa ser evidente para merecer cuidado.

Vamos pintar o mês de laranja com empatia, diálogo e apoio!


Texto e imagem produzidos com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

☁️ Catarata: Quando a Visão se Torna um Vidro Embaçado

Imagine tentar enxergar o mundo por trás de um vidro embaçado — onde tudo parece nublado, as cores perdem o brilho e a luz incomoda. Assim é o dia a dia de quem convive com a catarata.O que é a catarata?

A catarata é uma condição em que o cristalino do olho — uma espécie de lente natural — fica opaco. Essa opacificação impede que a luz passe com clareza, tornando a visão turva e dificultando tarefas simples como ler, dirigir ou reconhecer rostos.

Ela costuma surgir com o envelhecimento, mas também pode ser causada por traumas, doenças como diabetes, uso prolongado de certos medicamentos ou mesmo por fatores genéticos.

Como a pessoa enxerga com catarata?

A visão fica embaçada, opaca, com pouco contraste e maior sensibilidade à luz. As cores parecem desbotadas, os contornos se confundem e a claridade pode causar grande desconforto. Às vezes, é como se a pessoa enxergasse o mundo por trás de uma névoa constante.

🖼️ A imagem que acompanha este artigo ilustra bem esse efeito: vemos a cena do cotidiano coberta por um filtro branco, borrado, sem nitidez — uma simulação bastante fiel de como o portador de catarata vê o ambiente ao redor.

Sintomas mais comuns:

  • Visão turva ou “embaçada”;

  • Dificuldade para enxergar à noite;

  • Sensibilidade à luz e ao brilho;

  • Diminuição da percepção de cores;

  • Necessidade frequente de trocar os óculos.

A boa notícia: tem tratamento!

A catarata pode ser tratada com cirurgia — uma das mais seguras e realizadas no mundo. O procedimento substitui o cristalino opaco por uma lente artificial, restaurando a nitidez da visão. Em muitos casos, a pessoa volta a enxergar com clareza em poucos dias.

Como ajudar quem convive com catarata:

  1. Evite ambientes com luz direta ou reflexos fortes, que podem causar incômodo.

  2. Fale com clareza e paciência, pois o rosto da pessoa pode estar embaçado para ela.

  3. Ajude na leitura de pequenos textos, até que o tratamento esteja completo.

Um olhar mais compassivo

Conviver com catarata não é apenas uma questão de visão — é também uma questão de dignidade. O mundo pode parecer desfocado, mas o carinho e o respeito de quem está ao redor fazem toda a diferença nesse processo de espera, tratamento e recuperação.

No Cantinho dos Amigos Especiais, seguimos afirmando: quando o olhar do outro é gentil, tudo volta a ficar mais nítido — mesmo antes da cirurgia.

Lar Escola São Francisco encerrará suas atividades após 82 anos de dedicação às pessoas com deficiência


São Paulo — Julho de 2025
— Uma das instituições mais tradicionais do país no atendimento especializado a pessoas com deficiência, o Lar Escola São Francisco, anunciou que encerrará suas atividades até o final deste ano. A decisão foi comunicada pela AACD, responsável pela administração da escola desde 2012.

Fundado em 1943 por Maria Hecilda Campos Salgado, o Lar Escola se tornou referência em acolhimento e reabilitação, especialmente para crianças e jovens com deficiências físicas. Desde 1951, funcionava como instituição de ensino especial, oferecendo apoio pedagógico, terapêutico e humano a milhares de famílias ao longo de gerações.

Hoje, atende 21 estudantes, dos quais seis devem concluir o ensino fundamental em 2025. A desativação foi justificada pela não renovação do contrato do imóvel e por pendências na regularização da licença de funcionamento.


Memórias de quem viveu essa história

O fechamento da escola causou profunda comoção entre familiares e ex-pacientes, que testemunharam a importância da instituição em suas vidas. Um dos depoimentos mais tocantes é da sra. Ana Tereza Frederico, mãe da educadora e ativista Alessandra Frederico, ex-paciente da instituição:

“LAR ESCOLA SÃO FRANCISCO... quanto acolhimento. Quanta esperança trouxe aos nossos corações. Tenho na lembrança cada um dos profissionais que cuidaram da minha filha. Um desvelo incessante... E era TO, fisioterapia, fisiatra, psicóloga... minha filha tinha todo o tratamento necessário para sua recuperação... eram três vezes por semana. Muitas idas e vindas... durante muitos anos. Conhecemos cada palmo dessa grande instituição. A oficina ortopédica onde eram feitas as botas... gratidão aos profissionais que nos apoiaram durante todo esse período!”

Com ênfase especial, a própria Alessandra Frederico, hoje ativista pelos direitos das pessoas com deficiência e, por sinal, idealizadora deste blog, relembra:

“Eu fiz, por 14 anos, tratamento lá. Comecei quando tinha 4 anos e meio, ou seja, desde 1977 até 1991. Saí porque completei 18 anos, idade em que tinha que sair para dar vaga para uma criança. Não encontrei, depois disso, nenhum lugar para fazer fisioterapia. Pois fisioterapia era necessário continuar; mas, devido à idade, parei.”

O depoimento de Alessandra revela um ponto crítico: a falta de continuidade no cuidado após a maioridade, realidade que ainda persiste para muitos adultos com deficiência.


O que será feito com os atuais alunos?

A AACD informou que:

  • Os estudantes serão transferidos para escolas da rede estadual de ensino regular;

  • Haverá suporte pedagógico e terapêutico durante o processo de transição;

  • Em 2026, poderá haver acompanhamento presencial nas novas instituições, conforme necessidade.


Famílias temem retrocesso

Apesar da promessa de acompanhamento, muitas famílias estão preocupadas. Um abaixo-assinado online expressa o temor de que a chamada “inclusão” seja apenas formal, deixando os alunos sem o suporte que sempre tiveram:

“Quando a inclusão é só discurso, quem paga o preço são as nossas crianças.”

Para estudantes com deficiências múltiplas, como muitos atendidos no Lar Escola, a adaptação à rede regular pode representar perda de qualidade no atendimento, ruptura de vínculos e descontinuidade no processo terapêutico.


O legado do Lar Escola São Francisco

Mais do que um centro de atendimento, o Lar Escola foi um espaço de esperança, dignidade e transformação, como evidenciam os relatos das famílias. Seu legado está impresso não apenas na história da reabilitação no Brasil, mas também nas trajetórias de vida que ajudou a construir.


O que muda a partir de agora?

Situação AtualA partir de 2026
Atendimento especializado e integralInserção em escolas públicas regulares
Equipe multidisciplinar no mesmo localApoio externo oferecido conforme demanda
Continuidade no mesmo espaço físicoRecomeço em nova estrutura escolar

Conclusão

O fim do Lar Escola São Francisco é muito mais do que o fechamento de um prédio: é o encerramento de um ciclo histórico de cuidado, técnica e amor. Como lembra Ana Tereza, era um lugar de acolhimento. Como afirma Alessandra, foi sua base durante 14 anos. Que os passos seguintes não esqueçam essas vozes.

É essencial que a transição para a rede regular ocorra com planejamento, empatia e estrutura real, garantindo o direito de aprender e ser cuidado com dignidade — em qualquer idade.

quinta-feira, 31 de julho de 2025

Olliver Sax: Um Sopro de Fé e Esperança

 

Olliver Yoshihiro Shimazu, ou simplesmente Olliver Sax, é do Jaraguá, em São Paulo. É autista e TDAH, nível 2 de suporte. Atualmente, tem boa familiaridade com o sax alto , sax soprano e flauta transversal.

A música chegou na vida de um jovem budista paulistano de forma natural, quase silenciosa — como quem entra pela porta do coração sem precisar bater.  Desde pequeno, Olliver amava música.

Na idade adulta, descobriu o amor pelos instrumentos de sopro. Foi ali que nasceu o desejo: aprender a tocar aquele instrumento que tanto o fascinava. Um dia, ele se encheu de coragem e disse a si mesmo , com toda  generosidade: “sou capaz de aprender este instrumento mesmo sozinho!”

Olliver teve muita dificuldade nas escolas, que não aceitavam sua neurodiversidade e sua necessidade de aprendizado adaptado. Não aceitavam que ele não conseguia ler partituras convencionalmente. Olliver lia partituras com notas.

Enfrentando o preconceito, Olliver continuou os estudos sozinho.

O primeiro saxofone veio importado, parcelado.  A vontade de aprender era maior. Sem conhecer técnica ou posição dos dedos, ele começou a tocar no instinto, no “feeling”. Com o tempo, foi-se dedicando mais, buscando vídeos na internet, tirando músicas de ouvido e, pouco a pouco, passou a se apresentar também em eventos da região.

O instrumento, que já era expressão de beleza, acabou-se tornando, também, instrumento de cura. Em meio a um período turbulento da vida, cheio de pressões e ansiedade, o saxofone virou válvula de escape, forma de respirar e reencontrar equilíbrio. “Eu chorei tocando, mas foi um choro bom, de alívio”, lembra ele.

Hoje, ele continua tocando, mas sem ambições de fama ou palco. Toca por amor, por fé e por conexão. Tem o sonho de  participar de casamentos, batismos, festas — mas é nos encontros solitários consigo mesmo  que se sente realmente em casa. É ali que tudo começou, e é ali que ele também encontra espaço para retribuir, ensinando o pouco que sabe para quem está chegando agora.

Olliver começou na flauta transversal, evoluiu para o sax alto e, atualmente, toca, também, o sax soprano.

No fim, o som que sai do saxofone não é só música. É espiritualidade que se compartilha em forma de sopro e afeto.

Texto: Oliver Sax e José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

Imagem: arquivo pessoal.

Miopia: Quando Ver de Longe Vira um Desafio

Você já ouviu falar de miopia? É uma das deficiências visuais mais comuns no mundo — e também uma das mais mal compreendidas. Muitas vezes, quem tem miopia é julgado como "distraído", "desatento" ou "desligado", quando na verdade está apenas lidando com uma limitação visual.

O que é a miopia?

A miopia é uma condição em que a pessoa enxerga bem de perto, mas tem dificuldade para ver de longe. Por exemplo: consegue ler um livro tranquilamente, mas não enxerga os letreiros dos ônibus, a lousa da escola ou os rostos à distância com nitidez.

Essa dificuldade acontece porque a imagem dos objetos distantes se forma antes da retina, e não sobre ela, como deveria. Isso deixa tudo que está longe borrado ou embaçado, como se a pessoa estivesse olhando por uma janela com chuva.

Sintomas mais comuns:

  • Visão embaçada para longe;

  • Dores de cabeça frequentes, especialmente após tentar focar objetos distantes;

  • Necessidade de apertar os olhos para tentar “melhorar” a visão;

  • Dificuldade em atividades como dirigir, assistir aulas ou praticar esportes.

Como é o mundo para quem tem miopia?

Imagine sair à rua e não conseguir ler placas, reconhecer rostos do outro lado da calçada ou ver a tela do cinema com clareza. Tudo isso faz parte do cotidiano de quem tem miopia — sem correção adequada, o mundo perde nitidez e segurança.

Como ajudar quem tem miopia:

  1. Não exija que a pessoa veja de longe com perfeição. Se ela não te reconheceu na rua, provavelmente não é desinteresse — é a miopia agindo.

  2. Evite brincadeiras do tipo “você não viu isso?” — elas podem gerar vergonha ou constrangimento.

  3. Use recursos de apoio: letras maiores em cartazes, aproximação respeitosa, boa iluminação e avisos claros são sempre bem-vindos.

Um olhar mais gentil

A miopia pode ser corrigida com óculos, lentes de contato ou cirurgias, mas isso não significa que deve ser ignorada. Empatia, paciência e informação são ferramentas poderosas para criar um mundo mais acessível e acolhedor — mesmo quando o desafio está “à distância”.

Texto e imagem produzidos com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

Não é o que parece: 10 características do autismo que confundem muita gente


Infelizmente, ainda é comum que características do Transtorno do Espectro Autista (TEA) sejam confundidas com comportamentos negativos, falta de educação ou até mesmo "manhas". O desconhecimento leva ao julgamento, e o julgamento pode gerar dor, isolamento e exclusão para pessoas autistas. Neste artigo, buscamos esclarecer dez dessas características frequentemente mal interpretadas, revelando o que realmente está por trás de atitudes que, à primeira vista, podem parecer incompreensíveis. O objetivo é promover empatia, respeito e inclusão — pilares fundamentais para um convívio social mais justo e acolhedor.


Não é preguiça, é disfunção executiva.

A disfunção executiva afeta a capacidade de planejar, organizar, iniciar e concluir tarefas. Pessoas com autismo podem ter dificuldades em começar uma atividade, mesmo quando querem muito fazê-la. Isso não tem nada a ver com preguiça. É como se o cérebro não conseguisse dar o “start” necessário. Em vez de julgamento, o que elas mais precisam é de apoio, estratégias visuais e compreensão.

Não é frescura, é seletividade alimentar.

A seletividade alimentar no autismo não se trata de "birra" ou de uma criança mimada que só quer comer o que gosta. Está ligada a fatores sensoriais: textura, cheiro, cor, temperatura e até o som ao mastigar. Um alimento que parece inofensivo para a maioria pode causar desconforto real a uma pessoa autista. A alimentação precisa ser acompanhada com cuidado e sem imposição.

Não é obsessão, é hiperfoco.

O hiperfoco é uma concentração intensa em um assunto de interesse. Para a pessoa autista, esse foco pode trazer aprendizado profundo e prazer. Porém, para quem observa de fora, pode parecer “obsessão” ou falta de interesse por outros temas. Na verdade, o hiperfoco é uma das formas mais potentes de expressão e conexão com o mundo.

Não é chatice, é rigidez cognitiva.

Pessoas autistas podem ter dificuldade em lidar com mudanças de planos ou com ideias muito diferentes das que já conhecem. Isso é a rigidez cognitiva, que causa ansiedade quando há imprevistos. O que parece “teimosia” ou “falta de flexibilidade” é, na verdade, uma maneira de se manter em segurança diante de um mundo imprevisível.

Não é má educação, é hipersensibilidade sensorial.

Sons altos, luzes fortes, cheiros intensos ou roupas com determinadas texturas podem ser extremamente incômodos ou até dolorosos para uma pessoa autista. Reações como tampar os ouvidos, sair do ambiente ou recusar um abraço não são grosserias — são formas de proteção sensorial.

Não é falta de empatia, é dificuldade na comunicação social.

Muitos acreditam, equivocadamente, que autistas não têm empatia. O que ocorre, na verdade, é uma forma diferente de expressá-la. Eles podem ter dificuldade para identificar expressões faciais ou responder de maneira esperada socialmente, mas isso não significa que não sentem ou se importam com os outros.

Não é timidez, é ansiedade social.

Em locais com muitas pessoas ou situações novas, a pessoa autista pode parecer tímida, retraída ou até arrogante. No entanto, esse comportamento geralmente está ligado à ansiedade social — um medo intenso de não saber como agir, ser mal interpretado ou se sentir sobrecarregado com tantos estímulos.

Não é teimosia, é necessidade de previsibilidade.

Rotinas previsíveis ajudam a reduzir a ansiedade e dar segurança às pessoas autistas. Quando algo foge do que estava planejado, elas podem reagir mal, chorar ou até entrar em crise. Isso não é teimosia — é uma resposta a um ambiente que de repente deixou de ser compreensível.

Não é insensibilidade, é dificuldade com o olhar e o toque.

Contato visual direto pode ser incômodo ou desconfortável para alguns autistas, e o toque físico pode ser interpretado como uma invasão. Isso pode gerar a ideia errada de frieza ou insensibilidade. Mas respeitar esses limites é uma forma de carinho e acolhimento.

Não é agressividade, é sobrecarga sensorial ou emocional.

Quando o ambiente, as cobranças ou as emoções se tornam demais, a pessoa autista pode entrar em colapso, também conhecido como meltdown. Gritar, chorar, se isolar ou, em casos extremos, agredir, são formas de explosão depois de um acúmulo. São pedidos de ajuda, não sinais de violência gratuita.


Conclusão

Quando enxergamos além da superfície, compreendemos que os comportamentos autistas não são falhas de caráter ou “esquisitices”, mas expressões legítimas de um modo único de existir. A empatia começa pelo conhecimento. Ao acolher essas diferenças com respeito e sensibilidade, ajudamos a construir um mundo mais justo para todos. Afinal, ninguém merece ser julgado por aquilo que sente ou por como o seu cérebro funciona. Que esse artigo seja um passo a mais rumo a uma sociedade que reconhece, acolhe e valoriza as neurodiversidades.


Texto e imagem produzidos com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

quarta-feira, 30 de julho de 2025

Glaucoma: O Inimigo Silencioso da Visão

Diferente de outras condições que causam dor ou incômodo imediato, o glaucoma é uma doença traiçoeira. Ele vai roubando a visão aos poucos, quase sem ser notado — por isso, é chamado por muitos especialistas de “o ladrão silencioso da visão”.

O que é o glaucoma?

O glaucoma é uma doença que danifica o nervo óptico, estrutura essencial para que o cérebro receba as imagens captadas pelos olhos. Esse dano, na maioria das vezes, é causado por pressão elevada dentro do olho (pressão intraocular). Com o tempo, essa pressão excessiva comprime o nervo, gerando perda progressiva da visão.

Como a pessoa enxerga com glaucoma?

A perda começa pelas bordas do campo de visão. A pessoa vai deixando de enxergar pelas laterais — como se estivesse olhando através de um canudo ou túnel. Com o avanço da doença e sem tratamento adequado, a visão pode desaparecer completamente.

É importante lembrar que o glaucoma não causa dor na maioria dos casos. A visão simplesmente vai se apagando, silenciosamente.

Sintomas mais comuns:

  • Perda da visão periférica (nas laterais);

  • Dificuldade para se orientar em ambientes escuros;

  • Sensação de que “algo está faltando” no campo visual;

  • Em casos agudos (mais raros), pode causar dor, vermelhidão e náusea.

O que a ciência diz:

O glaucoma não tem cura, mas pode ser controlado com colírios, remédios e, em alguns casos, cirurgia. O diagnóstico precoce é a chave para evitar a perda total da visão. Exames regulares com o oftalmologista são fundamentais, principalmente a partir dos 40 anos ou se houver histórico familiar.

Como ajudar quem convive com o glaucoma:

  1. Evite se posicionar apenas nas laterais da pessoa, pois ela pode não te ver. Fique à frente, avise com a voz e diga seu nome.

  2. Respeite o tempo dela para se orientar, especialmente em locais com pouca luz ou com muitos obstáculos.

  3. Não altere a disposição dos móveis sem avisar — mudanças no ambiente podem gerar insegurança e risco de queda.

Um olhar cuidadoso

Muitas vezes, o glaucoma é invisível aos olhos de quem convive com a pessoa. Ela parece estar “bem”, mas o mundo está se fechando lentamente à sua volta. Com informação, empatia e atenção, podemos ser apoio real na luta silenciosa contra esse inimigo da visão.

Texto e imagem produzidos com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

Vitória das Famílias: Autistas Mantêm o BPC sem Burocracia

Uma conquista histórica acaba de beneficiar milhares de famílias brasileiras: foi sancionada a lei que dispensa pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) da necessidade de passar por perícia médica periódica para manter o Benefício de Prestação Continuada (BPC-LOAS). A medida representa um avanço significativo na desburocratização do acesso aos direitos sociais das pessoas com deficiência e atende a uma demanda antiga da comunidade autista e de seus familiares.

📜 Entendendo o que mudou

Antes da nova legislação, mesmo aqueles com laudo comprovando deficiência permanente precisavam se submeter a reavaliações periódicas pelo INSS, muitas vezes enfrentando deslocamentos, filas, instabilidades no sistema e decisões inconsistentes. Agora, com a nova regra, o direito ao benefício passa a ter um caráter mais duradouro e protetivo, respeitando a realidade do autismo como condição permanente do neurodesenvolvimento.

A norma se aplica a quem já tem o BPC ativo e também àqueles que farão o pedido a partir de agora, desde que estejam amparados por um laudo que caracterize a deficiência como irreversível. Isso evita desgastes emocionais e transtornos logísticos que afetam não apenas o beneficiário, mas também seus cuidadores — frequentemente pais, mães ou familiares já sobrecarregados.

👥 O que é o BPC-LOAS?

O Benefício de Prestação Continuada é um direito previsto na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). Ele garante um salário mínimo mensal a:

  • Pessoas com deficiência de qualquer idade, desde que comprovem impedimentos de longo prazo;

  • Idosos a partir de 65 anos em situação de vulnerabilidade social.

O benefício não exige contribuição previdenciária, mas a renda familiar per capita deve ser de até 1/4 do salário mínimo (cerca de R$ 353 em 2025, podendo ser flexibilizado por decisão judicial em alguns casos).

🧠 Por que o autismo se enquadra como deficiência?

Segundo a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015), deficiência é “um impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial que, em interação com diversas barreiras, pode obstruir a participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”.

O autismo, por ser um transtorno do neurodesenvolvimento que compromete a comunicação, a socialização e o comportamento, está incluído nessa definição — especialmente quando provoca restrições funcionais significativas. Por isso, pessoas com TEA podem ser consideradas legalmente como pessoas com deficiência e, portanto, têm direito ao BPC-LOAS.

📝 Como comprovar a deficiência e obter o benefício?

Embora a nova lei dispense a reperícia médica periódica, a concessão inicial do BPC ainda depende de:

  1. Laudo médico detalhado, com CID (Classificação Internacional de Doenças) e descrição da funcionalidade da pessoa em diferentes contextos.

  2. Avaliação social, realizada por assistente social, geralmente no CRAS.

  3. Inscrição ativa e atualizada no Cadastro Único (CadÚnico), requisito obrigatório para todos os benefícios assistenciais.

  4. Comprovação da renda familiar per capita, que deve respeitar os critérios estabelecidos pela legislação.

É essencial que o laudo médico seja emitido por profissional habilitado (neurologista, psiquiatra ou outro especialista), com linguagem clara, fundamentação técnica e menção à irreversibilidade da condição.

⚖️ Segurança jurídica e dignidade

O novo texto legal reconhece formalmente o caráter duradouro do autismo e reafirma a necessidade de tratá-lo com respeito, empatia e proteção social. A exclusão da perícia periódica evita que famílias tenham de reviver, a cada ciclo, o processo desgastante de justificar o óbvio: que o autismo não desaparece com o tempo.

Além disso, evita cortes injustificados e contribui para a segurança jurídica do benefício, protegendo os direitos de crianças, adolescentes, adultos e idosos com TEA.

⚠️ Atenção: a nova lei dispensa apenas a perícia médica, mas não elimina outros critérios

Mesmo com a nova norma, permanecem obrigatórios:

  • O controle de renda familiar;

  • A manutenção atualizada do CadÚnico;

  • A documentação comprobatória do diagnóstico de TEA e da deficiência funcional.

Ou seja, o acompanhamento social e a organização documental continuam essenciais para garantir a manutenção do benefício.

💬 O que fazer em caso de indeferimento?

Infelizmente, mesmo com a nova lei, ainda podem ocorrer indeferimentos por parte do INSS, especialmente quando há dúvidas sobre o grau da deficiência ou sobre a renda familiar. Nestes casos, é possível:

  • Recorrer administrativamente, apresentando novos documentos e explicações;

  • Ingressar com ação judicial, com o apoio de advogado ou da defensoria pública, solicitando o reconhecimento do direito.

Há diversos precedentes favoráveis na Justiça para autistas com impedimentos moderados ou graves, mesmo quando o INSS inicialmente nega o benefício.


🌈 Um passo adiante na luta por inclusão e respeito

A nova legislação representa um marco na luta por um Estado mais acessível, humano e eficiente. Ao eliminar uma exigência burocrática desnecessária para um grupo tão vulnerável, o Brasil avança em direção a uma sociedade mais justa, onde os direitos das pessoas com deficiência não sejam condicionados à desconfiança ou ao despreparo das estruturas públicas.

Para famílias que enfrentam diariamente os desafios do autismo, a notícia é motivo de alívio, gratidão e esperança.


Se você conhece alguém que pode se beneficiar dessa informação, compartilhe este artigo. A informação correta também transforma vidas!

terça-feira, 29 de julho de 2025

Rebecka Martins Gomes: pioneira na magistratura paulista

No dia 21 de julho de 2025, Rebecka Martins Gomes, de 28 anos, foi empossada como 1ª Juíza Substituta da 14ª Circunscrição Judiciária — Barretos, em uma cerimônia conduzida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo num momento histórico para a justiça brasileira. 

O TJ-SP reconhece oficialmente Rebecka como a primeira magistrada cadeirante do Estado, e o Conselho Nacional de Justiça informa que, entre quase 19 mil juízes no país, cerca de 270 declararam alguma deficiência — mas nenhuma mulher antes dela apresentou tetraplegia ao exercer o cargo.

📚 Sua trajetória de superação

Aos 12 anos, Rebecka sofreu um grave acidente automobilístico no Espírito Santo que provocou lesões na medula e deixou-a tetraplégica. A recuperação foi longa: traqueostomia, sessões de fonoaudiologia e uma neuropatia grave seguida de parada cardiorrespiratória. 

Mesmo enfrentando limitações motoras, especialmente na movimentação das mãos (ela não possui controle e digita usando o dorso, com as mãos invertidas), Rebecka sempre manteve um profundo desejo de estudar e atuar no Direito.

Ela mesma resume sua vocação: “Escrever uma peça jurídica é um exercício de liberdade... sinto que não tenho os limites que o meu corpo me impõe.”

⚖️ Justiça com empatia

Rebecka diz sentir que, como juíza, tem o poder de mudar a vida das pessoas. Esse compromisso nasce não só da sua formação jurídica, mas de sua própria experiência com superação e resiliência. 

Ela integra uma nova geração de magistrados com deficiência — mais seis foram aprovados no mesmo concurso de ingresso — contribuindo para uma judicatura mais diversa e inclusiva.

🌍 Significado e legado

A posse de Rebecka não é apenas um marco pessoal: representa um avanço significativo para a inclusão das pessoas com deficiência no Poder Judiciário paulista e brasileiro. Sua presença nos tribunais abre dialogo sobre adaptabilidade e representatividade — seja por meio de acessibilidade física, tecnológica ou institucional.

Além de reafirmar os princípios da Convenção da ONU sobre os direitos das pessoas com deficiência, sua trajetória reforça que a justiça deve ser acessível e plural.

Rebecka Martins Gomes simboliza coragem, dedicação e uma esperança renovada na luta por igualdade no meio jurídico. Sua história inspira não apenas pessoas com deficiência, mas toda a sociedade a repensar os limites entre capacidade, vocação e inclusão.

Texto produzido com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.
Foto: Internet.

🚨 Desinformação sobre Autismo cresce 15.000% em cinco anos e coloca vidas em risco

Nos últimos cinco anos, a desinformação sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) teve um aumento alarmante de 15.000% nas redes sociais. Esse crescimento vertiginoso acendeu o alerta de especialistas, associações e pesquisadores sobre os perigos que essa avalanche de conteúdos falsos representa para a saúde, a dignidade e a segurança das pessoas autistas.

Um panorama preocupante

Um estudo recente da Fundação Getulio Vargas (FGV), em parceria com a associação Autistas Brasil, identificou mais de 22 mil publicações com desinformação sobre autismo apenas em comunidades brasileiras no Telegram. Isso representa cerca de 46% do conteúdo problemático identificado na América Latina e Caribe, com alcance superior a 14 milhões de visualizações.

Entre os temas recorrentes estão:

  • Curas falsas e perigosas, como uso de dióxido de cloro ou outras substâncias tóxicas;
  • Teorias conspiratórias que relacionam vacinas ao autismo;
  • Rejeição a métodos baseados em evidências científicas, como a Análise do Comportamento Aplicada (ABA);
  • Exploração financeira de famílias com promessas enganosas de terapias milagrosas.

Os riscos da desinformação

A desinformação não apenas engana — ela machuca. Quando um conteúdo falso é disseminado, ele pode:

  • Colocar vidas em risco, afastando famílias de tratamentos eficazes;
  • Gerar atrasos no diagnóstico e na intervenção precoce, fundamentais para o desenvolvimento da criança autista;
  • Estimular preconceito e isolamento, ao propagar estigmas e visões ultrapassadas sobre o autismo;
  • Explorar emocionalmente famílias vulneráveis, que se tornam alvos fáceis de charlatanismo e promessas milagrosas.

O papel das redes sociais

A maior parte dessa desinformação circula em grupos privados ou sem moderação, como fóruns alternativos e canais do Telegram. Nesses espaços, a ausência de checagem facilita a propagação de conteúdos perigosos. Além disso, algoritmos de recomendação podem impulsionar ainda mais o alcance dessas publicações, quando há engajamento alto de comunidades específicas.

Como combater a desinformação

O combate à desinformação exige ação coletiva e contínua. Algumas atitudes essenciais incluem:

  • Apoiar canais confiáveis, como associações de pais, ONGs e profissionais especializados;
  • Verificar a fonte antes de compartilhar qualquer conteúdo relacionado a saúde e autismo;
  • Denunciar conteúdos perigosos às plataformas;
  • Promover a educação digital desde cedo, ajudando as novas gerações a distinguir fatos de boatos;
  • Dialogar com empatia, acolhendo dúvidas e ajudando famílias a buscarem informação qualificada.

Conclusão

O crescimento exponencial da desinformação sobre o autismo não pode ser ignorado. Proteger vidas e garantir a dignidade das pessoas com TEA passa por uma escolha diária: a de informar com responsabilidade. No Cantinho dos Amigos Especiais, reforçamos nosso compromisso com a verdade, o acolhimento e a defesa de uma inclusão plena, baseada no respeito e no conhecimento.


Texto e imagem produzidos com inteligência artificial. Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

segunda-feira, 28 de julho de 2025

Compreendendo as Estereotipias no TEA: Foco, Expressão e Segurança

A estereotipia autista refere-se a comportamentos repetitivos ou movimentos corporais frequentes, como balançar o corpo, bater as mãos, girar objetos ou repetir palavras e frases. Embora comumente vistos como “estranhos” por quem não conhece o Transtorno do Espectro Autista (TEA), esses comportamentos têm funções específicas para quem os realiza — e devem ser compreendidos antes de qualquer tentativa de intervenção.

Vamos analisar dois aspectos distintos da estereotipia, com seus respectivos cuidados:


🔵 1. Estereotipia como auxílio para a concentração e o foco

Muitas pessoas autistas usam as estereotipias como uma forma de autorregulação sensorial e emocional. Isso pode ajudar a:

  • Organizar pensamentos;

  • Filtrar estímulos do ambiente (ruídos, luzes, cheiros);

  • Canalizar ansiedade ou entusiasmo;

  • Manter o foco em tarefas desafiadoras.

📌 Exemplo: Uma criança que balança o corpo para se concentrar durante uma atividade escolar. Esse movimento repetitivo funciona como uma âncora que ajuda o cérebro a manter-se estável.

🧠 Cuidados recomendados:

  • Não interromper automaticamente o comportamento, especialmente se ele não estiver prejudicando a criança ou os outros.

  • Oferecer ambientes sensoriais seguros que favoreçam o foco sem precisar inibir a estereotipia.

  • Acolher a diversidade de expressão corporal, evitando críticas ou punições.

  • Observar se a estereotipia ajuda ou atrapalha o desempenho: se estiver favorecendo a concentração, é importante respeitá-la.


🔴 2. Estereotipia com caráter de automutilação

Em alguns casos, a estereotipia pode assumir formas autolesivas, como:

  • Bater a cabeça contra a parede;

  • Morder as mãos;

  • Arrancar cabelo ou unhas;

  • Dar tapas no próprio rosto.

Esses comportamentos geralmente têm origem em dor, sobrecarga sensorial, frustração ou sofrimento emocional intenso.

⚠️ Cuidados essenciais:

  • Buscar a causa emocional ou sensorial do comportamento (dor física, crise sensorial, frustração, falta de comunicação etc.).

  • Evitar punições ou broncas, pois isso pode intensificar o sofrimento.

  • Implementar estratégias de substituição, como objetos de mordida, almofadas para impacto ou brinquedos sensoriais.

  • Envolver equipe multiprofissional (fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicólogo) para avaliação e intervenção adequada.

  • Estabelecer rotinas previsíveis, que ajudam a reduzir as crises e os comportamentos autolesivos.


🟡 Conclusão

Nem toda estereotipia precisa ser “corrigida”. Algumas fazem parte da identidade e do equilíbrio emocional da pessoa autista. O foco deve ser sempre a qualidade de vida, com respeito e compreensão. Quando o comportamento envolve risco, o cuidado deve ser humanizado, nunca coercitivo


Texto e imagem produzidos com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

sábado, 26 de julho de 2025

Inclusão de Autistas nas Escolas Regulares: Uma Luta por Direito, Não Por Permissão

Ainda nos deparamos, em pleno século XXI, com discursos que tentam justificar a exclusão de alunos autistas das escolas regulares. Com argumentos que, à primeira vista, parecem “realistas”, muitos acabam defendendo práticas que violam os direitos fundamentais da pessoa com deficiência.

Selecionamos aqui cinco desses argumentos recorrentes — e mostramos por que eles não se sustentam diante da legislação, da ética e da humanidade.

1. “A escola regular não está preparada.”
Então é hora de prepará-la. A presença de um aluno autista não é o problema — a falta de estrutura é. Cabe ao poder público garantir formação, apoio e acessibilidade, como determina a Lei Brasileira de Inclusão (LBI – Lei 13.146/2015).

2. “Atrapalham o ritmo da turma.”
Essa fala parte de uma lógica capacitista. A inclusão não atrasa — ela transforma. Quando adaptamos metodologias e respeitamos o tempo de cada um, todos aprendem mais e melhor. A escola é para todos, não para poucos.

3. “Melhor ir para escolas especiais.”
Escolas especiais podem ser complementares ou temporárias, mas não substituem o direito à convivência. O ambiente regular permite que o autista conviva com a diversidade, desenvolva habilidades sociais e seja reconhecido como cidadão.

4. “Falta estrutura para lidar com crises.”
Negar a matrícula ou excluir o aluno não é solução. O que falta é acolhimento, empatia e investimento. É possível treinar a equipe, adaptar o ambiente e incluir cuidadores, quando necessário. A crise não é motivo para exclusão — é motivo para acolhimento.

5. “O professor não está preparado.”
De fato, muitos professores ainda não receberam a formação adequada. Mas isso não é culpa do aluno com deficiência — é uma falha do sistema. O caminho é exigir formação continuada e garantir suporte especializado dentro da escola.


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📌 Conclusão

A inclusão escolar de autistas não é um “favor” — é um direito garantido por lei e um ato de justiça social. Se a escola não está pronta, que se prepare. Se há resistência, que se desconstrua. Porque a escola que acolhe a diversidade prepara o mundo para ser mais justo.

> Texto produzido com inteligência artificial. Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

sexta-feira, 25 de julho de 2025

Projeto de Lei Criminaliza o Ato de Perturbar o Silêncio de Pessoas com Autismo

 🧩 É CRIME PERTURBAR O SILÊNCIO DE PESSOAS COM AUTISMO?

Apresentado à Câmara dos Deputados, o PL 4299/24 busca criminalizar quem gerar barulho excessivo que afete pessoas com TEA — como gritos, ruídos altos, instrumentos sonoros ou barulho de pets.

A proposta prevê prisão de 1 a 4 anos e multa, e até pena reduzida em casos não intencionais. A justificativa? O barulho pode causar grande sofrimento, ansiedade ou crises sensoriais.

Para as famílias e autistas que vivem essa realidade, essa iniciativa representa muito mais que uma formalidade jurídica. É um passo concreto rumo ao respeito sensorial — um direito que, até então, era quase invisível no nosso ordenamento.

Vale destacar que:

  • Não se trata de tolerar o barulho em qualquer situação, mas de reconhecer que o ambiente sonoro impacta profundamente quem tem TEA.

  • E sim, outras propostas estão em andamento — como isentar autistas de multas por gritar em crises sensoriais em condomínios, por exemplo.

Acompanhe: o PL ainda precisa ser aprovado pelas comissões e pelo Senado. Enquanto isso, sensibilizar a comunidade é uma forma poderosa de mostrar que o respeito ao silêncio alheio importa.

💙 Junte-se a nós e compartilhe esse post para que mais pessoas entendam a urgência dessa pauta.

Texto e imagem produzidos com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

Cinco Erros Comuns ao Lidar com um Autista em Crise

Lidar com uma crise autista é um momento delicado que exige respeito, empatia e compreensão. Em meio ao nervosismo ou despreparo, é comum que familiares, professores e até cuidadores bem-intencionados cometam erros que, em vez de ajudar, podem agravar ainda mais a situação. Por isso, reunimos cinco atitudes bastante comuns que devem ser evitadas nesses momentos. Aprender sobre elas pode fazer toda a diferença.

1. Tentar forçar contato físico
Pode parecer natural tentar segurar, abraçar ou acalmar alguém com um toque. No entanto, durante a crise, o corpo e os sentidos da pessoa autista estão em alerta, e o contato físico pode ser percebido como uma agressão. O ideal é respeitar o espaço e oferecer apoio com gestos calmos e presença segura, sem invadir o corpo do outro.

2. Falar demais ou dar muitas ordens
Em momentos de crise, menos é mais. Falar em excesso, fazer perguntas rápidas ou dar muitas instruções pode sobrecarregar ainda mais um cérebro já em colapso sensorial. Use frases curtas, palavras-chave e tom calmo. Uma comunicação simples pode ser mais eficaz do que um discurso bem-intencionado.

3. Ignorar os sinais de crise
Antes que a crise se instale de forma intensa, a pessoa autista costuma demonstrar sinais de desconforto, como balançar o corpo, cobrir os ouvidos ou se afastar das pessoas. Observar e respeitar esses sinais é fundamental. Quando esses avisos são ignorados, perde-se a oportunidade de intervir de forma preventiva e respeitosa.

4. Aumentar o volume da voz
Gritar ou falar alto não ajuda — pelo contrário. Muitas pessoas autistas são sensíveis a sons, e um tom elevado pode intensificar o sofrimento. Manter a voz calma, baixa e firme transmite segurança e não ameaça.

5. Tentar racionalizar durante o momento da crise
Durante uma crise, o cérebro está dominado por respostas emocionais e fisiológicas, não pela lógica. Explicações, argumentos e apelos à razão raramente surtirão efeito naquele momento. A prioridade deve ser acolher, garantir segurança e esperar que a tempestade emocional passe. Só depois disso é possível conversar, refletir e propor alternativas.


Conclusão

Cada pessoa autista é única, e o que funciona para uma pode não funcionar para outra. Ainda assim, evitar esses cinco erros é um primeiro passo importante para criar um ambiente mais seguro, humano e inclusivo. Com escuta, empatia e informação, podemos fazer muito mais por quem vive o autismo na pele.

Texto produzido com inteligência artificial. Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

📖 Uma leitura que transforma: Língua Brasileira de Sinais – Libras, de Sueli Fernandes

Você já parou para pensar o quanto a forma como nomeamos as pessoas pode revelar preconceitos enraizados?

No livro “Língua Brasileira de Sinais – Libras”, a professora e pesquisadora Sueli Fernandes nos convida a refletir sobre a surdez de uma maneira transformadora. Com olhar crítico e afetuoso, ela nos apresenta um universo rico de cultura, história e resistência: o universo das pessoas surdas e sinalizantes da Libras.


A obra nos ajuda a desconstruir mitos antigos — como a expressão “surdo-mudo” — e nos ensina que a Libras é uma língua viva, legítima e essencial para a inclusão verdadeira. Ao longo do livro, somos levados a conhecer os caminhos históricos da educação de surdos no Brasil e no mundo, passando pelas políticas de exclusão, até a conquista da oficialização da Libras em 2002.


Mais do que uma leitura acadêmica, este livro é um convite à empatia, ao respeito e ao acolhimento das diferenças. Um verdadeiro chamado à transformação da nossa visão sobre a deficiência auditiva — não como falta, mas como expressão legítima de uma outra forma de ser e comunicar-se no mundo.


📌 Recomendamos fortemente esta leitura para educadores, familiares e toda pessoa que deseja contribuir com uma sociedade mais inclusiva e bilíngue.

Texto e imagem produzidos com inteligência artificial.

Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

quinta-feira, 24 de julho de 2025

Aguinaldo Silva: O Bombeiro Cego que Inspira o Brasil

Em setembro de 2019, Aguinaldo Silva enfrentou uma mudança drástica: perdeu a visão. Porém, longe de ver esse acontecimento como um fim, enxergou nele o ponto de partida de uma trajetória surpreendente de superação. Hoje, é referência nacional como o primeiro bombeiro cego em atividade no Brasil, unindo coragem, serviço e inspiração.

Quem é Aguinaldo Silva?

  • Profissional multifacetado: atua como professor de Educação Física, palestrante motivacional, empreendedor e professor de Orientação e Mobilidade.

  • Bombeiro em atividade: orgulhosamente segue sua carreira como militar, mostrando que a deficiência não define limites. Recentemente compartilhou em suas redes um momento inspirador vestindo o uniforme de bombeiro youtube.com+5instagram.com+5blogdojairogomes.com+5.

  • Formação sólida: graduado em Segurança do Trabalho, oferece assessoria especializada em segurança ocupacional e acessibilidade para pessoas com deficiência.

  • Instrutor de rapel cego: pioneiro no Brasil, já instruiu cerca de 30 000 pessoas, consolidando uma história de determinação e domínio técnico — mesmo sem visão.

Projeto “Unidos Somos Mais Fortes”

Idealizado por Aguinaldo, o projeto PCD “Unidos Somos Mais Fortes” promove valorização, inclusão e fortalecimento de pessoas com deficiência. Através de eventos, capacitações e networking, o projeto busca criar uma comunidade unida e capaz de superar barreiras.

Seu papel como palestrante ativacional

Como palestrante, Aguinaldo compartilha histórias que emocionam e motivam. Ele demonstra na prática que perder a visão não significa perder o propósito. Sua mensagem é clara: se você acredita, tem força — e juntos, somos muito mais fortes.


🚀 Como contratar ou saber mais

  • Palestras motivacionais

  • Assessoria em segurança do trabalho e acessibilidade

  • Treinamentos de rapel inclusivo

  • Participação no projeto “Unidos Somos Mais Fortes”

📱 WhatsApp: (11) 96376‑2292


Siga a trajetória de Aguinaldo nas redes sociais


Texto produzido com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

terça-feira, 22 de julho de 2025

:🧠 Dia Mundial do Cérebro: Cuidar da Mente é Cuidar da Vida

Você já parou para pensar em tudo o que o nosso cérebro faz por nós?

É ele que nos permite pensar, sentir, caminhar, lembrar, sorrir, aprender, sonhar… Ele está sempre trabalhando, até mesmo quando estamos dormindo! Por isso, em 22 de julho, celebramos o Dia Mundial do Cérebro, uma data muito importante para lembrar o quanto é essencial cuidar da saúde mental e neurológica.

Criado pela Federação Mundial de Neurologia (WFN), esse dia tem como objetivo conscientizar sobre a importância da saúde cerebral e sobre a prevenção de doenças neurológicas, como AVC, Alzheimer, Parkinson, epilepsia, entre outras.

🌍 Por que essa data é importante?

O cérebro é um dos órgãos mais incríveis e complexos do corpo humano. Sem ele, nada funciona direito.
Tudo o que fazemos — desde os movimentos mais simples até os sentimentos mais profundos — passa por ele.

Infelizmente, milhões de pessoas em todo o mundo vivem com alguma condição neurológica. Muitas vezes, essas pessoas enfrentam preconceito, isolamento ou falta de acesso a tratamento.
Por isso, o Dia Mundial do Cérebro também busca combater o estigma e incentivar políticas públicas que apoiem quem mais precisa.

💡 Cuidados simples que fazem toda a diferença

A boa notícia é que cuidar do cérebro pode ser mais simples do que parece. Algumas atitudes no dia a dia ajudam muito:

✔️ Praticar atividades físicas (como caminhada, natação ou dança);
✔️ Ter uma alimentação equilibrada (com frutas, legumes e alimentos ricos em ômega-3);
✔️ Dormir bem;
✔️ Estimular a mente com leitura, música, jogos e conversas;
✔️ Evitar álcool e cigarro;
✔️ Cultivar bons relacionamentos;
✔️ Controlar o estresse e buscar ajuda quando sentir que precisa.

🎯 E para as pessoas com deficiência?

Para nós, do Cantinho dos Amigos Especiais, essa data também traz um lembrete importante: quem convive com alguma deficiência (física, sensorial ou intelectual) deve receber acompanhamento adequado para garantir o melhor funcionamento possível do cérebro e do sistema nervoso.

Estimular a autonomia, respeitar os limites de cada um e oferecer apoio emocional faz parte desse cuidado.

Ao valorizarmos o cérebro, valorizamos a vida em todas as suas formas. Cuidar da saúde cerebral não é só prevenir doenças, mas também fortalecer nossa capacidade de viver com alegria, criatividade e dignidade — mesmo diante dos desafios.

Neste Dia Mundial do Cérebro, que tal fazer algo especial por você? Pode ser uma caminhada, uma pausa para respirar, um bom livro, uma conversa com alguém querido... Seu cérebro vai agradecer!

Texto e imagem produzidos com inteligência artificial. Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.